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terça-feira, fevereiro 06, 2018

Homens, temos que falar - disse a Fernanda Câncio.
E o José Cid falou: diz que foi assediado por um fadista.
E o Bruno Maçães também: confessou que uma professora de mitologia e agente de moda talvez lhe tenha dado as melhores explicações sobre as diferenças entre a Europa e a Ásia.
(Sim, sim, ó Bruno, já ouvi chamar muitas coisas a explicações dessas... agora Eurásia... Só contaram pr'a você, ó Brunocas)
E um cavalheiro anónimo do PS já veio pedir desculpa por, a propósito de Bruno de Carvalho, ter feito a revelação de um segredo envolvendo os seus "três olhos".
A torrente apenas ainda vai no início.
Esperam-se novas sensacionais revelações.
Homens, cheguem-se à frente. Contem-nos tudo.
Não vos condenaremos. Acreditem. Quanto muito, rimo-nos (mas só à socapa).
Vá, #YouToo.



O título da crónica chama pela gente. Nem sempre leio o que a Fernanda Câncio escreve mas desta vez li.

O tema não é linear. Já algumas vezes falei sobre ele mas isso não significa que tenha ideias feitas sobre o assunto ou que consiga reduzir a meia dúzia de mandamentos o que há a saber sobre o tema. Longe disso. Há as subtilezas de que Fernanda fala, as do desejo e da sedução, os pudores que nascem das incertezas, do respeito ou do receio, os interditos, os mistérios, o que não se diz mas que se deixa perceber. Felizes são os que sabem descodificar os intangíveis sinais.

Não falo de violações, não falo de sexo forçado, não falo de sexo como abuso de poder. Isso é inequívoco, crime sob qualquer perspectiva. Falo de outra coisa. Falo do que é mesmo assim, avanços, recuos, vontades confessadas ou inconfessáveis, terreno que se pisa sem guião, desacertos, passos em falso, riscos que se correm.
[Ou não. Vidas que nunca chegam a convergir porque alguém não ousou no momento certo.]
Mas passo ao texto de Fernanda Câncio, transcrevendo alguns excertos (a imagem é escolha minha, não dela):
(...) Homens despedidos de séries, ostracizados no métier, retirados de listas de candidatos a prémios. Vou dizer uma coisa que já disse várias vezes sobre isto mas que já fui várias vezes acusada de nunca ter dito (sucede-me muito, e o contrário também): não suporto linchamentos. De nenhum tipo. Não gosto daquilo a que os anglófonos chamam "saltar para as conclusões". Não gosto de ir nas correntes. (...)
Mas há também, claro, casos como o de Aziz Ansari, acusado por uma mulher que mantém o anonimato de ter insistido em ter sexo com ela durante um encontro, apesar de ela lhe ter dado a entender que (já) não estava nessa. Apontado como exemplo da histeria acusatória do #metoo e denunciado como contraproducente numa série de artigos irritados de mulheres feministas que certificam que nada do descrito pela narradora constitui assédio, obrigou-me a pensar.(...)
Ora é precisamente porque nas relações íntimas as coisas se passam com subtileza, sem papéis assinados nem certidões, porque o desejo é algo de fluído, misterioso e inconstante e o que queremos ou julgamos querer num momento pode mudar no seguinte, e também porque vivemos num quadro cultural de ascendente dos homens sobre as mulheres do qual faz parte - não dá para negar isso, certo? -- a ameaça da violência masculina, que o caso Ansari, ao invés de ser uma prova da alegada histeria do #metoo, é um tão excelente ponto de partida para a nossa conversa. Vamos falar, meus senhores?
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Sobre o tema lembro-me muitas vezes de um dos filmes que me marcou. A condenação de Marco Bellocchio. La Condanna. The conviction. Filme inteligente. Filme que sabe como lidar com as subtilezas. Mereceria um debate.
Qual a fronteira? Qual a inequívoca linha? 



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Enquanto o debate não é feito -- o debate sério, verdadeiro, olhos nos olhos, um debate que reproduza a verdade escondida, as mentiras expostas, os subentendidos, o não que quer dizer sim, o sim que quer dizer talvez, o talvez que quer dizer que alguém vai ter que descobrir -- 
e se calhar esse debate não é feito porque, simplesmente, não pode ser feito pois talvez os segredos da alma ou os avanços titubeantes ou falsamente seguros não possam ser expostos à crua luz da realidade e da intriga 
deixem que vá parodiando o exagero e a acefalia que, aqui e ali, me parece ir tomando conta da conversa. 

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É que, parece que respondendo ao apelo da Fernanda Câncio, já fomos surpreendidos com os testemunhos de dois briosos e viris cavalheiros
Houve um [homem que me assediou], mas eu não posso dizer, já faleceu. Assediou-me uma vez. Eu estava no meu quarto, tínhamos ido a Inglaterra, num grupo de cantores, fazer uma digressão para a emigração. De repente, há um colega que me bate à porta e eu estava a fazer a barba em tronco nu. Eu era muito atlético e ele diz-me assim: 'Sabes, é de homens como tu, muito musculados e com pelo, que eu gosto! 'E eu disse-lhe: 'Pois, olha, esquece e deixa-me fazer a barba em paz'", conta. "Só posso dizer que era um fadista"

E Bruno Maçães, outro garboso machão, publicou um livro depois de ter andado durante seis meses na passeata. Quando lhe perguntam se conheceu gente importante, respondeu com aquela sua famosa ingenuidade (que alguns mal-intencionados confundem com burrice):
Há um arqueólogo russo que, sem ser um Indiana Jones, tem um certo elemento de mistério e de aventura; há um agente secreto russo, com quem passei um dia inteiro a ser entrevistado. Foi possível aprender mais sobre a Rússia do que a ler 20 livros. Há uma professora de mitologia e agente de moda que talvez me tenha dado as melhores explicações sobre as diferenças entre a Europa e a Ásia, e estão citadas no livro.

E outra. Este anónimo, creio eu. Um adepto do PS, parece que tem pensamentos estranhos depois de ver um outro elemento do meio artístico nacional, o pimbérrimo Bruno de Carvalho que, diga-se em abono da verdade, tira qualquer um/a do sério:
Por breves momentos, e ainda quando decorria o discurso do máximo dirigente leonino, surgiu a seguinte frase no Twitter do PS: "Assustador: Eu não sou daqueles que dorme com um olho aberto. Eu quando durmo tenho os três olhos fechados", lia-se.
O tweet foi de pronto apagado e levou mesmo a um pedido de desculpas por parte do Partido Socialista: "Por lapso, foi publicado nesta conta um twett que se pretendia publicar numa conta pessoal. O PS pede desculpas ao Sporting Clube de Portugal, aos seus adeptos e ao seu presidente", revelaram

Portanto, parece que começamos a assistir ao coming out dos homens. Que venha ele. Contem-nos tudo.
Quem vos assediou? Fadistas? Forcados? A artista Vasconcelos? A Santa Mana? 
Quem vos apetece assediar? A falsa taróloga Teodora Cardoso? A sensível Teresa Guilherme? O  valentão Super Judge Alex? Os pavilhões auditivos do escritor José Rodrigues dos Santos? O  reservado Desembargador Dâmaso
Contem-nos. Contem tudo. Cá estaremos para vos ouvir. Nada de titubeações. Vá. Sem medo. São capazes. #YouToo

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terça-feira, novembro 21, 2017

Bruno Maçães e o seu pénis viral.
Lily Lynch acha que o tema é pequeno demais para tanta prosa.
E sobre isto o que me espanta mais é ainda não saber o que pensa o nosso Marcelo sobre tal epifenómeno.




Continua a polémica em torno da pilinha digital do Bruninho.


Agora a Lily diz que não quer estragar a vida do Bruninho e que, por isso, não vai divulgar as fotografias que ele lhe mandou. Não diz, mas eu depreendo, que o que lá se vê não abona a favor do dono. E diz ela que não vale a pena, que o assunto é pequeno. Para bom entendedor... Se bem que nisto, como é sabido, tamanho não é documento.


Diz também ela que nunca falou em assédio. Talvez uma brincadeirinha de mamãe e papai adaptada aos tempos correntes (digo eu). Não se julgue que há, nesta minha prosinha, algum laivo de juízo de valor. Não há. Zero. Cada um sabe de si. Presumo que a conversa entre ela e o garboso cavaleiro da Eurásia tenha decorrido numa de calorosa empatia em que, às tantas, inocente mental como o Maçães tem carinha de ser, achou que estava a pintar e a rolar um climinha e de tal forma que se lhe empolou o ânimo a ponto de o pirilau ter resolvido fazer-se à selfie. Isto digo eu. A verdade é que a Lily se condoeu com a figurinha e, face às insinuações de que é russa e outras coisas, já veio deitar água na fervura, a ver se a pilinha do Maçães sai de cena. Pelo menos da cena dela.

E agora vai mais longe, a Lily: diz que na terra dela é normal pregar partidinhas a políticos, só mesmo para os humilhar. Ou seja, parece que ele lhe enviou mesmo fotografias do que ele acha que é o seu lado mais fotogénico (e se non è vero, è ben trovato) mas que ela não se importou a ponto de se sentir molestada e que só o divulgou para gozar com ele. Mas que daí a estragar-lhe a vida vai um grande passo.

Pronto. Ficamos, então, assim. Também não me pronuncio muito mais sobre a cena porque, no meio de tanta maluquice, chega-se a ponto de não perceber nada dela.

De resto, dele não sei mais nada. Nem sei por anda anda. Parece que vai publicar um livro. Não se sabe se escrito por ele se por algum dos escritores fantasmas da nossa praça. Parece que é qualquer coisa na base do intelectual... mas não acredito. Talvez intelectual à moda dele, uma coisa na base da "pura imaginação". Só sei que, de tudo o que lhe conheço, tem ar de quem não tem os cinco alqueires bem medidos.

Transcrevo da Sábado:
Durante mais de um mês, o antigo "ajudante" de Paulo Portas – que se apresenta como "ex-ministro dos Assuntos Europeus" no perfil do Twitter –, conviveu com ruínas antigas, palácios restaurados, refugiados em fuga, jovens manequins russas (sim, leu bem) e combates de boxe em pavilhões seculares. 
E volta e meia vêem-se fotografias dele armado em bom. Estranho. Alguém com cara e corpo de Maçães, com um espelho em casa e os parafusos todos no sítio, ia achar-se um garanhão? Ia publicar fotografias suas, armado em bom no meio de mulherame? Um cagalhoças destes...? Desculpem mas não me parece normal. E ex-ministro...? Ui. A criatura não bate mesmo bem da bola.

Dela, da Lily, já por aí li que o facto de ser blogger não lhe dá o título de jornalista. É que os jornalistas sentiram-se atacados na sua honra de excelentes profissionais (upa, upa na excelência) ao ter aparecido umazinha a assumir que mantém conversas com totós que lhe mandam fotografias da genitália. Jornalista que se preze não dá bola a totós. 


E, tirando toda esta pequena polémica, nada mais tenho a dizer a não ser que, se ele é mesmo disso, de andar a tentar cativar garinas internéticas exibindo os seus dotes baixos, então, certo e sabido que, mais dia menos dia, vamos mesmo ter por aí em circulação a pilinha virtual do Bruninho.

Esta não será uma das tão propaladas dick pics do Bruno Maçães
mas é uma pilinha que não renega a sua orientação partidária,
ou seja, uma pilinha do PSD --  of course


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Tirando isso, já soube que o nosso Presidente já estava mesmo à espera que o Porto não fosse escolhido para sede da Agência do Medicamento. Sabe tudo, o nosso Presidente. Quem sabe um dia destes não nos presenteia com a chave do Euromilhões. 


E, numa de afago à auto-estima, ouvi um senhor a dizer que, se fosse pelo mérito, tinha ganho o Porto mas que tinham querido uma cidade do norte da Europa e que, entre as três primeiras cidades, figurava Milão que, dizia ele, já é quase na Áustria ou seja, uma cidade do norte da Europa. Me engana que eu gosto. Um país habitado por zés pacóvios.


Ah, sim, outra novidade. A minha Beny desfilou como anjinho da Victoria's Secret na China. Ia disfarçada de Bella Hadid mas não despistou ninguém: era ela.


Aborrecido foi que a bela chinesa Ming Xi, ao desfilar dando às asinhas, tanta a alegria, derrapou e foi uma um trambolhão dos antigos. O terror das modelos. Ela bem continuou a rir mas coitada.



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Bem. 
À falta de mais notícias, termino com um gif 3D da autoria de Kate Bones

Glastonbury’s gay nightclub



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Lá em cima a União das Tribos e o Tim interpretam Sozinho num vídeo a não perder


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E um dia feliz a todos quantos por aqui passam.

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segunda-feira, novembro 20, 2017

Bruno Maçães mostrou o pirilau, por fotografia, a Lily Lynch
-- e ela não gostou
[Isto segundo a Visão -- que eu não fui presenteada com a dita gaitinha e, portanto, não posso confirmar nem ajuizar porque terá sido que ela não gostou]


Ainda no outro dia eu soltava uma lagrimita virtual, com saudades dos queridos pafiosos de quinta categoria que durante uns anos alegraram a minha prosa. Enquanto os chefes Láparo & Portas faziam porcaria da grossa a torto e a direito, preocupando-me e irritando-me, uns quantos figurantes animavam os meus dias com as macacadas que davam à luz.
Não posso incluir a Marilu dos Swaps, o Gaspar pré-FMI, o Relvas antes e depois da pseudo-licenciatura, a Cristas do palavreado oco ou alguns outros que tais no grupo dos figurantes pois, pelos actos praticados, têm que fazer parte do naipe dos que por pouco não deram cabo do País. Deverão estar no pódio da nossa memória como alguns dos actores principais de uma desgraça que durou 4 anos. 
Referia-me eu a artistas como o Lombinha dos Briefings ou o Maçães das Polacas. 


Por não passarem de uns artolas que passaram pelo Governo sem terem dado uma para a caixa e, pelo contrário, deixando um rasto de nonsense, de ridículo, de incompreensão ('como é tal absurdo possível...?!' -- interrogavamo-nos de cada vez que apareciam), para sempre os veremos como o epítome do lado absurdo, burlesco e deslumbrado do passismo.

Muitas vezes aqui escrevi sobre Bruno Maçães: uma figurinha em bicos dos pés, fazendo-se passar por governante, sentindo-se importante. Um personagem cómico como vários outros do período negro que Cavaco Silva tão cuidadosamente protegeu. Qualquer coisa naquele Brunocas me fez, desde logo, perceber que estava ali um malandreco, mas um daqueles malandrecos de tipo cromo, bom para figurar numa galeria de patarecos mal resolvidos.


Foi, pois, sem surpresa que li a notícia:

Jornalista acusa Bruno Maçães de lhe enviar fotografias obscenas intimidatórias


(...) Bruno Maçães, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Passos Coelho, foi hoje acusado de assédio no Twitter por parte de uma jornalista e o assunto está há várias horas a liderar os temas da rede social em Portugal. Lily Lynch, uma jornalista californiana co-fundadora e diretora do site Balkanist, alega que o antigo secretário de estado português manteve com ela conversas indesejadas que considerou assustadoras e que lhe enviou “dick pics” (fotografias explícitas de partes íntimas).(...)


E, francamente, só tenho pena que Lily Lynch não mostre as dick pics que o Maçães lhe enviou para eu poder ajuizar. Esta prosa poderia ser mais suculenta se pudesse ser abrilhantada com a imagem do pénis do ex-Secretário de Estado de Passos Coelho. Poderíamos, então, avaliar se seria coisa que impusesse respeito ou se teríamos que disfarçar o riso tal como o fizemos de cada vez que, na era passista, o víamos a armar-se em importante.



Assim, não posso adiantar mais nada. Só que estou solidária com a Lily quando ela se queixa:



A minha dúvida é a que é que ele se refere quando lhe responde, dizendo: uma coisinha frágil. Será que está a falar do seu little dick?

Na volta é. A desculpar-se. 

Enfim.

Este Maçães teima em não passar à história e continua a ser pelos mais hilariantes motivos. Ca ganda maluco.


A cabeça serve a Maçães para coisa nenhuma. E o pénis, pelos vistos, vai pelo mesmo caminho. 


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E agora, caso queiram esquecer o troloró Maçães, convido-vos a descer até aos dois posts abaixo: as fotografias que fiz no Ginjal deram o mote.

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sábado, fevereiro 13, 2016

#OsCartazesdoLáparo
[Post Nº 5]


Olha lá, ó Coelho, ó sumidade, tu que andas para aí todo prosa, a botar cagadura, a dar lições a torto e a direito, sempre armado em marraozinho, daqueles que não acertam uma por muito que andem de dedo no ar a dizer que fizeram os trabalhinhos de casa todos, todinhos, antes de continuares para aí a papaguear o teu guru e a dizeres que ui, ui,  vem aí o lobo e que o magano do Costa é que anda a atiçar a matilha de urubus e lobos maus, presta lá atenção a este cartaz com o teu crânio da Política Europeia (ou lá o que o Maçães-dos-Alemães era).  



Cá estão os desenhos para ver se o Láparo percebe o que é isso dos 'mercados'


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E queiram, por favor, descer até ao próximo dos #CartazesdoLáparo. É já a seguir.

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terça-feira, dezembro 29, 2015

Alô, alô Teresa Leal Coelho! Cortar no pagamento de Horas Extraordinárias nos hospitais é, directamente, sinal de boa gestão...? Hello... Dahh...
E o fim dos piropos pro bono: tempos de sensaboria em perspectiva.
E o irrevogável (?) adeus do vice-Paulo Portas.


Jantar tardiamente tem vários problemas. Claro que poderia evitar um deles mas é esta coisa da curiosidade que matou o gato.
Não sei se é o gato ou o rato. Ao escrever isto, perguntei ao meu marido como é que se diz. Diz que nunca ouviu, que devo ter acabado de inventar. Mas acho que existe mesmo esta expressão. E se não é gato ou rato, muda-se a expressão para encaixar um coelho porque, desgraçadamente, parece que, sempre que há porcaria da grossa, há, por trás, mãozinha do coelho.
Adiante. Quero saber se há novidades, espreito a televisão e depois sai-me sempre a fava. O meu marido não quer ligar a televisão, diz que é uma paz poder jantar sem aquela gente a atentar-nos o juízo, no fundo acha o mesmo que eu, que, por cada um que diz coisa que valha, há meia dúzia de bimbos a dizer alarvidades. Mas eu persisto, nem sei bem porquê, é quase como se quisesse ver até onde vai a estupidez humana.

Bem.

Ligámos a televisão e aparece a Leal ao Coelho a debater com o Bernardino do PCP. Vêm à baila as mortes que vão aparecendo como consequência de não haver pessoal hospitalar para prestar a assistência necessária. Agora foi o senhor que, no Algarve, com um AVC, foi mandado, horas depois, para Coimbra: não resistiu. Nos AVCs é essencial uma assistência imediata e o que as filhas descrevem é de anedota - só que não dá para rir.


Pois bem: esperta como só ela, a dita menina, querendo desculpabilizar o seu bem-amado chefe e o Paulo Macedo, sai-se com isto: que é preciso contextualizar e mais não sei quê, que os hospitais estavam descapitalizados e tal e coisa e que os cortes foram só nas despesas farmacêuticas e nas horas extraordinárias.

Claro que nada do que esta gente diz é para ser levado à letra pois, com uma assombrosa assertividade, dizem a primeira baboseira que lhes ocorre. Não faço ideia de onde é que cortaram ou deixaram de cortar e se foi com conta, peso e medida ou à bruta. O que sei são os resultados que estão à vista: uma penúria a todos os títulos que, em alguns casos, impede o Serviço Nacional de Saúde de ser o que deveria ser e o êxodo do pessoal especializado para os hospitais privados. Mas uma coisa merece reparo: se ela diz, com ar de chica-esperta, que cortaram nas horas extraordinárias então é porque acha que pagar horas extraordinárias é coisa supérflua, é cortar nas gorduras más, é como não deixar as enfermeiras usarem chinelos Louboutin. Não há paciência.

Eu explico à senhora-dona-deputada que parece que é vice presidente do PSD: quando alguém trabalha para além do seu horário normal, está a fazer trabalho suplementar. Ora se é certo que receber o pagamento do trabalho extraordinário é ter um complemento para o ordenado normal, a verdade é que, sem esse incentivo, ninguém no seu pleno juízo aceita trabalhar horas a mais, sistematicamente e por tuta e meia.

O tempo que as pessoas têm sem ser de trabalho não é só tempo de descanso: é o tempo para ter a sua vida normal. E, dizendo isto desta maneira, tenho que me corrigir pois não estou a ser correcta - o direito ao descanso não é coisa para piegas: o descanso é uma necessidade vital. Mas, passemos por cima desse pormenor e vamos, até, admitir que a senhora-dona acha que gentinha dessa não precisa de ter descanso ou, sequer, vida pessoal. Mesmo assim eu digo-lhe: muita gente, quem tem vida própria, usa essas horas para ir buscar e levar os filhos à escola ou para assistir aos pais, para fazer as compras para a casa, para tratar da casa, para tratar da família. Muitas vezes, se o trabalho extraordinário é recorrente, os trabalhadores têm que contratar empregadas domésticas que, de outra forma, não precisariam. Ou seja, de uma forma ou de outra, por não terem disponibilidade, as pessoas acabam por incorrer em mais despesas.

Por isso, se não são justamente compensados, trabalham o horário normal e chega. E pode acontecer que isto nem seja uma opção individual das pessoas (ah, hoje não me apetece trabalhar mais porque o que recebo não me compensa...!): pode acontecer que os gestores hospitalares, por não terem funcionários suficientes e por não lhes poderem pagar as horas extraordinárias, tenham, simplesmente, suprimido serviços: daí não haver médicos e enfermeiros depois das 20 da noite, não haver equipas de cirurgia ao fim de semana, etc.

Ora gerir assim é fácil: basta cortar a eito -- e que se lixe quem sofrer as consequências.
[Teve um AVC depois das 8 da noite? Azarinho
Rebentou-lhe um aneurisna ao fim de semana? Paciência, não tivesse rebentado.]
Eu disse que é fácil -- mas atenção: é fácil para quem não tem consciência que lhe pese, é fácil para quem não sabe fazer melhor, é fácil para quem não tem jeito para gerir a coisa pública.

Por isso, senhora-dona Leal ao Coelho veja se percebe o que é a vida real antes de se pronunciar. Ou veja se atina. É que já chega de tanta sandice dita com tom doutoral, ouviu?

Melhor ainda. Senhores da SIC: a que propósito é que ali têm aquela criatura que, para defender o dono, diz as barbaridades que lhe vierem à cabeça? 

Ou querem que a gente, mal a vê, corra a mudar de canal? Acham que o canal é sustentável com artistas destes?
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Nota de rodapé a propósito dos piropos



Com esta má notícia da criminalização dos piropos, será que já não posso tratar o láparo por coelho? Ou que já não posso tratar o Mendes por golden boy? E, se por aí nos aparecer outra vez o Lombinha dos Briefings, trato-o como? Por Lombinha mesmo? Não pode ser por ex-Secretário de Estado Lomba? Ou se um dia me aparece pela frente essa fera que dá pelo nome de Bruninho ou por Maçães-dos-Alemães, trato-o como? Assim mesmo? Já não posso piropeá-lo e tratá-lo por ex-Secretário de Estado? 


Não acredito. Não pode ser. Alguém que me revogue já, se faz favor, esse decreto. Que maçada.

E o vice-irrevogável, agora que parece que quer ir gozar do bem bom, quiçá tirar um curso de engenharia naval, deve ser tratado como? Por Portas dos Fundos? Querem lá ver que já não se pode tratar simplesmente por Paulinho das Feiras, ex-líder do ex-CDS?


Ah, outra coisa: devo mandar prender o meu amigo brincalhão que gosta de me chamar avozinha e dizer que é o lobo mau?

Que coisa, esta.

Este 2015 não me traz boas notícias, senhores?  


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A saída de Paulo Portas, segundo ele uma decisão de vida - o início da saída de cena de políticos que não deixarão saudades.


Como acima referi, Paulo Portas anunciou que não vai recandidatar-se à liderança do CDS. É o bye bye que se esperava. Todo prosa, desejou felicidades, que não tenham medo e mais não sei o quê. Mas a verdade é que, aqui chegado, sem votos avaliados e sem relevância, ultrapassado pelos acontecimentos, ninguém o quer, a sua histriónica nulidade é um peso que já ninguém quer carregar.


Paulo Portas de saída da vida política,
Cavaco idem.
Falta Passos Coelho. 
Expectável. No outro dia, um ex-jornalista que, em tempos, conheceu bem os bas-fonds da vida política e que acompanhou de perto a cobertura mediática de um dos casos mais falados da justiça portuguesa, dizia que, agora que os PàFs foram à vida, o tempo de impunidade de Paulo Portas irá acabar, que sempre assim é. Perguntei o que queria ele dizer: referiu uns quantos rabos de palha. Nada de novo. Dizia ele: não vão descansar enquanto ele não sair da frente do partido e, depois, muito dificilmente não lhe farão a cama. Questionei-o de novo. Referiu que que é dos livros, que há muita gente que teve que engolir o que ele quis porque ele estava do lado do poder. Não tendo poder nenhum, haverá muita gente que o quererá fazer pagar olho por olho, dente por dente. Não sei. Não sei de nada desse sub-mundo em que política e comunicação social frequentam o mesmo boudoir.

Por isso, vamos ver se os próximos tempos, com Paulo Portas sem a impunidade parlamentar e apeado das várias geringonças do poder onde, ao longo de anos, medrou, não serão mesmo tempo de apedrejamento público daquele que foi um dos piores políticos deste País.
Se o forem, não contarão com o meu contributo. Acho sempre que julgamentos políticos se fazem nas eleições, julgamentos criminais fazem-se nos tribunais e que julgamentos morais fazem-se no recato da consciência de cada um. Por isso, espero que se saiba fazer essa separação, agora que Paulo Portas vai sair da política pela porta pequena. 
Entretanto, já ouço, na televisão, as comentadeiras de serviço, num frisson, frou-frou, a antever que o futuro dele talvez passe por se juntar à irmandade das santas inhas que, de balcão em balcão, vendem opiniões a copo. Havia de ter graça, tê-lo, papagaio avençado disfarçado de senador, todo poseur, a debitar postas de pescada a propósito de tudo e de nada. A menos que lhe pusessem pela frente a Ana Gomes - aí dificilmente sairia inteiro do estúdio.

Mas não sei, não faço futurologia. Contudo, se pudesse dar-lhe um conselho, dir-lhe-ia que, qual Julia Roberts (só vi o filme, não li o livro), fosse fazer um périplo de tipo 'comer-amar-rezar', até podia levar um camera man atrás para nos brindar, mais tarde, com o making of, ou, então, que fosse simplesmente meditar para a Índia, ou, melhor, que se tornasse missionário e fosse construir escolas para as bandas do Machu Picchu -- coisas assim, nessa base. Longe de nós, quero eu dizer.
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E, a propósito de apedrejamentos na praça pública, que entrem os meus amigos do circo voador.

Stoning - Monty Python's Life of Brian


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As duas últimas imagens que usei na ilustração do texto provêm do saudoso Kaos. As restantes provêm do imenso espaço sideral da net (que é como quem diz).
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Estava a pensar fazer um post sobre as diferenças entre homens e mulheres mas meteu-se isto que acabaram de ler e agora já não tenho fôlego. Talvez amanhã.

Então, pus-me a fazer um post sobre striptease, mostrando dois estilos muito diferentes para que as minhas Leitoras, consoante o seu tipo, se inspirem e se preparem para surpreender alguém no réveillon e para que os meus Leitores, homens, avaliem bem qual o tipo de stripeasers que preferem. Já está quase pronto, o meu little post, mas está a dar-me a travadinha, sono, sono, e, portanto, vou deixá-lo em banho-maria para lhe dar os toques finais amanhã de manhã ou à hora de almoço. Durante o dia sairá à cena. 

Até lá, despeço-me já, desejando-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira.

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sexta-feira, setembro 04, 2015

"Choro, logo sou bom"...? Não, Maçães, tu nunca és bom. Não percas tempo com isto, ó Maçães. Mantém-te entretido no twitter com coisas mais à medida da tua fraca cabeça. E desaparece-me da vista, se faz favor, vai brincar para outro lado, onde não envergonhes os portugueses. Ou, então, olha para o que aqui compilei para tu veres, ó Maçães, Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Europeus.


E agora já vêem o que se está a passar?



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Maçães partilha artigo que desvaloriza emoção com foto de criança morta



O secretário de Estado Bruno Maçães, dos Assuntos Europeus, partilhou hoje no Twitter um texto da revista britânica Spectator que trata como "pornografia moral" a difusão viral da foto de uma criança síria que surgiu morta numa praia turca.


Com o título "Choro, logo sou bom", Maçães partilha no seu Twitter um tweet com o link de um artigo de Brendan O'Neill intitulado "Partilhar uma foto de uma criança síria morta não é compaixão, é narcisismo".

No artigo, O'Neill desvaloriza a autenticidade de quem mostrou emoção com o caso partilhando de forma viral a fotografia - que hoje fez cobriu as capas dos jornais pelo mundo inteiro.

(Daqui)
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"Os meus filhos escorregaram-me das mãos", diz o pai de Aylan e Galip. 



Família síria tinha feito pedido de asilo ao Canadá, que fora rejeitado. Mas saiu da Turquia numa tentativa desesperada de chegar ao outro lado do Atlântico.


A Europa era só um ponto de passagem, mas Aylan e Galip Kurdi, de três e cinco anos, nunca vão chegar ao destino. Os dois meninos curdos morreram ontem, quarta-feira, com a mãe, num naufrágio no mar Egeu, quanto tentavam chegar à Grécia. A imagem do corpo de Aylan na areia de uma praia da Turquia tornou-se o símbolo mais recente da crise dos refugiados da Europa. Mas o destino era o Canadá, do outro lado do Atlântico, onde os esperava uma tia.

O pedido de asilo tinha sido rejeitado, mas a família saiu da Turquia numa tentativa desesperada de chegar ao outro lado do Atlântico. Só o pai, Abdullah, sobreviveu. E tudo o que quer agora é voltar a casa, em Kobane, para enterrar a família.

O pai de Aylan e Galip à saída da casa mortuária
onde estão os corpos dos filhos
"Os meus filhos escorregaram-me das mãos", disse Abdullah à agência noticiosa turca Dogan. "Tínhamos coletes salva-vidas, mas o barco virou-se subitamente, porque as pessoas se levantaram. Segurei a mão da minha mulher, mas os meus filhos escorregaram-me das mãos", explicou o pai de Aylan e Galip. Segundo o The Guardian, o comandante do barco entrou em pânico devido à força das ondas e saltou da embarcação para o mar, deixando Abdullah no comando. 

Depois de o barco virar, o sírio ainda conseguiu segurar nos braços a mulher e os filhos, que já estavam mortos.


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"Não queremos ir para a Europa. Só queremos que parem a guerra na Síria"



Refugiado sírio de 13 anos tem uma mensagem para os europeus.


Kinan Masalmeh tem 13 anos e é refugiado. Chegou à Europa com a sua irmã e, quando foi interpelado pela Al Jazeera sobre a mensagem que tinha para os europeus, não hesitou. "A minha mensagem é: ajudem a Síria. Os sírios precisam de ajuda agora", disse. "Nós não queremos vir para a Europa. Só queremos que parem a guerra na Síria".

(Daqui)
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Licença para matar


Ainda a leveza da consciência europeia


Em 2011, a Alemanha exportou 5,4 milhões de euros em armamento, dos quais 2,3 mil milhões para países do chamado terceiro-mundo (Infografia: Der Spiegel)


«Duas opções restam à indústria de armas alemã, com os seus 80.000 empregos: ou se reduz, com a diminuição da procura, ou desenvolve novos mercados. Mas acontece que esses mercados são em regiões do mundo onde os ditadores estão em guerra uns com os outros, regimes religiosos financiam terroristas ou autocratas usam a violência para suprimir os seus próprios povos. Os mercados em maior crescimento estão no Médio Oriente e nas economias emergentes do Sudoeste Asiático ou da América do Sul.»

[Fonte: Der Spiegel, 3 de dezembro de 2012]

O resultado de tal estratégia de desenvolvimento de novos mercados é o que está à vista.


(Daqui. E, se me permitem, vejam também aqui - pois nos factos aqui referidos está, em parte, o fundo da questão)

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NB

E quem diz Maçães diz qualquer um dos outros que têm contribuído para que a Europa seja o bordel que é hoje, contribuindo para espalhar o mal por esse mundo fora.
(Maçães é apenas uma caricatura maior, uma coisa ao nível do absurdo, e ilustra bem o que são as criaturas ineptas que opinam, decidem, empatam, atrapalham e dão cabo da Europa e da vida de muita gente por esse mundo fora)
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A imagem que encabeça este post tal como a que o fecha fazem parte de uma série na qual artistas de todo o mundo reagem à dolorosa imagem de Aylan Kurdin, o menino morto na praia que não me sai da cabeça, um menino que saíu de casa todo arranjadinho para ir em busca de um futuro melhor. 

Estas imagens podem ser vistas no Bored Panda.




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quarta-feira, agosto 19, 2015

O Um Jeito Manso também já fez um cartaz para as próximas eleições: Machões inteligentes ao poder. Agora vejam quem serviu de modelo.


Farta, fartinha. 

Ou são machões e não são inteligentes ou são inteligentes mas não são machões. E há ainda pior: os não-machões que são não-inteligentes - uma dor de alma. Mas pode ainda piorar: é que também há as bichinhas burrinhas e, ainda por cima, pequenininhas (contaram-me que há um certo ministério cheio deles). E há também os caixinhas de óculos, coisinhos e mirózinhos. E os vesguinhos, briefinguezinhos e lombinhas. Uma coisa... Parece impossível. Isto empalidece o nobre orgulho lusitano. 

Onde os viriatos grandões, garanhões, de pêlo no peito e bué de neurónios na cabeça? 

Daí eu achar que o partido que aparecer com um exemplar a enaltecer os machões inteligentes já ganhou - e daí eu ter ido buscar o exemplar mais apurado dessa espécie rara.




Nota: Caso a pessoa que figura no cartaz não autorize a utilização da sua imagem, agradeço que me contacte que, de imediato, o retirarei do ar. De notar que a obtive graciosamente na base de dados disponível para utilização das máquinas eleitorais pelo que admito que a carismática figura tenha cedido os seus direitos de imagem.

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quarta-feira, agosto 05, 2015

Petição "Queremos o Maçães na selecção de The Worlds Dumbest People". Todos a assinar, vá, para aumentarmos ainda mais o ego do nosso Maçanitas [Para já, já conseguiu que se referissem a ele assim: "what a funny Clown this Bruno is, Philippe. Tell me this Guy is a satirical project". Boa, Bruninho, boa!]


No post abaixo falei de um casamento real que quase fez sombra ao chorudo casório do Jorge e da Sandrinha-with the big boobies: o de Beatrice Borromeo e Pierre Casiraghi. As fotografias mostram as elegantes farpelas dos participantes. 

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, volto ao humor.

A paródia é generalizada face às chalaças do próprio (e digo às chalaças para não dizer às palhaçadas a que the only and only Bruno Maçães se presta nas redes sociais ).


Foi tema durante o dia e, portanto, não dou novidade nenhuma. Podia passar à frente, eu sei. Mas tanta ternura tenho por este nosso tesourinho deprimente que tenho que lhe dar aqui o devido destaque. A questão é que o nosso Brunocas, o chamado cagalhoças, voltou a fazer das dele. Deixam-no à solta e ele, danadinho para o disparate, incontinente intelectual como é mas, convenhamos, com severos défices a esse nível, vai e mete-se com quem não deve. Gosta de palco, o nosso pestinha.

Claro que, em vez de andar por jornais galácticos como no outro dia ou a desafiar gente mediática como agora, poderia exercitar os seus dotes de espécie de governante em meios mais pacatos, por exemplo provocando um papagaio que encontrasse numa loja de animais -- qualquer coisa assim:
"escuta lá. sabes que já deixámos os problemas para trás?", perguntaria ele ao papagaio
"deixaste os problemas para trás...? mas onde é que ouviste essa? ...e o papagaio sou eu?", responder-lhe-ia o papagaio
''Mas então não vês que já somos um país rico? se não vês, é porque és podre de ideólogo!', zangar-se-ia o nosso Bruninho
"ideólogo da treta és tu, ó cagalhoças!"
"assim não brinco, se me chamas outra vez cagalhoças, já não discuto mais economia contigo..."
"olh'ó cagalhoças...!, agora diz que está a discutir economia..."
"estás a ser agressivo, assim não te ensino mais nada"
"vai mas é dar banho ao láparo, ó cagalhoças", remataria o papagaio.


Ou podia convencer alguma das suas fãs polacas a passarem a tarde com ele num qualquer chat, ora diz tu, ora digo eu, para ver se ganhava algum traquejo. 

Por exemplo:

"ó fofa, queres que te mostre o meu pib?"
"olh'o o cagalhoças armado em alemão...!
"ó fofa, não sejas agressiva. assim não te mostro como é que, na toca do láparo, pomos o pib a crescer..."
"olha lá, ó meu, mas tu julgas que estás a falar com quem...? com um pibezinho desse tamanhinho estás para aí armado em bom para quê?"
"olha, ó fofa, se continuas a ser ideológico-agressiva não te mostro o tamanhão do bicho"
"desculpa...?! do bicho...? olha-m'este..."
"ai, enganei-me, sorry, queria dizer do pib"
"olha lá, ó cagalhoças, mas porque é que não vais dar banho ao láparo ou ao pib ou ao que quiseres?", concluiria a polaca.

Podia exercitar-se assim. Mas não. Com aquela desfaçatez tão própria dos indivíduos destituídos, não mede a sua dimensão e resolve meter-se com qualquer um.

Desta vez foi com Philipe Legrain e, claro está, não tardou estava a ser ridicularizado por todo o lado. Toda a gente se interrogava se aquele proto-palhaço seria mesmo um governante português.

Era. Cá em Portugal temos um governo formado por artistas de circo, cada um a fazer a sua especialidade. A deste é andar pelo twitter a armar-se em bom.

Transcrevo:

Bruno Maçães volta a agitar o Twitter


O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, voltou a envolver-se numa discussão via Twitter, desta feita com Philippe Legrain, antigo conselheiro de Durão Barroso.


Agosto é, normalmente, mês de férias para a política portuguesa mas, para Bruno Maçães, isso não é impedimento para continuar a discutir assuntos económicos nas redes sociais.

Via Twitter, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus envolveu-se, esta segunda-feira, numa troca acesa de "twits" com Phillippe Legrain, economista britânico e antigo conselheiro de Durão Barroso, que defende uma "Primavera Europeia" e explica, numa obra, por que razão a economia e a política que se faz na Europa têm de ser mudadas.

A discussão parece ter começado com a partilha, por parte de Maçães, de um artigo do Wall Street Journal, com o secretário de Estado a usá-lo como prova de que os países europeus em crise "já deixaram o pior para trás". Legrain respondeu à partilha, garantindo que a "economia de Portugal está 7.5% mais pequena que há sete anos". "É a isso que se refere quando diz que já deixaram os seus problemas para trás?", questiona.

Maçães responde, garantindo que as previsões de Philippe estão erradas e que "Portugal está a crescer sem dívida pela primeira vez em 40 anos", o que motiva Legrain a continuar o diálogo, assegurando que "Portugal está num buraco terrível". "Chamar a uma economia mais pequena do que há sete anos um sucesso é um disparate. É pior do que na Grande Depressão dos anos 30. Crescimento fraco, dívida sufocante, elevado desemprego, emigração em massa" são alguns dos argumentos que o economista britânico utiliza. (...)



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Uma paródia. Por isso, vos digo: se fizermos uma petição junto do Youtube, acho que o incluem no vídeo abaixo: The world dumbest people



Então o nosso Brunocas não tem mais do que direito a integrar este elenco, ora essa?

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Caso queiram lavar a vista e ver como é que a beautiful people se aperalta, sigam até ao casamento de mais um elemento da família real do Mónaco.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quarta-feira. 
E já sabem: votem no Bruno. E riam à grande e à francesa.
Ou melhor: à polaca. Ou à alemã. Para fazer o gosto ao Bruninho.

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quarta-feira, julho 22, 2015

Bruno Maçães e Sara Sampaio: têm alguma coisa em comum? Eu ajudo: o primeiro acha que é lindo e que há quem o leve a sério; a segunda é linda e tira toda a gente do sério (enfim, quase toda a gente - digo eu). Mais: o Bruninho Maçãezitas pela-se para aparecer no WSJ; a Sara Sampaio aparece em tudo o que é sítio, pelada, ou não pelada, como lhe apetecer. Ele é um pintas, ela tem uma grande pintarola.




Sara Sampaio fez 24 anos e continua a sua ascensão no panorama da moda internacional, num ano em que se tornou oficialmente um dos «anjos» da Victoria`s Secret.





Get intimate with Sara Sampaio on her 24th birthday!


Join us in wishing two-time SI Swimsuit model Sara Sampaio a happy birthday! 

The Portuguese bombshell has already had one heck of a year, and we're pretty sure it's only just begun. With campaigns for everyone from Banana Moon to Calzedonia, a super steamy commercial for Carl's Jr., and a new contract as a VS Angel, Sara is in high demand, and we can't say we're the least bit surprised. 



Belíssima. Não precisa de se pôr em bicos de pés para lhe prestarem atenção.

Swim Daily, Sara Sampaio Outtakes




Já o nosso Bruninho, este fofinho que nos calhou na rifa como Secretário de Estado e que é conhecido por 'o alemão' (e não é por ser louro, alto e espadaúdo), deu para se pôr em bicos de pés a ver a ver se alguém o toma por importante. 


A minha mãe, já aqui o contei, é muito bem disposta. Usa com imensa graça e frequentemente imitando sotaques expressões populares (especialmente quando conta histórias passadas com ex-alunos ou com os pais deles ou com colegas alentejanas que são divertidíssimas). Quando em ambiente informal, costuma referir-se a criturinhas assim como uns cagalhoças.  
Ora bem, quando olho para o Bruno Maçães todo emproado, armado em bom, apesar daquele seu ar insignificante de quem foi parar a secretário de estado sem se saber como nem porquê, só me ocorrem pensamentos do género: este cagalhoças gosta mesmo de se pôr a jeito, de fazer figurinhas do caraças.

Cá está o nosso Bruninho numa foto de arquivo: um macho man a quem as mulheres não dão sossego

Transcrevo as últimas da nossa putativa fera:

Desemprego em Portugal gera discussão entre Bruno Maçães e Wall Street Journal no Twitter


A discussão sobre os dados do desemprego português atravessou o Atlântico. O jornal norte-americano, Wall Street Journal, publicou na sexta-feira, 17 de Julho, um artigo sobre as consequências do plano de resgaste nos dados de emprego português. No entanto, os valores utilizados para falar do desemprego não agradaram ao secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, que na sua página do Twitter pediu ao jornal que corrigisse a peça. O jornal respondeu dando lastro a uma polémica que já fez correr muita tinta em Portugal. 

(...)
Bruno Maçães @MacaesBruno
@gksteinhauser @StephenFidler1 @kowsmann Not sure what your point is. First you recover from bailout. Done. Then older problems. Ongoing
 Stephen Fidler ✔@StephenFidler1
@MacaesBruno @gksteinhauser @kowsmann Portugal bailout out approved May 2011. Eurostat unemployment rate 12.3%. May 2015 13.0%. Case closed.12:36 PM - 20 Jul 2015

Pelo meio, Bruno Maçães é convidado a colocar o seu ponto de referência e comparação num período anterior à crise e é confrontado com os números da emigração (procurada como alternativa ao desemprego nacional), que terão contribuído para a diminuição da população activa e consequentemente a uma melhoria na taxa de desemprego. (...)

[É no que dá pôr-se uma figurinha destas pôr-se a jeito. Artigo completo no Jornal de Negócios]


Bruninho, sempre perseguido por mulheres.
Paf, paf, Bruninho, olha para a expressão de matador do valentão.
Parece um bandarilheiro. Olé!

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Moral da história

O Bruninho não tem corpinho nem cabecinha para se armar em bom pelo que mais vale que se deixe ficar na moita, caladinho, sossegadinho.

Já a Sara Sampaio tem tudo para estar cada vez mais saidinha da casca e pode fazê-lo à vontade.

Portanto, daqui lanço um apelo ao Bruninho Paf-Paf: a bem do orgulho nacional deixe o palco para a nossa gloriosa Sara e deixe-se ficar a brincar com pecinhas da Play Mobil em vez de nos lembrar a sua existência, está bem?

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Sobre a entrevista do vice-irrevogável Portas e sobre os comentadores que a SIC levou a dissertar sobre tão importante momento, falo no post já a seguir.

E, mais abaixo, tenho dois momentos dedicados ao ensino. A não perder. Dedicado a professores, alunos, pais de alunos, c-ratos --- ou seja, a toda a gente.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta-feira. E haja alegria.

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