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quarta-feira, julho 25, 2012

Um pequeno passeio à beira Tejo, dois colares feitos por mim, um poema de Carlos Queiroz, mais um bocadinho da minha casa - e tudo ao som de uma interpretação muito pouco convencional (Rudolf Budginas interpreta a 5ª de Beethoven)


Música, por favor

Beethoven, 5ª Sinfonia - Interpretação fantástica e muito pouco convencional a cargo de Rudolf Budginas



Hoje estou a começar a escrever ainda mais tarde do que é costume. Depois de dois dias assaz preenchidos, só chegámos cá já passava um bom bocado das 9 da noite. O que vale é que tinha jantar no frigorífico. Mas, a seguir, fui deitar-me no sofá, estava cansada. Era minha intenção ver o telejornal da RTP2 para saber a quantas vai o mundo. Acho que me fiquei pelo Alberto João a provocar os bombeiros enquanto via o panorama terrível da paisagem ardida. Adormeci logo de seguida.

Mas, enfim, lá acordei algum tempo depois e já respondi aos comentários. Mas, com este regime maluco, já falta um quarto para as 2 da manhã e só agora estou a começar a escrever isto. Neste momento ouço lá fora um gato a gritar, não sei se chama por alguma gata, se anda nalguma perseguição a algum roedor. E ouço os grilos. Gosto. De tarde, à hora do calor, são as cigarras, é uma orquestra. Os sons do campo, que bom.

Enfim. De qualquer forma, depois dos afazeres, ainda consegui hoje ir tirar fotografias junto ao rio.

Ah, o rio, preciso mesmo do rio. Este hoje não foi bem aquele rio mais meu, aquele em que ando mesmo quase em cima dele. Deste hoje, separa-me um muro e há mais gente mas, paciência, é melhor este muito povoado e mais distante, do que a saudade dele.

E, de resto, Lisboa, para quem gosta dela, é sempre linda.

Tinha começado por ir ao Miradouro das Necessidades, perto do hospital de onde vinha, mas é um miradouro que não tem uma vista por aí além, pelo que aí me limitei a uma única fotografia.

Por isso, dali descemos até ao Cais Sodré.



Autocarro panorâmico em pleno Cais Sodré. Um dia ainda vou passear nele.
Entre o prédio azul ao fundo e os prédios brancos à esquerda, corre a Rua do Alecrim, uma
das ruas mais bonitas de Lisboa, que vai dar ao largo Camões, na zona do Chiado


Como de costume, os bancos e canteiros coloridos junto à esplanada dos puffs às cores estavam cheios de gente, gente a ler, gente ao sol, gente a namorar. É um local com imensa vida. Hoje havia muitos pescadores. Não vi foi nenhum indiano. Se calhar é só ao fim de semana que costumam vir passear à beira do rio. Vêm grandes famílias, todos com as suas belas roupas. Gosto imenso de os ver, os homens com elegantes e dignos turbantes, as mulheres com as vestes coloridas ondulando com a aragem que vem do rio.



Ternura em fundo azul


E há sempre muitos estrangeiros, famílias com crianças, casais que se fotografam mutuamente com o rio por trás, gente a dormir ao sol.



O prazer de dormir ao sol, rente ao rio


Não me saciei da saudade que tenho de andar à beira do rio mas, enfim, sempre foi melhor que nada. A ver se agora vou à praia um dia destes, tenho que ver quando é que está maré vazia. Ainda tenho algumas condicionantes mas, com algum cuidado, a ver se dá.

**

Já agora. Antes de ontem à noite resolvi fazer um colar para usar com a saia e a blusa que tinha resolvido vestir ontem. Depois, ontem de manhã, achei que estava formal demais para a toilette e fiz um outro, que foi o que acabei por usar, que é o da esquerda. Coloquei os dois sobre a blusa, junto à saia, para vos mostrar mas isto de fotografar bijuteria deve ter algum truque porque a fotografia não saíu nada fiel ao que são os colares. O da esquerda tem peças em turquesa e em rosa, intercadadas com bolinhas em dois tons de verde, umas em verde água e outras num verde um pouco mais vivo e umas pequeninas em amarelo - incluindo, portanto, todas cores da saia. O da direita tem dourados e encarnados e verdes. Algumas peças são transparentes e ficam bonitas pela luz contra a transparência colorida. Ao pousar os colares na blusa, perde-se o efeito e perde-se a cor. Tenho que ver qual a melhor forma de fotografar estas peças, se calhar tenho que os suspender para poderem receber a luz através deles. Seja como for, para já mostro-vos a fotografia que tenho. Gosto imenso de fazer colares e pulseiras e faço para mim e, por vezes, para oferecer.



Quase podia ser eu aqui... mas não, falta o miolo.
Aqui está apenas a vestimenta e os dois colares

E, como ando em maré de visitas guiadas à minha casa, aqui vos deixo mais um pormenor de um recantozinho. Embutido na parede, um painel de azulejos e, por baixo, uma figura artesanal de madeira, talvez uma Nossa Senhora e, junto a ela, um dos meus galos, uma vela em forma de ovelha, uma flor e, de lado, uns tubinhos suspensos que produzem música (o martelinho de madeira já desapareceu mas, estou certa, um dia destes encontro-o por aí).



Sobre o móvel da sala onde está a televisão e o leitor de dvd

**

Livrai-me, Senhor,
de tudo o que for
vazio de amor.

Que nunca me espere
quem bem me não quer
(homem ou mulher).

Livrai-me também
de quem me detém
e graça não tem.

E mais de quem não
possui nem um grão
de imaginação.


['Libera me' de Carlos Queiroz.... (o Poeta, não o ex-seleccionador)]

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E é isto, Caros Leitores.
Tenham, por favor, uma bela quarta feira. Gozem-na bem, gozem a vida - não se esqueçam, está bem?