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quinta-feira, março 16, 2023

Uma pena...

 

Meia decisão já está. Vou começar a fazer hidroginástica pelo menos duas vezes por semana. Para os meus joelhos que tão sacrificados têm sido, não apenas por andar com tanta criança ao colo como por carregar tanta pedra, é aconselhável fazer exercícios que não lhes ponham carga em cima.

Ao escrever isto, lembrei-me do que andei com os meus filhos ao colo quando eram bebés. Não conduzia na altura e ia levá-los à minha sogra. No caso da minha filha, até ao irmão nascer. Pelo meio fiquei grávida e carreguei-a a ela, aí apenas ao colo quando dizia que estava cansada, e mais  a minha enorme barriga. Depois ela foi para o infantário, e ia levá-la e depois seguia com ele para a minha sogra. Qualquer deles era bem pesado. Tinha que apanhar dois ou três transportes até lá chegar e a mesma coisa no regresso. 

O meu marido tinha um trabalho que o obrigava a uma disponibilidade profissional grande, nomeadamente a deslocar-se. Passava frequentemente dias fora. Eu, como amamentava, tinha duas horas a menos de trabalho por dia, ou seja, só tinha que fazer seis horas. 

E aquilo não me custava muito. Cansava-me, é certo, e às vezes quase me parecia que não conseguia dar passo (pois levava-os a eles, levava mudas de roupa, levava a minha bolsa e, às vezes, uma pasta com documentos que levava para trabalhar em casa), mas depois facilmente recuperava. Com vinte e poucos anos faz-se tudo com uma perna às costas.

E depois foi aquilo lá in heaven. Pedras por todo o lado. Algumas só com uma máquina se moviam. Mas tudo o que fosse pedregulho, e lindos que eram (e são), eram movidos à mão por mim (e pelo meu marido, contrariado) para fazer bordaduras de caminhos ou canteiros. A minha mãe ficava doente só de me ver, dizia que eu iria pagar isso, nos joelhos, nas costas, quando fosse mais velha. Agora está sempre a recordar-mo. Mas agora já não posso voltar com o tempo para trás. Portanto, adiante.

Outra vez, ouvi dizer que, para o chão de madeira ficar bonito, nada como vaselina líquida. Resolvi então aplicá-lo. E estava nisto ouvi tocar à campainha, um toque insistente. Levantei-me e ia à pressa abrir a porta, esquecida que o chão estava cheio de óleo. Voei. Literalmente voei. E foi de tal maneira que, não sei como, aterrei de joelhos. Sabem aquela palavra que até arrepia, excruciante...? Pois, exactamente. Tive uma dor excruciante. Durante um bocado fiquei no chão, incapaz de me mexer. Doeram-me os joelhos durante não sei quanto tempo. Ainda agora, ao recordar esse episódio, me lembro da dor que senti.

Não me ocorreu ir ao médico. Com duas crianças pequenas, um trabalho que não me dava tréguas e o meu marido numa multinacional que o absorvia sobremaneira, a minha preocupação era não falhar com as minhas obrigações. Tudo o resto era desvalorizado.

Agora já não interessa. O que interessa é conseguir viver o melhor possível com a condicionante que tenho. Na maior parte do tempo, aliás, nem me lembro que a tenho. Mas se faço algum esforço, aí já sei que pode sair uma inflamação do caneco.

Portanto, hidroginástica com ela.

Mas não chega. 

Sobretudo, como o meu marido se recusa a fazer hidroginástica (não o diz mas sei bem que ele acha que hidroginástica é coisa para velhas), queremos fazer qualquer coisa a dois. A dois, não. Ao mesmo tempo. 

Portanto, já pensámos onde havemos de ir e amanhã ou depois vamos lá falar com um PT para nos traçar um plano de exercícios, sobretudo de flexibilidade e musculação. E estou a escrever musculação e não sei se é a designação correcta. Mas, pela parte que me toca, se puder perder gorduras localizadas, melhor. O meu marido diz que, neste capítulo, talvez uma dieta fosse mais eficaz. Se calhar também vou pensar nisso a ver se perco estes quilos menopáusicos que aqui se alojaram e não saem nem por mais uma.

Mas isto para vos dizer que, se numa próxima cerimónia dos Oscares, quando se chegar ao de melhor argumento, virem subir ao palco uma turbinada portuguesa apenas como uma pena sobre os seios já sabem quem é. E mais não digo.

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Mas, calma, esta aqui acima não é quem possam estar para aí a pensar. Ná. 

Pela parte que me toca, o que posso dizer é que ainda tenho muito trabalhinho pela frente até chegar ao ponto em que Hunter Schafer se apresentou nos Oscares.

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terça-feira, março 14, 2023

Oscares 2023 - e etc.

 

A minha filha tinha-me dito que o filme Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo, filme favorito para os Oscares, ia passar em canal aberto. Por isso, achei por bem ir ver.

Já se sabe que a Covid  -- que, em algumas pessoas, é peninha que mal pousa nos infectados mas que, aqui por casa, pousou com estridência --, ainda anda a sugar a nossa energia.

Tínhamos feito uma soft caminhada aqui à volta. Por isso, ao sentar-me aqui a ver o filme, adormeci profundamente. Até aqui nada de mais: o responsável deveria ser o corona e não o filme.

Contudo, quando acordei o que vi foi uma sucessão de cenas estapafúrdias. Pensei que ainda devia estar pedrada de sono pois tudo aquilo me parecia droga contrafeita. Forcei-me, pois, a aguentar pois o lado bom da fita ainda iria aparecer.

Até que desisti. Maluquice chanfrada demais para o meu gosto e sem perspectiva de haver um twist e aquilo virar coisa aceitável. 

No que se refere a googly eyes, mal por mal, antes os do Marty Feldman.


Afinal ganhou quase tudo - e eu não percebo como. 

Parece que o meu mundo, que eu quero pensar que é um mundo normal em que a racionalidade, a beleza e um módico de harmonia são fundamentais, tende a desaparecer. Em vez dele vai ganhando terreno um mundo em que as coisas não precisam de fazer sentido para existirem, em que a beleza é substituída pelo disparate sem pés nem cabeça e em que, em vez de harmonia, prolifera o caos, o ruído, a desagregação.

Não gosto. Mas a gente do cinema gosta. O filme arrecadou vários prémios e a assistência, gente entendida, aplaudiu. Por isso, o mal só pode ser meu.

Tirando isso, do que vi da cerimónia, gostei da actuação da Lady Gaga que primou pela simplicidade performativa. Hold My Hand.


Também achei graça à desconversa de Hugh Grant ao ser caçado pela Ashley Graham. Deve ser difícil conseguir responder a perguntas parvas quando uma pessoa não está para aí virada.


Quanto a toilettes, gostei muito do vestido, da maquilhagem e do penteado de Cara Delevingne, tanto mais impactante quanto ela surge assim, bela e glamorosa, poucos dias depois da entrevista em que fala da sua adição em relação ao álcool que a fez descer ao quinto dos infernos e de como agora, depois de tratamento muito a sério, se sente recuperada.




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Antes de a coisa começar, o Mário Augusto teve lá umas bacanas muito ao lado e cujo conhecimento da língua portuguesa mostrou ser pouco sólido. Lembro-me, por exemplo, que uma, na maior alegria, disse que 'houveram'. Pensei o que sempre penso: ainda bem para ela que ali está. Mas porque é que a RTP contrata pessoas que não sabem do que falam e, ainda por cima, não sabem falar?

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Um dia bom

Saúde. Boa disposição. Paz.

sexta-feira, abril 30, 2021

Um homem de 83 anos.
A demência. A normalidade.

 

Gosto das interpretações de Anthony Hopkins. Não conheço muitas mas as que tenho visto são superlativas. É um grande actor. Sendo contido é, no entanto, o máximo. E tem boa pinta e, estou em crer, é boa onda.

Tenho ideia que a grande bolada que me atingiu foi a sua interpretação n' O Silêncio dos Inocentes. Ainda não vi este, O Pai. Nem sei se o verei de bom grado. Talvez em casa, num dia em que esteja especialmente bem disposta. A demência assusta-me. Assusta-me muito e mais ainda se pensar que a pessoa pode ter consciência que está a caminhar inexoravelmente no sentido da perda das suas capacidades cognitivas. Deve ser aterrador. 

Quando a minha mãe esteve a recuperar de uma cirurgia, esteve numa residência assistida cujas condições, creio eu, são superiores às normais. Dir-se-ia um hotel de muitas estrelas com a vantagem de ter médico todos os dias e enfermeiros em permanência. Acontece que havia ali uma concentração considerável de pessoas com demência. Todas as que conheci nessas condições pareciam normalíssimas. Dir-se-ia o cenário de um filme: nada era exacatamente o que parecia. Uma seria sensivelmente da minha idade. Bem arranjada, bonita. Estava sentada a uma mesa com o que parecia ser o marido. Viu-me, sorriu-me, cumprimentou-me como se me conhecesse. Pensei que me conhecia e fiquei a pensar quem seria. Ela disse-me mais qualquer coisa e eu aproximei-me. Contudo, o que admiti ser o marido fez um gesto discreto que percebi que quereria dizer que eu não parasse, que não fizesse muito caso. Fiquei muito intrigada. Contou-me, depois, a minha mãe que era sempre assim, cumprimentava sempre com afabilidade toda a gente. E era mesmo o marido. Ia lá todos os dias para tomar as principais refeições com ela. Numa das vezes que a minha mãe tomou o pequeno almoço com ela, despejou o iogurte no guardanapo e comeu a partir do guardanapo. No fim, ia limpar a boca com o guardanapo e, não sei como, lá conseguiram trocar-lhe as voltas. Tudo com muitos bons modos, gestos de quem sabia estar à mesa. E contava a minha mãe que as proezas se sucediam. Sempre bem disposta, sorridente, amistosa, como se tudo estivesse normal com ela.

Havia uma outra que parecia uma diva de Hollywood mas do tempo do mudo. Uma pessoa com uma pose extraordinária. Aparecia vestida como se fosse para um cocktail chic de fim de tarde numa Embaixada. Casaco comprido de verão (isto passou-se no verão), belas e vistosas jóias, saltos altos, carteira a condizer, cabelo muito bem penteado. Não sei que idade teria mas era seguramente mais velha que a minha mãe. Se a minha mãe estava sentada nos sofás perto dos elevadores (e era onde estava quando estava à nossa espera), ela, ao passar por ali, vinda do seu quarto num dos pisos superiores, perguntava à minha mãe se tinha visto a mãe dela. A minha mãe respondia com naturalidade que não. E ela dizia: 'Ah, disse que vinha aqui ter comigo... Estranho... Vou ver se está ali...' e lá ia, com aquela atitude de grande diva.

A minha mãe contava-nos peripécias das suas 'vizinhas', coisas extraordinárias. Eu gostava de ouvir. Ouvia com um misto de curiosidade e de inquietação. A demência assume várias formas e frequentemente dissimula-se sob a ténue capa da 'normalidade'. Ao princípio a minha mãe assistia com alguma estranheza e muita benevolência e generosidade a todas essas demonstrações. Contudo, ao fim de algum tempo, começou a achar muito deprimente o convívio com a degenerescência. Se calhar, começou a recear que alguma vez lhe tocasse a ela. Felizmente, estava recuperada e pode voltar para casa.

Mas, voltando ao filme que trouxe o Oscar pra melhor actor deste ano a Anthony Hopkins, tenho mixed feelings em relação a vê-lo. Gosto de ver filmes com finais felizes e, quando a demência se instala, não há tal coisa. O final é sempre o corolário de um caminho cada vez mais curto, cada vez mais sombrio. Não sei se para a vida há finais felizes mas, enfim, queremos sempre sonhar com um fim que seja breve, pouco doloroso, em que possamos manter intacta a nossa dignidade e consciência. E, em casos como o deste filme, é tudo ao contrário disso: é um pesadelo. Um pesadelo às tantas mais para os que lhe são próximos do que para o próprio que, por fim, perde a consciência de si.

Anthony Hopkins - O pai


 A dança como celebração

(com Salma Hayek)


Oscar - o discurso da vitória


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A primeira fotografia é, obviamente, de Sir Anthony Hopkins. A segunda é Gloria Swanson.

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Uma happy friday

terça-feira, fevereiro 26, 2019

Para encerrar o capítulo Oscares 2019, apenas um breve apontamento sobre os vestidos com que algumas beldades se despiram


E, não havendo muito mais a declarar, dou por concluídas as minhas anotações sobre o evento com a referência aos vestidos com que algumas beldades chamaram a atenção para a beleza dos seus corpos quer na cerimónia em si, quer na festa que a Vanity Fair organiza a seguir para celebrar o glamour da indústria do cinema e para exibir o portfolio ambulante de algumas agências de modelos.

Já lá vai o tempo em que as divas se produziam com elaboradíssimas vestes para estes eventos. Agora a palavra de ordem é 'tira, tira tudo'. Desde o nude inocente e revelador até ao negro desnudo, vale tudo.

Deixo aqui uns modelitos para que as minhas Leitoras possam inspirar-se e, numa ocasião em que venhamos a encontrar-nos, bloggers e leitoras de blogs, apareçamos todas, novas e velhas, magras e gordas, todas vestidas a preceito. 


A nossa Sarita, tristinha desde que o namorado foi acusado de fraude, apareceu assim, tapadinha, discreta demais. Destoou.

Se um dia fizermos a tal festarola de blogs acho que vestidos assim não estarão com nada, só mesmo os de cima. Valeu?


Ou, então, vá, como os das belas brasileiras aqui abaixo. Zucas e anjinhas como só elas. Não sei como ficarão estes vestidos em gente normal como nós mas, na volta, ficam um espanto. De deixar qualquer um de boca aberta.


Quanto aos cavalheiros, que não pensem que estou a exclui-los. Nada disso. Muito bem vindos. Terão é que vir na condicência. E se não se diz assim, condicência, paciência, que venha a maledicência (que o que mais há por aí é gentinha de olho gordo, azeda da vida, gentinha recozida em fel e maldade). Terão, pois, os cavalheiros que seguir o dress code que abaixo se recomenda.


Muito lindo. Sóbrio. O contrário do estilo Meco -- que esse é reservado às meninas. Os meninos querem-se tapadinhos, bem educadinhos.

Bloggers e Leitores homens vão vendo onde arranjar toilette assim ou similar não vá o convite para a festança rebentar por aí.

E, portanto, foi mesmo isso que aconteceu: a cerimónia dos Oscares 2019 foi a sagração da inegável química entre Lady Gaga e Bradley Cooper.
Do resto, temos pena: pouco ficará para a história.



Talvez um dia vocês acreditem nos meus dons divinatórios. Ontem não vos aconselhei a levarem-me a sério...? Pois. Tal como antevi, salvo um ou outro apontamento mais ou menos circunstancial, tudo o resto foi essencialmente mais do mesmo e o que ficará para a história foi a ternura, a atracção, a vontade de se olharem nos olhos, de sentirem a pele e a respiração um do outro: Lady Gaga e Bradley Cooper, quais pára-raios, atraíram sobre si próprios toda a electricidade e toda a magia do momento.

Dá gosto vê-los. Claro que pode ter sido chato para a Irina, na plateia, presenciar aquela cena de amor ali no palco. Mas fazer o quê?

E, de qualquer maneira, apesar do que se intui, pode ser que não pinte nem role ali nada já que a dita Irina aplaudiu entusiasticamente, abraçou a Gaga e rejubilou com o que viu.

E eu só estou com isto porque acho piada a estas coisas. O tempero, quando é em boa conta, dá graça à comida. Certo?


segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Afinal ele canta e ela representa.
E agora ela vê la vie en rose.
[Isso e outras frioleiras e vestidos da noite dos Oscares]


A minha filha bem me avisou que eu tinha que ir ver o filme. Gostou e disse que eu também ia gostar. Ainda o hei-de ver. Para já, tenho-me ficado pelos excertos. 

Gosto de Bradley Cooper como actor. Não fazia ideia que cantava, e que cantava bem. E sabia do romance com Irina Shayk, uma mulher de beleza estonteante. Sabia da filha que têm em comum.

Da Lady Gaga sabia sobretudo das excentricidades. Quando a vi sem maquilhagem não a reconhecia. Não fazia ideia de que sabia representar.

Temos, pois, que Bradley Charles Cooper tem 44 anos, mede 1,85m, passou por sérios problemas de alcoolismo e depressão que conseguiu controlar. É muito talentoso como actor (e presumo que não só... já que lhe são conhecidos inúmeros  affaires, uns assumidos, outros apenas quase).

Stefani Joanne Angelina Germanotta, aka Lady Gaga, tem 32 anos e é, ao lado dele, uma minorca com os seus 1,55m. Também já teve uns namoros, diz que é bissexual e, para comprovar que o glamour das luzes do palco pode esconder muitas dores, contou que aos dezanove anos foi violada e que teve que ter ajuda psicológica para o superar.

O filme que Bradley Cooper realizou e interpretou, A Star is Born, parece ter sido uma explosão de talentos e de afectos. 

Lady Gaga, entretanto, rompeu com o namorado e as más línguas referem o clima, por vezes frio e apático, entre Bradley e Irina. Estou a vê-los a chegarem aos Oscares e ela vem de escuro, quase viúva. E vem a mãe dele. E ele está tranquilo e ouve atentamente a entrevistadora como se não estivesse debaixo de holofotes. É o dobro da mãe. É daqueles casos em que a gente duvida que um tamanhão daqueles tenha saído de dentro de uma coisa tão pequenina.

Como se não bastasse para alimentar as fofocas, Lady Gaga fez-se tatuar com um sugestivo pé de rosa, la vie en rose. Vem também de negro mas de ombros à vista, cabelo branco e umas belas jóias.

E eu, que ando sem paciência para falar da irremediável falta de jeito do Rui Rio, da maluqueira deslumbrada de Santana Lopes, da estapafúrdia mania das grandezas da Cristas, da festinha cheia de ternurinhas da Miss Cavaco Bloody Hand na cara laroca do Prof Marcelo, coisa que infecta a imagem do Presidente, dou por mim a olhar os vestidos das actrizes na passadeira vermelha, a Charlize Theron que apareceu com cabelo preto e um vestido azul claro lindo de morrer, a Glenn Close com um vestido que eu não usaria, completamente dourado, mas que lhe fica lindamente porque toda ela vale ouro, a Helen Mirren com um vestido espectacular e uma atitude vencedora nos seus orgulhosos 73 anos... e coisas assim.

Claro que sinto uma certa culpa, eu que não sou nada de culpas, por me estar a dar para isto. Mas, como sou boazinha para mim própria faço o paralelo com um super-ultra conhecido advogado da nossa praça, sócio fundador de um dos escritórios com uma das mais recheadas carteiras de clientes, que começava o dia a ler a TV 7 dias ou uma dessas revistas da treta. 

A mim não é todos os dias que me dá para isto, é mais quando vou à cabeleireira e me ponho a par das intriguetas de gente que pouco ou nada me diz. Mas hoje, caneco, talvez por já muito ter trabalhado no duro ou porque me está nos genes, sei lá eu, só me apetece alienar-me e ver vestidos e falar de amores.

E se estou a dar este destaque a este filme é mesmo porque não vi nenhum dos nomeados mas, vá lá saber-se porquê, gosto das imagens em que a química cola aqueles dois. Enquanto escrevo vejo o trio, sentado na plateia: Brad, Irina e Gaga. Imagino que não deve ser fácil para nenhum deles mas, na volta, é a minha imaginação que é fértil. Parece que ouço a Gaga, daqui por uns anos, a contar como lhe custou estar de sorriso de orelha a orelha tendo a mulher do seu amor de permeio. Um mundo de disfarces é o que é. É como mostrarem as nomeadas para melhor actriz e, quando anunciam uma delas, as outras desatarem a bater palmas, numa euforia, como se estivessem transbordantes de felicidade por não terem ganho a estatueta.

Mas, pronto, vou parar com isto que hoje daqui não sai nada senão isto. Por mim ficava toda a noite a ver a sessão de entrega dos Oscares 2019 mas não dá, daqui a nada tenho que estar a pé.

Eh pah!... Aquele extraordinário e vertiginoso documentário de que no outro dia aqui falei, o Free Solo do National Geographic, ganhou um Oscar. Boa!

(Vão por mim, as minhas escolhas são quentes. e, se não acreditarem, não faz mal; presunção e água benta cada um toma a que quer e eu vou doseando para que não me falte nada)




Nasceu uma estrela - Bradley Cooper & Lady Gaga



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Desejo-vos uma bela semana a começar já por esta segunda-feira.

E queiram continuar a descer para saberem quem é a verdadeira razão (para tudo)

sábado, fevereiro 23, 2019

E os vencedores dos Oscares são...


E tanto, tanto cinema que vi. E o que eu gostava (e precisava) de ir ao cinema. E os bons filmes que vi. 

E o que me custa escrever no passado.

Ir ao cinema perdeu parte da magia. Gente bruta que vai ver cinema carregada com baldes de pipocas e coca-cola, gente que mandibula e rumina quando deveria estar em silêncio, o cheiro do cinema que era uma mistura agradável de perfumes e onde agora predomina o cheiro doce do milho frito -- tudo me afasta de lá.

A própria indústria do cinema produz maioritariamente lixo e em cada dez filmes se há um ou dois que se aproveitam é muito. Mas, ainda assim, cinema é cinema tal como magia é magia e os que dão corpo à magia que é o cinema merecem toda a minha estima.

As mais memoráveis vitórias nos Oscares


From Sally Field's "you like me" speech in 1984 to Alfred Hitchcock's minimalist delivery in 1967, Vulture editors take a look back at some of the most unforgettable moments in Oscar history.


terça-feira, março 06, 2018

Dois homens. Duas mulheres.
[Na noite dos Oscares, no estúdio de Mark Seliger]



O que torna uma mulher interessante a olho nu? A mesma coisa que torna um homem interessante? Ou justamente o simétrico?

Tenho a minha teoria mas é coisa cá minha e, de resto, nisto de homens interessantes sou niquenta, não é qualquer um que passa no crivo. Pelo contrário. Só uns happy few. Muito, muito, muito poucos. Homem que seja aprovado cá segundo os meus critérios tem que ser muito mal comportado, descaradamente mal comportado, não pode ser nem um bocadinho maçador, não posso com maçadores, tem que saber disfarçar que sabe muito mas tem que se perceber que sabe que se farta, não pode ser falho de sentido de humor porque tenho que o ouvir ou ler com um sorriso sempre à espreita. E etc. Muitos etc. Mas todos nesta base.

Já no que se refere a mulheres não vou dizer nada. Poderia parecer que estava a falar de mim e haveria logo de aparecer um desses bem comportadinhos, maçadores encartados, enfatuados das mil e uma citações, embirrantes sem sentido de humor, a  dizer que sou convencida. Era o que me faltava. Por isso, hoje não me chego à frente. Vou fazer de conta que não faço ideia do que é que faz de uma mulher uma mulher interessante.


Apenas pergunto. Gosto de fazer perguntas. Gosto de ver como as pessoas inteligentes percebem o que se esconde sob a graça de uma pergunta inocente. E quem diz uma pergunta diz mil perguntas. Mil perguntas inocentes. Uma graça.

Por exemplo.
Se um homem se torna interessante pela insolência que nele se adivinha, a mulher, pelo contrário, deverá ser tímida e reservada para despertar interesse? 
Ou deverá perceber-se que nela também vive a insolência? A inevitável ironia? A inesperada subversão? 

Se um homem se torna interessante pelas profundidades que se lhe adivinham, todo ele silêncios, pensamentos a habitar as interioridades, a mulher deverá também esconder sob ténue capa a notória capacidade de se adentrar pela alma alheia? 
Ou não? Deverá, antes, mostrar que apenas é toda leveza, perfumada e reluzente superfície, pele macia e transparência? 

Não sei. Não faço ideia. De resto, cada um sabe de si e eu não sei de nada.
Quando tinha vinte anos, eu sabia muitas coisas. Aos trinta tinha sedimentado alguma sabedoria. Aos quarenta comecei a desaprender e, desde então, tem sido sempre a abrir no sentido da ignorância. Cada vez sei menos e estou muito bem assim. 
Só sei que os retratos de Mark Seliger têm muita pinta. É o décor, é a luz, são as poses. Gosto. Gosto mesmo. Espero que também gostem. 
[E espero que saibam a resposta a todas as minhas perguntas. Espero também que tenham a delicadeza de parecer que não, de preferência que façam de conta que sabem ainda menos do que eu. E, sobretudo, espero que gostem de rir. De mim, de vocês e desta vida meio maluca.]
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Os retratados são John Hamm, Elizabeth Banks, Amy Adams, Diplo. 


Fonte: Vanity Fair


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Como não sabia quem era o misterioso Diplo fui à procura. 
Partilho convosco o conhecimento.

Get it right


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E queiram, por favor, continuar a descer. 


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Uma mulher veste um vestido sexy para quê:
apenas porque gosta de se sentir platonicamente desejada? Ou invejada?
E ficaria igualmente feliz se sentisse a total indiferença por parte dos circundantes?
-- Pergunto --


Ocorre-me também perguntar se o ditado 'Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele' também se aplica a mulheres que se vestem de forma altamente sexy. 

Ou seja, faz sentido que uma mulher que se veste de forma indubitavelmente provocante, depois se insurja se for objecto de alguma 'boca', olhar ou mesmo convite mais indiscreto?
E volto a dizer: não me refiro a violações, avanços abusivos, sabujices imperdoáveis. Isso é crime. Ponto.
Refiro-me, sim, a mulheres que se vestem de uma forma que as leva a assentir: 'Temos que fazer pela vida' quando alguém faz notar que vieram especialmente sugestivas para uma reunião com o chefe ou que fazem de tudo para os chefe as convidarem para um almoço ou jantar a dois ou jantar e que se apresentam de perna ao léu, poitrines ao léu e sorrisinhos maliciosos a propósito de tudo e de nada. Ou que, num encontro ou festa em que sabem que vão encontrar algum 'doutor' importante que as pode beneficiar profissionalmente, se apresentam como se fossem para um desfile na passadeira vermelha. Interrogo-me: fará sentido se tempos depois aparecerem a lamentar-se que o homem em causa passou o jantar a olhar-lhes para as pernas ou para o decote, sem prestar grande atenção à conversa? 
(Avistada pela 1ª vez
na Antologia do Esquecimento)

Como já aqui o disse várias vezes -- depois de ter assistido de perto a tanta coisa, ao longo de tantos anos, em meios em que tudo acontece -- não consigo apontar o dedo aos homens em geral. Do que vi, e tenho a certeza do que digo, foram mais os casos em que vi mulheres a porem-se a jeito do que homens a afoitarem-se a avançar contra a vontade das mulheres.

Claro que os meios que conheço são meios urbanos, cosmopolitas ou próximo disso -- direi mesmo: civilizados -- e não os meios mais caciquistas em que patrões ou chefões trogloditas usam e abusam de empregadinhas ingénuas e indefesas. Por isso, quando falo refiro-me a meios que conheço e não a meios que desconheço.

E, do que conheço, afirmo sem hesitação: as mulheres são mais destemidas, mais voluntaristas, mais ousadas, mais atrevidas. E convivem bem com um ´não'. Mais: sabem que os homens, medrosos como tendencialmente são, até de dizerem 'não' têm algum medo. Em contrapartida, os homens (normais) têm pavor de receber um não, são mais timoratos, temem dar passos em falso. Os homens (normais) esperam sempre por um sinal antes de se atirarem para a piscina. Os homens ficam atarantados se encontram pela frente uma mulher que acham charmosa e inteligente. O medo de passarem pelo ridículo de elas o gozarem, de elas o rejeitarem, de elas o fazerem passar por totós tolhe-os.

Portanto, é com alguma perplexidade que vejo tantas mulheres que julgaria senhoras do seu nariz a aparecerem como indefesas e vítimas da selvajaria dos homens. Não digo que uma ou outra, quando ainda inocente e menina, não tenha sido vítima de algum tira-olhos. Mas quantas das que hoje se apresentam como virgens e ofendidas não vestiram já a pele de que hoje acusam os homens de trazerem sempre vestida?
NB: E, repito, não digo que não haja casos ou que sempre que alguém veste a pele de lobo isso signifique que esteja disponível para sê-lo. Haverá casos em que nada mais do que o lado lúdico da coisa importa ou que a coisa seja tão descaradamente louca que se torne até assexuada. 

O que digo é que a mim não me apanham a crucificar cegamente os homens ou a achar que a maioria deles, em especial os que têm alguma forma de poder, deveriam ser imediatamente defenestrados para não afectarem psicologicamente as mulheres, esses seres frágeis, vulneráveis, indefesos. A mim não me apanham, não.

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Divas na passadeira vermelha. Oscars 2018. Cada uma com sua toilette especialmente sexy.
Patrisse Cullors, Taraji P. Henson, Blanca Blanco, St. Vincent


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segunda-feira, fevereiro 29, 2016

O Oscar 2016 para o vestido mais bonito da noite vai para...
Cate Blanchett,
(of course)


Depois de ter escrito sobre o feliz livreiro que vive junto a um inesperado cavalo negro, estava aqui eu, posta em sossego, a escrever uma coisa (que já vos mostro) e nem dei conta que já estávamos na noite dos Oscares. 

Por isso, quando mudei de canal, já a passadeira vermelha estava carregadinha de gente famosa. Mas dei logo de caras com aquela que é, para mim, talvez a mais versátil e elegante artista de Hollywood: Cate Blanchett e, credo, linda, linda. Não sei o que vai aparecer mais mas, seja o que for, não é possível que venha a aparecer um vestido mais bonito do que o dela. Por isso, cá está o:

The Oscar for the best dress goes to the fabulous Cate Blanchett


Cate Blanchett: 

claro que a silhueta ajuda - e muito: que corpinho bem feito, o dela - mas aqui é tudo, o vestido , as jóias, a maquilhagem, o penteado. Tudo perfeito.


Cate is wearing an Armani Privé seafoam green cap-sleeve mermaid gown that features hand sewn clusters of Swarovski crystals and white feathers






Mas, para não parecer fundamentalista, destaco também estes belos modelitos

Alicia Vikander, Oscar 2016 para melhor Actriz Secundária - num vestido Louis Vuitton


and these ladies in blue:


Naomi Watts - vestido da Armani Prive e um colar  Bulgari

Sophia Vergara - Marchesa e Lorraine Schwartz


Brie Larson, Oscar 2016 para melhor Actriz principal - em Gucci

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E daqui a nada já publico aquilo que estava a escrever sobre uma mulher fabulosa a falar de outra também fabulosa.

terça-feira, fevereiro 24, 2015

Toilettes e estilos para todas as idades nas festas que se seguiram aos Oscares 2015. Vestidos, penteados, maquilhagens. Uma inspiração. Cá por mim já escolhi: no próximo encontro de empresa visto-me de Irina (é que com um vestidinho preto nunca me comprometo). E, vá lá, uma mesa redonda especial com uma rapaziada deveras talentosa e divertida.


No post abaixo já vos mostrei como é fácil deslocar um edifício enormérrimo e pesado para burro e já lancei um apelo aos engenheiros civis do meu país, a ver se aplicam a mesma técnica para mover um certo edifício e depois mais outro e outro e outro: tudo de carrinho para longe da nossa vista. Xô!

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, vou dar largas ao meu lado de gaja, de pipoca (doce ou salgada), de palmier (encoberto ou descoberto), de uva (passa ou passada), de princesa (a dias ou a termo), de mãe de quatro (com ou sem cocó na fralda), de tirititi, de linda porcalhota. Oscares: vestidos, toilettes, maquilhagens, looks, whatever. Também sou filha de deus, ora essa. 


Podia escolher mais uns quantos outfits mas isto ficaria um lençol comprido até mais não e, portanto, vou comedir-me.


Cate Blanchett, sempre requintada. Vestido preto liso (John Galliano para a Maison Margiela) com colar de turquesas.
Também gosto de me vestir assim embora as minhas vestimentas não sejam Margiela e os meus colares sejam da Parfois


Mr Moustafa: da banda sonora de The Grand Budapest Hotel 



Marion Cotillard, elegante em branco. Dior. O vestido era invulgar e perfeito de tão inesperado.
Não necessita de se descascar para ser uma mulher sexy
Maquilhagem perfeita (ou não fosse ela um rosto Dior). 


Meryl Streep, sempre com muito style. 
Não precisa de inventar vestidos com cauda, sem cauda, com transparência sou de gola alta: veste qualquer coisinha e fica sempre bem. 
Ia de Lanvin.


Jennifer Lopez no vestido after-oscar, a verdadeira sexy girl (com 45 anos). 
Transparente e sem nada na manga. 
Se eu um dia reencarnar, quero ter um corpinho e um descaramento que me permitam vestir uma transparência destas (Zuhair Murad Couture)


Gigi Hadid, que não sei quem seja, num vestido com muita pinta mas, claro, é do tipo de vestido que é para quem pode (com ou sem h, à escolha).


Irina Shayk, ex-Aveiro, apesar de não ser artista de cinema não perde uma festa destas.
Não sei se será pelos croquetes, se é porque faz presenças.
O que sei é que o vestido não devia proteger muito do frio e parece que ali em baixo, no pé, já tem uma malha. E na coxa parece que também já fez um pegão. Um problema.
Não percebo é que habilidades terá ela que fazer quando precisar de fazer chi-chi: terá que se despir de alto a baixo?
A D. Dolores, ao ver estas fotografias, até deve deitar as mãos ao alto: de perdições destas já o seu Ronaldo se livrou.


Duas charmosas num momento de ternura: Jennifer Aniston, toda maternal, a ver se pode com a Emma Stone


Amy Adams, Kylie Minogue e Sofia Vergara - as fabulosas mulheres de azul


Jane Fonda, elegantésima como sempre. 77 anos cheios de estilo e carisma


Bem...! E esta...? 81 anos e com um look de alface acabada de colher. 
Toda fresca e bem conservada. Nem dá para acreditar. Deve estar esticadinha por dentro e por fora, já nem deve conseguir abrir a boca. Mas não interessa, está giraça, essa é que é essa.


Em contrapartida, a Melanie Griffith, aos 57, parece mais velha que a outra, a Collins, que tem mais do que idade para ser mãe dela. 
Tanto se implantou (as poitrines, então, estão um exagero), tanto se enxertou e injectou de botox que acabou toda artificial. E, coitada, não se livrou das rugas. tanta mão de obra para isto.
Aqui com a sua filha Dakota Johnson, a menina que gosta de apanhar tau-tau nas 50 Sombras de Grey. 
A maquilhagem da Dakota foi considerada, muito justamente, a melhor dos Oscares 2015

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Dos homens não tenho grande coisa a dizer, não vi nenhum com toilette que me desse no olho. 

O outro pôs-se de cuecas mas, enfim, joga noutro campeonato e, de resto, não faz o meu género. Mas pronto, para não dizerem que, só a pôr aqui mulheres, às tantas também eu jogo noutro campeonato, cá vai elezinho.

Neil Patrick Harris, o apresentador dos Oscares 2015 - que falta de imaginação!
De cuecas? De cuecas... e meias? E sapatos...? Bahhhh!
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E o Oscar para melhor interpretação feminina foi para Julianne Moore, como seria de esperar.


Julianne Moore, 54 anos, dentro de uma obra prima - Chanel, claro

O meu nome é Alice


E um tema que temo.




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E, já agora, uma mesa redonda com os nomeados masculinos, na qual Eddie Redmayne, o vencedor da melhor interpretação masculina, relata o seu encontro com Stephen Hawkins





Eddie Redmayne (The Theory of Everything) descreve o seu encontro com Stephen Hawking e o facto de ambos serem Capricórnios

Também Ethan Hawke (Boyhood), Timothy Spall (Mr. Turner), Benedict Cumberbatch (The Imitation Game), Channing Tatum (Foxcatcher) e Michael Keaton (Birdman)

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Depois das artes, a ciência e a técnica: um extraordinário feito de engenharia civil vem já a seguir.

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E hoje, com as vossas desculpas, fico-me por aqui porque tenho que me levantar com as galinhas e temo bem que tenha à minha espera um verdadeiro dia de cão.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa terça-feira.
Boa sorte para todos (e para mim também, se faz favor).
A ver se acabamos todos o dia a rir, na boa. Ok?

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terça-feira, março 04, 2014

Ainda a festa dos Oscares 2014. Algumas fotografias para relembrar o momento. 'As tuas são maiores que as minhas....?!', interroga-se Irina Shayk. 'So what...?! Que mal tem ele ser novinho e vesgo? Ora essa.' pensa Glenn Close. E um quarteto especial: duas bizarras, a Donatella Versace e a Lady Gaga e um casal feliz, Elton John e o marido David Furnish.


No post a seguir alerto-vos para um vírus perigoso que por aí anda. Tem aparecido por todo o lado, os computadores dos jornais e televisões estão completamente infectados mas a coisa é tão viral que se propaga de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Por isso, e porque também aparece por mail ou qualquer outro tipo de mensagem, alerto-vos para a forma usual como ele se pode apresentar.

Alertas informáticos à parte, que isso é mais abaixo, aqui continuo com a festança e a animação nas festas que sucederam a cerimónia.

*

E, entretanto, que entre mais uma das canções nomeadas para a melhor Canção dos Oscares 2014

Pharrell Williams - Happy






Fotografias tiradas na cabina das fotografias instantâneas.



Doutzen Kroes and Irina Shayk.




Glenn Close and guest

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Um casal dir-se-ia que normal,

Elton John e o marido David Furnish,
e duas freaks de alto calibre: Lady Gaga (vestida com Versace, claro)
e Donatella Versace, esta completamente quitada 

- e a outra para lá caminha

*

Sobre o vírus informático e os cuidados a ter, desçam, por favor, até ao post seguinte.

Judite de Sousa e o seu novo amor, o jovem informático Nuno Albuquerque, é que não foram. De resto, Jane Fonda, Jon Hamm, Harrison Ford e Calista Flockhart, Candice Bergen e tutti quanti marcaram presença: depois da Cerimónia dos Oscares, a festa é a organizada pela Vanity Fair. Celebridades, companhias, toilettes.


Já sabem: se estou cansada, adoentada, chateada, furiosa, preocupada, e por aí vai, o que me ocorre não é carpir, invectivar, ou outras coisas acabadas em ir ou ar, quiçá até acabadas em er. Nada disso. Só me apetece falar de ligeirezas, parvoíces e outras irrelevâncias.

Por isso, para que não digam que vieram ao engano, vou já avisando: por aqui, hoje, não vai sair nada que tenha muito sumo.

Enfim. Pode ser que alguns cavalheiros achem que, bem espremidas as coisas, alguma suculência encontrariam. E vou esforçar-me por que as senhoras tenham também motivo para encontrarem alguma substância.

Vamos ver.

No post abaixo já vos mostrei os 4 melhores vestidos da Noite dos Oscares 2014. Aqui, agora, prossigo com a festa.


Música, que festas a seco não dá: que entre outra das canções nomeadas

Do filme Her - Karen O and Spike Jonze interpretam "The Moon Song" 



*

A verdadeira festa acontece depois da cerimónia. São célebres as festas organizadas pela Vanity Fair. Não são para qualquer um e todos sabem que é lá que se encontram os felizes e os que disfarçam as suas frustrações, mais os bem dispostos e os que já não precisam de fazer à foto em revistinhas de tipo Ana ou Maria.

Na Vanity Fair encontram-se os que têm alguma patine, algum chic, os que têm alguma coisa de especial.

Gosto de espreitar a Vanity Fair. Há ali um bom gosto que me agrada, uma ligação à arte, uma irreverência desempoeirada que traz uma certa modernidade. Vendo bem as coisas o que eu escrevi está cheio de redundâncias mas não me apetece coar a escrita. 

As fotografias dos que compareceram são muitas mas não vos ia maçar para além da conta, não é?

Por isso, escolhi aqueles que acho giros, que têm pinta, de quem gosto, aqueles com quem me sentaria à mesa ou quem talvez conseguisse conversar sem esforço - bem, estou a exagerar. Com os três últimos talvez me limitasse a trocar uns leros sobre trapinhos e assim


A chamada ménage à trois mas esta é das inofensivas:

Bono e o casal  Portia de Rossi e a mulher, a apresentadora,
Ellen Degeneres




De propósito para a leitora JV

a intemporal e bela Jane Fonda e o viril Jon Hamm


Um casal com muita pinta:

O destemido Harrison Ford
e a elegantésima e extraordinaireCalista Flockhart



O soma e segue e que, pelos vistos, por onde passa

vai fazendo filhos: Bruce Willis aqui com Emma Heming 



Quando eu for grande quero ser como ela, giraça, classuda, bem humorada:

Candice Bergen com Marshall Rose



Bela e elegante, a quase intimidadora

Evan Rachel Wood


Tivesse eu a idade dela
e tivesse sido convidada para a festa
a ver se eu não ia assim vestida:

Karlie Kloss, a menina marota



Não faz o meu género
 que sou mais dada a morenos com ar mal comportado
mas, enfim, reconheço que tem um certo charme:

Simon Baker com uma companhia bem gira mas de quem não sei o nome


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Judite, a cougar,
que se viu livre, em boa hora, do Seara
Pois é: acabo de ler por aí que outra que soma e segue é a colunável, diabolizada (ela assim se disse) e putativa Pipi das Botas Altas, a Judite Dartacão de Sousa. 

Com 53 anos e saída de um divórcio que a arrasou, eis que leio que Judite de Sousa está de novo apaixonada, agora por um consultor informático de 36 anos, Nuno Albuquerque de seu nome. Nada de mais uma mulher apaixonar-se por um homem quase 20 anos mais novo. Tem alma de cougar e faz ela muito bem. Um homem com 36 anos já tem alguma sabedoria e ainda deve ter pedalada que se veja pelo que é bem capaz de estar quase no ponto. Faz bem a Judite. 


Aliás, percebo-a bem. Depois de aturar o catavento mediático que já cansa de tanta fungadela inconsequente e, ainda pior, o Mas-ó-Dr. Medina (Carreira), essa bolorenta múmia que lhe atenta o juízo, só lhe deve apetecer sacudir o sarro e a baba que eles deitam e, foge!, respirar ar puro. 

Daqui lhe desejo as maiores felicidades. Uma mulher apaixonada fica mais bonita e tem mais motivação e os espectadores agradecer-lhe-ão essa atenção. E, de resto, toda a gente merece a felicidade e eu, verdade seja dita, até nutro por ela um bocadinho de simpatia.


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Como é bom de ver não é hoje que tenho disposição para escrever sobre ressuscitadas criaturas que são patetas todos os dias e que atribuem aos outros patetices que são apenas suas, ó patéticas e relvosas criaturas.

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Relembro: Para os quatro melhores vestidos da Cerimónia dos Oscares é favor descerem até o post seguinte.

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E, por hoje, por aqui me despeço. Amanhã tenho cá os meus meninos mais cedo ainda do que quando vou trabalhar. Eu não trabalho mas os pais das crianças sim. Por isso, amanhã é outra vez dia de festa cá em casa.

E com o mau tempo que está, nem deve dar para irmos com eles para o jardim. A ver vamos. Já aqui tenho uns livros de actividades que eles adoram. E têm, claro, os brinquedos. Mas, vá lá perceber-se porquê, só querem brincar comigo.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça feira!