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sexta-feira, maio 06, 2016

António Guerreiro e O Meças de J. Rentes de Carvalho.
E outros escritores, outros críticos literários, outros livros.
E uma Missa Luba e o Grupo Corpo.
E a subjectividade dos gostos e desgostos.


Depois de poemas que me tiram do sério, coisa a meio caminho da anedota ou do desalento, conforme o caso, ficou a apetecer-me falar de prosa. Prosa prosuda. E vem isto de que o António Guerreiro, crítico literário que eu respeito e aprecio, inteligente, de uma lucidez tantas vezes cortante, deu uma desanda pouco meiga no último livro do Patrão da Barca, J. Rentes de Carvalho de seu nome, autor do dito O Meças.


Pois não vou tirar teimas nem meter-me por aí que a minha sapiência é pouca para tão altas cavalarias e, ademais, ainda não li o livro.

O que posso dizer é que, se calhar porque a idade anda a dar cabo da minha bondade ou paciência, já não são muitos os livros-romances que me prendem do princípio ao fim sem que a vontade de saltar o muro apareça para me tentar. Ou é a história que me soa frouxa ou é a escrita que me parece não ter a tessitura da verdadeira literatura. Ou, se calhar, sou eu que me estou a tornar de má boca (literária).

Guto Stresser


Dantes devorava livros como quem devora pãezinhos quentes pela manhã, presa ao enredo, enlevada pela fraseologia, pela semântica, pelo trabalho bem acabado, sem alinhavos à vista (como o ALA gosta de dizer nas entrevistas). Agora, que perdi a inocência dos verdes anos, minha nossa, quase tudo me parece pão de véspera, culinária de brincadeirinha. Muita gente metida a escritora, muitas vacas sagradas, muito ungimento. E, eu, cansada, olho para a obra e não lhes sinto a mão, parece que não detecto arte ou aquele je ne sais quoi que faz a diferença. Escritores portugueses dos que ainda escrevem, então, poucos, poucos.

Emiliano di Cavalcanti
Ultimamente, para aí nos últimos meses, que me lembre, de romances encantei-me com alguns mas não de cá. John Williams com o Stoner e o Butcher's Crossing, Jean Giono com O Grande Rebanho. Veja-se bem o que recuei. Também Mathias Énard com o Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes, este recente.

Como tenho dito, agora prefiro ensaios, cartas, diários, entrevistas, apontamentos. Parece que a escrita me soa mais genuína, que se alcança melhor a alma (mas não me perguntem: a alma de quem?) e a arte de escrever parece estar mais limpa.

Quanto aos críticos a coisa também está desengraçada: muita cagança, muita cátedra e pouca vida. Ou sou eu que não os acompanho devidamente. Dantes lia o Rogério Casanova mas tornou-se tão egocêntrico que, em vez de falar dos livros, só falava dele próprio. Gostava de ler a Ana Cristina Leonardo ou o Pedro Mexia mas como deixei de ler o Expresso agora não sei como estão. Aliás, a ela já quase lhe tinham tirado o pio, o que lamentei. O José Mário Silva não apreciava, nunca vi ali verdadeiro rasgo. O Eduardo Pitta escreve em jornais que não leio, nem sei como são agora as suas críticas. Aliás, também já não compro a Ler. Aquilo já não me interessava. E o António Guerreiro escreve no Público e eu não raramente leio o Público. É o que digo: ando arisca, um dia destes hiberno, fujo do que as outras pessoas gostam, deixo de saber de que falam quando falam da actualidade. 


Mas o que estou a dizer não tem a ver com o tema: como disse, sobre a contenda referida que fale quem leu o livro que eu cá não gosto de falar de cor nem sou de clubes ou religiões e, por isso, não vou dizer se o António Guerreiro se passou e embarcou nas suas próprias palavras ou se o Mestre da Barca desta vez não chegou a bom porto.
Seja como for, não gosto de ver violência nas palavras, especialmente quando dirigida a trabalho honesto. Que eu seja virulenta quando falo do láparo parece-me compreensível pois acho que o Passos Coelho deu cabo da vida de parte da população portuguesa e comprometeu muito do futuro do país; mas já me parece desajustado que se invista com agressividade e pouca elegância contra quem se afadiga a escrever, fazendo-o de gosto e não devendo nada a ninguém.
Emiliano di Cavalcanti
Mas, porque não li o livro, avanço na conversa e, se me permitem, desloco-me de novo para territórios mais gerais.

E uma coisa vos digo: por vezes tenho saudades de quando pegava num daqueles brasileiros que me prendiam a atenção da primeira à última palavra. Tenho ali uma estante com umas prateleiras deles. Era eu pequenina e um dos meus tios solteiros, que era todo dado às literaturas, andava a ler 'Olhai os lírios do campo'. Andava entusiasmado, falava muito no livro. Mais tarde, eu já adolescente, foi um dos que li. Mas não sei porquê, talvez porque já vinha com a cabeça feita, o livro não me trouxe uma grande novidade. Mas li outros dele e do Jorge Amado, do Guimarães Rosa, do Gilberto Freyre, do José Lins do Rego -- traziam-me mundos de longe, vozes cantadas, expressões muito de gente humilde ou transbordando vida, uma sensualidade que nascia da intimidade entre as pessoas e a terra ou o mar. Eu vivia imersa naquele mundo enquanto lia.

Não sei como seria se hoje voltasse a pegar naqueles primeiros livros. Talvez já os achasse coisa pouca. Não sei. Se calhar não, se calhar mantinha-se a sensação de estar a olhar para uma imensa catedral feita de palavras.

Mais tarde vieram Rachel de Queiroz, Lygia Fagundes Telles e o deslumbramento da Clarice Lispector. E a pujança de João Ubaldo Ribeiro. E a salgada, viril e vadia carne de Rubem Fonseca.

E não foram só os brasileiros que me abriram a porta para outros mundos.

Os russos. Ainda hoje tenho presente os dilemas terríveis de O Jogador e a escrita sublime que me consumia as entranhas. Ou os contos do Allan Poe que me arrepiavam, irresistíveis e medonhos. Ou Hemingway que me levava pelos montes, pelos mares, que me tomava nos braços com a paixão com que uma virgem deve ser abraçada. Ou Erich Maria Remarque que me conduzia através da guerra, que me dava a conhecer outros amores, outros horrores. Eu lia e outros mundos vinham até mim.

Inimá de Paula


Agora é raro. Por exemplo, gosto dos corpos suados e da linguagem popular e cubana de Pedro Juan Gutierrez mas a emoção dos primeiros não existiu ao ler o último livro que por cá se publicou. Mas acredito que é capaz de ser meu, o mal.

Geralmente agora o que é posto à minha disposição parece-me fraca história, servida por uma prosa deslavada ou presunçosa. Muitas vezes penso: estarei a tornar-me preconceituosa? Ou apenas mais velha? Será que daqui por uns anos só sou capaz de ler aforismos ou haikus? Quiçá, até, páginas em branco?

Mesmo a Ferrante. Escreve bem, claro. E a história vai, anda, é boa escrita. Mas se me atrai, página atrás de página, ou se me detenho a degustar a elegância da frase, a criatividade da composição? Não. Parece que falta ali oxigénio. Por isso fiquei-me por dois livros. Pode ser que um dia compre os dois últimos. Mas não agora. Cansei-me daquela densidade à qual me parece faltar algum fulgor.

Estava a passear pela internet e vi, na Revista Bula, uma selecção feita depois dos leitores e colaboradores terem escolhido os melhores inícios de livros brasileiros. As escolhas são o que são e sei lá se são os melhores ou se andam, sequer, por lá perto. É tudo tão subjectivo, Mas gostei de ler. Transcrevo apenas alguns.

Tarsila do Amaral

A Lua Vem da Ásia, Campos de Carvalho


Aos 16 anos matei meu professor de lógica. Invocando a legítima defesa — e qual defesa seria mais legítima? — logrei ser absolvido por cinco votos a dois, e fui morar sob uma ponte do Sena, embora nunca tenha estado em Paris. Deixei crescer a barba em pensamento, comprei um par de óculos para míope, e passava as noites espiando o céu estrelado, um cigarro entre os dedos. Chamava-me então Adilson, mas logo mudei para Heitor, depois Ruy Barbo, depois finalmente Astrogildo, que é como me chamo ainda hoje, quando me chamo.

Tarsila do Amaral

O Jardim do Diabo, Luis Fernando Verissimo


Me chame de Ismael e eu não atenderei. Meu nome é Estevão, ou coisa parecida. Como todos os homens, sou oitenta por cento água salgada, mas já desisti de puxar destas profundezas qualquer grande besta simbólica. Como a própria baleia, vivo de pequenos peixes da superfície, que pouco significam mas alimentam. Você talvez tenha visto alguns dos meus livros nas bancas. Todo homem, depois dos quarenta, abdica das suas fomes, salvo a que o mantém vivo. São aqueles livros mal impressos em papel jornal, com capas coloridas em que uma mulher com grandes peitos de fora está sempre prestes a sofrer uma desgraça.

Tarsila do Amaral
(auto-retrato)

Dom Casmurro, Machado de Assis


Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

Tarsila do Amaral

O Ventre, Carlos Heitor Cony


Positivamente, meu irmão foi acima de tudo um torturado. Sua tor­tura seria interessante se eu a explorasse com critério — mas jamais me preocupei com problemas do espírito. Belo para mim é um bife com batatas fritas ou um par de coxas macias. Não sou lido tampouco. A única atração que tive por livro limitou-se à ilustração de um tratado de educação sexual que o vigário do Lins fez o pai comprar para nosso espiritual proveito. Só creio naquilo que possa ser atingido pelo meu cuspe. O resto é cristianismo e pobreza de espírito.


Tarsila do Amaral
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Grupo Corpo - Parabelo


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Lá em cima era Antonella Ruggiero interpretando "Kyrie" (Missa Luba)

As imagens não têm nada a ver mas, uma vez que falei bastante de brasileiros, apeteceu-me ter aqui pintores também brasileiros.
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E, por agora, por aqui me fico.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma sexta-feira muito feliz.

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quinta-feira, outubro 01, 2015

Do outro lado de mim






Perdemo-nos uns dos outros talvez porque simplesmente não os saibamos procurar, talvez porque, por indolência ou medo, deixamos que se percam de nós. O nosso tempo é finito, o nosso coração também. Não conseguimos ir atrás de tudo o que nos seduz, receamos que o que encontremos seja incomportável na nossa vida, receamos magoar alguém - e assim andamos sempre, com receio, sempre numa gestão cautelosa, gerindo o tempo como se ele fosse infinito.

Tantos afectos que já deixei perdidos no tempo. De vez em quando alguém liga-me e eu, ouvindo alguém tratar-me familiarmente pelo nome próprio, assim de repente, fico a tentar perceber a quem pertence aquela voz afável. Depois lembro-me e mostro o meu contentamento e, do outro lado, alguém fica também feliz por ver que eu, tanto tempo decorrido, ainda reconheço a sua voz. Mas eu raramente tomo a iniciativa de telefonar para quem vive no meu passado. Não gosto de reabrir portas. Mesmo quando as portas não foram fechadas por mágoas mas, sim, pelos circunstancialismos da vida, eu não tenho vontade de mexer no que, para mim, já são cinzas. As pessoas, em geral, acham que sou afectuosa, extrovertida. Mas eu, que me conheço bem, sei que tenho este lado frio - ou talvez não seja frio, talvez seja apenas desligado. É como se, sabendo que vai ser impossível reactivar o que ficou no passado, mais valesse abrir espaço para que novos afectos se possam desenvolver. Digo isto e penso que esta é, mesmo, uma maneira fria de ser.
Quando desempenhei funções que implicavam acesas negociações, área em que me sinto verdadeiramente bem, assustava os meus colegas e colaboradores com a frieza implacável com que conduzia os assuntos e, pior, com os riscos absurdos que corria. Arriscava tudo para conseguir o último dólar, arriscava temendo falhar, temendo deitar a perder tudo o que tinha conseguido até ao momento. Os outros quase imploravam que eu parasse, que o resultado obtido já era mais que bom. Mas eu não parava. E preferia estar sozinha, sem conhecidos por perto. Era como se não quisesse que testemunhassem esse meu lado frio, implacável. Um dos meus colegas da altura, por sinal, um dos meus grandes amigos, avisava sempre 'cuidado com ela; como adversária é temível'. E eu sentia que ele tinha razão.

Mas nada disto, em mim, é pensado.
Agora, a todo o momento, vejo alguns fedelhos que, antes de fazerem qualquer porcariazita, planificam tudo, enunciam cenários de risco, fazem power points atrás de power points, incapazes de um salto no escuro. Não sabem o que é a adrenalina de agir no fio da navalha, sem rede, apenas com a intuição e a vontade irrepremível de conseguir o melhor.
Hoje, à hora de almoço, enquanto conduzia, ia recordando algumas pessoas que deixaram fortes marcas impressas na minha memória. Pensei: se tivesse que seleccionar os deveras importantes por razões pessoais, quais escolheria? Fui decantando. E fui-me afligindo com a facilidade com que decantava. Pessoas que foram uma presença tão importante na minha vida, iam passando na minha cabeça, e eu, facilmente descartando-as. Fiquei-me por um. Alguém deveras especial, alguém que me conhecia (e conhece) bem, que me dava luta.
Tendo a não me deixar cativar por quem gosta muito de mim, me obedece, me diz que sim a tudo ou a quem me acha especial. Pelo contrário, gosto e sinto-me bem ao pé de quem me desvenda para além do que eu quero dar a conhecer, de quem me finta, de quem me surpreende, de quem me desconcerta, de quem me desafia, de quem me ensina. Mas não há muita gente assim. Raras, raras as pessoas assim.
Mas pudesse eu ter o dom da ubiquidade no espaço e no tempo e, de vez em quando, embrenhar-me-ia por bosques no fim do mundo, aldeias perdidas, conventos abandonados, caminhos junto a rios pesados como ventres prenhes, e procuraria novas gentes, velhos de olhares agudos ou risos inocentes, raparigas de corpos sedutores com quem aprenderia o despudor e a malícia, homens que me contassem histórias antigas e me falassem de caminhos secretos, crianças que me ensinassem a brincar sem medo, mulheres que me vestissem e penteassem e me iniciassem em rituais de vida e amor. E procuraria viver como os bichos, livre e sem medos, toda eu alegria, leveza, afectos, toda eu tempo para tudo, para nascer de novo. Mais uma vez.

Mas também, antes de me perder nos fins do mundo, poderia encostar-me a uma casa antiga numa rua empedrada de Génova, uma rua que leva ao cais, e ficar a ouvir a rapariga que, de pé, cantava uma ária de ópera enquanto o seu par, um rapaz, sentado, tocava violoncelo, enchendo de magia, ao pôr do sol, aquelas ruas douradas pela luz da tarde. Ou poderias -- sim, tu -- levar-me a ver os telhados de Paris no telhado das Lafayette, abraçados, e depois, abraçados na rua, os dias já pequenos, já quase noite, já frio, poderíamos recolher ao quarto do hotel até que fossem horas de sairmos de novo, procurarmos talvez aquela restaurantezinho na Madeleine, carpaccio, lembras-te?, delicioso, e mousse a l'aise. Ou poderíamos ir, uma vez mais, quantas vezes lá fomos, ao Quai d'Orsay?, e eu sempre deslumbrada como se nunca antes lá tivesse estado e tu puxando-me, anda, vamos. E iríamos almoçar ao Le Restaurant e sempre encantados, os chandeliers, as pessoas nas outras mesas, a comidinha boa. E visitaríamos livrarias, passearíamos até ser noite, e então andaríamos pelas pequenas praças, pelos recantos silenciosos, abraçados, namorados, amantes.

Ah, e pedir-te-ia ainda que fossemos outra vez a Donostia, a cidade luminosa e fresca, onde as pessoas são felizes, as ruas largas e arborizadas, os passeios cheios de crianças que chilreiam, e, junto ao mar, uma bruma marítima fresca e limpa.

Ou fazer uma viagem de comboio em wagon-lit, ver o dia a nascer, lavado, frio. Ou ver anoitecer enquanto o comboio cruza florestas mágicas, negrumes - e nós abraçados, num ninho que fazemos nosso.

Mas não tenho esse dom nem a coragem para largar tudo e ir atrás do que tanto puxa por mim, nem sei pensar numa vida em que caibam os que já não vivem no mesmo espaço que eu conjuntamente com que vivem no meu coração e, ainda, deixar um espaço livre para os que ainda queiram vir fazer parte da minha vida.

Quero festejar a vida, cantar, dançar, conviver de perto com a arte, encher a minha vida de cor, de música, de pássaros, de gente simples, de luz, de sonhos. De livros. Quero ler mais, quero ler até que faça sentido que os livros sejam todos o mesmo. Quero tanto. E quero ouvir-te a dizer-me poemas. Fecharei os olhos e embalar-me-ás, dizendo-me frases, excertos, poemas, beijando-me as pálpebras, os lábios.

Talvez um dia. Por ora, enleada em afectos múltiplos, abraçada por mil laços e com limites bem à vista, tenho que pacientar e ir-me contentando com estas rêveries inocentes com que pontilho a minha existência.
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A música, tão linda, tão linda, é uma Missa Luba interpretada por Les Troubadours du Roi Baudoui e que conheci através do Fernando Ribeiro a quem devo a permanente descoberta de realidades do outro mundo.

As primeiras fotografias são de Steve McCurry. As duas últimas são do The Sartorialist.

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Teria hoje muita matéria para analisar, nesta semana em que os números se despenham do alto da pesporrência do PaFistão e em que ficámos a saber que o PSD faz um excelente pendant com os camaradas do PCP, avisando-os para se mexerem mais senão ainda acabam por perder votos para o PS. Uma vez mais a espúria união dos extremos. Mas acontece que hoje estou KO, a dormir mesmo, e, até ao final desta semana, não vou ter tréguas. Por isso, vou já daqui directa para a cama. Mas, vocês, por favor, se encontrarem resmas, caixas, barcos, etc, de gralhas, relevem, se fazem o favor. Se escrevesse à mão presumo que estaria melhor mas, assim, aqui, as palavras voam-me, transfiguram-se.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma excelente quinta-feira. 
Sejam felizes e, aos que puderem, só tenho uma coisa a dizer: votem contra os PàFs, pleeeeasseeeeeee.

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