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domingo, janeiro 12, 2025

Derby em casa de benfiquistas com sportinguistas em minoria

 

Não sei se já contei mas o meu marido gosta de ver futebol sozinho na sala. Abre uma excepção para mim pois, estando aqui eu, como não consigo concentrar-me naquilo, estou entretida com outra coisa e não perturbo a concentração em que ele gosta de estar. Se por acaso lhe faço alguma pergunta, começa por não ouvir e, por fim, responde a correr, contrariado por eu estar a distrai-lo.

Quando as forças vivas da família se movimentam no sentido de verem cá o jogo, começa sempre por ficar um bocado contrariado e só se anima se eu lhe digo que o resto do pessoal pode ver aqui e ele na outra televisão, ou vice-versa.

Contudo o que tem acontecido é que acabam todos aqui, na maior confusão e ele acaba por se resignar.

Mas hoje, que era Benfica versus Sporting, perante a perspectiva de irmos ver o jogo num antro benfiquista, começou por dizer taxativamente que não. Não lhe parecia que fosse exequível, ele a torcer por um lado e metade da claque a torcer em sentido oposto. Mas lá o convenci.

Enquanto durou o jogo, vi que estava a tentar abstrair-se do entusiasmo encarnado. Sportinguistas ferrenhos eram só dois. Eu sou neutra pois embora penda mais para os verdes não consigo vibrar, gritar, incentivar ou insultar o adversário.

Isto para dizer que, portanto, chegámos a casa tarde. E, à chegada, ele ainda foi passear o cãobeludo que, coitado, tinha ficado em casa. Eu não fui, não gosto muito de andar a passear às quinhentas da noite, em ruas desertas. Hoje era impossível tê-lo levado já que a cena futebolística incluía jantar que, naturalmente, dada a hora do jogo, era jantar volante e no colo. Além disso, uns estavam nos sofás mas outros estavam nos sofás - seria demasiado confusão e demasiada tentação para ele. 

E, tirando isso, posso dizer que, antes, cá em casa, fiz uma máquina de roupa apesar de o tempo não estar bom para secar (e não ter máquina de secar), fiz uns transplantes de flores pois a terra está boa para isso, apanhei laranjas, trabalhei um bocado naquilo que me tem trazido ocupada, recebi um telefonema longo de uma amiga que, quando liga, é sempre para pôr a conversa em dia. Coisas assim.

Mas, com isto, como é bom de ver, claro que não vi televisão, não li notícias, nada. Estou virgem no que a actualidade diz respeito. Mas, provavelmente, ainda bem que não vi pois assim não acumulei capital de preocupação ou de enjoo.

E por aqui me fico. Agora vou dar uma circulada por alguns blogs, parece que é lugar onde ainda é possível ouvir o bater de um coração.

Desejo-vos um feliz dia de domingo.

quarta-feira, novembro 06, 2024

Só não digo que os cogumelos in heaven são lindos de morrer, porque, enfim, andamos a apanhá-los à força toda para que não aconteça nenhum desastre.
Também há o tema da grande vitória do Sporting que é de gritos.
Depois há a expectativa do caraças sobre os resultados das eleições nos States.
Para me manter serena, vou antes ver a casa de Taís Araujo e Lázaro Ramos

 

Como tem sido hábito nestes últimos dias, o meu marido, depois de ter tomado o pequeno-almoço, foi para o campo com uma pequena pá e um balde apanhar cogumelos. Quando chegou, vinha a bufar, que estava farto da m.. dos cogumelos, que rebentam da noite para a manhã seguinte, que não se dá conta de tanto cogumelo.

Depois estava a chover e não pude ir andar por lá. 

Quando fui, para onde deitava o olho, via um cogumelo. Acho que nascem de hora para hora. 

Voltei para trás para buscar a pá e o balde e fui eu apanhá-los. O meu marido já me tinha dito: ao princípio, nos primeiros dias, apareceram os grandes cogumelos castanhos e os brancos, agora estão a aparecer cor-de-laranja e amarelos. Já ontem os mostrei. Pois, não imaginam. Hoje, quase só desses coloridos mas em tamanho pequeno. Uma gracinha de cogumelos. Parece que brotam a todo o instante.

Tirei uma fotografia a uns quantos já dentro do balde, a fotografia que está lá em cima. Não são tão lindinhos?

Na fotografia estão sujos pois quando enfio a pá, enterro um bocado para apanhar o pé e, portanto, depois trago também a terra, os musgos.

Tirando isso, posso dizer que o meu marido está contentíssimo com o resultado do Sporting. É obra.

Quanto às eleições nos Estados Unidos, espero mesmo que ganhe Kamala Harris e que ganhe por uma margem que não permita ao alarve-mor vir com as suas habituais e prometidas patranhas.

Neste compasso de espera, se me permitem, vou antes entreter-me a ver casas bonitas. E esta, aqui abaixo, é uma maravilha. Um apartamento amplo, luminoso, tranquilo, com móveis com um belo design.

Taís Araujo e Lázaro Ramos abrem o seu apartamento muito brasileiro 

| CASA VOGUE

[Por defeito, acho que vem dobrado em inglês. Para falar com a voz deles é escolher o português, no audiotrack nas definições]

E que os próximos dias nos tragam e confirmem boas notícias

Be happy

segunda-feira, maio 06, 2024

Campeões!

 



Dois dos meus netos já estão no Marquês, com o pai, a festejar. Aqui em casa, há pelo menos um coração verde que bate de alegria. E digo 'pelo menos' pois, não sendo entendida em futebol ou fanática do que quer que seja, não posso deixar de me sentir feliz pois isto é coisa que faz vibrar, e de que maneira, os ânimos aqui em casa.

Hoje de tarde, todos cá em casa, dia de afecto, churrascada e alegria, os sportinguistas já antecipavam os festejos.

E agora que vejo as imagens do Marquês, à pinha, uma imensa festa verde, pasmo com tantos jovens, tantas crianças, tanta miúdas. Isto é o que garante a vitalidade das organizações. Muito bem está um Clube que tem esta capacidade de mobilização, de festejo, de rejuvenescimento. Fantástico.

Os benfiquistas, bons desportistas, têm pena de não ser eles mas respeitam a alegria dos adversários e amigos.

A todos os meus Leitores em cujo peito também bate um coração verde dou os Parabéns! 

E viva o Sporting!



sexta-feira, março 17, 2023

A caminho de me pôr fit -- dia 1.
Isto em dia de grande alegria sportinguista cá por casa.
Com surrealismo gostoso à mistura

 



O dia foi bom. O pior foi que, andando eu distraída da meteorologia, a meio da tarde fui surpreendida com o dia a escurecer e a chuva a cair. Pensava que ia estar um dia de sol e, afinal, descambou daquela maneira. 

Ia começar a rever a minha obra literária mas tive que me deixar disso e ir apanhar a roupa que tinha estendido pouco antes. 

Entretanto, as coisinhas de que falei no outro dia já estão penduradas, bonitinhas e a piscarem-me o olho para me deixarem feliz da vida. Olho para a parede e fico toda contente.

E, como tinha pensado, fui inscrever-me nas minhas actividades hídricas. E, quando a menina da secretaria ia começar a explicar-me a dinâmica do local e o que eu devia trazer, disse-lhe que já vinha equipada e pronta para entrar em acção. 

E assim foi. 

No balneário estava atrapalhada com o cadeado (levei um de código) quando uma parceira foi em meu socorro. Pouco depois já uma segunda se nos tinha juntado e, simpaticamente, começado a explicar-me o funcionamento da coisa, não só dos cacifos mas de tudo.

Depois foi a aula. Gostei imenso do professor. Jovem, alegre. Música a bombar. 

Claro que tive alguma dificuldade em sincronizar-me. E salta, e levanta o joelho direito e toca com a mão esquerda no calcanhar direito. E troca. Levanta o joelho esquerdo e toca com a mão direita no calcanhar esquerdo. E troca. E etc. Sempre em acção. 

Estar a olhar para ela e conseguir aguentar o ritmo, movimentando braços, pernas, ancas e ombros, foi um desafio. Mas lá me esforcei para me manter alinhada. 

Foi bom. Sempre a bombar. Contudo, devo confessar que, para o fim, já me sentia um pouco cansada. Com a prática e com mais uns dias de pós-covid em cima espero ficar mais em forma.

No fim, fiz sinal ao professor para saber se podia dar umas braçadas. Como gosto muito de nadar, uma piscinona ali ao dispor era para mim um convite irrecusável. 

Disse-me que sim. Fui. Mas aí percebi que não estou mesmo em forma. Os vinte e cinco metros para lá ainda foram bem. Agora os vinte e cinco metros para cá já foram em esforço. Nessa altura é que me lembrei: gaita do corona. Ainda me canso mais do que é normal, essa é que essa. Por isso, fiquei-me por aí.

A este nível tenho contudo uma outra dificuldade que, esta, não sei se é transponível: não consigo pôr-me nua a ensaboar-me por dentro e por fora, tudo na maior fraternidade, todas conversando e rindo na maior naturalidade, tudo ao léu na maior descontra. Não consigo. Não sei se diga que ainda não consigo ou se diga que não consigo nem conseguirei. Não sei.

Enquanto eu estava lá, o meu marido andou a fazer uma caminhada com o urso-fofo. Eu bem tento mostrar-lhe os benefícios da coisa. Não consigo. Irredutível. Aquilo não é número para ele.

Ao fim da tarde fomos fazer o nosso passeio de fim de dia e já estamos a começar a retomar as distâncias anteriores.

E a nível de actividade física foi isto. 

Também aproveito para andar enquanto estou ao telefone. Sempre assim foi, mesmo quando estava circunscrita ao gabinete.

E hoje, para além das chamadas diárias normais, tive uma bem longa, e agradável, com um ex colega. 

Ou seja, ao ver agora o comentário do Ccastanho, fui ver qual o meu score, convencida de que andava bem modesto. E até fiquei admirada... Depois de dias de sono e borreganço, hibernação covídica pura e dura, eis que voltei a ver os meus usuais 15.000 passos.

Fiz uma captura do ecrão do telemóvel para eu própria não duvidar.


A ver se esta sexta-feira vamos avaliar o tema do ginásio para ver o que nos recomendam e se nos agrada. 

O meu marido avisa-me: não te estiques. Mas, depois da chatice do joelho e da covid, só me apetece é partir para a acção. Fartinha de dormir e de pouco fazer, fartinha, fartinha.

E estou focada na escrita. E, também, a fermentar a vontade de me atirar às tintas. Só que tal como ao escrever não consigo pensar em escrever 'para nada' e só penso em como conseguir publicar, também ao pintar penso logo em como fazer para vender o que pinto. Ora, como são meios que em absoluto desconheço, sinto-me um bocado às escuras. No entanto, esta sensação é, para mim, parte do processo de encantamento em que gosto de estar (não saber no que me vou meter, estar na mais absoluta ignorância... e desejosa de partir à descoberta, ignorando dificuldades, sem medo de bater com a cabeça na parede, toda eu atirada para a frente, ansiosa por arriscar)

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Falta-me dizer que reina a alegria aqui por casa e que, a certa altura, até me assustei tal a intensidade do grito. Quando tentei perceber, só ouvi: que golaço!

Muita alegria. De casa da minha filha veio logo um vídeo. Outro sportinguista aos saltos e transbordante de alegria. Aliás, o avô estava a dizer que ele deveria estar radiante. Um outro, mais novo e com treinos e jogos às oito da manhã e ao fim do dia, já tinha adormecido.

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Como ando a pensar em pintura, aqui o algoritmo do YouTube -- que me adivinha os pensamentos --, apareceu-me, todo lampeiro, a oferecer-me o vídeo que qui agora partilho (e, desta vez, com legendagem em português)

O mundo surreal de Rene Magritte 

(autor das pinturas que ilustram este texto)
 

Art History School

Aprenda sobre o mundo bizarro de Rene Magritte, nesta biografia de Rene Magritte. Ele foi um artista surrealista belga e um dos mais famosos pintores surrealistas. As suas pinturas eram caracterizadas por símbolos particulares – o torso feminino, o “homenzinho” burguês, o chapéu-coco, a maçã, o castelo, a rocha, a janela e outros objetos comuns, frequentemente colocados em situações inusitadas ou inesperadas. Como outros pintores do surrealismo, a sua obra é misteriosa e deliberadamente difícil de decifrar. Casou-se com Georgette Berger em 1922 e fez amizade com Andre Breton, Paul Eluard, Hans Harp, Joan Miro e Salvador Dali do grupo surrealista parisiense.

As obras mais importantes de Rene Magritte incluem The Menaced Assassin, The Red Model e The Enchanted Domain, um mural que ele criou para o Knokke Casino na Bélgica. O trabalho de Magritte teve um grande impacto desde sua morte. Pop art, conceitualismo e a pintura dos anos 1980 podem apontar para a sua influência e o seu trabalho ainda inspira arte comercial e designers gráficos em todo o mundo. O Museu Magritte, inaugurado em Bruxelas em 2009, possui mais de 200 pinturas, desenhos e esculturas de Magritte, que merecem uma visita.

[Traduzido pelo Translate do Youtube]


Um dia bom
Saúde. Ânimo. Paz.

quarta-feira, maio 12, 2021

Verde que te quero verde

 

Aqui em casa gritou-se a plenos pulmões Spoooooooooorttiiiiinnnnng....!!!!. Sendo contido como sempre é, quando toca ao seu Sporting, a efusividade do meu compagnon de route é total. 

De casa da minha filha, mal a coisa se confirmou, veio a alegria dos meninos. Um deles vestido a preceito, o outro mais contido, todos contentes, o meu marido de cachecol ao peito para festejar com os netos, uma videochamada de alegria partilhada.

O pai dos meninos, também sportinguista, já lhes prometeu que, no fim de semana, também vão festejar para o Marquês (de carro). Ora bem. Quem pensava que o Marquês era encarnado, que encaixe lá esta.

De casa do meu filho, encarnado convicto, veio, para o grupo da família, um desportivo 'Parabéns aos Sportinguistas'.

Quanto ao ajuntamento e à molhada que as televisões têm mostrado, uma onda verde e feliz a inundar as ruas de Lisboa (e, se calhar, do País inteiro), o que posso dizer é que hoje até o corona se vestiu de verde. 

Corona versão campeão

[E, se é certo e sabido que os sportinguistas são gente fina, só espero que o corona, certamente also in green dress code, também esteja a portar-se bem, educadamente, e que, numa de ser polite, esteja a bater as asinhas e a encolher os totós para não se enfiar na boquinha dos patuscos que, no meio da confusão, se esqueceram de usar máscara]

E viva o Sporting! E vivam os verdes de Portugal!


Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.

[Excerto de poema de Federico García Lorca]