Contaram-me que um tal que saíu de uma das empresas depois de um conturbado processo já se reformou. Como o fez antes da idade certa teve uma penalização considerável mas, como tinha um ordenado base elevado, a redução não lhe faz mossa. Para mais, recomeçou a trabalhar, agora como assessor. Contam-me isto como se fosse coisa boa, invejável, e eu só penso que cada vez percebo menos as pessoas que parece que não conseguem deixar de trabalhar. Disse: 'Eu, um dia que me reforme, nem pensar em voltar a trabalhar. Acho que nem vou querer saber de nada que se relacione com as empresas em que trabalhei nem saber de nada relacionado com as matérias que me têm ocupado em todos estes anos'. Quem me ouviu, reagiu com estranheza: 'Ah, não diga isso... Com certeza que receberá convites. Não vai dizer que não. Não a vejo a querer ficar em casa'. Pois, não quero saber se vêem ou se deixam de ver. Me dá igual.
O que sei é que começa a custar-me ter que me levantar cedíssimo nos dias em que tenho reuniões à primeira da manhã no cu de judas. Não sou de me deitar cedo e nem vale a pena tentar. Se for para a cama sem estar perdida de sono, agarro é uma espertina. Claro que poderia ir recuando nos meus horários mas o meu ritmo é outro, conduz-me incontornavelmente para a noite. E tudo bem se puder dormir, de penalti, aquelas horas que me deixam bem. Bastam-me poucas mas têm que ser de seguidinha e até à hora a que me levanto na boa.
Agora, se a alvorada é de noite, está tudo estragado. Acordar e não ver raio de luz, espreitar a rua e ver as ruas desertas e escuras é coisa que me condiciona o sistema nervoso, o límbico, tudo. Levantar-me a meio do sono, a precisar de dormir mais um bocado, deixa-me incompleta. Pode ninguém dar por isso mas dou eu. Sinto que falo mais pausadamente e os outros pensarão que estou mais ponderada, menos impulsiva. Mas eu sei que é a maneira que tenho para conseguir falar enquanto, por dentro, estou a meio gás. É que me levanto desfalcada de sono e, depois, não mais consigo repôr a energia pois meto-me no carro e aí vou eu para depois entrar num edifício, subir à sala de reuniões e, quando estou é a precisar de me reorganizar mentalmente, tenho que me sentar a uma mesa cheia de homens e desatar a falar de temas que requerem atenção.
O que sei é que começa a custar-me ter que me levantar cedíssimo nos dias em que tenho reuniões à primeira da manhã no cu de judas. Não sou de me deitar cedo e nem vale a pena tentar. Se for para a cama sem estar perdida de sono, agarro é uma espertina. Claro que poderia ir recuando nos meus horários mas o meu ritmo é outro, conduz-me incontornavelmente para a noite. E tudo bem se puder dormir, de penalti, aquelas horas que me deixam bem. Bastam-me poucas mas têm que ser de seguidinha e até à hora a que me levanto na boa.
Agora, se a alvorada é de noite, está tudo estragado. Acordar e não ver raio de luz, espreitar a rua e ver as ruas desertas e escuras é coisa que me condiciona o sistema nervoso, o límbico, tudo. Levantar-me a meio do sono, a precisar de dormir mais um bocado, deixa-me incompleta. Pode ninguém dar por isso mas dou eu. Sinto que falo mais pausadamente e os outros pensarão que estou mais ponderada, menos impulsiva. Mas eu sei que é a maneira que tenho para conseguir falar enquanto, por dentro, estou a meio gás. É que me levanto desfalcada de sono e, depois, não mais consigo repôr a energia pois meto-me no carro e aí vou eu para depois entrar num edifício, subir à sala de reuniões e, quando estou é a precisar de me reorganizar mentalmente, tenho que me sentar a uma mesa cheia de homens e desatar a falar de temas que requerem atenção.
Podia, é certo, ir hoje mais cedo para a cama. Mas está bem, está. Agora estou a ver a Isabel dos Santos numa entrevista de qualidade. Inteligente. Bonita, segura e empresária. Empresária da cabeça aos pés, no sangue que lhe corre nas veias. E quanto ao resto a justiça o dirá. Não lhe conheço os balanços nem as demais peças contabilísticas nem as movimentações societárias e/ou financeiras para poder ajuizar. Portanto, limito-me a ouvir. Com interesse.
Enquanto vejo televisão e me queixo destas minhas frivolidades, desloco-me até ao YouTube para pescar uma musiquinha boa. E pimbas, qual big brother escrutinando o que escrevo ou como me sinto, avança com uma sugestão:
Alarm clock and getting up | Mr Bean Official
E é isto.
Já agora: a senhora a dormir não sou eu até porque não uso camisa de dormir. Quem a caçou naquela falta de compostura foi Francesc Gimeno
Até já.