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sexta-feira, fevereiro 16, 2018

O mar em Vila do Conde
[Último de sete posts sobre Vila do Conde]





Terei que voltar a Vila do Conde. 

Já o contei algumas vezes. Quando penso num lugar ao qual tenha sempre vontade de voltar, penso em alguns de que muito gosto (penso, por exemplo, em Honfleur, penso em Saint-Malo) mas, de entre aqueles em que já estive algumas vezes e sempre neles me sentindo em casa, penso em Donostia (San Sebastian). Sinto que aquela a cidade poderia ter-me acolhido, não fora eu ter criado raízes um pouco mais a ocidente. Gosto de nela andar a pé, gosto de andar rente ao mar, gosto da cidade em si, de nela passear, gosto de lá estar. Gosto mesmo muito. Por algum motivo que não sei bem explicar, sinto que é uma cidade feliz.

Mas agora que vislumbrei a maravilha que é Vila do Conde, penso que terei que lá estar de novo, com mais tempo e que, na minha cabeça, qualquer movimentação de preferências se começou a desenhar. Aquela casa rente ao rio, da qual se desce mesmo até à água, ou aquelas casas mesmo à beira do mar de onde se há-de ouvir o rugido e aspirar a maresia --- que bom deve ser viver lá. Se eu conseguisse descobrir maneira de passar uns dias numa casa assim. O meu marido até ficou com ideias, a medir distâncias. Mas é longe para se poder ir e vir com assiduidade. 


Quando se pensa que se conhece o que de melhor o País tem, chega a prova de que nem pouco mais ou menos e de que o que não é mais divulgado não quer dizer que seja menos bom. É certo que é bom estar num lugar assim -- virgem, cuidadíssimo, sem tuc-tucs, sem adolescentes a arrastar a mala de rodinhas, sem hordas de asiáticos com paus de selfies a filmarem-se em permanência ou espalanadas a rebentar de jovens que exprimem a sua extroversão noutras línguas -- mas o que me ocorre logo é que é pena que Vila do Conde não esteja mais divulgada para que mais pessoas possam desfrutar a sua imensa beleza.

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E a velar pela protecção dos que se fazem ao mar, a Nossa Senhora dos Navegantes


(Mas não são apenas as Caxinas que são abençoadas, é toda a cidade de Vila do Conde).

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E queiram continuar a descer caso vos apeteça passear em Vila do Conde

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Gentes do mar das Caxinas
[Ainda em Vila do Conde. 6º de sete posts sobre esta cida maravilhosa]


Caminhada à beira mar. Hoje não chove. Cheira muito a maresia. O mar está forte, bate com força nas rochas e as Casas dos Pescadores estão cheias de homens. 

Há gente a correr ou a fazer caminhadas no generoso passeio que corre ao longo das praias. Vejo casas muito bonitas, com uma esplêndida vista sobre o mar. 

Gostava de poder ficar cá mais tempo.












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Queiram descer que abaixo há mais cinco posts sobre Vila do Conde.

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Vila do Conde, belíssima, belíssima cidade
[Quinto de 7 posts]


Sim, Paulo, é verdade, ando pelas Caxinas. Com o tempo contado, nunca com vagar para desfrutar demoradamente aquilo que se quer, viémos espreitar para saber como era essa tal Vila do Conde julgando que se daria uma volta de carro, outra a pé, e estaria vista. E afinal, aqui chegados, descobrimos, com espanto, a maravilha que é esta bela cidade.

Estávamos com o tempo cinzento, chuva, a atravessar a ponte e o meu marido disse que, de repente, lhe tinha feito lembrar Paris. Percebi mas, a mim, fez-me lembrar as cidades do norte de Espanha. Lembrei-me de Donostia (essa cidade que amo de coração). Mas, na realidade, não tem que fazer lembrar nada para ser considerada como é: uma preciosidade. E é uma cidade tão bonita, tão bem cuidada, tão harmoniosa, com uma conjugação perfeita entre o histórico e o contemporâneo e, ao mesmo tempo, com uma localização geográfica tão afortunada que juro que só me sinto intrigada por, até agora, nunca ninguém me ter falado nesta maravilha. Ou se falou não falou com a veemência evida porque, se o tivesse feito, eu teria prestado atenção.

Só o A.C., Leitor deste blog e devoto desta terra, o fez tendo-me deixado com a pulga atrás da orelha. Mas não me preparou para a beleza da sua cidade, talvez por modéstia, talvez para não macular a minha surpresa.

Portugal é um país lindíssimo, não me canso de o dizer, e só causa impressão é que não seja mais louvado, mais enaltecido, não só junto dos potenciais turistas (e há que não esquecer que o turismo é das actividades que mais facilmente revitaliza e enrija uma economia pois é uma injecção líquida de dinheiro e um motor de criação de emprego) mas também junto dos próprios portugueses. 
Quantos dos que me estão a ler conhecem Vila do Conde? Quantos dos que não conhecem, sabem o que estão a perder?
Por isso, pela parte que me toca, aqui fica o apelo: quem possa, não deixe de vir visitar Vila do Conde. Hotéis a bons preços e, do que já experimentei, comida boa, em bons restaurantes e a bons preços. Paisagens lindas. Não vi ninguém a surfar mas capaz de também se fazerem umas boas ondas. Praia agora só para ver (lindas!) mas no verão também, certamente, para aproveitar o sol e o mar. Presumo que canoagem no rio e vela também não faltem. Passeios pelo campo ou caminhadas à beira rio ou mar deve ser o que se quiser.  Motivos para fotografar são aos montes. Pastelarias com óptimo aspecto, idem. Enfim. Um lugar para passar férias do melhor que há. Presumo que para viver, então, nem se fale. Um privilégio para os que têm essa sorte.






















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E vão descendo. Há mais 4 posts sobre esta cidade maravilhosa.

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E lojas muito bonitas, muito bem arranjadas, com muita pinta...
[Quarto de 7 posts sobre Vila do Conde]


Não posso dizer que, o que vi, tenha achado a bom preço. Por acaso, não. Sempre que alguma coisa me chamou a atenção e aproximei o meu olhar crítico, achei puxado.

Até o meu marido que não é dado a compras, ao passar por uma loja com roupa de homem com muito bom ar, se aproximou para ver melhor e, de seguida, logo se afastou: 'Uns preços...'. De facto. Mas, na volta é bom. Quero dizer: se calhar, ainda bem que assim é. Desestimula o consumismo. Em Lisboa com zaras, mangos, parfois e quejandas... e tudo giro e barato... havendo poder de compra e ocasião para usar, até custa deixar para trás. 

E digo isto de haver ocasião para usar porque penso muitas vezes que, um dia em que eu deixe de trabalhar e passe a ter uma vida mais doméstica e pacata, pura e simplesmente deixo de comprar roupa e bijuteria. Para usar onde? Em casa? Para ir fazer uma caminhada? O que tenho chega-me bem até ao fim dos meus dias e isto mesmo que viva para lá dos cem. É como com livros. Nem que viva outro tanto relativamente ao que já vivi até hoje, acho que não daria lidos todos os meus livros. Mas aí acho que vou continuar a comprar porque ler é alimento e estimulo a viver ainda mais e melhor e custa a gente fechar a porta da cabeça a alimento fresco e variado. Agora a porta da vaidade fecha-se sem pestanejar. 

Mas, enfim, isto para dizer que com valores como os que aqui se praticam as pessoas têm que pensar duas ou três vezes antes de comprar só porque sim.

Mas é um regalo para os olhos, lá isso é.








Uma terra tão bonita com casas tão bonitas
[Terceiro de 7 posts sobre Vila do Conde]


Ao telefone com a minha filha, percebi que ela, tal como eu até há pouco tempo, não sabe bem onde é. Para o pé do Porto, não é? Sim, acima. Mas assim tão bonito? Sim, lindo. Nunca tinha ouvido dizer. Com um rio, com mar. Mar? Sim, mar, mar bravo, lindo.

Antes ao telefone com o meu filho a mesma coisa. Acha que não conhece, não tem ideia. E com a minha mãe também. É bonito? Lindo. Vê lá, quem diria. Pois, lindo. 
Choveu todo o dia, por vezes com alguma força. Algumas fotografias contêm a prova disso. Sabia que tinha um chapéu de chuva no carro. Achámos que apenas um bastava pois ambos pensámos que este era um grande que temos. Afinal não, este é um chapelito. Preto, com varetas azuis escuras e com um cabo fininho também em azul escuro. Mas com tamanho de sombrinha de boneca. Ainda não o tinha usado. Ofereceram-me. Bonito, muito elegante, todo moderno e ergonómico. Disse o meu marido: preocuparam-se com paneleirices e esqueceram-se do mais importante: que era suposto que tapasse da chuva. (Desculpem-lhe o vernáculo). Portanto, agora andamos os dois debaixo de um chapéu de chuva onde mal cabe um. Portanto, tirar fotografias com a lente a seco é acrobacia fora das minhas competências.
As fotogafias, por isso, não fazem justiça à maravilha que é esta cidade. As minhas desculpas.
Os edifícios muito bonitos, alguns reabilitados com arquitectura contemporânea de grande qualidade. E convivem casarões com casas mais modestas, jardins, muralhas. 

É uma cidade com ruas generosas, onde os carros ainda não são donos e senhores, onde há ainda jardins e quintais nas zonas centrais, onde há alamedas largas e serenas.  
















Ouçam o que vos digo: venham visitar esta cidade. É mesmo uma maravilha.

quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Mas como é que eu, até hoje, pude desconhecer uma terra tão linda...? Alguém me explica...?
[Segundo de 7 posts sobre Vila do Conde]


Juro que estou encantada. Durante anos, mal tínhamos uns dias, escapulíamo-nos para fora. Lembro-me de travar lutas por o meu marido querer conhecer melhor o país e eu ficar furiosa, queria era largueza, distância, pôr-me a milhas. Parecia que, cá dentro, atrifiava..

Agora éramos para ter tido todos estes dias para o passeio. Galiza, dizia ele. Depois falou em Mérida. Mas eu estava mais numa de ficar por cá. Cada vez adoro mais este meu país tão díspar, todo tão belo.

E depois o mato, as árvores. Apenas uns dias para laurear. É pouco mas chega. Estamos habituados a fazer uma festa com férias de um ou dois dias.

Leitor amigo já me tinha falado nesta sua cidade. 

Pensei: terra pequena, dá-se uma saltada para ver como é e segue-se viagem.

Mas não. Deus meu. Que terra linda. Linda. Linda. Linda.









E que qualidade de vida, senhores. Não há trânsito, não há barafundas, as lojas não fervilham. E tantos cafés. Tudo tão tranquilo, tão lindo.

Oh senhores, mas que terra tão linda é esta onde eu hoje vim parar...?
[Primeiro de 6 posts sobre Vila do Conde]


Chove, está frio. Mas que importa isso? A beleza não se altera com o tempo assim. Se calhar fica ainda mais bonito. 

Já passeámos, já almoçámos (um almoço espectacular por um preço que não dá para acreditar), já andei nas minhas fotografias. 

Aproveito uma breve pausa para vos mostrar. Estou numa terra que parece saída de uma qualquer arca do tesouro. Linda, linda, linda. Pensámos que passaríamos a ver, estava para ser visitada desde o verão, mas que seria coisa de passagem e que daqui seguíamos para o que seria o lugar de destino, a tal livraria. Pois não senhor. Nada mais lindo que isto. Ficamos.

Amanhã será outro dia. Hoje não saio de cá.








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Até logo.

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