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sexta-feira, agosto 22, 2014

"Por que motivo temos tão poucas mulheres no topo das nossas empresas?", perguntam no Expresso. Eu respondo: não faço ideia. A única coisa em que as mulheres não se saem tão bem como os homens é a estacionar os carros paralelamente ao passeio mas isso não é grave, acho eu. A menos que a função na empresa seja a de motorista, claro.


Às vezes sinto a tentação de me registar no Expresso diário. Hoje foi um desses dias. O artigo da Raquel Albuquerque "Por que motivo temos tão poucas mulheres no topo das nossas empresas?", despertou a minha curiosidade. Um dia destes ainda terei que ceder. Fecharei os olhos ao facto de lá terem criaturas como o José Gomes Ferreira ou o Duarte Marques e farei de conta que acho normal que um jornal de referência como o Expresso sinta necessidade de albergar criaturas como aquelas, que dizem o que lhes vem à cabeça, um armado em economista, a fazer de conta que tem estaleca para primeiro-ministro, outro um pobre que nem escrever sabe, quanto mais alinhavar uma crónica. Mas, às tantas, quem escolhe alguns dos cronistas é outro do mesmo calibre, o Henrique Monteiro. No entanto, há lá gente muito capaz e volta e meia quero ler um artigo completo e a minha passagem é barrada porque não estou arregimentada.


Hoje, deste artigo, apenas consegui ler a introdução:

Portugal está na cauda da Europa quando se olha para a proporção de mulheres a ocupar cargos de topo nas empresas. Vários dados têm vindo a refletir essa assimetria e os mais recentes foram avançados pela Bloomberg, apontando Portugal como o país da Europa com menos mulheres em cargos de liderança nas empresas (5% do total), tendo por base o índice Stoxx, uma lista de 600 empresas de 18 países europeus.

E, assim sendo, não podendo ler a explicação que a Raquel encontra para o facto, avanço com a minha experiência pessoal.


Trabalho num grupo de empresas em que os cargos de gestão são ocupados maioritariamente por homens. Durante anos fui a única mulher. Salas cheias de homens e eu. Outdoors, team building e tudo homens em actividades de tipo slide, rappel, eles todos competitivos e eu a querer não deixar ficar mal as equipas onde tinha calhado. De resto, sempre competitivos, a não quererem dar o braço a torcer, a não perguntarem porque acham que, se fosse para saberem, alguém lhes teria dito, a não se certificarem de que perceberam bem, orgulhozinho besta, decisões tantas vezes por emprenharem pelos ouvidos, tantas vezes porque não sentem necessidade de se certificarem, a não terem a intuição para perceber segundos sentidos, meias verdades. Não todos mas maioritariamente assim. 

Habituei-me. Estar em ínfima minoria nunca me fez impressão. No entanto, frequentemente achei que tudo seria diferente se houvesse mais mulheres - porque os homens protegem vezes de mais os testículos e, quando é para agir em força, mais vale entrar sem medo e, portanto, não os ter.

Claro que, nos almoços a que não consigo furtar-me, muitas vezes a conversa derrapa para o futebol. Aí não consigo acompanhar. Por isso, deixo que falem e, quando acho que já puseram as transferências ou os próximos jogos em dia e que já se picaram o suficiente, tento levar a conversa para outros terrenos. Mas isso é um pormenor.

Agora uma coisa é certa: homem protege homem. Uma maioria de mulheres iria desestabilizar. As mulheres tendem a desfazer paradigmas, a questionar, a confrontar, a acolher novas ideias, a não recear o imprevisto.

Há tempos, um amigo meu, director de Recursos Humanos de uma empresa, contou-me que, quando estavam a admitir pessoas para a área comercial e perguntavam aos candidatos se estariam receptivos a ir para o estrangeiro, as candidatas mulheres diziam logo que sim. Convictas e animadas, que sim. Os homens diziam que teriam que perceber qual o desafio, que isso seria função do país de destino, que teriam que falar com a família, bla bla bla.

Eu própria, aqui há uns anos, ao constituir de raiz uma equipa, deparei-me com uma situação invulgar. As mulheres que apareciam na entrevista manifestavam-se entusiasmadas, positivamente expectantes, e sem quererem saber grandes detalhes da função, revelavam vontade de integrar a equipa. Do lado dos homens, perguntas, hesitações, e até um, altamente escolado e que me chegou recomendado, por volta dos 30 anos, disse-me que, antes de tomar uma decisão, queria aconselhar-se com os pais. Escuso de dizer que esse foi logo riscado do mapa. Não foi por ir falar com os pais mas porque não me imaginava a trabalhar com um menino que não era capaz de formar uma opinião pela sua própria cabeça, ainda tinham que ser os pais a dizer-lhe o que fazer. E, mesmo que fosse aconselhar-se, podia ter tido a decência de não se revelar tão copinho de leite.

Mas são estes artistas, betinhos,  que, quando se apanham a mandar, se armam em prepotentes, que são frios, insensíveis, que mais facilmente vão pela conversa de consultores igualmente betinhos do que pelo conhecimento e dedicação dos colaboradores.

Actualmente já somos duas mulheres. Duas no meio de uma data deles. Menos mal. E já começam a aparecer mulheres nos níveis de coordenação e, geralmente, são uma lufada de ar fresco. 

Mas há também uma outra casta, uma geração de mulheres que anda pelos trinta e picos e que dá tudo pela carreira. Ambiciosas, por vezes más, traiçoeiras e capazes de bajular, e, se o chefe é um homem, meninas para andarem de saia justa pouco abaixo do umbigo, decote para além da conta e que dizem, com desfaçatez, que têm que fazer pela vida. Um horror. 

Quando me apercebo disto, tenho pena que tenham passado no crivo da admissão. Mulheres assim são perigosas. Mulheres que se tornam a elas próprias objectos, objectos ao serviço da sua própria ambição, são uma menos-valia para a empresa.

Penso que Portugal ainda se ressente do obscurantismo em que viveu durante décadas, seguido de décadas de um deslumbramento acéfalo por modas importadas. A predominância machista e a inferioridade disfarçada de muitas mulheres é ainda sinal de atraso civilizacional.

Penso que a democracia e o verdadeiro desenvolvimento estão por atingir, há um caminho de maturidade ainda a percorrer.

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Tirando isto, acho que os homens (em geral) são melhores em duas coisas: na orientação geográfica e a arrumarem os carros em lugares apertadinhos.

Aí, confesso, sou mesmo muito mulherzinha. Se não for o GPS do carro perco-me em todo o lado. E, se tiver que arrumar o carro paralelamente ao passeio e entre outros dois, só se no meio houver lugar para dois ou três para poder entrar de frente. Caso contrário, sigo e faço de conta que não vi o lugar. Se a coisa for numa rua a subir ou a descer ainda pior. Sou pro a arrumar de frente ou mesmo de marcha atrás mas apenas em espinha ou perpendicular à estrada.

Há bocado estive a jogar no euromilhões pela net e, lá está, se me saísse, para além dos tais sapatinhos Dolce and Gabbana que referi no outro dia, comprava um carro que se arrumasse sozinho. E até era capaz de deixar de trabalhar onde trabalho. Talvez montasse um negócio meu - mas não digo qual, o segredo é a alma deles. Só digo que empregaria muitas mulheres. (Se o meu marido estivesse aqui e me ouvisse a dizer isto, acrescentaria logo, no gozo: com avozinhas. Não sei porquê, parece que tem um fetiche qualquer por avozinhas).

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Há algum tempo que não tinha aqui comigo a minha amiga Martina Hill, esse espanto de mulher. Ei-la a passar pela provação que eu tão bem conheço.




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domingo, maio 25, 2014

Aquilo a que se arrisca um simpático que atira beijinhos a uma mulher que passa na rua


Já estava com saudades da minha assistente Martina Hill que dá aulas práticas sobre várias matérias. Ei-la aqui em acção. 

Piropos simpáticos não fazem mal, um ou outro beijinho atirado ao vento também não. A mim isso parece-me uma coisa relativamente normal. Claro que os homens com quem me relaciono não fazem isto (acho eu) mas, enfim, não fico chocada com essa prática. Contudo, a coisa agrava-se quando se exagera. Aí, a simpatia do gesto pode ser tomada como uma falta de educação ou respeito. Há que saber dosear - nos piropos, nos beijinhos como em tudo na vida. Para cada coisa há a conta certa. Não é por ser bom que deve ser muito. 
Quando lhe perguntavam se ainda dava conta do recado, defendia-se um sábio galã que namorava uma mulher com metade da sua idade: O que é bom, pouco basta. 
Isso dizia ele, eu não digo o mesmo. Não digo que deva ser pouco: deve, sim, ser na conta certa.

Quanto à reacção a um piropo ou a um beijinho atirado na rua, a reacção também deve ser a ajustada. A minha assistente Martina talvez tenha exagerado. Afinal, o rapaz não insistiu por aí além. Mas, enfim, ela é assim.



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segunda-feira, março 17, 2014

A melhor forma de tratar um torcicolo. Aula prática com o apoio da minha assistente Martina Hill e com um endireita muito à maneira. [Este vídeo também não é apropriado para crianças, virgens zelosas ou beatas de sacristia]


Depois da massagem completa para homens com direito a bónus no final (que podem ser vista no post seguinte), eis que agora aqui vos falo da melhor forma para tratarem um torcicolo.

Tivesse eu sabido destas técnicas antes e a ver se tinha andado tão atrapalhada aqui há umas duas semanas. Agora já sei como é. 

Claro está que terei que arranjar quem me aplique estas manobras. Seja como for, vou treinando umas partes porque não sei se sou capaz de me dobrar daquela boa maneira. Se mesmo boa não estou a ver-me capaz de tamanhos contorcionismos, fará empenada. A ver se, quando chegar a hora, estou à altura.

Seja como for, este filme hoje é para uma certa pessoa que encolheu os ombros às minhas últimas aulas práticas com a ajuda da minha assistente Martina Hill. Espero que esta hoje já tenha sal e pimenta em quantidade qb. E espero que, com estas aulas, aprenda a tornar-se um endireita eficiente para o caso de eu voltar a ficar com o pescoço em mau estado.




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E agora, depois de terem estado no endireita, podem seguir para a massagem. É já a seguir.


domingo, março 16, 2014

Depois de correr ou de fazer ginástica, deve descansar, respirar fundo e... // Aula prática com a minha assistente, a esbelta Martine Hill


Caminhar, correr, fazer ginásio, o que for: cada um que adopte a modalidade que seja mais apelativa. Fazer exercício deve ser um prazer, não um castigo.

E nada de levar o corpo até ao limite durante o exercício. Acho um absurdo as pessoas ficarem com os bofes de fora, à beira de uma apoplexia. No exercício deve haver alguma intensidade, não a prática de violência física. 

E, no fim, fazem o favor de se sentarem ou deitarem, respirar fundo, relaxar os músculos. E, importante, devem refrescar-se.

Martina Hill diz-vos como. E não se importem com os olhares alheios.



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sábado, março 15, 2014

A autosuficiência feminina. Mais uma aula prática com a minha assistente Martina Hill. Desta vez, o tema é bricolage: a colocação de prateleiras.


Faço de tudo cá em casa. Bem. Tudo, tudo não. Quase tudo. Usar o berbequim é pelouro masculino.  Não sei porquê mas não me ajeito. Escorrega na parede antes de se enfiar. Tirando isso, faço tudo. Quase tudo. Fazer ligações eléctricas (por exemplo para colocar candeeiros na parede) também não. Ou arranjar canos, ver se é o sifão ou não sei quê. Mas, tirando isso. Bem, arranjar estores que saem dos carris também não. Mas isso também é raro, não conta. 

Enfim.

Mas, em contrapartida passo uma camisa e umas calças na perfeição, cozinho, lavo cozinhas e casas de banho, aspiro, varro, lavo vidros. E prego pregos embora geralmente para aí uma meia dúzia voe antes de haver um que aceite enterrar-se na parede. E mudo lâmpadas. E sei lá que mais.

Ora bem. Vamos, pois, a mais uma aula prática. 


Colocar prateleiras
A utilização do berbequim



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Duas aulas práticas. 1ª - Como ensinar os cavalheiros a terem boas maneiras em qualquer circunstância. 2ª - O que fazer para afastar um chefe ou um colega que gosta de se armar em bom. Nestas aulas, conto com a ajuda da minha assistente, a discreta Martina Hill.


No post a segui a este falo da intervenção de Viriato Soromenho Marques no Expresso da Meia-Noite, uma intervenção esclarecida, que contrastou com o palavreado coxo, maneta, marreco e marreta de um tal José Sá Carneiro. 

Dois posts abaixo partilho convosco a angústia com que fico quando não consigo corresponder ao que os Leitores esperam de mim, nomeadamente os que me confiam segredos de personalidades públicas e a que eu, por recear cometer inconfidências ou espalhar boatos, não dou qualquer seguimento ou os que me pedem opiniões sobre assuntos tão pessoais como livros que escrevem.

Em contrapartida, lá, partilho um filme amoroso (ou melhor, que remete para a intemporalidade do amor) que um Leitor me enviou e um outro que descobri na sequência do primeiro e que ganhou o festival de curtas-metragens, que começa por induzir num sentido para, depois, ter uma reviravolta surpreendente no final.

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Agora, aqui, divulgo um filme que recebi e que muito agradeço e um outro que descobri na sequência do primeiro.

Martina Hill,
doravante minha assistente para possíveis novas aulas práticas


1º. Este é dos que fazem salivar qualquer leitor do sexo masculino mas, a esses, recomendo que aprendam a controlar os instintos - e podem aprender, muito justamente, com o cavalheiro que Martina Hill usa como escadote. Aquilo, sim, é boa educação.

As minhas Leitoras que tenham namorados, maridos, amigos ou colegas metediços, insistentes mesmo, deverão praticar com eles as vezes suficientes o exercício abaixo, até que os ditos se consigam portar bem como o moçoilo abaixo.


Onde estão? - pergunta ela, enquanto procura o que perdeu




2º - O filme abaixo deve servir de lição para as minhas Leitoras que não sabem como lidar com os melgas, com os engraçadinhos, os assediadores, os palermas, os marialvas. Não é difícil. É só uma questão de prática. Sugiro que comecem por praticar em casa.

O filme serve também para os meus leitores homens que andam com vontade de tentar um avançozito junto daquela rapariga engraçada, aquela, a giraça que entrou há pouco tempo. Se eu fosse a vocês não arriscava. Olhem se ela tem a reacção que aqui abaixo ensino.


Quer? A sério...? Então vá!



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E agora, depois destas úteis aulas práticas, sigam, por favor, para outros carnavais que por aí abaixo há para todos os gostos.