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sábado, janeiro 07, 2023

Prince Harry, o alcofinha.
E quando as coincidências são farpas

 


Nos excertos que se vão conhecendo do anunciado livro, nas entrevistas que vai dando, vamos ficando a conhecer a pinta de alcofinha do menino. O dirty Harry é afinal um rapazola com complexo de inferioridade e que padece de um mal que muita vezes vem associado àquele complexo: é um queixinhas. 

Vai escarrapachar num livro as brigas que tem com o mano, as conversas que teve com o pai, o que este ou aquela disseram sobre isto ou sobre aquilo...? E depois ainda tem o topete de dizer que agora a bola está do lado deles...?

E relata idas à bruxa para falar com a defunta mãe...? Verdadeiramente do além. 

E, en passant, conta que matou vinte e tal talibans, naturalmente deixando os militares de cabeça à banda, petrificados com a leviandade do petit prince.

Tudo isto é uma coisa que deixa a malta toda de boca aberta. Tudo deslocado, inútil, ridículo, imaturo, estúpido de mais.

A família real, toda pompa e circunstância, agora nas bocas do mundo por isto. Fofocas para todos os gostos. Um fartote de parvoíces, sem ponta por onde se pegue.

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Estava eu aqui sossegada da vida a ver sobre estas coisas quando começam a chegar mensagens da minha filha perguntando-me pelos filhos de alguém que conheço muito bem, perguntando-me pela ex, pela actual, pela casa, pelos hábitos, pela família. Tudo coisas que sei de cor e salteado. Por cada resposta que eu dava, ela ia confirmando que são as personagens do livro que está a ler e que, às cegas, lhe ofereci pelo Natal. 

Por tudo o que me foi contando, o livro relata a história da família de alguém que conheço muito bem, uma figura pública, de quem aqui já falei algumas vezes. E parece que a autora pega pesado. Imagino como ele deve estar em brasa. Cioso da sua imagem como é, deve estar aterrado não vá a notícia do livro espalhar-se. Nem consigo imaginar o que será uma pessoa ver-se retratada e posta a ridículo nas páginas de um livro. 

Imagino que um dia se faça um filme baseado no livro e imagino que ele viva mortificado com medo que isso aconteça. A vida, às vezes, é do caraças.

Podia agora, para ilustrar esta parte do texto, colocar aqui a fotografia dele. Mas obviamente não o faço. Nem vou colocar a imagem da capa do livro. Primeiro quero lê-lo. Depois pode ser que um dia fale dele (embora não diga de quem se trata, como se fosse tudo ficção).

Ou pode ser que um dia escreva eu sobre ele, sobre essa mesma pessoa, relatando alguns aspectos que a autora do livro desconhece.

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Tentarei amanhã responder aos comentários. Hoje não consigo.

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Desejo-vos um bom sábado

Saúde. Boa disposição. Paz.

sábado, maio 11, 2019

Archie - what's in a name?


Confesso que fiquei surpreendida. 

No outro dia, quando se falava nas apostas entre Arthur, Albert ou Alexander, eu disse que achava que haveria de ser outra coisa, nome plebeu, nome de toda a gente. Lembrei-me de John. 

Afinal, estava eu nisto, espreito um online e dou com Archie. Desatei a rir. Ninguém deve ter apostado em tal nome. Nem sabia que era nome próprio e não diminutivo. 

Para mim, Archie era sinónimo de Archie Bunker, esse horrível reaccionário, coisa tão detestavelmente conservadora que se tornava paródica. Uma família às direitas. Um pândego que assumia o ridículo de ser tão racista, tão xenófobo, tão machista, um direitolas tão primário, tudo tão extremado que a gente ria a bom rir. Eu, pelo menos, ria. 

Li, então, que Archie vem de Archibald e logo me ocorreu o Archibald italiano, o Arcimboldo, esse outro ganda maluco. No século XVI as suas obras eram de loucos, divertidas e surpreendentes.

Agora já li que Archie era o nome do gato de estimação do gato da duquesa. E outras teorias, algumas a parecerem improváveis. 

Quanto ao segundo nome, Harrison, já me parece mais normal: Harry's son. 

Agora a escolha do nome Archie ainda me dá vontade de rir. E, portanto, imagino que o pequeno Archie, apesar do peso do apelido, Mountbatten-Windsor, tem tudo para ter uma vida venturosa, irreverente, bem disposta -- e acredito que venhamos a surpreender-nos e a achar graça às suas tiradas por ser um provocador, um bacano. 

Salve Archie.


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Para os meus Leitores que não nasceram no séc XVI (como eu) aqui fica um cheirinho do Archie, o outro.


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segunda-feira, outubro 15, 2018

O que valeu à Lady Louise é que ia com cuecas da avó.
Imagine-se se aquele golpe de vento revelava um descarado fio dental...



Como não podia deixar de ser, o casamento de Eugenie de York teve alguns momentos fortes. Um casamento das realezas é sempre um acontecimento mediático. Mesmo os republicanos não viram a cara quando uma princesa sobe ao altar. Está certo que todas as noivas, no dia do seu casamento, são umas princesas mas aquelas em cujas veias corre um sanguezinho azul são outra coisa. Não me perguntem porquê porque a minha sabedoria não chega para muito mais nestas matérias.

O pior mesmo foi o vento que ia levando os chapéus, os cabelos, os vestidos e as composturas pelos ares. Os polícias bem tentaram impor algum respeito, ali todos apertadinhos a guardarem o desfile, mas aquela maltinha estava ali mesmo para dar ar à pluma e, com ventinho, a coisa ainda corre mais de feição.


A noiva, que é uma simpatia, ia linda e, para começar, o vestido teve um elemento de surpresa que deixou toda a gente enternecida. Aos doze anos, Eugenie foi operada a um desvio da coluna e o vestido foi desenhado para que a grande cicatriz fosse gloriosamente mostrada. 


Gestos destes fazem mais pela autoestima de quem se envergonha das suas marcas do que mil preleções. É um lugar comum dizer que a beleza de uma pessoa é a que vem de dentro -- e ou se tem ou azarinho, nada a fazer, não há maquilhagem que disfarce a feiura interior -- mas acho que é mesmo verdade. Uma pessoa que se sente bem consigo própria olha em frente, emana uma luz que transporta a beleza. Rugas, cicatrizes, flacidez, peso a mais ou a menos, nada importa quando as pessoas se sentem seguras e disponíveis para ser felizes. Mas, enfim, não são horas para altas filosofias.

Adiante, pois.

Outro momento alto foi a chegada da mãe da noiva que vinha acompanhada pela outra filha. 


Sarah é uma labareda e não me refiro apenas à cor do cabelo. Sarah é excessiva, heterodoxa. Desafiou a disciplina férrea da família, portou-se mal, muito mal, andou às cavalitas de um amante, deixou que ele lhe lambesse os pés. Os tablóides iam dando cabo do coração da sogra com a fogosidade da mulher daquele filho, ele próprio danado para a brincadeira. Mas consta que o ex-marido continua a ser amigo e cúmplice da mãe das suas filhas. Sarah chegou de verde, exuberante, curvilínea, correu a cumprimentar alguém, correu a recuperar o caminho. Apesar de marginalizada pelo inner circle, Sarah mantém-se igual a si própria. Não consegue passar despercebida, nem tenta. E faz ela muito bem.

Claro que o desfile de toilettes e chapéus foi outro acontecimento. Um espanto. Monarquia à mistura com top models e com um toque de Hollywood -- uma inspiração. Ponho-me a ver isto e fico sem vontade de ir comentar a remodelação governamental ou outros funfuns e gaitinhas. Há lá tema mais perfumado do que um royal wedding?
O ministro não sei quê ou a nova ministra que é e não esconde ou a outra que disse o que os outros não disseram ou sei lá que mais... Bahhh. Que discreto charme é que isso tem? Nada. Bola. Usam capelina, elas? Fraque ou casaca, eles? Não...? Então, esqueçam. Não quero saber. O Costa que arrume a casa à vontade que eu não tenho nada a dizer. Acho que faz bem. Também ando numa de remodelações como ontem já disse.

O chapéu de Naomi Campbell era um espectáculo. Aliás todo o outfit era um espectáculo. E ela, linda. Cada vez está mais bonita. Uma verdadeira cougar. Os anos passam por ela com o único propósito de a deixarem melhor. Uma pantera real.

Mas, de tudo, aquilo de que mais gostei foi do chapéu de Poppy Delevingne. Que maravilha. Toda ela estava elegante e divertida. Aquele vestido. Caneco. Lindo. Ousado e lindo. O que eu adoraria poder usar um dia um chapéu assim. Do vestido não digo o mesmo porque teria que ter meia dúzia de quilos a menos e, claro, no mínimo cem anos também a menos. Só tenho pena é de, quando me casei, não haver nada disto. Se fosse hoje, a ver se não ia a bombar numa toilette de deixar todos de olhos em bico.


Por contraste, a mana Cara. Não poderiam ir mais diferentes. A rebelde Cara, que já namorou várias beldades, apareceu com sugestiva toilette masculina e... igualmente divertida.

Mas o momento mesmo inesquecível não foi o da chegada das cunhadas Kate e Meghan e os seus reais e esvoaçantes maridos,




... não foi a graça das crianças que acompanhavam os noivos, príncipezinhos e princezinhas, louros e realmente bonitos (entre os quais, o pequeno George, o possível futuro rei lá do burgo e a mana Charlotte que já revela que herdou o olhar malicioso da sua avó e, tal como ela, também uma real apetência pelo exercício do flirt),


... não foi o da chegada nonagenária Rainha e do seu companheiro de uma vida, ainda ambos bem autónomos, sem bengalas, ainda com energia para aguentar estas cenas que, parecendo que não, cansam, olá se cansam,


... o momento alto foi a subida da escadaria quando Lady Louise Mountbatten-Windsor, que ia a acompanhar as crianças, mostrou mais do que seria suposto. Um desafio. O vento não lhe deu descanso. 


As fotografias e o vídeo (da Madame Figaro) que tenho são mínimos mas talvez dê para ver: umas cuequinhas sem gracinha nenhuma, completamente ao léu. Uma graça de tão desengraçados aqueles culotes. A nobre Lady Louise de cueca à mostra para o mundo inteiro ver. Tanta etiqueta, tanta aula de protocolo, tanta regra, tantas nove horas... e afinal Lady Louise é uma jovem mulher como qualquer outra, usa cuecas e tudo. 

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Bem. E agora que já cumpri com a minha função de serviço público, vou ver as fotografias e os filmes que fiz de manhã e a seguir ao almoço, a ver se se aproveita alguma coisa. Temo que não, estava uma ventania, a voz nem se deve ouvir. E as fotografias não sei. Só se algum flamingo salvar a coisa.

Ou isso ou, se nada prestar, a ver se me ocorre alguma coisa apropriada de que possa falar. E claro que não vou falar das análises do Cagalhoças nem das lições majestáticas do Ex-Vice nem da brutal armadura dos óculos da Judite. Nada disso hoje me assiste. Temos pena.

Só lamento é que não esteja a chover. Nada me inspira mais do que estar aqui e ouvir a chuva a bater na janela. Agora assim. Uma monotonia. Só me apetece mesmo é falar de casamentos reais ou de outras reais pepineiras.

terça-feira, julho 10, 2018

No dia em que a Câmara dos Comuns quase vinha abaixo, na gargalhada, com o elogio de Theresa May ao prestimoso Boris, o famoso Johnson de cabelinho à f...-se, os bifes preferiram foi pôr os olhos nas reais toilettes dos convidados no baptizado de pequeno Príncipe Louis Arthur Charles.
[Mas eu, depois da reportagem, prefiro é deleitar-me com John Bercow, o extraordinário Speaker]


Para que não digam que sou uma aluada (isto os mais brandos, claro, que os outros apodar-me-ão simplesmente de mentecapta -- e estarão todos certos), hoje vou dar uma de comentatriz. 

(Reparem no valentão que dizem ser da Juve Leo
à pancada com um inimigo imaginário. É mesmo mau, ele)
Aqui da parvalheira não tenho muito a dizer. 

Parece que prenderam mais oito juve-leos, alegadamente implicados na saudosa sessão de trolha na Academia de Alcochete. Mas sobre o tema falarei quando chegar o dia. 
O primeiro milho é para os pardais. Sou mais pela caça grossa. Sei esperar.
Tirando isso, não me ocorre mais nada que hoje tenha merecido simultaneamente a atenção da comunicação social tuga e a minha.

Claro que o tema do dia é aquele que, desde há dias, polariza as atenções mediáticas de todo o mundo. Mas, como sempre que alguma coisa me assusta, só falo quando o susto passou. Entretanto, deixo o palco para a bateria de psicólogos, mergulhadores, técnicos da protecção civil et al. que são altamente especializados em resgates de grutas, mormente os que metem mergulho e crianças e que todos os canais de televisão portugueses contratam à mão cheia. Tal como, nos concursos de talentos, sempre pasmo com a quantidade de gente que canta bem, agora pasmo com a quantidade de gente que em Portugal já resgatou crianças e treinadores de futebol de grutas alagadas. 

Mas, dizia eu, não vou falar disso. Não percebo nada do assunto e só quero que tudo acabe em bem. Portanto, nada mais a dizer.

Agora notícia mesmo foi a debandada dos malucos do Brexit do governo da espantadiça e esparvoada Theresa May.
Nada daquilo me assiste e fazem bem os eurocratas em assistirem de galeria à pangalhada que é tudo aquilo. 
Aquela tropa fandanga manipulou os eleitores (com a santa ajuda da defunta Cambridge Analytica), levando os bifes a votar a favor do Brexit e, quando se foi a ver, ninguém fazia ideia daquilo em que se tinham metido. Lembremo-nos que, no dia seguinte, o Google quase foi abaixo com a malta toda a perguntar o que era o Brexit. 

Depois, foi o que se sabe. Para começo de festa, parte da comandita que mais entusiasmada com a campanha andou mal se viu com a obrigação de pôr a cena em prática, deu de frosques. E no governo, então, tem sido uma festa: uns puxam para um lado, outros para outro, outros para nowhere e outros não fazem a mínima.

Hoje meio mundo comenta o simbolismo da debandada do maluco do Boris, aquele Johnson do cabelinho à fornique-se. Eu, por mim, acho que é irrelevante. Não se lhe conhece trabalho que se veja ou ideia que se aproveite. Mas foi ele e mais dois mangas. Acham que a May é muito tiazinha e muito abécula e que os da União Europeia fazem dela gato sapato. Tretas. Sabem todos que a maioria da população não quer sair. Portanto, aquilo já não é um teatro forçado: é, na verdade, uma ópera-bufa.

A única coisa digna de registo a este propósito foi a gargalhada geral do Parlamento quando a tia May resolveu fazer o elogio póstumo dos debantantes, nomeadamente do Boris. Ela a elogiar-lhe a paixão e os outros na maior das galhofas. Uma cena. E das boas.

Mas bom, bom mesmo, foi aquela intervenção do Speaker, moço que já aqui esteve e de quem nunca me canso. O que eu gostava que um dia ainda tivessemos um bacano destes na nossa Assembleia tão bonita mas tão desinteressante. 


A House dos ex-manos bifes pode ser acanhada e sem condições que se apresentem (lembra ao diabo estarem ali todos apertadinhos, uns contra os outros, perna com perna, com os papéis ao colo?) mas é uma festa, um teatro shakespereano.

Mas, enfim, acredito que os britânicos não estiveram nem aí para as macacadas da Théthé e de sua trupe, e quiseram foi ver como se aperaltou a realeza e seus mais chegados súbditos para se apresentarem no baptizado do pequeno Prince Louis, um bebé fofo e querido.


Aqui a comentatriz conta:

Camilla, aquela a quem se imaginam altos dotes em artes não confessáveis -- para tão liminarmente ter passado a perna à Lady Di -- apresentou-se como sempre, com o seu habitual ar meio bardajão-chic e sempre na boa, embora o chapéu quase se lhe enfiasse todo pela cabeça abaixo, uma coisa quase na base do chapéu do D'Artacão.

O eterno putativo candidato a Rei Charles apareceu na boa, como sempre e, também como sempre, a parecer quase da idade da mãe (que, para se preservar para o programa do resto da semana, não deu as caras). E tem a mania de assertoar o casaco e mais valia que não.


A Duquesa de Cambridge, mamãe do três principezinhos, apresentou-se muito bem, muito elegante, muito sorridente -- e desta vez não reciclou nenhuma prévia toilette, deixando as triquitriquiteiras do costume sem fofocas sobre o tema. Dá-me ideia foi que repetiu o toucado mas, como ninguém fala disso, é porque não faz mal. E é bem bonito e um dia que me case a sério, troca de votos com missa cantada e tudo, não me importava nada de me apresentar de virginal e alvo vestido com uma coisa assim na cabeça, com flores de laranjeira e tudo.


O seu marido, o simpático William, cada vez com menos cabelo, apresentou-se de pai amoroso com os dois mais velhos pela mão, a bela e danadinha Charlotte toda coquetezinha, cada vez mais menininha bonita, e o little George sempre com aquele seu delicioso arzinho britanicamente enfadado.


Pippa, a mana do rabo bem desenhado, a tal, se bem se lembram, que quase roubou o protagonismo à mana-noiva-real Kate aquando do casamento dos herdeiros, apresentou-se elegante e pudicamente grávida, a barriguinha discreta sob um vestidinho haut couture. O marido é que se apresentou um pouco esgalgado e com ar precocemente ralado.



O mano de ambas apresentou-se como sempre se apresenta, dandy e bem humorado. A seu lado uma bem humorada amiga com um vestidinho muito Zara, vagamente compensado por um chapelito algo fashion.



Carole Elizabeth, a avó materna de Louis, apresentou-se elegante e decidida as ever, ao lado do seu marido pacholas que mostra muito ter sofrido com aquela mulher e filhas (o filho não lhe deve ter dado trabalho de monta)


A duquesa de Sussex, Meghan de seu nome, apresentou-se elegante, num verde seco discreto e com um chapéu sóbrio e vaporoso que só me dá vontade ter um igual. Dizem que tem as pernas finas demais mas eu acho que lhe ficam bem -- e whatever. Se fosse a peneirenta da Letizia, não faltaria nada para a vermos aparecer com belo pernão, depois de enchertar umas barrigas nas pernas. Mas parece que a duquesa não é dada a isso. Pelo menos so far. O ex-dirty Harry apresentou-se vagamente enfastiado, domesticado comme il fault.


Agora uma coisa é certa: para os batizados os homens da fina flor usam fatos azuis. 

Nos anos mais recentes só fui a dois mas não me lembro de ter visto os homens todos de uniforme azulão -- mas uma coisa deve ser a nobreza britânica e outra a portuga. Ou whatever.

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E termino trazendo aqui, uma vez mais,  John Bercow. 
Love, love, love.

Primeiro dando uma valente desanda no dito Boris Troloró


E a seguir dando um valente chega para lá no azeiteiro-pimpão Trump

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Até já. Tenho aqui um outro tema para tratar:
O sexo entre lésbicas é melhor do que o sexo heterossexual?
Consta que sim.
Mas isso tem tanto que se lhe diga que tenho que arregaçar as mangas.
Ora, com o calor, obviamente já me despi de preconceitos.
Portanto, sem ter como arregaçar as mangas, tenho que ver como deito mãos à obra.
Portanto, se não adormecer antes, já cá apareço para vos contar como é que é.
Senão, paciência.

quinta-feira, maio 24, 2018

Casamento real - o que eles disseram.
Não um... mas... dois vídeos reveladores.

[Uuuupsss... talvez não tenha sido bem aquilo...]


Há aquela pancada de, nos treinos ou nos intervalos dos jogos de futebol, a maltosa falar com uma mão à frente da boca para os jornalistas ou gente mais esperta que os repórteres desportivos não conseguirem descobrir o que estão a dizer.

Não sei se os deputados também não fazem isto. Provavelmente fazem. Como dizem coisas muito interessantes, quer uns quer outros, mas são modestos, não querem que a gente lhes conheça as elevações.

Ou isso ou são paranóicos. Ou convencidos. Ou, simplesmente, meio parvos.

Whatever. 

Por mim, podem eles estar descansados: não apenas não acerto uma como me estou nas tintas para o que dizem. Até porque, ao longe, não vejo bem. Quando tenho reuniões em salas grandes, se calha algum colega que esteja do lado de lá da mesa, em especial se está longe, pôr-se a falar comigo por mímica, pondo-se, discretamente, a dizer qualquer coisa através de movimentos labiais, fico toda atrapalhada: primeiro, não distingo, com precisão, as ditas labiaduras; segundo, começa a dar-me vontade de rir. 

Mas vontade de rir mesmo, são estas duas cenas que aqui abaixo: descobrir palavras cuja labiagem bate certo e, na verdade, ser tudo completamente ao lado.

William, Harry, Meghan, o Bispo, a Maestrina, as reacções da realeza... uma graça a pretensa reconstrução do que disseram ou cantaram durante o real casório. 

Casamento real - Uma leitura labial errada




ou


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E, finalmente, eis as duas fofésimas e simpatiquérrimas manas catatuas

(mas tadinhas, isto foi noutra festarola, não nesta)


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As fotografias aqui apresentadas, todas elas, também são, obviamente, uma paródia.

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sábado, maio 19, 2018

Um casamento gospel na realeza britânica
A que se seguirá uma conferência de imprensa de Bruno de Carvalho













Depois da igreja ter desatado a rir quando Harry deu o Sim a renunciar às outras e depois do Bispo Curry, inflamado e esfuziante pregador negro americano, ter exortado todos a amarem o amor em vez do dinheiro e de nunca mais se calar, deixando todos a olharem uns para os outros, sorriso meio estupefacto no rosto, sem perceberem bem o que estava ali a passar-se, e de um animado coro negro ter entoado o Stand by Me -- conduzido por uma imponente volumosa e colorida maestrina com um extraordinário penteado platinado --, eis que finalmente, entre ternos olhares e cúmplices mãos enlaçadas, os noivos deram o sim.

A realeza britânica abriu, pois, as portas ao povo e aos negros -- que é como quem diz, abriu-se, de vez, ao mundo real.

A rainha impassível.

Longe vão os tempos em que queria tudo by the book. Agora, depois de tudo o que aquela maltinha tem aprontado, já está por tudo.




E, dado o nó, os Duques de Sussex desfilaram para agradecer o carinho e a curiosidade da população.


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Entretanto, as televisões anunciam que Bruno de Carvalho vai falar já a seguir. Não há festa sem malucos.

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Já falou. O puro e virginal Bruno já falou. Com voz arrastada e aspecto espapaçado, apareceu mais de uma hora depois da hora para a qual convocou a conferência de imprensa e, como que ganzadamente, desfiou baboseiras durante duas arrastadas longas horas. Vitimizou-se, desculpou os agressores de Alcochete e culpou os jogadores, atacou accionistas, jornalistas e o mundo em geral pelo so called terrorismo de que, segundo diz, está a ser alvo. Pelo meio, falou da ex e da filha da qual diz desconhecer o paradeiro, falou da actual mulher, falou do Expresso, misturou assuntos pessoais com avisos e com indirectas, acusou empresários, desculpabilizou-se de tudo, de corrupções, de banditismo, de sacos azuis, e apelou ao sentimentalismo mais primário -- e, a cada coisa que disse, demonstrou que está para além de passado da cabeça. Ou seja, qual penetra, invadiu o real casório para fazer toda a espécie de maluquices e para evidenciar o caso sério que ali está. Provavelmente vai mesmo acabar por ser detido, agarrado e enfiado numa camisa de forças ou enviado a banhos para a província. Enquanto isso, o Sporting caminha a passos largos para um buraco financeiro do qual poderá não conseguir sair.

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E sai um viva para os noivos!

A noiva está a caminho. O noivo já a espera na igreja


Hoje começo o dia a assitir ao casamento real mais mediático do ano. Ainda me lembro do casamento dos pais do príncipe. Ia radiosa, Diana. O seu filho hoje também entrou todo sorridente na igreja.

A jovem atriz que em breve fará parte da família real sorri sob o seu véu, ao lado da mãe, dentro do carro que a transporta por entre a multidão que grita e aplaude e acena com bandeirinhas.


Todos sorriem. É gente simpática. Disso não há dúvida. O Dirty Harry é hoje o noivo bem comportado.



A dedicação de grande parte da população a esta família e, em especial, a esta nova geração da realeza é digna de registo




Os convidados já chegaram e vão da família (as figuras mais populares e, até, as quase proscritas) a muitas figuras públicas.















Estou encantada com os chapéus e com as toilettes. Um casamento é sempre uma festa feliz.

E, então, chegou Isabel, a eterna rainha com o seu príncipe consorte.