António Costa -- com uma grande segurança, com uma visão racional e realista, sabendo conjugar a ambição para um melhor país com as restrições objectivas e, ao mesmo tempo, com uma visão moderna e intergeracional, com uma preocupação virada para a juventude e para os seus desafios de futuro, dominando cada dossier, com todas as matérias na ponta da língua, não apenas as da sua área como as que constam no programa dos adversários. Uma vez mais, quase deixou o opositor desarmado parecendo conhecer melhor o programa do IL do que o próprio Cotrim. Como sempre, usou uma gravata verde.
Cotrim de Figueiredo -- mostrou presença, é bonito, penteia-se com estilo, veste bem. É utópico e irrealista mas é civilizado e, apesar de nervoso e de, por vezes, deixar perceber que estava a sentir que estava a perder o pé, manteve a urbanidade. Apresentou-se sem gravata (o que lhe fica muito bem)
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Entretanto, mal acabou o debate, arrancaram os debates nos balcões televisivos em que se serve comentário a copo. Convencidos que são eles, os comentadores, que têm o protagonismo e que são eles, os comentadores, que influenciam o sentido de voto dos eleitores, extraem frases do que ouviram tentando viralizá-las, interpretam silêncios, gestos e tons de voz mesmo os que existiram apenas na sua própria imaginação, distorcem, manipulam, vestem asas de anjinhos e pegam ao colo aqueles que protegem enquanto agouram e rogam pragas àqueles de que não gostam -- tudo sempre com o sorrisinho dos iluminados.
Há muitos, a toda a hora, por todo o lado. Cá em casa fugimos dessa praga a sete pés. Felizmente, nem precisamos de pôr máscara ou lançar desinfectante, basta mudarmos de canal ou desligarmos a televisão. Mas, de vez em quando, sem querer passamos por eles e, nesse ínterim, damo-nos conta que algumas dessas aves raras estão por lá a pregar. Obviamente não me refiro à rainha das arrogantes descabeladas, Clara Ferreira Alves de seu nome, nem a tantos outros e outras que por aí andam a calejar o rabo enquanto nos tentam vender a sua rançosa banha da cobra. Esses de raro já não têm nada. Já nos cansam com a sua presença há séculos. Refiro-me a um que nos causa espécie e aversão, um puto que dá pelo nome de Sebastião Bugalho. Com o sorriso arrogante tão típico dos ignorantes e dos parvos dá-nos a entender que, se o não é, parece-o. É que não é apenas o sorriso, é, sobretudo, o que diz. Mostrando ser de direita -- mas daquela direita relha e revelha, uma direita conservadora, reaccionária e mumificada -- o puto vira do avesso o que se passou e sistematicamente dá a vitória àqueles que encaixam no seu espectro e a decreta derrota aos que não encaixam. Nada do que diz tem a ver com o que se passou na realidade. Convencido que pode tudo, não quer saber de rigor nem de respeito por quem o ouve.
Agora uma coisa se pergunta: pela cabeça de quem passa ter ali um puto daqueles a comentar o que quer que seja? Não dá para perceber. Deveria era estar ainda em casa a receber educação da mãe (ai Patrícia Reis...), levando até uns bons tabefes de cada vez que fosse mentiroso ou desrespeitador. .
Ainda há bocado o Der Terrorist manifestava a mesma dúvida: Um puto palerma levado ao colo para a mesa dos adultos, vá-se lá saber por quem e porquê.
Santa paciência. Santíssima paciência.
Por onde paira o Jornalismo?
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Tirando isso, para já mais nada
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Desejo-vos um belo sábado
Ar livre. Saúde. Alegria. Boa sorte.