Não vou falar de pategos, palermas, gente encardida, totós, ocos da cabeça aos pés, racistas, chico-espertos, videirinhos, etc, mesmo que um deles já tenha merecido honras inauditas, inexplicáveis e absurdas sob qualquer ponto de vista e mesmo que a comunicação social ande com eles ao colo. Não quero saber de nada que venha dessa gente. A única coisa a fazer é ignorar e, se tentarem passar, bater-lhes com a porta na cara. Gente dessa laia não entra. Não passa. Não merece sentar-se à nossa mesa.
Portanto, segue o baile.
O meu dia de hoje não teve muito que se lhe diga. Ando cansada e com sono. Estou precisada de umas doze horas de sono de seguida. Na primeira noite que o ursinho peludo passou no hospital mal dormi. E não deve ter sido apenas a falta de sono, deve ter sido também a angústia a consumir-me. A noite seguinte foi melhor mas, ainda assim, em défice. Um défice que se juntou ao défice anterior. E logo de seguida acabou o fim de semana. E a segunda-feira começou cedo de mais, com uma reunião mal o dia estava a romper. Começar a semana com uma reunião quase de madrugada desequilibra-me o biorritmo. E foram reuniões de seguida. E esta terça-feira não aliviou.
A pequena fera continua a dormir de gosto mas, à tarde, estava eu numa reunião, foi pôr-se ao pé de mim. Nada de mais. Só que eu estava num daqueles meus espaços, abertos, comunicantes (que é onde tenho melhor rede e melhor luz) e, de repente, o grande cão de guarda deve ter ouvido alguma coisa no exterior e, para provar que com ele ninguém faz farinha, desatou a ladrar. Mas a ladrar a bom ladrar. Ladrou, ladrou. Tirei o som ao microfone e mandei-o calar. Parou, olhou para mim e foi para a janela a ladrar ainda com mais força. Queria que eu fosse validar o alerta. Como estava sem som, chamei o meu marido. Felizmente estava em casa. Chamou-o e ele nada, só ladrar à janela. Eu a ter que falar e ele a ladrar à bruta. O meu marido disse para eu tirar a imagem. E, então, passou por trás de mim para o ir apanhar. Ele fugiu. Enfureci-me: 'Resolve isto, tira-o daqui'. O meu marido quase voou para o agarrar, praticamente caindo-lhe em cima. Saiu de lá com a fera cabeluda ao colo. Pedi-lhe: 'Vai para a rua com ele'. O meu marido protestou: 'Como se eu não tivesse que trabalhar!'. É que agora não queremos deixar a fera sozinha no jardim não vá voltar a haver algum problema com as lagartas peludas que, segundo todos me dizem, andam por aí aos montes, em procissão, afobadas com este calor antecipado.
Depois do trabalho, fomos fazer uma rápida caminhada e, a seguir, tratar de uns assuntos à cidade. Levámo-lo, claro. Resultado, chegámos a casa tarde. Quando aqui me sentei a ver o novo episódio da Gilded Age caí no sono.
Quando acordei, fui espreitar as notícias. Tudo fantasias sem sentido. Não percebo porque há por aí tanta gente a gastar latim com tão fracas figuras.
E um aviso à navegação: se alguém da TVI usar esta minha brilhante ideia, V. são testemunhas que me são devidos direitos de autor.
Mas está a parecer-me que ainda faltam ali umas mulheres. Talvez a Clara Ferreira Alves. Acho que a CFA ficava ali a matar.
Com a ex-arrumadinha Pipoca e a também perene Cinha a comentar as cenas, os casos de amor, o Relvas a seduzir uma das manas, a galinha careca a ensinar a outra galinha a fazer tricot, o Láparo e o Cardeal a conspirarem pelos cantos, o Castelo-Branco a rezar às escondidas debaixo da batina do P. E aviõezinhos a sobrevoar a Casa, a desejar um amor feliz ao Tavagues e ao seu amor seguegueto.
Bem. Não dou mais tácticas. Melhor: só mais uma. Acho que a Helena Matos também lá era bem metida. Só de imaginar já mal posso esperar.
Mas, pronto, ainda tenho que ir ler umas coisas antes de ir para a cama. Mas, antes, deixo-vos com um que é muito cá de casa, um daqueles que me provoca gargalhada garantida, um que me faz bem à saúde. Um que é eterno, sempervirens. Leslie Nielsen.
Desejo-vos um belo dia
Humor. Boa disposição. Saúde. Vontade de fazer coisas. Acreditar.