Hoje numa reunião, um colega quis atirar-se para fora de pé e eu interceptei-o. Ele insistiu, tentando seguir numa deriva que, em meu entender, não ia levar a lado nenhum. E eu que não. Ele, então, do outro lado da mesa, em voz baixa, tentando ser discreto para não me envergonhar em público: 'open mind... está a perceber...? open mind...'. Achei graça. Interceptei na mesma, expliquei as minhas razões, ele percebeu. Mas fiquei a pensar naquilo.
E há bocado voltei a pensar. Se em tempos alimentei o secreto desejo de me fazer tatuar com uma rosinha bonita perto de um ombro ou na parte de cima de um seio, a verdade é que me saíu completamente da ideia desde que a coisa virou banalidade.
À hora de almoço estava à espera de vez para uma mesa, distraída. O meu marido disse-me em voz baixa: 'São copos?'. Não percebi. Ele disse-me: 'São copos no braço?'. Olhei e vi ao nosso lado um rapaz com copos tatuados no braço. Copos mal desenhados, sem ponta de graça, sem ponta de arte. Um disparate.
E agora dei com tatuagens em 3D. Antes de ver, só pela designação, não estava a perceber bem qual o efeito. Mas, caneco, quando vi achei assustador. Na volta é porque não tenho a mente aberta. Mas, caraças, imagine-se alguém que não esteja preparado par ao que vai ver, ao dar assim de repente com uma coisa destas. Que susto, bolas.
E, para terminar, a versão tattoo do mediático buraco negro que os outros viram por um canudo:
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Para contrabalançar a open-minded arte 3D sobre a pele, juntei dois apontamentos de beleza tradicional.
O vídeo lá em cima, obra de Sølve Sundsbø, junta Alexander McQueen & Damien Hirst e o resultado são écharpes de uma grande beleza.
E o vídeo abaixo mostra outra maravilha. Seda marmoreada com desenhos lindos: H€rmè$.
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