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quarta-feira, setembro 20, 2023

Cenas da minha vida doméstica -- passando ao lado da chã política doméstica

[E uma casa extraordinária, uma fantástica obra de arquitectura]

 

Sinto um certo remorso por não comentar a palhaçada do Chega com a moção, mais a chachada do PSD que não é carne nem é peixe e que se deixa meter no bolso do Ventura, e mais, ainda, a palermice encartada dos artistas da IL que emparelham com os achegados para depois se armarem em betinhos e dizerem que não andam aos gambozinos com eles.

E podia ainda falar do Lula que tanto diz uma coisa como o seu contrário, e recordar que eu dizia que entre o Bolsonaro e o Lula, o Lula -- mas que, para dizer a verdade, venha o diabo e escolha. 

Ou poderia falar do carente Marcelo que faz de tudo para ser amado e para que ninguém se esqueça dele e que, nessa sua desaustinada ânsia, já não consegue conter a incontinência afectiva e verbal que tomou conta dele... dizendo o que lhe vem à boca (ia dizer, tudo o que lhe vem 'à cabeça' mas emendei porque acho que nem lhe passa pela cabeça, é tudo na base da ligação directa à boca). 

Mas vou falar de outra coisa. Estivemos a ver e ouvir o Nada será como Dante. Várias leituras um pouco desconcertantes. Mas uma poesia em particular deixou-nos a balançar sobre um dedo do pé. Para validar se era eu que estava armada em picuinhas, perguntei ao meu marido o que achava daquele poema. Respondeu: 'Para começar, seria preciso saber se aquilo é um poema'. Concordei pois estava a pensar a mesma coisa. Poema, o tanas.

Então perguntei-lhe se ele se lembrava de uma certa situação a que ambos assistimos há uns anos. Lembrava-se. Então disse-lhe: 'Vou ler um poema que escrevi sobre isso'. Ficou totalmente admirado. Há coisas da minha existência em que dificilmente acredita.

Não sei se já contei mas para aí no verão, entre os dias de férias e de miúdos e de mais não sei quê, meti na cabeça que haveria de fazer uma série de retratos em poesia. Cenas minhas, não interessa. E mandei-os para um certo sítio, e não vale a pena virem com piadinhas. E nem dei a ler ao meu marido pois ele não é grande apreciador de poesia. Temi que gozasse e me boicotasse a intenção. Portanto, a coisa seguiu o seu rumo sem a bênção ou o conhecimento dele.

Tive que me focar para não me desatar a rir. Dá-me vontade de rir de mim e das parvoíces que faço. Mas, então, lá li. 

Por fim, atinei e li. Ouviu atentamente e, no fim, quando a coisa teve um desfecho trágico-cómico, riu-se. 

Perguntei-lhe se tinha gostado e disse que sim.

Eu é que não gostei nada pois descobri que falta uma letra numa palavra. É o mal de nunca me dar tempo para rever com mil olhos. Caraças. Seguiu com uma letra a menos. Tomara que não seja fatal.

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E como na volta aparecerá alguém, outra vez, a protestar que, lá está, falo, falo... e não digo nada... (ah pois é, bebé...), vou passar ao que interessa: uma casa que é uma fantástica obra de arquitectura.

 Inside a Futuristic Mansion with Removable Rooms | Unique Spaces | Architectural Digest

Today Architectural Digest tours a futuristic home nestled among the trees in Malibu, California. If you were to imagine life on Mars your mind might conjure an image similar to this extraordinary residence. Built by architect Ed Niles in 1992, his experimental builds have been redefining the architecture of Southern California for decades. The innovative design features a long structure with modular rooms that can be unhooked and rearranged along the house's spine. Join Ed as he talks you through the creative process behind this architectural marvel.


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Um dia bom

Saúde. Alegria. Paz.

segunda-feira, outubro 31, 2022

Segredo para um coração feliz

 


As romãs estão grandes, pesadas. Tenho que as ir apanhando apesar de a casca ainda não estar bem tingida. Como estão tão grandes e pesadas, a casca de algumas abre e vão caindo bagos. Outras tombam e rebentam na queda. Mas já estão boas. Levei outra vez à minha mãe. Disse que ia dar uma grande ao meu tio. Fui agora pesar uma delas para não escrever aqui uma coisa fora da realidade. Pesava 538gr. 

De manhã, ao pequeno-almoço, junto bagos ao abacate, ao muesli e ao kefir. Ao almoço ou o jantar junto bagos à salada. Gosto bastante. Dão frescura e crocância. Comer só romã não tem muita graça, acho. Mas misturada é uma bela mais-valia.

As laranjas também vão caindo. Ainda pouco maduras, impossíveis de aproveitar. A casca também abre e caem deixando os gomos desfeitos no chão. Se calhar estão desabituadas de tanta água da chuva.

Com as limas a mesma coisa mas caem intactas. Uso-as para fazer chá e para temperar em vez do limão. Gosto muito de limas, são sumarentas, cítricas e com um toque a canela.

O jardim está muito verde, viçoso, húmido, e todos os dias temos que ir à socapa inspeccionar a aparição de mais cogumelos. Rebentam e crescem de um dia para outro. Há-os brancos, pequenos, pé filamentar, alguns mal se vêem, parecem pintinhas brancas, mas também os há castanhos, grandes, gordos. E há uns muito dissimulados, espessos como madeira, colados aos troncos. Temos sempre medo que o cãobeludo lhes chame um figo e não fazemos ideia do efeito que produziriam.

E hoje à tarde finalmente pusemos umas novas iluminações solares que, no outro dia, comprei. 

Uma é uma grinalda com bolas brancas de papel que, quando se iluminam, ficam com uma cor quente, bonita. A outra é um projector com sensor. E a terceira, a mais controversa, é uma fita daquelas que se ilumina em pontinhos corridos. 

O meu marido, se, em geral, tende a ter mente aberta, nestas coisas é assaz conservador. Conservador e minimalista. Isto de eu querer ter grinaldas ou fitas luminosas no jardim tira-o do sério. A mim não. Sou toda a favor de energias renováveis; e ter luzinhas que se acendem à noite depois de terem acumulado energia durante o dia parece-me muito bem. Acabei eu por colocar quase sozinha a grinalda e a fita pois ele teme que o jardim fique a dar-se ares de natal. Não gosta, é avesso a excessos, a pimpineirices, a gracinhas. Não gosta nada. Sobriedade é o seu nome do meio. Como não adoptei para mim nenhum dos seus nomes, sobriedade comigo não consta. Pelo menos, nestas coisas.

A grinalda ficou junto à vedação no terraço da cozinha. Assim há sempre luz. E acho que até fica com um ar bem bonito e acolhedor. O projector foi pacífico, ficou a apontar para a porta lateral e foi ele que o pôs.  O que deu luta mais a sério foi a fita das luzinhas. Quando comprei, pensei que fossem luzinhas brancas e só quando cheguei a casa é que, vendo a embalagem, fiquei na dúvida se não serão luzinhas às cores. Resolvi ir trocar. Ele disse que não era preciso, que se poriam pelo natal. Mas eu acho que não, se não é para trocar, vamos esperar pelo natal porquê? No corredor lateral que dá acesso ao jardim das traseiras, perto da porta do lado, achei que se poderia colocar no muro, entre floreiras suspensas. Creio que nem se vê da rua. Nem assim ele queria pôr. Pus eu. Consideremos que está ali a título experimental. Se se vir da rua e for feio, retiro e logo se vê. Mas agora quero ver como fica. As outras, entretanto, já estão acesas. Presumo que o botão da fita não ficou ligado. Amanhã tratarei disso.

Tenho ainda a reportar que enquanto dava atenção ao francês que a minha menina linda estava a praticar, o mais novo foi para o meu computador. Disse que ia jogar ou ver vídeos. Deixei, claro. Passado um bocado vi-o a teclar furiosamente. Perguntei o que estava a fazer. A irmã disse: 'está a ver se descobre o teu código de acesso'. Fui ver. O teclado bloqueado. Tanto para mexeu e carregou que o teclado bloqueou, não tugia nem mugia. E foi ela, sozinha, que resolveu tudo. Apenas fui solicitada para escrever a password de desbloqueio de ecrã no teclado virtual que ela invocou, indo depois às definições de teclado.

Gera-se sempre uma tal dinâmica que cada um chama e mexe para seu lado. Quando damos por ela já fizeram das suas. O meu marido diz: deixa-los mexer em tudo, fazem o que querem, por isso não te admires. O mais novo, então, é exímio em deixar-nos às escuras. Já por duas vezes nos deixou sem conseguir ver televisão tal a jardinagem que fez nos comandos da box ou da televisão.

Em contrapartida, a irmã está cada vez mais decidida: ela põe a mesa, ela serve os pratos, ela arranja a comida ao irmão mais novo e, no fim, quer ser ela a lavar a louça. E lava tudo com rapidez e perícia, mesmo tachos e frigideiras. E acelera-me para eu ir limpando e arrumando ao ritmo a que ela lava. Ao lanche também quis ser ela a tratar de tudo e, quando resolveram querer ovos mexidos, quis ser ela a fazê-los. Batidos com água, conforme aprendeu com o pai.

Pelo meio, houve pinturas de halloween e não apenas fui a pintora como eu própria acabei com cara de bruxa. Os trabalhos de casa que eram para ser feitos e o estudo que era para ter acontecido ficaram um pouco comprometidos, claro. Não consigo arranjar determinação para os forçar ao que quer que seja. Já dei para esse peditório. Agora é a vez dos pais deles.

E este domingo de manhã, aproveitando a aberta do bom tempo, fomos passear e apanhar sol para a beira-mar com a minha mãe. Muita gente, muita vida. As pessoas começam a curtir o ar livre. Adoro isso. E a minha mãe, toda jovem e fresca, lesta na passada, conversadora e animada, também gosta.

Há bocado, ao fim da tarde, já hora nova, fui para o terraço onde habitualmente nos juntamos para tomar as refeições ao ar livre ou conversar. Fui ver anoitecer, ver as luzinhas solares (que ali estão desde o verão e que, na altura, também deram bastante luta) começarem a iluminar o espaço. Estava sozinha com o computador a ver se via o The Good Doctor. Mas distraí-me e não vi. Fiquei-me pela contemplação do momento. Um pássaro passou por ali. Silêncio. Anoiteceu. Soube-me tão bem estar ali, uma tranquilidade total. Pensei que me sinto bem, que os meus se sentem bem -- e que não peço muito mais que isso. Pensei também que, se um dia me der para tentar meditar, naquele momento em que é suposto pensarmos em situações ou lugares aprazíveis, vou pensar em instantes assim, instantes de serenidade e paz.


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Tenho pena que o vídeo abaixo não tenha legendas em português. A experiência de vida de Lize Venter é impressionante e um exemplo. Depois de uma infância marcada por um sofrimento obscuro, violada por um irmão mais velho, eis que agora consegue o apaziguamento que lhe permite ter o coração feliz. Muito bonito.

Secret to a happy heart - Finding Wonderland

Trigger Warning - This film contains reference to sexual abuse, which may be triggering for some viewers.  If you have been affected by a similar issue and you need someone to talk to, please reach out to an organisation or individual near you for help.  Take care.

“The secret is to surround yourself with people who make your heart smile. It’s then, only then, that you’ll find Wonderland”

Our relationships teach us about so much more than the hearts of the ones we love - they teach us about ourselves.  Relationships show us how to love and be loved, as well as who we want to be in life and who we don't. 

Surround yourself with those who bring out the best in you. The ones who not only want to see you smile but also try to make you smile when you’re down. The ones who try to make your day brighter. The ones who know your value and your worth and remind you of it. The ones who help you bloom.

And have the courage to be a good friend to those who choose you.


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Nesta noite de eleições brasileiras, as imagens são pinturas de Tarsila do Amaral e vêm ao som de Choro N° 1 (Heitor Villa-Lobos) pelas mãos de Turibio Santos

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Nota: Obviamente ficaria angustiada, desgostosa e preocupada se ganhasse o troglodita do Bolsonaro. É um Trump em versão ainda mais abestalhada e ainda mais ignorantão. Uma calamidade para o Brasil e para a humanidade. Foi, pois, com alívio que vi que foi derrotado. Que não volte. Que não faça estragos nem alimente ódios agora que se foi.

Mas tenho que ser sincera: não fico especialmente feliz com a vitória de Lula. Acho que o Brasil mereceria melhor. Não percebo como um país tão grande, tão incrível e diverso como o Brasil não consegue melhor do que um Lula para se posicionar contra o obscurantismo populista, violento, grosseiro e perigoso de um Bolsonaro. 

Mas, enfim, é o que é. 

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Uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Serenidade. Felicidade. Paz.

terça-feira, março 22, 2016

Mas será que com isto do Lava Jato ter chegado a Portugal não vão deixar o Super-Judge Alex e o Super-Investigator Rosy-bad-Boy sem tempo para andar para a frente com as Operações Montebranco, Furacão, Marquês, Vistos Gold, BES e com os mil outros processos que eles, tadinhos, sozinhos, têm entre mãos?
Pergunto.
Vamo mas é convocar aí uma Reunião de Emergência, vai.
Chama a turminha da Porta dos Fundos, vai.


Pois eu sobre isto do Brasil não tenho sabedoria para me pronunciar.

No outro dia disse que aquilo lá mais parece uma novela da Globo, daquelas bem puxadas na caricatura, um forró geral envolvendo Justiça, Estado, Empresas, Partidos e o escambau e logo um Leitor agoniado me veio dar um chega pr'a lá, que eu estava fazendo o jogo de não sei quem e que isso não estava certo, não. Pois não estou não, meu irmão, não estou fazendo jogo de ninguém que eu não percebo nada daqueles carnavais envolvendo turmas tão assanhadas.

Lhe confesso, meu irmão: se aquilo lá tem enredo pois eu cá não o entendo, não, tudo me parece uma suruba generalizada, todo o mundo torpedeando todo o mundo, e repara meu irmão como 'tou usando expressão de salão. Por isso, eu cá, euzinha, só 'tou dizendo que, visto de cá, me parece que a coisa 'tá bem esquentada e que não há bicho careta que consiga perceber onde andam as pontas de tão grande novelo.

E agora a última é que 'tá parecendo que querem que a capital do império mande pr'a lá um tal que estava vivendo aí num apart de luxo e que 'tão dando dois dias pr'a Justiça portuguesa resolver a demanda.

Ora eu, que destas coisas não sei nada, só sei que ninguém deve ter dito pr'aqueles camaradas lá que a Justiça cá deste lado não anda a jato. Poderia dar aí uma mão cheia de casos em que a coisa pode levar mais de 1 ano na suspeição sem formação de culpa, os cara aí de cara suja pela rua e nada de concreto contra eles. 

Mas seriam tantos casos que o melhor mesmo é não dar muitos exemplos, pr'a não envergonhar a nossa cara tuga que é tão laroca.

E ninguém deve também ter contado pr'a eles que isto aqui, deste lado do mar, também só tem 1 (um!) juiz para tudo o que é caso importante, 1 só cara para ler toneladas de dossiers, quilómetros de dossiers; e mais: que as investigações 'tão todas nas mãos de um cara que também leva todas, um cara valentão que começa por meter toda a gente dentro mas que depois desatina, não sabe concretizar, é só fintinha no meio campo, rodriguinho com a bola, um cara que até parece meio bobalhão porque começa na suspeição da maior corrupção e acaba consultando lista de compras nas livrarias do supermercado e que, com tanta minhoca naquela cabeça, nunca consegue condenar ninguém, muito menos meter alguém na choça. O Rosy-bad-Boy tem muita garganta, muitas bolas ao mesmo tempo mas, meu irmão, aquilo lá é tudo bola pr'ó pinhal.

Por isso, ó seus tiras lá do Brasil, ou vocês mandam pr'a cá o Moro e deixam que a Dilula tenha algum descanso -- ou quem diz o Moro diz outro juizão qualquer da Globo como esse tal Castor de Mattos que mandaram pr'a cá que é um cara enxutaço mas que não chega, não -- ou não vão é conseguir levar o Raul Schmidt pr'aí é nunca, que o Super-Judge Alex e o super-Rosy têm mais que fazer.

E mais, ó meus irmãos, o que é que vocês andam pr'aí cutucando? Deixem lá aqui este pessoal em paz, tão ouvindo? Vai que cutucam, cutucam e ainda vão levantar onda a propósito do nosso querido Relvas e outros empresários transatlânticos que a gente cá tem pr'a ajudar aí nas ponte aéreas. Vai, presta atenção no que 'tou lhe dizendo, desvia lá a atenção daqui, que daqui vocês vão é levar nadica de nada, ouviu? Por isso, vai, chega pr'a lá. Deixa aí que o nosso Super Judge Alex e o seu irmão gémeo Rosy-bad-Boy continuem entretidos com os casinhos que, por cá, têm em mãos vai pr'a cima de mil anos... tá bom?

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E como não 'tou conseguindo dizer mais que isto, vamos mas é fazer Reunião de Emergência.
Chama ai a turma da Porta dos Fundos, ouviu?




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sexta-feira, março 18, 2016

Dilma nomeia Lula, Suzane casa com Sandra (conhecida como Sandrão), Daniel Cravinhos casa com Alyne
- ou quando a realidade brasileira ultrapassa as tramas das novelas da Globo


Acho que tem dado para perceber: paciência para política nacional ou internacional igual a zero. Por muito que sinta, ao de leve, bem lá ao fundo, um certo sentimento de culpa por me apetecer continuar alheada de tudo o que mantém acesa a chama da comunicação social, a verdade é que não há nada que pegue nas minhas mãos e as ponha a escrever aqui. Talvez seja uma certa necessidade de futilidade como forma de descanso, ou talvez seja a minha cabeça que anda cansada. Não sei.

É como se, de tudo o que se passa, só um tema me convocasse mas que, a ele, de propósito eu fizesse orelhas moucas.
Latente, há um tema que me preocupa em permanência e que se sobrepõe a todos os outros: o dos refugiados. Mas não quero continuar a falar nele, acho que as palavras já estão gastas.

Penso que o que se está a passar é de consequências duradouras e imprevisíveis pelo que há que olhar mais longe e não nos determos exclusivamente nos acontecimentos individuais [que, quando alguma coisa mais escandalosa acontece (como, por exemplo, uma criança dar à costa), lá marcam a actualidade]. Mas a verdade é que, independentemente de preocupações a médio ou longo prazo, há o drama humano actual. Países em guerra sujeitos a toda a espécie de vandalismos e atrocidades -- e, consequentemente, gente atormentada, sem trabalho, sem casa, sem ter o que comer, que se põe a caminho com os filhos nos braços, atravessando todas as fronteiras: as do mar revolto, as de muros com arame farpado, as do medo. Depois, quando alcançam terra firme e chegam onde pensavam que seria um céu, encontram tendas, frio, falta de condições, desconfiança, hostilidade. Isto preocupa-me em permanência; e dói-me como devem doer as dores tristes de um doente desenganado.

Mas penso também nas populações que acolhem esta gente que vem de outros mundos, de outras civilizações. Medo também. Razoável, compreensível esse medo. Perigoso esse medo.


E quando se poderia pensar que, por uma vez, alguém iria agir pondo as pessoas em primeiro lugar, não senhor: jogam-se os interesses das armas, do petróleo, equacionam-se os equilíbrios geoestratégicos, empurra-se com a barriga, assobia-se para o lado, fazem-se contas. O costume. A guerra continua, o terrorismo continua, os traficantes de refugiados continuam, as mortes no mar continuam. E a comunicação social relega o tema para um canto qualquer do meio da peça jornalística porque 'já não há pachorra' para os refugiados.

E eu, que já tantas vezes aqui falei nisto, penso que vocês, meus Caros Leitores, também já não devem ter paciência para esta minha choradeira, quase me sinto a chover no molhado, a patinar em seco -- e, de facto, a ser inconsequente.
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Portanto, mudemos de assunto. Já não é época de Carnaval pelo que não será a melhor altura para nos divertirmos por essas bandas mas, de qualquer maneira, vamos lá. Para o Brasil, pois claro. E, com vossa licença, vamos com a Ópera do Malandro.

Geni e o Zepelim


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A assassina mais famosa do Brasil vai passar a Páscoa fora da prisão


Suzane (Von Richthofen), hoje com 32 anos, é a criminosa mais mediática do Brasil por ter participado na morte dos pais em 2002, aos 18 anos.

A feliz família Von Richthofen

Em 1999, a abastada família Von Richthofen, constituída por Manfred, engenheiro alemão imigrado no Brasil, Marísia, bem-sucedida psiquiatra descendente de portugueses e libaneses, e os filhos Suzane, então com 15 anos, e Andreas, de 12, foi passear ao Ibirapuera, maior zona verde de São Paulo. 

Lá, Andreas encantou-se com as manobras de Daniel Cravinhos, 17 anos, um campeão de aeromodelismo. Mais tarde, com Andreas como cupido, Daniel e a bela Suzane iniciaram namoro.(...)

Após dias de planeamento, a 31 de outubro de 2002, Suzane e Daniel convidaram Cristian [irmão de Daniel] a participar do assassínio dos Von Richthofen, simulando um roubo seguido de morte e usando o ingénuo Andreas, à espera dos três num cibercafé, como álibi. Munidos de barras de ferro, Daniel e Cristian mataram Manfred e Marísia enquanto estes dormiam. Suzane esperou noutra divisão da mansão.(...)

Quatro anos depois, os namorados foram condenados a 39 anos e meio de prisão e Cristian a 38 e meio. Andreas, hoje um químico conceituado, jamais perdoou a irmã.

Em 2014, Suzane foi notícia na prisão ao tornar-se o motivo da separação de Sandra, conhecida como Sandrão, que havia sequestrado e morto um adolescente, e Elise, que matara e esquartejara o marido infiel. 


O casal Suzanne e Sandrão

A sequestradora largou a esquartejadora e casou-se com a parricida na cadeia do Tremembé.(...)


Nesta Páscoa, pela primeira vez desde 2006, Suzane foi autorizada a sair da prisão mas a polícia não divulga para casa de quem ela vai. Como em tudo na vida de Suzane, a imprensa estará atenta.
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[Sobre o mediático Caso Richthofen, acompanhado a par e passo pelos media brasileiros, há informação a pontapé na internet e, digo eu, não tarda teremos romances e filmes sobre tão inacreditáveis ficções]
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Entretanto, Daniel Cravinhos, o ex de Suzane, preso na penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé, em 2012 conheceu a biomédica Alyne da Silva Bento, filha de uma agente penitenciária, que tinha ido ao presídio visitar o irmão, preso por suposto roubo, e o coup de foudre aconteceu. Passado pouco tempo casavam numa cerimónia íntima para 50 pessoas.  A noiva chegou ao local por volta das 14h, vestida de branco com um véu preso a uma tiara. "Esse é o momento mais feliz da minha vida. Te amo", declarou Cravinhos do altar.

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E, enquanto Suzane vai passar a Páscoa a casa, provavelmente deixando Sandrão cheio de saudades, e enquanto Daniel e Alyne continuam in love, Lula e Dilma, sua querida, continuam a fazer queimadas no Planalto, ameaçando fazer o Brasil pegar fogo e, tanto fazem, que um dia ainda acabam a fazer companhia a Suzane, Daniel, Sandrão e outros personagens de novela da Globo. 


Lê-se, ouve-se e vê-se e não se acredita. Não sei se Lula é culpado ou inocente e gostava que fosse inocente mas sei que, face a todas as dúvidas e indícios, a última coisa que ele devia fazer seria usar o Estado como escudo protector. Ao aceitar ser ministro para escapar ao cerco, Lula mancha irremediavelmente o seu percurso de muitos anos de luta e resistência. A Justiça pode estar a abusar, e parece óbvio que está, e mil interesses podem estar a movimentar-se na retaguarda, mas há que saber manter distanciamento e elevação -- e não vejo isso no comportamento de Lula. Custa-me até dizer isso, mas não estou a gostar do que estou a ver.



E Dilma, ao agir da mesma forma surreal, está a portar-se como uma vulgar cacique, daquelas criaturas que, desesperadamente, desrespeitam a dignidade do cargo que ocupam - e quase parece querer vazar os olhos, cegar para não ver. 


Se ela, perante tudo o que se passa no palácio e nas ruas, renunciasse ao cargo e provocasse novas eleições agiria com o desprendimento que se exige às pessoas que estão na vida pública, agiria com decência e transparência. Assim, exibe ao mundo um comportamento que acho que envergonha os que acreditaram neles. 



Não sei o que vai acontecer no Brasil mas temo que não seja coisa boa. Nem sei se há alternativas estáveis e robustas que possam tomar as rédeas daquele descalabro quando Dilma for ao chão - porque, pelo rumo que as coisas estão a tomar, vai.

A corrupção, a justiça pouco transparente, os crimes, o vale-tudo, as paixões sem freio, o mediatismo, a indignidade banalizada -- tudo é de tal forma excessivo que, sendo real, mais parece uma telenovela caricatural, daquelas em que aparece uma bicha maluca, uma lésbica sapatona, uma mulher do povo, brega mas armada em chique, um sinhôzinho Malta, assassínios gratuitos, invejas, denúncias, advogados e juízes, polícias e ladrões, todos a namorarem com todos, tudo doido, tudo a improvisar a toda a hora.

Mas não é uma novela, é tudo real. Uma loucura o que se está a passar num país como o Brasil, uma dor de alma, uma tragédia, uma ópera bufa, um carnaval, uma cegada, uma vergonha, um susto, uma cobóiada. 
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Entretanto, por lá, contra todas as previsões, a Bolsa disparou. Dizem que a explicação é simples: os investidores esfregam as mãos de contentes perante a expectativa de que o impeachment aconteça. Portanto, quanto daquilo a que se assiste é fabricado também não sei dizer. O que sei é que os mercados não dormem.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, disparou nesta quinta-feira (17) e fechou em alta de 6,6%, a 50.913,79 pontos. Essa foi a maior alta percentual diária da Bovespa desde 2 de janeiro de 2009, quando havia subido 7,17%.

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E já agora, para vermos como, perante a incrível realidade actual, são inocentes e credíveis as personagens da Globo, aqui ficam Porcina e Sinhôzinho na novela Roque Santeiro.


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E já cá venho para falar de sapatos encarnados.

Até já.

domingo, julho 19, 2015

Sócrates será cúmplice do Lula? Ó pá...! Depois de andar a assediar a Maria Elisa na televisão e a levar mulheres para hotéis caros, querem lá ver que também usou o Lula como barriga de aluguer para os milhões que escondeu por todo o lado? O Rosarinho já deve estar a salivar e o super-Alex até se deve babar de excitação... E não será que a própria Dilma, amiga do Lula, também transportava envelopes de dinheiro para o Sócrates? Ó pá, Rosarinho, vai atrás dessa pista, vai. Busca, busca.


No post abaixo já vos mostrei a praia transparente e silenciosa onde caminhei este sábado, uma maravilha em estado líquido. Mais abaixo, mostrei jóias muito belas e as mãos amorosas que as fazem.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, mudo completamente de registo.

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Digo-vos outra vez: se Sócrates for culpado de crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal e sei lá que mais, ficarei furiosa com ele e acharei lindamente que seja condenado. Qualquer pessoa que seja comprovadamente culpada de tais crimes merece repúdio, reprovação, etc. -- mas um ex-primeiro-ministro ainda o merecerá mais, em especial um que eu tenha apoiado.

Mas, até ser efectivamente condenado no sítio certo (leia-se, nos tribunais), não sei de nada sobre o caso -- tal como não sei de nada relativamente a quem quer que seja que não tenha sido condenado e relativamente a quem se ouçam rumores, boatos, correio-das-manhãzices, o que for.

Acontece que, no caso vertente, Sócrates ainda nem acusado foi. Está preso há meses sem que ainda ninguém possa saber qual o crime concreto que possa ter cometido nem, sequer, perceber qual a linha de raciocínio que está a ser seguida na investigação. Parece coisa delirante conduzida por gente paranóica e muito volúvel.  Ora é Vale de Lobo, ora tem a ver com a CGD, ora com o Grupo Lena, já antes tinha sido Angola, já tinha sido a Venezuela, agora já os jornais andam a falar no Brasil e em Lula.

Daqui a nada já vamos em Plutão, esse misterioso planeta, a ver se lá se encontra o nó que falta para unir tanta ponta solta.

Transcrevo:

(...) Algumas pontas tocam-se nos dois processos sobre alegados actos de corrupção cometidos dos dois lados do Atlântico e que colocaram José Sócrates, e agora Lula da Silva, na mira da Justiça. 


Dois anos antes desta visita, em Setembro de 2011, Lula da Silva deslocou-se a Lisboa, como “embaixador” de investimento brasileiro em Portugal, nomeadamente nos Estaleiros de Viana e na TAP. Duas semanas depois nesse mesmo mês, Sócrates participou na cerimónia de homenagem ao antigo presidente do Brasil Lula da Silva, em Paris. (...)

E hoje, no supermercado, vi uma revista, a Flash!, que tinha na capa o Sócrates com indicação que gastava fortunas com mulheres, um sedutor engatatão. 


Entre viagens, hotéis de luxo, férias, casas e jantares, José Sócrates gastou quase um milhão de euros com quatro mulheres.
Sofia Fava, Fernanda Câncio, Sandra Sá e Sandra Santos foram o objeto de sedução do antigo primeiro-ministro. 

No outro dia era que tinha assediado a Maria Elisa na RTP. 

Dias depois veio ela dizer que era mentira, que não tinha dito nada daquilo, que a jornalista tinha querido que ela dissesse isso e que ela não tinha dito tal coisa, disse que a entrevista era para falar do livro que tinha publicado e ponto. 
Uma perseguição inacreditável ao homem. Mas a verdade é que as capas dos jornais e das revistas continuam a ser alimentadas com boatos, fugas de informação, especulações e ficções de toda a espécie. 

Usando a terminologia do nosso vai-estudar-ó-Relvas, uma coisa se pode dizer: Sócrates é uma marca que ainda vende.

Histórias atrás de histórias. Os ministros e quem com ele privava de perto, descrevem-no como um trabalhador incansável, reuniões e mais reuniões, visitas oficiais permanentes dentro e fora do país, a ver se dinamizava a indústria, se encontrava mercado para as exportações, sempre debaixo dos holofotes da comunicação social. Pois, no meio de toda essa agitação que o país inteiro testemunhava, o procurador Rosarinho Teixeira e o super-judge Alex acham que ele ainda conseguia tempo para estratagemas e tramóias de toda a espécie, aquém e além-mar - e, no meio, vá de seduzir mulheres, pernoitar em hotéis de luxo e, na volta, sabe-se lá?, presenteá-las com belas jóias Dior. Um leão. 

Não digo que sim nem que não, não sei, não digo nada sobre isso, digo apenas que tantas e tão surpreendentes são as suspeitas que me parece improvável que tudo aquilo possa ser verdade. Parece que certo, certo, terá sido ele cravar o amigo não se sabe bem para quê nem em que montantes (e digo isto porque tenho ideia de que isso, nas cartas que escreveu da prisão, ele admitiu -- embora não tenha referido montantes). Mas, até ver, ser crava não é crime. Pode ser chato, pode ser feio, pode ser de se fugir deles, dos cravas, mas crime, que eu saiba, não é.

Mas vamos ver no que dá agora esta suspeita que já vai no Brasil. Na volta, até a Dilminha vira suspeita. Às tantas, foi uma das seduzidas pelo galaroz e, quem sabe, num momento de delírio e paixão, aceitou ser mula a mando do temível garanhão, transportando bolotas recheadas de euros em pó --  por certo, milhões e milhões de euros, quiçá condensados para mais facilmente serem transportados -- para algum refúgio secreto que o Socas e seus cúmplices mantêm nalguma favela guardada por discretos jagunços. 

E eu, que tanto tenho falado no assunto, estou para aqui na risota mas, às tantas, já estou também sob escuta.
(... E a ver é se o Rosy não descobre que ofereci uma sardinha a um vizinho de mesa na tasca onde no outro dia jantei e que isso foi um suborno a mando do super-prisioneiro 44. Bolas, bolas, olha se ele descobre... 
Resta agora saber: quem será esse meu secreto vizinho de mesa...? Ah... 
E o que escondia a sardinha no seu interior...? Ah... 
Tantos e tão suculentos mistérios...
Busca, busca, Rosy).
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Já agora, a propósito de presos, que entre a malta da Porta dos Fundos com o seu  Preso.

A cadeia deveria ser o lugar onde os bandidos são contidos e ressocializados, mas parece que é lá que eles se sentem em casa. Rola até churrasco, cerveja, pagode, pelada, smartphone, tudo com evento e foto no Facebook. Isso sem contar os ataques, assassinatos, extorsões, rebeliões, e sequestros que são diariamente comandados de lá dentro. Estão tão acostumados que já virou rotina. Por isso, dá até medo pensar do que eles seriam capazes caso estivessem livres nas ruas... 


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E desculpem por vos relembrar: já aqui abaixo poderão ver uma praia envolta numa névoa suave, perfumada pela maresia. Por ali caminhei, os pés na água, o coração nas nuvens. E a seguir, por falar em jóias caras, queiram, por favor, descer até ao dioríssimo post ainda mais abaixo.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um feliz dia de domingo.

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quarta-feira, março 30, 2011

Lula, doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra; Dilma Rousseff presidenta amiga mas responsável. E até fica mal misturar aqui o Pedro Passos Coelho pelo que remato com uma citação de Roberto Bolaño

Luís Inácio da Silva, doutor, em Coimbra
Depois de ontem ter recebido o prémio Norte-Sul atribuído pelo Conselho da Europa, hoje Lula da Silva foi recebido em festa na Universidade de Coimbra, em que em cerimónia revestida de prestígio colorido e cheia de simbologia, lhe foi atribuído o doutoramento Honoris Causa. Apesar dos escândalos e apesar da ainda imensa mancha de pobreza, ficará para a história como o sindicalista que soube criar e distribuir riqueza de forma a posicionar o Brasil como um País com um dos mais interessantes índices de crescimento.

Vestes de cerimónia para celebrar os novos doutores

E, no dia em que uma crónica do Financial Times sugere que o melhor para Portugal seria que o Brasil cooptasse Portugal, anexando-o como um dos seus estados, Lula assegura aos amigos portugueses - a quem os brasileiros devem ver como uma espécie de antepassados aristocratas, decadentes e falidos - que o Brasil terá todo o gosto em ajudá-los.

Lula, ex-Presidente, tem já aquela postura típica dos avós, que tudo fazem para agradar aos netos, sem se preocuparem muito com o lado formal da sua educação. Já Dilma, claro, é mãezona: tentará ajudar mas tem que se ver como, apenas costumam comprar títulos de dívida AAA (e não disse mas deve ter pensado: não a dívida que as agências [algo vampirescamente] classificam como quase lixo).

D. Dilma Rousseff, Presidenta do Brasil formal, prestigia com a sua presença na Universidade de Coimbra o seu antecessor e amigo Lula

Mas isto, quando dá para correr mal, corre tudo mal (a sombra de Murphy a pairar, pois claro). Quando se pensava que se ia conseguir tirar a limpo, se ajudam ou não e de que forma, morre José Alencar e lá vão os nossos salvadores de asa, deixando aqui os pobres coitados na aflição, de mal a pior, tudo a derrapar perigosamente a caminho do abismo.

Tudo a derrapar perigosamente... e não são apenas os ratings, a dívida, os bancos, as empresas que começam a deitar contas à vida (... e, quando as empresas o fazem, certifiquemo-nos do estado dos pára-quedas...) - não, refiro-me também à idoneidade dos dirigentes do PSD. Derrapa, derrapa...

Um circo. E não sei em que número os inclua: malabaristas? Contorcionistas? Ilusionistas? Palhaços?

Então agora rejeitaram o PEC 4 não porque era muito gravoso para a população como alegaram... mas porque queriam ainda mais sangue?! Em que é que ficamos?! Desencadeiam uma crise num momento destes e depois ficam à nossa frente aqui às voltas sobre o próprio rabo?

Mas o que é isto?! Parvoíce pura e simples? Disfuncionalidade intelectual? Dislexia moral?

E, já agora, por dislexia.

Mónica Maristain pergunta a Roberto Bolaño: "Teve alguma importância na sua vida o facto de ter nascido disléxico?".

Resposta dele: "De modo algum. Houve problemas quando jogava futebol, sou canhoto; problemas quando me masturbava, sou canhoto; problemas quando escrevia, sou destro. Portanto, como pode ver, nenhum problema significativo."

Portanto, se a dislexia não é tão grave assim, então o problema do Pedro Passos Coelho e do PSD não deverá ser só isso. Talvez esquizofrenia, coisa assim, patologia séria.

A pose e a expressão não são famosas, quase parece ter saído de um concurso de shots. Mas o pior é a gravatinha rosa-menina: um susto.