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terça-feira, agosto 04, 2015

Pornografia?... Ná, hoje não... Fico-me pelos inocentes jogos de amor.


Depois do tema do amor e do vídeo do post abaixo, para me fazer passar por inteligente e superior às petites choses du coeur, fiz mais uma tentativa, a sério que fiz: percorri os jornais económicos, vi as aselhices fiscais do governo, todas as outras que são de todas as espécies e feitios, li sobre o pagode que são os cartazes do PS (e digo pagode porque aquilo mais me parece coisa chinesa, do tempo do Mao, para aí, uma coisa pirosa todos os dias), e percorri os jornais generalistas -- e nada -- e as revistinhas pink, tudo -- e nada -- tentando descobrir temas onde pudesse vir para aqui dar-me ares. Mas a verdade é que ou sou eu que estou desinspirada ou é o mundo que anda meio sem graça. 
Claro que há temas sérios, horrendos, mas desses eu só falo quando tenho sossego para rodear as palavras de silêncio. Por isso, espero sentir-me com a gravidade certa na ponta dos dedos para falar nisso e, não sendo hoje, passo à frente. 

Ainda pensei falar de obscenidades. Pornografia. Hardcore, coisa da pesada mesmo: cerca de meio milhão de euros o casório do Jorge Mendes e da sua bem amada Sandra, a ilha grega oferecida pelo Ronaldo, Serralves transformada em sala de baile para futebolistas, treinadores e suas bem arraçadas esposas, advogados e suas coloridas madames, as ruas do Porto cortadas para o grande desfile do dinheiro. Por exemplo. 


O rico casalinho: Jorge e Sandra

O Jorginho e a generosa Sandrinha, aqui à civil

Cristiano Ronaldo entre altas cilindradas e seguranças

Lobo Xavi€r e S€nhora - of cours€, as usual


Tanto que haveria a dizer se hoje estivesse numa de porno... Mas hoje estou mais para o romântico do que para a pornochanchada e, portanto, passo por cima desse happening jorge-e-sandra-mendista regado a milhões e volto-me de novo para o amor.

Mas, dissertar sobre o amor, hoje não, não estou muito fluente. Para falar a sério teria que ser científica, sistemática, e não estou a sentir-me com paciência para me manter no trilho do rigor e do bom comportamento.

Por exemplo, deveria compartimentar os diferentes tipos de amor ou as diversas formas de se manifestar: o amor das mulheres mais novas por homens com patine, ou de mulheres velhas por inexperientes pupilos ou de mulheres introvertidas por homens histriónicos ou vice-versa, ou de mulheres feias por mulheres bonitas ou de intelectuais de esquerda por beatos conservadores ou de homens machões por homens machões. Podia, claro. Até podia falar sobre o amor no ambiente de trabalho sobre o qual acabei de ler que é frequente e que até faz bem à conjugalidade (Flasher sur un collègue peut booster votre couple!). Mas não me está a dar para isso, estou preguiçosa.

Por isso, com vossa licença, abrevio razões e avanço para as fitas.


Jogos proibidos 

(cenas do Paciente Inglês)



Though it's forbidden for my arms to hold you
And though it's forbidden, my tears must have told you
That I hold you secretly each time we meet
In these forbidden games that I play


A liberdade sonhada

(cenas de Lady Chatterley)




O amor à solta

(cenas de A insustentável leveza do ser)




'Não beijo estranhos'

(uma cena de Closer)



Ora bem. Sim, senhor.

......

Relembro que, no post abaixo, continua o climinha: amor.
Para que serve o amor? 

.......

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira. 
De preferência com muito amor, muitos beijos, muito romance. 
(Mesmo que não saibam para que é que isso serve).

...

domingo, outubro 06, 2013

'Escrevo-te, logo existes'? - Emma Bovary e Flaubert, Rui e Dulce Maria Cardoso, Milena e Lídia Jorge, refere, a título de exemplo, Ana Soromenho na Revista do Expresso. [A (des)propósito: alguém sabe o que é feito de Eva? Ou se a Lídia e o Paulo terão adoptado uma criança?]


Na Revista do Expresso, Ana Soromenho escreve um interessante artigo sobre personagens literários que ganham contornos de gente de verdade e que acabam por ficar para a história de forma vívida, como se tivessem existido de verdade.


Vários exemplos são referidos, alguns escritores foram ouvidos (incluindo o Valtinho a quem parece que toda a gente teima em incluir na categoria dos escritores). Se há um Mário de Carvalho que cria, usa e depois arruma os seus personagens, há os outros que, de forma geral, ficam com eles a viver uma vida paralela dentro da sua cabeça.




Tenho pensado por vezes nisto. 




Quem é mais real? Personagens como uma Maria Eduarda (de Os Maias de Eça de Queirós) ou um Ravic e Joan Madou (do Arco do Triunfo de Erich Maria Remarque) ou Robert Jordan e Maria (de Por quem os Sinos Dobram de Hemingway), e tantos, tantos outros, que quem teve o prazer de conhecer não mais esquecerá, ou o Zé Maria dos Anzóis que teve carne e osso mas de quem nem os bisnetos se calhar ouviram falar quanto mais eu e você, meu Caro Leitor?



(Foi pura coincidência a repetição da Ingrid Bergman. Lembrei-me dos personagens dos livros e, apenas ao escrever sobre eles aqui, me dei conta de que, em ambos os casos, foi Ingrid Bergman que lhes deu corpo. No entanto, a própria Ingrid Bergman já se foi há uns anos e são essencialmente as personagens que interpretou que ficarão na nossa memória, mais do que, propriamente, a vida real dela - que, por acaso, até foi uma vida bem cheia de romance e aventura)




Na minha vida fora da internet não sou nada de me colocar no centro da conversa mas, aqui, em que não posso ouvir as vossas opiniões, tenho eu que fazer a conversa toda. Por isso, trago à liça tantas vezes o meu caso pessoal. Percebam que não me considero referencial para coisa nenhuma mas, à falta de quem aqui exerça o contraditório, tenho eu que me chegar à frente.

Vem este aparte agora a propósito de que, também a mim - que não me considero escritora, mas nem de longe nem de perto mas que na minha useira e vezeira insustentável leveza do ser, já me deitei a ficcionar por estas bandas uma dúzia de vezes - me acontece ficar com alguns personagens a viverem ao meu lado, uma existência quase paralela à minha.

Lídia, a mulher triste, Eva, a sedutora, Isabel, a ciumenta (cuja história nunca foi acabada), Tomás, o carpinteiro calado e digno, Paulo, o homem que restituíu o sorriso a Lídia, são alguns em quem penso muitas vezes. O que andarão a fazer? Por onde andarão? 

Por vezes, dou por mim curiosa como se eles fossem gente de verdade. Para mim são. Dei-lhes um bom bocado da minha vida e depois ganharam vida própria. Quando me sentava aqui a escrever nunca sabia o que ia sair, eram eles que me contavam o que faziam. Afeiçoei-me a eles. De cada vez que acabei uma das minhas histórias foi sempre com pena por me ir separar deles.

Ora se isto acontece comigo e com os meus personagens, imagino o que se passará com escritores de verdade.

O mundo é habitado por muitos seres, uns a quem o sangue alguma vez correu nas veias e outros que, apesar de sempre terem sido intangíveis, são eternos.

*

E, já agora, por insustentável leveza do ser, aqui vos deixo o trailer da adaptação do livro homónimo de Milan Kundera, com realização de Philip Kaufman


Daniel Day-Lewis é Tomas, Juliette Binoche é Tereza e Lena Olin é Sabina

(E não me venham dizer que Tomas, Tereza e Sabina nunca existiram... Então eu não li a história deles? Eu não os vi depois? Não me lembro eu tão bem, até, do cão que a Tereza tinha e do desgosto tão grande no fim? Então não me lembro? Vão agora dizer-me que inventei tudo?)


*

Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo domingo.

sexta-feira, novembro 30, 2012

Quando lá chego e ainda não está ninguém, preferia que a luz estivesse apagada




::  ::  ::

Preferia que as luzes estivessem apagadas quando lá chego antes da hora. Geralmente tento chegar antes das outras pessoas.

Atravesso Lisboa por uma das vias mais movimentadas. Gosto de conduzir ao lusco fusco, quando a noite tomba e as luzes da cidade se acendem. Ouço música, hoje era violoncelo, um lamento, e esgueiro-me entre os outros carros conforme posso a ver se chego antes.

Em alguns dos mais modernos edifícios de escritórios da cidade, edifícios totalmente envidraçados, transparentes, quando o escuro cá fora realça as luzes do interior, as pessoas parecem pequenos animais em gaiolas, muitas gaiolas. Ali andam, pequenas e insignificantes, as pessoazinhas que fazem com que os serviços do país funcionem. Formiguinhas, bichinhos, gente indistinta a quem os governos podem facilmente atropelar. Olho-as: podiam ser pequenos números animados, podiam ser células de uma folha de cálculo; mas, por acaso, são apenas pessoas enjauladas. 

Com o telemóvel vou fotografando estas gaiolas transparentes cheias de pequenas e inofensivas figuras e fico cheia de pena delas, de mim, de nós.

Depois chego. Dispo-me rapidamente e visto o meu fato de banho de natação, azul escuro, coloco a touca, também azul, e atravesso a porta que me separa da piscina.

Ao contrário das piscinas dos hotéis ou das piscinas públicas em que a água está morna, ali não, ali está quente, 33 ºC.

Se não está ninguém, chego a um espaço azul só para mim, paredes azuis, piscina azul e entro na água quente. Tão bom.

Na parte em que gosto de estar a água tem um metro e quarenta de altura. Se eu estiver de pé, a água cobre-me o corpo até ao peito e é quente a água em que o meu corpo se envolve, um manto macio de veludo azul.

Nado tranquilamente, livre, liberta. Preferia que as luzes estivessem apagadas. Preferia que o veludo fosse azul escuro, preferia que o espaço cá fora também fosse escuro, íntimo.

Mas, mesmo assim, é uma sensação apaziguadora, aquilo de que qualquer pessoa precisa.

A seguir começam a chegar os meus companheiros e a fisioterapeuta, vestida de branco. Nessa altura, começo a fazer os meus exercícios como se tivesse chegado naquela altura. Os meus exercícios começam sempre por andar de ponta a ponta, várias vezes, com os pés no chão, assentando a sola do pé no chão. Caminhar dentro de água, numa piscina cheia, não é fácil, a água oferece resistência e o nosso corpo tende a deixar-se levar pela impulsão.

Os meus companheiros não são muitos, em média seremos entre seis e oito. Quando estamos todos, estou eu, uma senhora de alguma idade, muito bonita, com uma touca branca, tem uma bursite, mal mexe um ombro, uma outra muito conversadora que partiu uma perna, um senhor bem mais velho que eu que está aflito das costas, uma miúda muito novinha com problema nos joelhos, e uns três rapazes, altos, atléticos, cabelo rapado que aparece sob a touca, fortes bíceps, um está aflito das costas, vai ser operado, outro está muito atrapalhado com um joelho, mal pode andar, o outro não sei, tem a cana do nariz amolgada mas não deve lá estar por isso. Pelo físico que têm, presumo que se tenham lesionado a fazer desporto. São muito bem dispostos, conversam uns com os outros, riem, metem-se com a fisioterapeuta que é novinha, e tratam a senhora de idade por 'amor'. Mas a população não é fixa. Há dias em que não estão alguns destes e está uma senhora chinesa, elegantíssima, com um sorriso discreto, outras vezes não está o senhor com dores nas costas e aparece outro, muito sisudo, que não sei de que padece. Quando as pessoas chegam, ao cruzarmo-nos uns com os outros, sorrimos ao de leve, e prosseguimos com os nossos exercícios.

Gosto muito destes exercícios dentro de água quente e gosto, em especial, no fim, da massagem com jactos de alta pressão, jactos submersos. É, então, um veludo quente em sobressalto, e o corpo agradece.

Depois da hidroterapia, passo para a electroterapia, ondas curtas e ultra-sons. Num gabinete silencioso, com uma luz moderada, depois de quase uma hora dentro de água quente, falta sempre pouco para adormecer. A tranquilidade invade de novo o meu corpo. Ouço, do lado de lá da cortina, as vozes das fisioterapeutas, dos doentes, conversam de tudo, mas não lhes presto atenção. Por vezes, dou por mim de olhos fechados.

Aqui são cerca de trinta minutos. Depois vou até ao ginásio. Exercícios, pesos, eléctrodos, alongamentos e, também, massagem.

Ao meu lado, ouço por vezes alguém a gritar. É alguma fisioterapeuta em cima de uma marquesa a alongar ou a repuxar alguém mais aflito. Outras vezes, parece que meditam, doente e terapeuta. Também não presto muita atenção. Enquanto estou com os eléctrodos aproveito para ler as revistas que por lá há, antigas ou novas, pouca diferença faz. Hoje li uma revista que se chama Happy e na qual estive a ler o artigo principal que se referia a uma investigação científica sobre sexualidade. Lá se concluía, a partir das palavras usadas nas pesquisas na internet, que os homens afinal pouco procuram mulheres novas, elegantes. Pelo contrário procuram muito mães, mulheres gordas, mulheres maduras. O artigo exemplificava e dissertava sobre o assunto. É capaz de ser verdade. Também estive a ver as novas tendências na moda que, como sempre, é igual à do ano passado.

Quando saio de lá já é noite cerrada, há muito menos trânsito, a rádio já toca música para a noite, jazz. Como, então, uma maçã fresca, sumarenta, que me sabe tão bem. Depois telefono à família a saber se está tudo bem. Quando chego a casa já é bastante tarde.

Em dias assim, trago o veludo quente da água azul colado à minha pele. Ainda está, agora que vos escrevo. 

Mergulhem comigo, sim?





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A música inicial é Blue Velvet, interpretado por Brenda Lee na versão original. Esta música faz parte da banda sonora do filme homónimo de David Lynch.

O vídeo já aqui acima é uma cena do filme Blue (que integra a trilogia das três cores de que fazem parte também o Red e o White) dirigido por Krzysztof Kieslowski. A artista principal, luminosa e profunda, é Juliette Binoche.


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Hoje, para além deste texto que acabam de ler, já escrevi um outro texto sobre o penteado da Judite de Sousa e sobre a técnica de apanhar chocos com fisga. Convido-vos a descerem um pouco mais para o lerem.

Contudo, antes de me despedir, quero ainda convidar-vos a virem também até ao Ginjal e Lisboa, a love affair. Hoje não escrevi nada para que possam degustar com vagar os poemas que dois Leitores me enviaram e que coloquei, agradada e agradecida, junto à poesia de Sophia.

***

E, por hoje, é isto. Agora que me estou a despedir, chove muito. É tão bom o som fresco da chuva na minha janela. O rio está ali em baixo, escuro, frio mas hoje não me apetece mergulhar nele, hoje apetece-me prolongar em mim a suavidade do macio e quente blue velvet.

Tenham, meus Caros Leitores, uma bela sexta feira. Aos que estejam engripados, desejo que se ponham bons, até para poderem voltar a passear à chuva. Ao que estejam com qualquer outro mal estar, desejo também que se curem rapidamente. Aos que estão bons, desejo que apreciem a vida que é uma coisa tão boa quando estamos bem. 

domingo, outubro 14, 2012

Segundo o Expresso, dos 50 filmes que toda a gente deve ver... tenho que confessar que não vi uma parte razoável e que vejo ali outros que vi e não achei nada por aí além. Mas, enfim, gostos não se discutem, não é?,


Quando quero ver um filme, o meu marido costuma perguntar quantas estrelas lhe dão os críticos. Se dão mais do que três ele fica desconfiado, já hesita. E eu tenho que lhe dar razão. Poucas vezes gostei muito de filmes a que davam 4 ou cinco estrelas.

Da lista seleccionada por Manuel S. Fonseca, Francisco Ferreira, Pedro Mexia, Jorge Leitão Ramos, Vasco Baptista Marques e António Loja Neves fazem parte filmes que vi e de que gostei como o Paris, Texas, o Apocalipse Now, a Morte em Veneza, Belle de Jour, o Anjo Azul, Luzes na Cidade. Vi outros, alguns dos clássicos, mas tenho dificuldade em incluí-los nos meus preferidos. E vejo ali outros, não clássicos (como, por exemplo, O joelho de Claire, um dos preferidos de Pedro Mexia), que não achei nada de extraordinário.

Por outro lado, não vejo ali filmes de que gostei bastante. Claro que não sou cinéfila nem sou capaz de sustentar comparações que envolvam mais do que o meu gosto pessoal. Nem tenho grande memória para agora me pôr aqui a hierarquizar os filmes da minha vida.

Por isso, é ao correr dos dedos e sem a pretensão de incluir todos os que elegeria se me esforçasse mais que aqui vou incluir alguns que me estão na memória como sendo filmes que me ficaram marcados. Há a história, há os actores (Meryl Streep, Jeremy Irons, Glenn Close, Malkovich, Juliette Binoche, Daniel Day-Lewis, Robert Redford, Kristin Scott-Thomas, Daniel Auteil, Sabine Azéma, Robert de Niro, etc), há a realização, há a imagem, há a música. Não saberei bem dizer.

Alguns já aqui os mencionei, incluindo até os trailers. Perdoem-me, portanto, a repetição.


Pintar ou fazer amor




Um de que falei muito recentemente: Lady Chatterly




Um muito anterior, A amante do Tenente Francês




A insustentável leveza do ser




Ligações perigosas (Dangerous Liaisons)




África minha




As pontes de Madison County




Closer (Perto demais)




Damage



O encantador de cavalos




E não vos maço mais pois agora, de repente, comecei a lembrar-me de muitos mais, como o Lágrimas e Suspiros, o Paciente Inglês, a Violação, O Carteiro de Pablo Neruda, o Taxi Driver, Lili Marleen, Annie Hall, etc, etc, etc, etc, e até o Braveheart.

Mas é isso, não gosto nem de experimentalismos, nem de filmes muito conceptuais, nem de filmes que destilam violência gratuita, ou depressivos, ou chatos. Pelos filmes que me ocorreram assim de repente e cujos clips aqui coloquei, constato que sou essencialmente uma romântica, coisa que de resto, já estava farta de saber.


PS: Volto ao texto depois de ler o comentário, que agradeço, da Leitora Maria e que poderão aqui abaixo e que relembrou alguns dos seus filmes e que são também alguns dos meus. Convido-vos, pois, a abrir os comentários para os ver. No entanto, vejo-me quase compelida a acrescentar aqui pelo menos três desses.

O primeiro filme que me marcou fortemente, andava eu no liceu:

E tudo o vento levou




Casablanca




1900




E claro que fico ainda com vontade de referir também o Jogo de Lágrimas, o M. Butterfly, A room with a view (não traduzido porque não me lembro se a tradução foi literal), A Idade da Inocência, etc, etc, mas não vou aqui ficar a escrever o resto do dia a maçar-vos.

**

Tenham, meus Caros, um belo domingo.

E, já agora, uma sugestão: acendam uma velinha para que nas reuniões do (des)governo deste fim de semana, das duas uma: que saia dali um orçamento que reponha os ordenados e os impostos para que fiquem iguais aos que eram há uns dois anos e com medidas para o relançamento da economia ou, então, que os ponham tão ridiculamente altos que Cavaco Silva se veja obrigado a dar uma valente e definitiva corrida em osso ao Passos Coelho logo na segunda feira, xô, xô, xô daqui para fora já!

sexta-feira, outubro 21, 2011

Charlize Theron que adora Dior, Juliette Binoche e o poema da Lancôme, a mulher que se esconde de Guy Bourdin, o homem só de Robert Mapplethorpe e let's do it, (let's fall in love) ao som de Ella Fitzgerald

 
Longe do bulício, fechada em reuniões e agora longe de casa, num quarto de hotel, pouco sei do que hoje se passou. Não me apetece comentar mortes, é coisa que não consigo festejar, liguei a televisão e, quando vi as imagens numa Líbia em festa, mudei de canal.

Ouvi um pouco da Quadratura do Círculo, e embora goste de os ouvir, são inteligentes e lúcidos, não me apetece isso, são temas velhos, parece que hoje acho tudo isto já muito gasto.

Por isso, desculpem se tiverem a sensação de déjà vu mas é o que me apetece: filmes, glamour, moda, perfumes, moda, olhares que falam, fotografia, música - a beleza nas suas múltiplas formas.

Be happy, enjoy life.







by Guy Bourdin


Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação.

('Um amor' de Nuno Júdice in "A Partilha dos Mitos"

by Robert Mapplethorpe





Boa sexta feira!!!

     

terça-feira, setembro 20, 2011

Chocolate para os meus amigos. Para vos fazer companhia, a Juliette Binoche e o Johny Depp. Entrem, por favor

O chocolate é um alimento muito saudável. Como tudo o que é bom, pouco basta. Se for comido em excesso terá contraindicações, como acontece com tudo nesta vida, nomeadamente o seu elevado valor calórico manifestar-se-á (dado que tem elevados teores de gordura e açúcar). O mais indicado é o chocolate negro, amargo, isto é, sem leite, com pouco açúcar, com cerca de 75 a 85% de cacau.

Estimula o funcionamento cerebral, evita o envelhecimento celular, favorece o bom funcionamento do sistema circulatório e, sobretudo, tem um potente efeito antioxidante.


Sobretudo, sabe bem, é óptimo. Adoro chocolate (e quando começo a comer, tenho que me controlar ferozmente para conseguir parar).

Quanto aos propalados efeitos afrodisíacos, que eu tenha visto, não existem evidências científicas. Mas, dado que é tão bom, é natural que predisponha para as coisas boas.

Um dos filmes bonitos, carinhosos, bem interpretados e que tem como título e motivo o Chocolate é este que aqui vos deixo, com a bela e saudável Juliete Binoche e o versátil e sedutor Johny Depp. A qualidade da imagem não é grande coisa, mas queiram desculpar e queiram, por favor, adoçar a vossa existência. Enjoyez.

quarta-feira, julho 06, 2011

O paciente inglês

Hoje não estou com grande disposição e, talvez por isso, lembrei-me deste filme (que não é propriamente divertido) com tão fantásticos actores. Ralph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Juliette Binoche, Colin Firth todos eles com desempenhos notáveis.

E Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas formam o casal romântico por excelência, uma emoção contagiante.

quarta-feira, abril 27, 2011

'A insustentável leveza do ser' - grandes momentos da literatura e do cinema

The Unbearable Lightness of Being

Baseado no livro homónimo de Milan Kundera, o filme, realizado por Philip Kaufman, conta com a participação de três carismáticos intérpretes: Daniel Day-Lewis, Juliete Binoche, Lena Olin.