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sexta-feira, janeiro 31, 2025

Qual a pressa em descobrir já quem vão ser os candidatos a Belém? Está tudo deserto por se ver livre do Marcelo, é isso?

 

Não percebo. Que eu saiba, antes disso, ainda há as autárquicas. 

Ora, a este nível, há objectivos relevantes a ter em atenção. Por exemplo, há que correr com o cagalhoças papagaio que anda a dar cabo da reputação da cidade em vez de trabalhar. Em Setúbal, há que voltar a ter Maria de Dores Meira que, enquanto lá esteve, fez ressuscitar a cidade. Por exemplo. 

No entanto, em Lisboa, tomara que venha a verificar-se que Pedro Nuno Santos teve razão ao apontar Alexandra Leitão. Como já referi, tenho muiiiitas dúvidas. Do que lhe conheço, é coisa para a qual não terá um perfil por aí além. Palradora como é, uma palração redonda em que tudo começa e acaba no mesmo sítio, dando várias voltas in between, duvido que os eleitores a vejam como a 'fazedora' que se impõe quer para a função em geral, quer para Lisboa em particular.

Mas não é só nas autárquicas que o Pedro Nuno anda a navegar na maionese. Para as presidenciais, para além do chupa-chupa que deu ao Seguro e que o fez embandeirar em arco achando que a malta ainda não se esqueceu do zero à esquerda que é, continua a dar tiros para o ar como se não tivesse ideia nenhuma do que quer.

Não sei o que vai na cabeça de quem diz que o Vitorino será um bom candidato. A sério... Acreditam no que dizem ou estão apenas a querer parecer-se com ele, dizendo piadas secas atrás de piadas secas?

Não quero saber de sondagens nesta altura do campeonato mas vou já avisando (e já o disse algumas vezes): no Seguro obviamente não votarei, no Marques Mendes obviamente não votarei, no Vitorino obviamente não votarei, no Ventura, escusaria até de dizer: jamais votarei. A única circunstância em que votaria em qualquer dos três primeiros seria se estivessem a ir a jogo contra o Ventura. Aí, entre o diabo e os nhec-nhecs, taparia o nariz e engoliria as minhas convicções, e, pronto, lá votaria neles.

Volto a perguntar: a Elisa Ferreira não teria um bom perfil? Diria que sim. Se for o caso, não haverá quem a convença a sacrificar-se por mais uns anitos? Eu percebo que a ela lhe apeteça sopas e descanso mas, face à exiguidade de candidatos, não seria de alguém lhe falar ao coração? É que seria uma candidata digna, forte, vencedora.

A não avançar e a termos o Vitorino, o Marques Mendes ou o Ventura na corrida, obviamente terei que averiguar qual é a do Almirante pois, por exclusão de partes, pode acontecer que seja a única hipótese razoável.

segunda-feira, janeiro 20, 2025

Pessoas que dizem coisas

 

Há pessoas que dizem coisas. Como conseguem pôr um ar compenetrado e como conseguem manter uma certa consistência nesse 'ar', há quem os leve a sério e se convença de que eles têm coisas a dizer. E, de facto, têm. Têm sempre coisas a dizer.

As frases geralmente são bem construídas, não têm pontas soltas, e sobretudo são sempre elaboradas e expostas com o ar de quem sabe o que diz, de quem reflectiu maduramente no assunto e de quem, obviamente, fala com propriedade e conhecimento de causa.

Efectivamente, as suas frases não têm pontas soltas. De facto, começam e acabam no mesmo sítio, são frequentemente redondas. E têm a característica de que, bem vistas as coisas, espremem-se e não deitam sumo. Melhor dizendo: não deitam nada. Melhor dizendo: não se aproveita nada.

Quando acabam de falar, se quisermos resumir o que disseram, dificilmente encontraremos algo digno de realce a não ser que disseram coisas, coisas bem explanadas. Mas coisas inúteis. Se quisermos ser sinceros diremos até que falaram apenas para não ficarem calados. Ou, se quisermos ser inteiramente justos, diremos que falaram porque gostam de dizer coisas e gostam delirantemente de se ouvir.

Em todo o lado há gente assim. Não se lhes conhece obra, pensamento disruptivo ou, pelo menos, criativo. Nada. Apenas falam. Geralmente falam bem. Sabem até colocar bem a voz. Estão treinados.

Não vou falar de ex-colegas pois não são para aqui chamados. Vou apenas falar dos que estão na vida pública pois põem-se a jeito para a gente poder falar deles.

E vou ser sectária: vou falar apenas dos que são ligados ao PS pois deles se falou ou fala para putativo candidato presidencial ou sobre o assunto têm opinado.

Assim de repente, lembro-me de alguns. António José Seguro, Francisco Assis.

E António Vitorino. E, lamento dizê-lo, António Guterres (que não faz parte da lista dos presidenciáveis mas que fica bem aqui nesta grupeta).

Tenho dito.

Até amanhã.

PS1: Espero bem que o Pedro Nuno Santos, que tem revelado uma certa falta de jeito a escolher pessoas e, lamento, uma certa falta de tino, fique um bocado mais calado, reflicta melhor no que o País quer em vez de andar às voltas dentro do seu círculo, e não ponha o PS a apoiar nenhum destes

PS 2: Agradeço todos os comentários e o meu marido também. Agradecemos e gostamos muito de aqui ter os vossos contributos e testemunhos. Vou tentar que, a partir desta semana, volte à saudável prática de agradecer individualmente.

terça-feira, dezembro 10, 2024

Um Natal disparatado, oh oh oh

 

Ia dizer que não sei como é que o Natal degenerou nisto, num festim para os comerciantes e num aparato generalizado, desde as casas às ruas, já para não falar no espírito transformista que desce em nós. Aqui onde vivo já há muitas casas decoradas e iluminadas, pais natais em cima de telhados, estrelas luminosas em cima das árvores do jardim. E até eu, ao ver umas meias de Natal no supermercado, comprei-as e ando com pais-natal, renas e merry christmas brilhantes a forrar-me os pés. E o mais certo é que um dia destes ponha uma bandolete com chifres de rena para não destoar quando cumprimentar a família do lado que, na altura, se apresenta integralmente vestida com camisolas de Natal, iguais.

O tema do que vai ser o almoço festivo do dia de Natal já está em cima da mesa e não reúne consenso. 

E, mentalmente, ponho-me a percorrer o que já comprei e o que está em falta pois tenho terror de, na altura da troca de presentes, constatar que me esqueci de alguém. Nunca me aconteceu mas deve ser semelhante a chegar à rua, de saia, e reparar que me esqueci de vestir cuecas. Tal nunca ocorreu mas lembro-me de já ter sonhado com isso e não ter sido nada bom.

E felizmente já não estou a trabalhar senão já andava na roda-vida dos almoços e jantares de Natal. Ainda me lembro da primeira vez em que um dos jantares foi para umas valentes centenas de pessoas, gente que vinha de muitos lados, incluindo de Espanha, e apenas se arranjou um espaço habitualmente usado para casamentos. Eu, de noite, a conduzir sozinha, sem conhecer nada daqueles lugares, passando por estradas sem luz, eu que tenho um sentido de orientação desgraçado, num lugar que não vinha no gps do carro (naquela altura ainda não havia waze)... um stress. Ligava para me ajudarem e perguntavam-me onde é que eu estava mas eu sabia lá eu... Já só me apetecia desistir, mas nem para voltar para trás eu sabia o caminho. Um desespero do caraças. Por fim, lá fui parar. Uma quinta gigante com um parque de estacionamento gigante e eu a tentar perceber onde é que estava a deixar o meu para depois conseguir dar com ele... E juntava-se o útil ao agradável: havia sorteio de cabazes de natal e outros presentes, e havia entrega de medalhas e diplomas e sei lá mais o quê. Aquilo durava, durava, durava, com muitas palmas e muitas fotografias à mistura. Quando chegava a casa, às tantas, ia mais exausta que sei lá o quê. E no dia seguinte lá tinha que me levantar cedo para mais um dia de reuniões e complicações. 

Felizmente já me livrei disso... Agora são os meus antigos colegas e nova gente que por lá ande a ter que cumprir com essas maravilhosas tradições.

De qualquer forma, a vida prossegue. 

Como está vento, fiz duas máquinas de roupa. Esqueci-me que o vento não é tudo pois, por outro lado, os dias estão curtos e, mal o sol se põe, desce a humidade. Por isso, a primeira leva secou que foi um mimo mas a segunda não. Não faz mal. Agora está num estendal abrigado e amanhã logo acaba de secar.

Para o jantar, comprámos comida nepalesa. Ando um bocado preguiçosa para cozinhar. Nem sei se é preguiça ou se é falta de inspiração. Isto de uma pessoa ter que puxar pela cabeça para não sei quantas refeições por semana é uma seca. De vez em quando, apetece-me comer apenas salada de alface com fruta, queijo fresco, frutos secos, temperada com azeite, orégãos e um pouco de mel. Sempre gostei de comer coisas assim, cruas, frescas. Mas o meu marido não vai nisso. Nesses dias come uma sandwich; mas não é sistema. Por isso, volta e meia compramos comida feita, geralmente sushi ou comida nepalesa. Outras vezes comida grega ou pizzas artesanais em forno de lenha. É fácil e bom.

E agora, enquanto escrevo, vejo nos noticiários o carnaval das presidenciais que são daqui por mais de um ano. Perseguem o Almirante por todo o lado, não largam o homem, massacram-no com perguntas e mais perguntas, e depois avançam os comentadores a criticar o pobre homem dizendo que anda a alimentar este assunto. Por vezes convenço-me de que os jornalistas e os comentadores são completamente burros.

Quanto ao assunto, aqui fica já dito o seguinte: no Marques Mendes não vou votar, no Paulo Portas não vou votar, no António José Seguro não vou votar, no António Vitorino não vou votar. Já os conheço, já sei como são e não me agradam. Não falo no Almirante porque não sei o que pensa, não o conheço.

Acho que o próximo presidente devia ser uma mulher de centro-esquerda. Já aqui o disse: não estou a ver quem seria possível a não ser a Elisa Ferreira. Mas não a conheço bem, não sei se teria perfil para isso. Como executiva e deputada europeia parece ter sido muito capaz. 

Mas há mais do que tempo para se pensar nisso. 

Quanto à Síria, para já o que nos chega são boas notícias. A libertação de prisioneiros políticos, o regresso dos refugiados, a alegria que se vê nas ruas é um sinal de esperança e um motivo de alegria. Tomara que se aguentem bem e que aquilo não vire bagunça da grossa. Espero que não, espero que a liberdade e a democracia vinguem (mesmo que, para já, uma democracia um bocadinho coxa mas há que dar tempo...).

Para o Presidente Bashar al-Assad é que não terá sido Natal, ao ver-se sem aqueles 40 carrões de luxo que tinha na garagem. Correu para os braços do seu amigo Putin, pois claro, e é bom que por lá se mantenha. Estão bem um para o outro. Cambada.

Seja como for, que entre a Sabrina Carpenter, ho ho ho,

A Nonsense Christmas com Sabrina Carpenter Monologue Song 

sábado, novembro 23, 2024

Olhe lá, ó Pedro Nuno! Importa-se de atinar? Acha que o Seguro é coisa que se apresente para Presidente? Esqueça lá isso, ok...?

 

Não sei se é aquela coisa do fácies (coisa tramada, concordo) se é o que a gente já conhece dele, a verdade é que não pode ser. 

Ninguém merece ter uma criatura amorfa como o Tó-Zé Seguro à frente do País. 

Claro que o Assis, outro que tal, já veio dizer que o apoia. Estão bem um para o outro. O despenteado Beleza, que deveria preferir que o tratasse por Clooney Beleza, claro que também veio apoiá-lo. Portanto, os maleáveis do costume começam a perfilar-se em torno do putativo Tó-Zé. Estamos conversados.

E o que eu quero dizer é que, se o PS quer lançar algum nome, olhe, Pedro Nuno, não seja preguiçoso, puxe lá um pouco mais pela cabeça.

Hoje, talvez influenciada por tê-la visto no outro dia na Grande Entrevista, lembrei-me da Elisa Ferreira. Talvez, não é? Mas deve haver muito mais gente com arcaboiço, inteligência, honestidade, ponderação, tino, bom feitio, equilíbrio, amor ao País, boas maneiras, etc., que possa vir a ser apoiada pelo PS e com capacidade para ganhar eleições. 

É pensar. Mas pensar com cabeça, não com os pés. Ok?

sexta-feira, novembro 22, 2024

Na CNN (e parte na TVI), o primeiro entre as 19 e as 20 e o segundo entre as 21 e as 22.
José Sócrates continua a ser um animal feroz. António José Seguro continua a ser um apertadinho

 

E é o que tenho a dizer. Enquanto o momento Sócrates é um fantástico momento televisivo, o momento Seguro é a seca de sempre.

Só espero que não passe pela cabeça de ninguém convencer o Seguro a ir a votos nas próximas presidenciais. Está certo que, depois do Marcelo, a malta quererá ter alguém minimamente ponderado mas, caraças, com o Seguro seria monotonia a mais. 

segunda-feira, setembro 29, 2014

António Costa ganhou as primárias do PS de forma inequívoca e vai avançar como um bulldozer infalível sobre o governo de Passos Coelho. O PS está em festa. Marcelo Rebelo de Sousa, pela parte do PSD, face aos resultados, já começou a despedir ministros. E lembrou ao vice-Portas que é suposto estar presente na coligação. Na actual.


António Costa, o senhor que se segue. Finalmente!


Resultados finais: 

68% para Costa
32% para o Seguro

(Numas eleições enormemente participadas:
creio que votaram umas 170 a 180 mil pessoas)



Não vou agora pôr-me aqui armada em isenta e a dizer coisas de circunstância. Sabidas que são as minhas preferências, claro que estou muito contente. António Costa ganhou as primárias para escolha de candidato a primeiro-ministro por parte do PS de forma estrondosa, esmagadora.



Tenho que confessar que foi com emoção, verdadeira emoção, que vi aquela massa de gente em festa, alegre, pronta para a luta.

O PS andava sombrio, atrás de um líder no qual não se revia. Hoje a energia retida soltou-se e soltou-se em festa, com muita alegria.

Quando Costa pegou no cravo que tinha na lapela e o devolveu aos apoiantes, dizendo que o cravo era deles, sorri. Gosto de gente inteligente e com sentido de humor. À bon entendeur, salut! 


António José Seguro,
o conhecido biquinho mesmo na hora do adeus.
Bye, bye, Tozé,

António José Seguro saíu de fininho nesta noite em que (finalmente!) percebeu que não era querido e ter-se-ia poupado a este desgosto se tivesse sabido ler os sinais. Demitiu-se e abandonou a sede do PS no Rato. 


Era mais do que expectável, pena que não o tivesse percebido antes. Ainda este domingo, ao votar, disse, com ar entusiasmado, que estava muito, muito, muito confiante. Quase me deu pena, palavra.

Querendo ganhar tempo, pensando que conseguiria minar o aparelho, sem o querer acabou por estender uma passadeira vermelha a António Costa. 

O PS e os seus simpatizantes uniram-se em torno de alguém que tem carisma e espírito de liderança, que tem demonstrado uma personalidade forte e um bom carácter, que é culto e boa pessoa, e isso é aquilo de que os líderes devem ser feitos quando almejam governar e conduzir um país. A isso juntam-se os ideais que professa, os ideais democráticos, de liberdade, de solidariedade e desenvolvimento. Ou seja, tem estofo para ser um bom governante. Assim tenha sorte e assim saiba dar corpo ao que se espera dele.

Não sou seguidora de religiões pelo que muito menos tenho arroubos místicos perante uma pessoa tão terrena como eu. António Costa não deve ser visto como um messias para que não venham depois os desapontamentos pueris. Mas acredito que António Costa tem uma força e uma consistência que corporiza bem o espírito de mobilização que pode fazer levantar um país.

Não consigo conformar-me com a actual governação, levada a cabo por alguém que não me merece consideração. A anterior experiência profissional de Passos Coelho jamais poderia dar-lhe preparação para voos mais largos. Acresce a isso o pensamento errático, avulso e inconsistente que se lhe conhece, e uma maneira de ser fria, insensível, desagradável. Não devia saber gerir uma empresa com meia dúzia de pessoas, quanto mais um país.

O País tem sido envergonhado, vergado, sacrificado, seviciado às mãos desta troupe que nos desgoverna. O País quer, obviamente, ver-se livre de Passos Coelho e da sua estúpida política.


António Costa tem agora a responsabilidade de saber mobilizar o país tal como mobilizou os militantes e simpatizantes do PS.


O abraço de Carlos do Carmo a António Costa


Gostei de ver aquela sala enorme em festa, gostei de ver aquela alegria, os sorrisos abertos, a esperança que começa a desenhar-se.


Maria Antónia Palla, a emocionada e feliz mãe de António Costa


Gostei também de ver António Costa ir dar um beijo e receber um apertado apertado da sua mãe, Maria Antónia Palla, antes de subir ao palco para a festa.
Aos jornalistas que queriam saber o que desejava para o filho, Maria Antónia Palla respondeu que o que deseja é saúde e que seja feliz e que consiga concretizar os seus projectos. Também eu.

Gostei também de sentir o toque pessoal de António Costa ao agradecer o carinho da mulher e dos filhos sem o qual não conseguiria prosseguir este percurso. A família, sorridente, ar orgulhoso, retribuíu a emoção com alegria.


A mulher de António Costa, Fernanda Tadeu, e os filhos, Pedro e Catarina, felizes.



Uma palavra para a reacção de Marcelo Rebelo de Sousa que estava a acompanhar isto na TVI, no seu comentário semanal com Judite Sousa. 


A propósito da barraquinha que aí está armada relativa à Tecnoforma e à ONG,  parecendo que estava a desculpar Passos Coelho por ser desleixado, não guardando papéis, acabou por dizer que ele se tinha chamuscado com isto e recomendou-lhe que mostre rapidamente as contas relativas ao que recebeu e se deixe de mas, mas


E, a seguir, face aos resultados nas eleições do PS, largou os paninhos quentes e confessou que agora a oposição, com António Costa, vai ser a doer. Disse que conhece, e bem, António Costa, que foi seu aluno, um aluno brilhante e que, como adversário é temível.  E que Passos Coelho o melhor que tem a fazer é remodelar já o governo, deixando cair de imediato os dois ministros que estão a causar mais embaraços, a da Justiça (que não vai ser possível andar com ela ao colo por mais um ano) e o Crato (que é mais sonso e escorregadio que Paula Teixeira da Cruz mas que também não dá) e também Poiares Maduro que não é capaz de fazer qualquer coordenação política, quanto mais conduzir as coisas até às eleições


E, de caminho, aproveitou para dar uma canelada a Portas, dizendo que está fora quatro em cada sete dias e que qualquer dia Passos Coelho tem que se disfarçar com óculos escuros e ir fazer-lhe esperas para o aeroporto, para o lembrar de que faz parte de um governo de coligação.



Para esses mesmos Passos Coelho e Paulo Portas, António Costa deixou o seu primeiro grito de guerra: este é o primeiro dia dos últimos dias do actual governo.


Assim seja.


António Costa tem consigo todo o partido e todos os simpatizantes.
O País pode contar com António Costa: assim ele o disse e assim eu acredito




Rodeado por abraços apertados, com muito afecto, num contacto estreito e muito humanizado, António Costa saíu em glória da festa e, perguntando-lhe a jornalista o que ia agora fazer, com aquele seu sorriso aberto, disse: Agora vou beber uma imperial.


Bem a merece. Saúde!

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Tenho estado a ouvir a miríade de comentadores que pousaram nos balcões da grande pastelaria em que se transformou a televisão. Há sortido para todos os gostos e opiniões novas, velhas, requentadas, mascaradas, acrobáticas. Um dos factos desta noite que mais motivou e, até, comoveu os comentadores foi a ausência de uma palavrinha por parte de Costa ao Seguro. As pessoas gostam de ver quem está por cima a dar uma esmolinha aos vencidos, ou gostam de assistir a uma farpazita espetada com 'grandeza' mas que se sabe que vai doer como uma humilhação. Estavam à espera disso, daria pano para mangas.

Como Costa omitiu a dita palavrinha, aqui d'el rei.

Pois cá em casa a opinião é diversa: Costa não foi hipócrita. Andou a ser apodado de traidor e ganancioso durante meses, foi insultado publicamente, foi alvo de toda a espécie de ofensas por parte de Seguro. É, pois, mais do que natural que esteja maçado. O que quer que dissesse, não lhe saíria do coração.

Por isso, ou se esqueceu ou se fez esquecido e nós, cá em casa, compreendemo-lo. Mas Costa é um homem com um bom coração e, por isso, logo, logo, vai ser capaz de encontrar o tom e a oportunidade para dar a mão a Seguro.


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Tenho pendente o assunto do Menezes e da D. Cristina Ferreira mas fica para amanhã ou depois. Hoje fico-me por aqui.

Mas, para os que não alinham pelo mesmo diapasão que eu e que não gostam de António Costa nem acreditam que, com ele, chega um sopro de esperança ao País, e para não darem a visita ao Um Jeito Manso por perdida, aqui deixo: 

Imagine - John Lennon - Playing For Change


(Um projecto invulgar e que se traduz em coisas muito boas de ver e ouvir)


A dream you dream alone is only a dream
A dream you dream together is a reality 

John Lennon



The Playing For Change crew began work on a new Song Around the World, John Lennon's "Imagine." It has been an amazing year of production, taking the crew from the favelas of Brazil to the shrines of southern India, from villages in Nepal to the glittering urban landscape of Tokyo and New York, and beyond.

The campaign seeks to advance John Lennon's vision of peace by engaging artists and audiences to contribute to music education programs worldwide. Proceeds raised will help build music schools, support teachers and music programs, purchase instruments, and connect schools for cross-cultural learning and conflict resolution across borders. 


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda-feira.


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quarta-feira, setembro 24, 2014

Último debate entre António Costa e António José Seguro, na RTP, com este último a mostrar o lado mais baixo e negro da natureza humana, o lado mesquinho, o lado vingativo, indigno. Tem razão António Costa: uma pessoa assim envergonha os que simpatizam com ideais democráticos, humanistas, republicanos. Neste debate, António José Seguro traçou o fim da sua inglória carreira política.


Um debate marcado pela crispação, por momentos de grande tensão
A coisa correu muito mal a Seguro, muito, muito mal
Agora os dados estão lançados.
António Costa vai vencer e estou em crer que a vida política nacional vai mudar



A coisa parecia estar a ir bem, ambos falando cordatamente. Eis senão quando António José Seguro voltou a descer da chinela: pôs a mão na anca e desatou na peixeirada. Os mesmos ataques pueris e ridículos, a mesma atitude ressabiada. Porta-se como se o que se estava ali a passar fosse apenas uma desfeita que Costa lhe tivesse feito, ele tão preparado para ser primeiro-ministro e mesmo ali quase a chutar à baliza e agora apareceu um menino que lhe quer tirar a bola. Patético.


tozero piu piu


António Costa não se ficou e, de facto, por muita evangélica paciência que tenha, há coisas que não se aguentam. Voltou a explicar-lhe que fáceis foram os tempos em que o Governo estava a tomar medidas duras e que a oposição poderia ganhar automaticamente a adesão da população (coisa que, de resto, não conseguiu fazer); difíceis vão ser os tempos daqui para a frente, com o Governo a lançar medidas eleitoralistas e populares. Difíceis serão também os tempos de governação com o país em cacos (esta já é minha).




Mas o pior veio perto do fim, quando o João Adelino Faria questionou o Seguro sobre o que quer ele dizer quando insinua que Costa é a continuação da mistura entre política e negócios. Com aquele ar de delator rasteiro, Seguro nomeou um apoiante de Costa, insultando-o, e dando-o como exemplo de promiscuidade. António Costa ficou perplexo e incomodado, tal como eu aqui em casa o fiquei mesmo sem conhecer pessoalmente a pessoa de quem ele falava.




De entre os milhares de simpatizantes, pega-se num, fala-se no nome da pessoa como sendo um exemplo de promiscuidade...? Pode alguém de bem fazer isso? Parece uma coisa pidesca. Ora se se fosse passar a pente fino a vida pessoal dos simpatizantes de Seguro e, em público, se expusesse uma delas ao enxovalho púbico? Uma coisa indigna, chocante.

Suponhamos que há um gatuno que simpatiza com Seguro. Faria sentido António Costa nomeá-lo ali na televisão e dizer que, por isso, Seguro personifica a ladroagem na política?

Bolas. Este Seguro é mau demais. 




António Costa disse-lhe que o que ele estava a fazer era muito feio e, no final, confessou à jornalista que o esperava à saída que não conhecia esta faceta do Seguro.


Também eu não. Nunca foi pessoa que me inspirasse mas tinha-o mais por beato, palerma, nunca que fosse uma criatura perigosa, daquelas que enlameia os outros.




Quanto ao conteúdo político do debate, pouco acrescentou em relação aos restantes e mostrou que estes debates são nefastos para a imagem da política junto da opinião pública. Política não é isto. A política, quando no palco está uma criatura de baixa estatura moral, parece uma coisa rasteira. Ora a política é das actividades mais nobres que há. É urgente dignificar a política, a defesa da causa pública, a nobre arte da generosidade na dádiva aos outros

Mas a vida tem destes hiatos em que, criando-se buracos negros, parece que a natureza é sugada. Foi o que aconteceu no PS pós-Sócrates, com António José Seguro. Felizmente António Costa apresentou-se, ofereceu a sua disponibilidade e, como ele diz, em breve esta página negra será virada.




A política, a social democracia tal como o PS pode corporizar, a democracia evoluída, o humanismo, a liberdade são fundamentais para Portugal tentar sair da cauda da Europa - e António Costa tem demonstrado ter capacidade e vontade para conduzir uma governação de qualidade.

Não sou militante no PS porque o meu espírito é livre demais para eu me arregimentar onde quer que seja. Não me inscrevi como simpatizante porque acho que a escolha do secretário-geral de um partido deve ser escolha dos seus militantes (e, de resto, também não alinharia em jogadas de secretaria como foi esta manobra dilatória do Seguro).

Pode ser que a escolha através de primárias venha a provar-se uma boa coisa. Contudo incomodam-me as campanhas eleitorais em geral, da forma como são feitas, e, por isso, acho que já bastam as campanhas para eleições legislativas, autárquicas, europeias ou presidenciais. Estar a arranjar eleições de cariz nacional por motivos internos de um partido, com o desgaste que isso provoca, parece-me uma canseira, uma maçada. António José Seguro fez questão nisto, tal como fez questão nestes debates. Não me revejo em nada disto. Para mim, tudo isto só serviu para que víssemos bem a miséria que é a maneira de ser de António José seguro e a isso ele poderia ter-nos poupado.


Só espero que, com o Partido Socialista a ser conduzido por António Costa, voltemos a ter esperança no futuro do nosso pobre País. Estamos todos tão precisados de ter esperança,


...

domingo, setembro 21, 2014

Ó Tozé, cortaram-te o cravo? Ó Tozé, que pena, ó pá! Mas olha lá, ó meu, antes o cravo que outra coisa. Para a próxima guarda o cravo bem guardadinho, ó Tozé, fica a brincar às florzinhas na tua marquise e vê se a fechas bem fechada a ver se não aparece nenhum malandro.



O Tozé queria subir a escada do poder até ao fim
e agora estão a ver se o tiram de lá, ó que pena



Só vos digo que, quando me contaram, pensei que estavam a inventar. Não podia ser. Pela descrição parecia que seria uma infantilidade sem ponta por onde se lhe pegasse.

Depois ouvi a malta do Governo Sombra a gozar, dizia o Ricardo Araújo Pereira que aquilo era boca do Seguro para o Costa, por ser monhé, e querer andar com uma folô.


Agora estou a ver o Eixo do Mal e mostraram a coisa. Bem... É pior do que eu imaginaria. Que grande parvoíce que é este filme, que criancice mais pífia.

Este Tó-Zero é pior, mas muito pior, do que se poderia temer.

A minha mãe é que o topou e muito melhor que eu: apesar da raiva que tem ao Láparo, nas europeias recusou-se a votar no Seguro, disse que achava que era igual ao outro.

Mostro o filme para que, quem ainda não viu, veja com os seus próprios olhos: uma indigência.

Andou ele a alimentar o desejo de ir para o Governo e agora vem alguém e tira-lhe o brinquedo - e faz uma campanha baseado neste argumento.

Dá para acreditar...? É de um ridículo que até dói. 

Ai, minha mãe, que este Tó-Zero não é mesmo flor que se cheire.

Cá vai então.


Tiraram o cravo ao António... e ele, o menino Tó-Zerinho, ficou com a lagrimita ao canto do olho. Que pena...


Está na altura de virar a página, ó Tozé, ai está, está. Vai-te lá embora....
Faz-nos lá esse favor, poupa-nos.




Ai, que tristeza, ToTó, que grande tristeza.


Mas olha lá, ó meu, porque é que puseste tão pouca terra no vaso? E porque será que de tanta semente só uma é que vingou?

Olha lá, ó meu, pensa lá bem: será porque não tens queda para a coisa?

Vá lá, Totó, vai-te lá embora: não vês que não foste capaz

.

A imagem com o palhaço tem a origem que lá se vê: o saudoso We Have Kaos in the Garden

A que se refere ao Avatar do Coelho tem origem no blogue 77 Colinas.


...

quinta-feira, setembro 11, 2014

Um episódio com a Claudette de quem diziam ter piquinho a azedo. Uma nega (minha, claro) ao troikinhas. E, para dar alguma seriedade ao post, Anna Wintour, a toda poderosa editora-chefe da Vogue, a responder a 73 perguntas


Abaixo já comentei o debate na SIC entre os Antónios, faena que correu muito bem a Costa, o qual, apenas por piedade, não completou a lide. 

António José Seguro saíu de lá com sorriso amarelo e rabo entre as pernas, fazendo perguntas atrás de perguntas à jornalista que queria saber como lhe tinha corrido o debate, coisa que ele sempre faz quando não consegue articular qualquer raciocínio. Não foi 'Qual é a pressa?' mas foi qualquer coisa nessa base.

Costa saíu tranquilo e confiante: conseguiu encontrar o registo certo em que pode dizer o que pensa, usando de frontalidade mas evitando a flagelação que o outro lhe parece estar a pedir insistentemente.


***

Agora estava a escrever isto da flagelação e lembrei-me de um episódio que se passou há uns anos no meu gabinete. Na altura, eu tinha um colega de quem os outros, apesar dele ser casado e pai de família, diziam que era abichanado. Na frente dele não davam a entender nada disso mas na sua ausência tratavam-no por Claudette, imitavam-no, contavam piadas ordinárias que metiam larilagem mas em que o personagem era ele e era uma gozação pegada, coisa de que ele nunca desconfiou dado o alto poder de dissimulação dos colegas, coisa de resto, característica do género masculino. 
Um dia, estava eu no gabinete com esse meu colega, entrou um outro que andava em confronto com parte da administração e que, por isso mesmo, estava a ser, de certa forma, penalizado.
Começámos a comentar a situação, eu a aconselhar este segundo a que tivesse sangue frio, que tivesse calma, que não fosse tão preto ou branco, que tentasse contemporizar, e ele a contar-nos novos episódios, demonstrando que os outros eram estúpidos e que muito compreensivo estava ele a ser.
Então o outro colega, o tal de quem diziam coisas, partiu para um inesperado e violento ataque, dizendo que a culpa era dele, que se punha a jeito, que não sabia dizer as coisas, que parecia que estava mesmo a provocar, e que até era bem feito o que lhe estava a acontecer, que andava a portar-se como um puto e mais não sei o quê.
O outro ouvia calado, nem ai nem ui. Eu olhava para ele já com pena, tamanha a tareia que o primeiro lhe estava a dar embora temendo que se virasse e desse alguma resposta agressiva ou inconveniente. Mas não, manteve-se calado, inexpressivo, a olhar para o outro enquanto levava na cabeça.
Aí tocou o telefone ao que diziam ter piquinho a azedo e ele, para que eu e o outro pudéssemos continuar a conversar, foi atender para o corredor.
Mal ele saíu do gabinete, diz o que tinha levado a tareia em silêncio: 'Tu viste. Tu viste'.
E eu, muito admirada: 'Vi? Vi o quê?' 
E ele, 'Então não percebeste o que é que ele está a querer...?'.
E eu cada vez mais admirada: 'Não. O que é?'
Responde ele: 'Que eu lhe vá ao cu!'

Levantou-se e foi-se embora todo danado.
Ainda eu estava a digerir e a rir sozinha, entra a Claudette. Não viu o colega e disse: 'Então ele já se foi embora...?'
Confirmei. 
Pergunta-me ele, 'Viu?'
E eu muito admirada, 'Vi? Vi o quê?' 
E ele, 'Então não viu como ele ficou caladinho...? Veja lá se ele disse alguma coisa... é o dizes... Ele sabe que eu tenho razão, fica caladinho, ai não...'
Devo ter ficado em silêncio, a conter-me para não desatar a rir à gargalhada.

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Bem. Nem sei a que propósito veio isto mas adiante.
Aliás sei, mas não digo até porque não quero que digam que estou a comparar o Seguro com a Claudette já que não tem nada a ver, esse meu ex-colega é inteligente e tem a sua graça.
Mas, portanto, dizia eu que, sobre o debate na SIC, é no post abaixo. Aqui, agora, vou ver se me ocorre alguma coisa mais interessante.

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Poderia claro falar do porta moedas, esse pequeno troikinhas a quem puseram a tomar conta do dinheiro para a ciência e inovação na UE. A ciência e a inovação são importantes, claro que são, mas nesta europa cinzenta, burocrática e retardada, gerir um assunto como este é essencialmente gerir os processos associados a candidaturas e fundos - e aí devem ter achado que o engenheiro civil (que em vez de fazer casas gosta mesmo é de se fazer passar por economista) era rapaz para saber fazer contas e, assim como assim, com esta pasta, não vão ter que o sentar à mesa das reuniões importantes como as que se referem a economia, comércio, defesa, finanças ou qualquer outra coisa mais crítica e, portanto, vêem-se livres de ter que o aturar com aquela vozinha de flautinha. Poderia mesmo falar disso, é certo. Mas não me apetece. O gaitinhas não mexe comigo. Uma questão de química, sei lá. E, até ver, a Comissão Europeia, desde que o cherne por lá deixou aquele cheiro a pexum, também não.

Se esta espécie de esquentador provar que é mais atinado do que o cherne, que tem coluna vertebral e que não se deixa sodomizar a torto e a direito pela Merkel, pode ser que eu, um dia destes, me deite a ver o que eles por lá andam a preparar. Até lá, tenho mais que fazer. Por isso, podia falar nisto, podia. Mas em vez de falatura, sai é uma nega.

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Por isso, vou antes partilhar convosco uma daquelas entrevistas que anda a fazer furor. Até não há muito tempo ninguém sabia quem era o puto. E, de repente, pela sua 'lata', pelo seu sentido de humor, Joe Sabia dá que falar.

Refiro-me à série de "73 Questions" para a Vogue em 2014 em que ousa entrevistar celebridades no seu habitat. Já no outro dia aqui mostrei a entrevista a Sarah Jessica Parker em casa dela. Hoje mostro a entrevista à pressão, divertida, a Anna Wintour, a celebérrima editora-chefe da Vogue americana (que inspirou o filme O Diabo veste Prada). 





A que horas se levanta, o que é o mais importante no seu trabalho, prefere vintage ou novo, etc, etc. 

A entrevista tem graça não tanto pela sucessão de perguntas e respostas mas, sobretudo, pelo que dá para ver do interior da Vogue (até a Karlie Kloss aparece). E a Anna Wintour tem pinta, usa sempre uns colares com pinta, vestidos com pinta, óculos com pinta e, caraças, mês após mês, dá à luz uma revista com muita pinta.

E tem um gabinete que me faz morrer de inveja!






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Bem. Fico-me por aqui enquanto isto está bem comportado, não vá dar-me para mais alguma inconveniência. 

Relembro que sobre António Costa ao ataque e António José Seguro com sorrisinho amarelo é favor descerem até ao post já a seguir.


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira. 


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António Costa e António José Seguro na SIC com Clara de Sousa: o segundo debate na televisão, o segundo frente a frente antes das primárias no PS. António Costa, frontal e firme e com 'evangélica paciência', deixou António José Seguro com os nervos em franja, corado e à beira de fazer beicinho e, sobretudo, deixou bem claro qual dos dois tem estofo para vir a ser primeiro-ministro. No fim, quase tive dó do Tozé. mas, enfim, foi ele que as andou a pedir.


Depois de na 3ª feira, na TVI, as questões se terem centrado essencialmente no carácter, revelando o duvidoso nível de António José Seguro e a calma olímpica de António Costa, o debate na SIC foi muito diferente.





Clara de Sousa, gira como sempre e muito bem, directa e de rédea curta, levou o debate para o terreno das ideias. Sabido que é que não é com respostas de um minuto ou dois que alguém consegue explicar como vai tirar o pé do País da lama, tem que se reconhecer que uma amostra do que pensam e de como pensam conseguiu, apesar de tudo, ser antevista.




E aí, quando António Costa começou a responder, percebi que tinha mudado de tercio. A montada era outra e o tipo de bandarilhas também. Se, na TVI, tinha ido numa de contenção e delicadeza para poupar o Tozé (tal como o Caro HB disse num comentário ao texto de ontem), na SIC mostrou que a coisa não ia ser um passeio para o Piu-Piu. Tivemos faena a preceito e quase festa rija.





De cada vez que o Piu-Piu piava, António Costa, contido e zen, deixava transparecer que, por dentro, estava a pensar, 'Ó pá, make my day...' e, mal o outro acabava, pumba. Sempre delicado e com elevação, com o argumentário no plano político e não pessoal, não as poupou:

  • que o Tozé andava a apregoar ideias como suas quando eram património do PS, 
  • que apregoava como novas as medidas quando, em 80 e tal, apenas seis medidas e meia é que diferem das do programa eleitoral de 2009 e é porque são questões conjunturais, uma das quais até já ultrapassada, etc e tal
  • que apregoava que eram medidas inovadoras quando algumas constam de programas do partido desde 1995.


Enquanto ouvia isto, o Tozé toldava os olhos, rangia os dentes e não sei que mais fazia que as câmaras não tivessem captado mas não devia ser coisa boa. Alguém devia ensinar o homem a disfarçar a raiva.




António Costa apresentou ideias (tanto quanto possível nos escassos minutos de que dispõem) e, quando o Tozé disse que finalmente o via a apresentar ideias, o Costa saltou outra vez com alegria: isso significa que andaste apenas a dizer o que as agências de comunicação te dizem para dizeres em vez de leres a moção que apresentei. O Tozé, ar esgazeado, fingindo que ria mas com os dentinhos a tremerem de raiva, nem sabia o que responder.





Às tantas, no meio da confusão, o Tozé, sempre a querer descer do chinelo, saíu-se com uma fantástica: que, enquanto os autarcas estavam de janela, ele andava a percorrer o País. Costa disse logo que lá andar muito pelo País ele tinha andado, tinha era conseguido pouca coisa e aproveitou para lhe perguntar se era isso que ele pensava dos autarcas, que estavam de janela. Seguro, voz a tremer de raiva, respondeu que não eram os autarcas, era ele, Costa. António Costa já nem comentou tamanha infantilidade.


E António Costa falou nos erros de Seguro enquanto oposição débil, na falta de ideias, na falta de capacidade de mobilização, no eleitorado órfão, na falta de capacidade para se demarcar do PSD no que fazia sentido ou para contribuir para alguma convergência quando isso era razoável. E, quando o outro reagiu, sempre tentando levar a coisa para o plano pessoal ('fica-te mal dizeres isso'), Costa rematou à baliza 'tu não foste capaz'. 


E apresentaram, pois, as suas ideias. Forçosamente têm que ser ideias gerais mas na forma de apresentar as suas, António José Seguro quer particularizar como que para provar que tem mais ideias, não percebendo que isso não é assim que funciona, parece imaturo.

António Costa tem uma estrutura mental mais lógica, mais sistematizada e sabe que não vale a pena querer inverter a ordem dos factores ou falar de tudo ao mesmo tempo. António Costa sabe e é isso que diz que a primeira prioridade é injectar liquidez na economia e por isso defende que o foco esteja nos fundos estruturais e em políticas de relançamento económico e combate ao desemprego e pobreza. Não são só razões sociais: são também razões económicas pois só com liquidez a economia conseguirá renascer e só com relançamento económico e investimento, poderá haver crescimento e geração de valor.

António Costa sabe e disse-o de forma clara que o sentimento europeu é outro e que o fundamental é inverter o paradigma: não é menos austeridade mas sim crescimento.

Perfilho as suas ideias e não faço outra coisa senão defendê-las desde há mais de 3 anos. 

E António Costa falou no conhecimento, na ciência, na investigação e falou no apoio às empresas e na reforma administrativa do território.

António José Seguro, boca seca, risinho nervoso e amarelo, também disse umas coisas mas vê-se que não sabe prioritizar as ideias, vê-se que, para ele, tanto valem ideias que são balões cheios de ar ou ideias complexas. Dá pena vê-lo a querer mostrar serviço agora que aparente e desejavelmente está de saída.




No final, diria eu que já com o Tozé com alguma dificuldade em se aguentar sentado, António Costa felicitou-o por se ter sabido portar como deve ser, por não ter cedido ao impulso dos ataques pessoais, tanto mais desagradáveis por serem entre camaradas. O outro parecia que estava a sangrar mas queria fingir que estava a gostar e, por isso, mantinha-se de sorrisinho morto pregado à cara, boca em biquinho, dentinhos a quererem vir para fora, olhar descompensado. Andou a pedi-las mas foi confrangedor.





Finalmente, uma vez mais ficou claro que António Costa fala de frente, sabe ser firme e duro, e tem sentido de humor. O seu sorriso é simpático a quem o vê.





António José Seguro tem mau perder, tem uma simpatia artificial, é tudo muito construído, não convence ninguém. 




Digo isto e tenho que corrigir: todos os que apoiaram antes convictamente Passos Coelho contra Sócrates e que agora, apesar de toda a destruição que Passos Coelho infligiu ao País, continuam a não ser capazes de assumir que se enganaram completamente, esses continuam a ver virtudes no Tozé. Diga ele o que disser ou faça o que fizer, esses artistas que inundam os jornais, as televisões e a blogosfera continuam a achar que 'esteve melhor' do que António Costa. Percebo-os: quem já antes revelou tamanha incapacidade de entendimento, não se cura de um dia para o outro. Mas isto pode ser que seja eu a ser tendenciosa, a deixar-me guiar pela intuição, já que acho óbvio que não há comparação possível entre um e outro.


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Permito-me transcrever a deliciosa parte final da crónica de Ferreira Fernandes no DN, intitulada 'Não vou discutir a baixa do IVA, não' :



Já aqui o disse: não gosto de Seguro. Não é por esta ou aquela linha política. E nem é por essa coisa que salta nos políticos quando falta, o carisma. É pela cara mesmo. O falso afeto. Isto é, por uma razão política maior. Se ele chegar a primeiro-ministro e encontrar o ministro alemão Schäuble, não quero vê-lo a debruçar-se e perguntar: "Então, como vão as perninhas?"


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Uma pergunta para terminar: o que é que ainda leva a que alguém convide o Henrique Monteiro para comentar o que quer que seja? Ouvi os comentadores na SIC N durante um bocado e, de cada vez que lhe davam a palavra, ele desatava a desfiar as suas próprias ideias, contraditórias e paradoxais como sempre, sounbites e pouco mais e nunca lhe ocorreu que estava ali para comentar  os candidatos e não para fazer campanha a favor dele próprio. É um fala-barato que cansa. Claro que, no meio de mil imprecações... zapping!


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quarta-feira, setembro 10, 2014

António Costa e António José Seguro na TVI com Judite Sousa: o primeiro debate na televisão, o primeiro frente a frente antes das primárias no PS. A grande diferença está na maneira de ser e António Costa mostrou ser um líder forte e tranquilo e António José Seguro aparentou ser populista, mesquinho e com um feitio perigoso.


Judite de Sousa bonita e elegante no debate das primárias do PS


Judite Sousa conseguiu, uma vez mais, mostrar a profissional de fibra que é. Depois de mais uns dias de provação, eis que voltou a conseguir estar à altura da ocasião. Bonita (o vestuário discreto e o cabelo com um corte mais solto favorece-a), atenta à conversa e com intervenções oportunas, esteve muito bem. Os debates entre os dois candidatos à liderança do PS começaram com pé direito e Judite Sousa aqueceu logo o ambiente com uma pergunta directa e incómoda: o carácter de António Costa e António José Seguro ficaram logo bem à vista na primeira resposta.



Judite Sousa na TVI com candidatos à liderança do PS


Quanto à atitude dos dois candidatos no debate: em todo o lado, o que faz a diferença são as pessoas e um debate não é excepção. Pode haver uma pessoa que defenda uma coisa e outra que defenda a mesma coisa mas que tenha um feitio intragável - e isso faz toda a diferença. É de La Palice dizer isto, eu sei, mas parece que ainda há muita gente que o não percebeu. Acham que os líderes partidários são robots programados para executarem um programa e, se o programa é idêntico, então não vale a pena escolher entre os dois robots. Ora, justamente, não são robots e, sendo pessoas, é da maior relevância conhecê-las e perceber se podemos ou não confiar nelas.

Toto Zero no debate da TVI
Face a isto, em minha opinião, ficou bem patente que António José Seguro tem uma visão administrativa e fria das coisas. Traçou um percurso, conseguiu meter-se nesse caminho e agora fica ofendido e enfurecido se alguém o quer tirar de lá. 

É a mesma coisa que eu querer estar no Porto a uma certa hora e meter-me num táxi. Contrato o táxi e lá vou. Mas, à medida que vamos avançando, eu vejo que o taxista é muito cumpridor, muito certinho, mas guia de uma maneira que toda a gente nos ultrapassa e começo a temer não chegar a tempo e horas. Se passar um táxi que me inspire mais confiança, pagarei o que tiver a pagar ao primeiro e mudo para o segundo pois o meu objectivo não é ir de passeio com o taxista mas, sim, chegar ao meu objectivo. Ponto final.

É isto que está a acontecer no PS. António José Seguro, com a sua maneira de ser, é uma muleta para Passos Coelho e quem quer tirar Passos Coelho da frente do Governo a ver se se interrompe o caminho de devastação que vem levando a cabo, não acredita que o Tozé seja capaz de travar o láparo nem acredita que seja capaz de afirmar uma política diferente perante uma Europa insensível. António José Seguro não é taxista que alguém queira contratar para uma viagem de longo curso e com um destino preciso. Pode ser, sim, um condutor para se ir num cortejo fúnebre ou de passeio a ver as vistas, devagar, devagarinho.


O Tozé é um pequeno burocrata da política. E, como todos os burocratas, é mesquinho, agarra-se com unhas e dentes ao lugar que tem e que, segundo ele, o ia levar a primeiro-ministro. Começou por se armar em santinho, nos primeiros 3 anos, para agora, que se sente acossado, se armar em cão raivoso.

António Costa na TVI, no debate moderado por Judite de Sousa

António Costa notoriamente não está muito à vontade neste jogo do vale tudo, chegou a dizer que não queria ser desagradável. António José Seguro apostou no descrédito pessoal, acusou Costa de deslealdade e traição. Fez biquinho e foi demagogo na conversa, falou de 'os do costume', fez promessas inconscientes quando está a um ano das eleições. 


António Costa conseguiu aguentar todas as ofensas, rebatendo-as sem pagar com a mesma moeda, conseguiu demonstrar que o que espera um futuro primeiro ministro é um caminho de escolhos e dificuldades e não um prémio.


Depois há uma outra coisa: António Costa, apesar de algum nervosismo ou falta de à vontade no registo da peixeirada no qual o Tozé mostrou estar como peixe na água, mostrou ser um líder, uma pessoa empática, alguém que não perderá facilmente a elegância na forma de estar ou se anulará durante 3 anos para depois virar cachorro. 

Em toda a forma como se afirma há uma segurança que inspira confiança. Há inteligência e há firmeza na forma como resiste ao populismo fácil de Seguro. Há decência: sabendo que alguns eleitores preferem ouvir promessas mesmo que vãs do que palavras contidas, manteve-se fiel aos seus escrúpulos e consciência. Será um opositor firme de Passos Coelho, tal como o será em relação a Merkel se necessário for. Pelo menos, é o que eu acho, quando o ouço. É o que me diz a intuição e é na minha intuição que eu acredito, antes de mais.


Tozé do PS mostrou ser rancoroso e mesquinho, desagradável mesmo
António José Seguro, pelo contrário, em minha opinião, mostrou o lado mau e mesquinho da natureza humana ao falar como fala com um camarada de partido; e mostra que tem uma personalidade muito moldável. E, frequentemente, faz uns esgares que fazem lembrar uma cobra cascavel, só falta ouvirmos um assobio.

E tem uma característica que me desagrada: não é muito inteligente, faz análises sempre ao lado. Um perigo para o País. Se os simpatizantes forem afinal simpatizantes do PSD e elegerem o Tozé, não sei o que farei nas próximas legislativas. Terei muita dificuldade em votar no PS com este Tozé à sua frente.


Claro que, desde o início, a minha opinião está formada e acho estas primárias um perfeito disparate. Não estava à espera deste debate para formar opinião: tenho desde sempre expressado a minha opção. Prefiro Costa à frente do PS e acredito que é pessoa capaz de mobilizar o País e de fazer valer a opinião de Portugal no seio da UE.


Mas, se estivesse hesitante, olhando um e outro, não me restariam dúvidas. Prefiro pessoas que olham de frente, sem raivas incontidas, sem rancores, olhando para os interesses do Pais, e não pessoas que olham de lado, que não conseguem esconder rancores pessoais e que pensam em si próprias antes de pensarem no País.


António Costa e Tozé Seguro: 1º debate TVI


De resto, claro que este formato e esta duração para os debates impedem qualquer análise mais profunda ou séria. É até uma coisa ingrata: parece que ganha quem for mais agressivo, quem marcar mais pontos dizendo coisas afirmativas (mesmo que de conteúdo nulo) e que perde quem for atacado e não responder taco a taco ou quem se recusar em alinhar numa política de sound bites.

Por estas e por outras é que eu jamais me sujeitaria a situações destas, a ouvir acusações infames, a ter que responder em dois minutos e a ter que medir as palavras para respeitar os segundos em falta. Há temas que requerem tempo de exposição suficiente para se poder explicar alternativas, para deixar que as pessoas que ouvem tenham tempo para acompanhar o raciocínio.
Este é um tempo em que tudo se decide na comunicação social, em que o tempo de antena é curto, em que a imagem prevalece sobre a substância. Este é um tempo propício a que a má moeda expulse a boa moeda. Este é um tempo que recompensa os fúteis ou os falsos, este é um tempo perigoso.

Agora que as questões pessoais ficaram evidenciadas, a ver se no debate da SIC é dada aos candidatos a possibilidade de explicarem melhor qual a sua visão para o País porque é importante que isso fique claro. Quanto ao carácter de cada um estamos esclarecidos, obrigada.


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domingo, agosto 31, 2014

Marques Mendes desfaz o Governo na SIC e mostra como o último Rectificativo serve para cobrir (com uma carga brutal de impostos e taxas) o aumento de uma despesa pública descontrolada. E eu pergunto: mas que raio anda a Oposição a fazer que têm que ser os do próprio PSD a fazer oposição a este Governo descomandado?!


Tenho que confessar: não vi o comentário semanal de Marques Mendes na SIC com a Maria João Ruela desde o início. Quando cheguei a casa, liguei a televisão e já estava ele a desancar neste desqualificado desGoverno. 



Agora a seguir, depois de escrever isto, vou dar uma vista de olhos no Expresso e, se me mantiver acordada, ainda cá volto para contar o que andei a fazer até àquela hora em que cheguei. Mas primeiro ainda terei que fazer o transvase das fotografias da máquina para o computador, escolher algumas, reduzi-las, etc., mas a ver se o consigo fazer pois andei em sítios bonitos e quero partilhar convosco. 


No entanto, venho aqui agora, num instante, só para dizer da minha perplexidade. O pequeno arauto do regime, certamente picado com a desconsideração de Passos Coelho que o contradisse a semana passada e falou dele e das suas informações privilegiadas com ar de desdém, deu-lhe e deu-lhe com força.

Marques Mendes mostrou, documentadamente, tudo o que vai subir ou já subiu a nível e impostos e taxas, e falou, com números, das rubricas em que as contas de Estado estão em derrapagem. Falou das gorduras, falou da despesa que era suposto cortar e que subiu, falou do que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque dizem enquanto, ambos, fazem o contrário.


E eu, ouvindo Marques Mendes, tal como quando ouço Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Rui Rio e outros PSDs que ainda conservam decência e decoro, interrogo-me: será normal que a oposição a sério venha das próprias hostes laranjas?

Não, não pode ser normal. Juro que isto me faz muita impressão.

Já no outro dia aqui o disse: acho a oposição ao Governo, o pior Governo de que tenho memória, uma desgraça. Uma vergonha.

O PCP anda a brincar aos escuteirinhos, a montar barraquinhas para a feira, ou seja, para a festinha do próximo fim de semana, a Festa do Avante. Qual terapia ocupacional, todos os anos se mobilizam para, ao longo de semanas, fazerem o que três dias depois vão desfazer. É mais um summer festival, nada mais que isso, um summer festival produzido em regime de voluntariado, nada a dizer, cada um organiza os eventos e frequenta os festivais que quiser. Mas a verdade é que, para eles, parece que é mais do que isso, parece que é alguma coisa importante, tão importante que justifica que se desliguem da realidade nacional. Brinquem ao Rock in Rio da Atalaia, vistam tshirts com foice e martelo ou ponham boinas do Che, façam o que quiserem mas não venham depois achar-se uns revolucionários nem querer que alguém os tome a sério como oposição. Não dá.

O PS, por seu lado, com esta manobra dilatória do Seguro, arranjou maneira de deixar o Governo à vontadinha. A gente o que vê, do lado do PS, é que andam entretidos numa luta autofágica. Parecem irmãos ciumentos e birrentos. Quando aos meus pimentinhas lhes dá para isso, é a mesma coisa: podem armar uma cegada porque há dois que se querem sentar na mesma cadeira ou dois que querem brincar com o mesmo cavalinho encarnado ou que disputam o mesmo lápis. Assim andam os do PS: fazem birra com a duração dos debates, com as datas dos debates, com qualquer mariquice que venha a talhe de foice. Incomoda ver tanta parvoíce. E depois quando vejo o Tozé na televisão, lá anda a fazer coisas só por fazer, sobe a escadas, abraça um, faz biquinho para outra, distribui sorrisinhos piu-pius e abracinhos fofos. Neste fandoliro, como podem prestar atenção ao que os destravados do Governo para aí andam a destruir?

De resto, do lado da Oposição, não existe mais nada. BE, Livre, e mais nem sei quem é o mesmo que nada. Ou as televisões não lhes ligam ou eles não se sabem tornar relevantes. Não riscam.

De modo que, tirando pessoas como os que referi do PSD que ainda protestam, não se ouve nem mais um pio de jeito do lado dos que fazem política. Passos Coelho pode levar até ao fim a sua sanha de destruição de valor e pode fazê-lo nas calminhas, para ele é easy como comer uma canjinha de galinha. A oposição não mexe uma palha para o impedir. Do PR nem falo, até porque não sei se existe. Eu, pelo menos, não dou por ele.

O País está com o défice alto, com a dívida estratosférica, com os indicadores todos a revelarem uma preocupante debilidade da economia e uma total dependência externa a todos os níveis. Mesmo o aparente abaixamento do desemprego, para além dos que emigraram, dos que desistiram de tentar arranjar emprego e isto, aquilo e o outro, há o facto de a maioria serem estágios pagos pelo Estado, ou seja, não resultantes, de crescimento económico. 


E, perante isto, a Oposição está de férias ou está noutra. Cambada de políticos que não valem um caracol furado.


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As duas últimas imagens provêm do blogue 77 Colinas; a primeira, a de Marques Mendes como domador, provém do We Have Kaos in the Garden