As coisas estão como estão, e eu nem me pronuncio para melhor as classificar pois é tudo too much e nem sei que diga ou para onde olhe, tantos os pontos de subversão e loucura, e, por cá, a malta continua a brincar às eleições presidenciais. Já aqui falei algumas vezes que não percebo que fossanguice é esta. Faz lembrar as vizinhas que, à falta de assunto, se pronunciam como umas e outras estendem a roupa.
Como penso apenas dedicar-me a isso quando estivermos lá, passo adiante.
Há ainda o tema da pen. Mas também não consigo perceber o que quer que seja sobre o grande assunto da pequena pen. Portanto, passo também adiante.
Conto antes um sonho tramado. Estava na empresa, a uma mesa com outras pessoas, e aparecia-me um artista que, com ar arrogante, me dizia que tinha sido admitido com a garantia que lhe dariam um computador topo de gama, com uma placa gráfica toda xpto, uma coisa de luxo, fora das normas da empresa. Eu dizia-lhe que, ali, não era cada um que escolhia os seus instrumentos de trabalho, era a empresa que avaliava as necessidades face às funções e providenciava o que fosse necessário. Mas ele falava-me de alto e dizia que isso fazia parte das suas condições admissão e eu, já contrariada, dizia que ele fosse pedir ao funcionário que lhe tinha dito isso que lhe desse o computador que ele queria. Ele dizia que tinha sido o director de Recursos Humanos e eu dizia que, sim senhor, o director de Recursos Humanos que, com o seu próprio dinheiro, fosse à Fnac ou à Worten e comprasse um computador para lhe dar. E a coisa ia escalando e eu, cada vez mais irritada, já lhe dizia que ele expusesse o assunto ao Marcelo.
Acordei contrariadíssima, como se estivesse outra vez em ambiente de trabalho, com gente a reivindicar tudo e mais um par de botas, e tudo me vinha cair em cima e eu é que tinha que ser a má da fita. Primeiro que assimilasse que tinha sido um sonho foi uma carga de trabalhos.
Pois bem. Que nem de propósito, fomos almoçar a um belo restaurante, em cima do rio. E há compartimentos para cada mesa. Os compartimentos estão separados uns dos outros por ripas de madeira e, portanto, se os comensais falarem alto, consegue ouvir-se.
Nas minhas costas estavam 4 cavalheiros que falavam empolgadamente de trabalho, de orçamentos, de departamentos cujos objectivos ficam aquém, que os resultados parece que se arriscam a ficar aquém, que iriam ter que resolver algumas situações porque há desempenhos que parece que estão aquém. E falavam de nomes. E o meu marido repetia o nome e dizia: 'A X. vai saltar'. E só não digo aqui o nome dessa ou de outros pois não quero trazer más notícias. E eu, ouvindo-os falar, pensei que, felizmente, já estou fora destes números. Aliás, sempre odiei tratar de assuntos de trabalho ao almoço. Mas, independentemente de ser ou não almoço, fico mesmo contente de já estar distante deste tipo de problemas com o qual eu também estava confrontada.
Eu estava a saborear a boa comida, a conversar, a ver a vista, e aqueles pobres coitados ali enfronhados em problemas e mais problemas...
E agora aqui, à noite, enquanto nas televisões se debate o almirante e a pen e mais não sei que pepineiras, vou até ao YouTube e sou presenteada com o vídeo abaixo. E, portanto, à falta de melhor, aqui o partilho:
King of the Dorks (Elon Musk / Donald Trump song parody)
Who is the real king of the dorks - Elon Musk or Donald Trump? Also starring Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Kristi Noem, Pete Hegseth, RFK Jr, and Karoline Leavitt.
Song parody of "The King of New York" from "Newsies"