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sexta-feira, março 16, 2018

Pode dizer-se que o penteado da Drª Teodora é o célebre cabelinho à f...-se?


Pergunto.

Conhecia das Provas de Contacto o seguinte caso prático e nunca mais me esqueci do sugestivo nome do corte de cabelo:


Aliás, volta e meia, quando me apetece gozar com o meu compagnon de route -- que, desde novo, não precisa de se pentear -- falo-lhe no seu cabelinho à f...-se. 

E, não sei porquê, quando vejo a Dona Teodora a falhar todas as suas previsões e a anunciar desgraças a granel -- e, desta última vez, surpreendentemente, a dar o braço a torcer e a assinalar os ganhos e os méritos deste exercício governativo -- a única coisa que me desperta atenção é o penteado. E, sem querer, cá em casa, quando comento as cenas dela, refiro-me à Teodora do cabelinho à f...-se. Mas a verdade é que não sei se estou certa. Daí a minha pergunta ali no título. Na volta é um corte Bob, daqueles que mais parece que não são.


Seja como for, cá para mim acho que não a favorece. Se eu pudesse aconselhá-la, dir-lhe-ia que deveria ousar, modernizar-se e, por exemplo, tentar este aqui abaixo:


Ou, caso a Srª Dona Cardosa ache que já não tem idade para se aventurar a penteados disruptivos, então, pelo menos, em vez de acachapar o cabelinho testa baixo, pois ripe-o, para ver se ganha volume, e levante-o. E aproveite para alegrar o guarda-roupa, introduzir-lhe cor. E pinte os lábios. Apareça-nos com ar de boazona que já estamos fartos de a ver armada em mazona. Ponha os olhos nesta senhora aqui abaixo.


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Até já.

terça-feira, dezembro 05, 2017

A célebre expedição das cabeleireiras pafinhas ao Everest
que, como é sabido, levou Mário Centeno a presidente do Eurogrupo


Sobre a nomeação de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo e a propósito de certas reacções, podia limitar-me a dizer:


Mas vou dizer algo mais.

Com vossa licença, claro está.

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Quando, há un meses, Schäuble elogiou Mário Centeno fartei-me aqui de rir. Escrevi então O elogio, pela boca de Schäuble, de que Centeno é o Cristiano Ronaldo do Eurofin é a pimenta que faltava no cu de Passos Coelho.


Contudo, no dia seguinte, ao ler a opinião de gente sábia -- desde embaixadores a comentadores com pedigree, passando pela fina flor dos PàFs -- fiquei a achar-me uma eterna ingénua encartada.

Onde eu tinha percebido uma mudança de ventos, estes outros viram gozação -- obviamente o Schäuble está a gozar com o Centeno e só os totós é que acreditam em tamanha patranha, decretaram. Onde eu tinha visto motivo para me rir do Láparo, outros viram razão para se rirem, uma vez mais, do Centeno, esse pobre risonho com carinha de enjeitado.

A minha intuição fazia-me sentir que a Europa estava a querer começar a virar a agulha, rendendo-se à evidência dos factos e predispondo-se a arrepiar caminho depois de uma errática deriva austeritária, pressentindo que ou era isto ou acabaria devorada por dentro, pelo populismo, essa gangrena que se alimenta do descontentamento legítimo mas mal informado. 

Mas, onde eu via isso, outros, os inteligentes, sabiam que não, que a Europa de Schäuble e Dijsselbloem não cedia um milímetro nem descia do seu pedestal dourado para elogiar um pobre patareco vindo dos escafundós, do portugal dos pobrezinhos.

Pensei: que reacção mais naïf a tua, oh UJM, sua santinha desmiolada. Fosses tu mais esperta e terias percebido também que o Schäuble estava a gozar. Para a próxima, benze-te três vezes antes de acreditares no pai natal.

Entretanto, o tempo foi passando.
  • E depois de uma irrisória cruzada pàfienta, em que os direitolas-unidos tentaram derrubar o pobre Centeno com base em inocentes sms, sms essas que o próprio rei do big reality show se sentiu no direito de inspeccionar, 
  • depois do Láparo ir às lágrimas com as intervenções parlamentares do dito ministro-alvo-a-abater, 
  • depois da estonteante Teodora ter botado várias das suas prescientes faladuras ao alertar para os potenciais perigos das contas risonhas do ministro-risonho, 
  • depois da pinókia albuquerca ter demonstrado a sua veia de vendedora de banha da cobra dizendo, com ar doutoral, banalidades de pernas para o ar
  • e da Cristas da coxa grossa ter expelido mais uns quantos dejectos em forma de sound bites
a comunicação social começou a dar, finalmente, algumas tréguas a Centeno. Na verdade, não sabiam por onde pegar.
A dívida a dar sinais de querer baixar, o défice baixinho, baixinho como jamais se esperaria (ler jamé, se faz favor), o desemprego a baixar estupidamente, a confiança a subir... e cada vez menos por onde pegar.


E, na Europa, a possibilidade de Centeno ir para a frente do Eurogrupo ia ganhando terreno.


Mas Portugal não é amigo dos seus. Está na massa do sangue dos portugueses. Não sei se é dor de cotovelo, se é fatalismo. Seja por que for, a verdade é que logo, logo, saltaram as velhas do Restelo. 



Até o omnipresente rei do big reality belém show veio a terreiro dizer que, se a eleição acontecesse mesmo, não se esquecesse o ministro Centeno de fazer o trabalhinho de casa nem de quem é que lhe paga o ordenadinho e coiso e tal -- e que não viesse alguém dizer que ele, a omnipresente Voz, não tinha alertado.


E os das so called esquerdas-unidas também saltaram a pés juntos -- que não fosse o zé povo acreditar que ir o Centeno para a frente do Eurogrupo ia ser boa coisa, que não ia, que aquilo lá quer-se é nas mãos dos mais estafermos de entre os estafermos para haver quem corporize o mal dos males e eles, os das esquerdas-unidas, terem a quem apontar o dedo. 

E os mais catastrofistas, de cabeça perdida, já falavam como se ele, Centeno-o-risonho, caso fosse eleito, se preparasse para  largar o ministério das finanças português, não passando, pois, do novo durão, a alforreca nº 2. 


Mas, enfim, o caminho faz-se caminhando e o impensável aconteceu. 
Claro que, colateralmente, foi-nos dado observar o costume: o pequeno Cambalhotas fez mais um flic-flac à rectaguarda, os comentadores avençados afinal sempre acreditaram e sempre souberam que sim e já todos conhecem a história de trás para a frente. Os avençados têm que continuar a ganhar o deles. Fazer o quê?

Mário Centeno foi eleito e vai ser o próximo presidente do Eurogrupo. E eu, a simplória de sempre, apenas posso dar-lhe os meus parabéns, desejar-lhe boa sorte e esperar que aguente as pressões e os trabalhos acrescidos e que se aguente igual ao que é, simples, lúcido, equilibrado. E fiel ao seu ideário. Será bom para a Europa e, claro, também para Portugal. Não tenho reservas. Ter Mário Centeno à frente do Eurogrupo é melhor que ter o Dijsselbloem ou qualquer outro da mesma linha. Centeno, ao longo da sua vida profissional tem sabido provar -- e é isso que espero que continue a acontecer.



Enquanto isso, Costa soma e segue. Inteligente e determinado como poucos, pode faltar-lhe alguma queda para os perdoa-me e para os beijinhos, abracinhos e selfies mas parece decidido a continuar a mostrar à Europa que há uma alternativa à austeridade-custe-o-que-custar. E isso é bom. 

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Portanto, quase a terminar, aos incrédulos, aos cépticos, aos catastrofistas, aos velhos do restelo e a tuti quanti só tenho a dizer:


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E aos Pàfs, ex-PàFs e candidatos a PàFs que acham que a eleição de Mário Centeno para o Eurogrupo se deve também ao lindo trabalhinho que Passos Coelho, o ex-irrevogável Portas, a Pinókia, a Cristas da Coxa Grossa e restante trupe fizeram antes, o que tenho a dizer é que só me fazem a lembrar a expedição de cabeleireiras ao Everest. É ver.


Monty Python e a expedição de cabeleireiras ao Everest



Muito boas, as meninas pafinhas...

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E um dia muito feliz a todos quantos por aqui passam.

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sexta-feira, outubro 06, 2017

Luís Montenegro não vai a jogo e Jerónimo atribui a culpa das perdas a incertos.
E eu lanço quatro candidaturas a ver se vingam no PSD:
João Miguel Tavares, a dupla Rui Ramos & Henrique Raposo, Helena Matos e José Gomes Ferreira


Em dia importante, só fiz coisas pouco importantes. A vida é cheia disto. Miudezas. Queríamos uma escada mas a que queríamos não cabe no carro. Não veio. Atrasámo-nos. Paciência. Fomos almoçar ao cantonês, na esplanada. Menos mal. Aliás, nada mal. 

Depois, a casa aqui para limpar depois da nova canalização. E nem tudo bem. Nunca nada fica bem à primeira. Uma coisa ainda a pingar. Toalhas que estavam no armário para lavar. Depois roupa para estender. 

Mandei fotografia ao meu filho para ele ver como ficou, já que foi contra a solução adoptada. Mandou-me três carinhas a chorar. A mim não me dá para chorar. Já não estou para me ralar com coisas destas. Não será a melhor solução mas foi a solução mais rápida e mais económica. Se o meu filho reagiu assim, fará a minha filha. Deve ficar passada. Mas olha, azarinho, nada a fazer. 

Depois mails e mais mails e mais mails (de trabalho, imagine-se). E sei lá que mais. A bem dizer nem dei bem por ser dia feriado, muito menos da República. Passa da meia-noite e só agora aterrei no blog. E só agora vejo, de raspão, o que passa na televisão. Mas não se passou nada de mais, parece-me.

Ouvi o Jerónimo, todo cavaco, todo láparo, ressabiado, a reescrever a história para se vitimizar. Não lhe fica bem. Ao Jerónimo fica-lhe bem a sensatez, a honradez da voz do povo, alguma elevação. Esta conversa de atribuir a perda de autarquias a incertos que foram mauzões menoriza-o. Pode agradar a alguns azedos que ainda estejam com o pé preso à 'longa noite fascista' mas a conversa é disparatada e patética aos olhos de quem já vive com os dois pés no tempo presente. O PCP tem que perceber qual a sua razão de ser nos dias de hoje. E os dias de hoje têm que ser olhados com olhos de gente que vive no presente, em Portugal. Não no passado, não no Alentejo do tempo pré-reforma agrária, não no Barreiro pré 25 de Abril, não na Cuba Castrista, não na Venezuela, não na Coreia do Norte. Em Portugal, na Europa, hoje. Enquanto o PCP não fizer essa reflexão, nada feito, será sempre a descer. 


E agora ouvi que o joker-face Montenegro não vai a votos para suceder ao láparo. Não é grave. Nem agudo. Nem ninguém deve ficar triste. Acho que só o cãozinho que estava na missa fez uns olhinhos de snif-snif


Eu, cá para mim, continuo agnóstica em relação a estes temas laranjas. A bem do País era bom que aparecesse alguém de jeito. Mas, confesso, para minha diversão é bom que a coisa se mantenha na base da tropa fandanga em permanente cavalhada. Como é sabido, gosto de números de burlesco.

E o que, numa perspectiva construtiva, posso adiantar é que, na falta de gente que se chegue à frente, tenho, eu, quatro candidaturas a lançar. E só espero que os meus Leitores alinhem comigo e lancem uma volumosa onda de fundo. Não sei se estes meus candidatos já são militantes; mas não faz mal. Vão mais do que a tempo.

Mas vamos com música, para criar ambiente


1ª - João Miguel Tavares

Escuso de justificar. Dava um belo líder e não vejo a hora de poder contar com ele como putativo primeiro-ministro. Coerente, inteligente, nada sectário, lúcido. 

Poderia ter a Sofia Vala Rocha como porta-voz.

Um dia que se alcandorasse ao ambicionado lugar de chefe de Governo, poderia nomear a mana Vidal como Ministra da Justiça, o Super-Judge-Alex como Ministro da Administração Interna, o saudoso Lombinha dos Briefings na Economia, o 007 da política, Sérgio Monteiro de seu nome, na Arca do Tesouro, a Pipoca mais Doce no Ministério dos Cupões, o Pipoco mais Salgado no Ministério dos Machos-Alphas, a Cocó na Fralda na Economia Doméstica e a Dias de uma Princesa nas Dietas da Moda. Poderia ainda propor uma alteração legislativa que lhe permitisse ir ele, em pessoa, -- e dispensando julgamentos na Justiça (que só servem para atrapalhar) -- apanhar o Sócrates à mão e levá-lo para uma masmorra em S. Bento para, pessoalmente, o manter a pão e água e lhe aplicar as merecidas vergastadas, quiçá, até, arrancar-lhe todos os dias um bocadinho do escalpe e polvilhá-lo com pulgas.


2ª - Rui Ramos & Henrique Raposo

Uma liderança bicéfala que também não carece de justificação. 

Falariam ora em uníssono ou a
duas vozes, consoante a profundidade de campo que pretendessem alcançar.

Poderiam ter a Manuela Moura Guedes como porta-voz. 

Um dia que capitaneassem o Governo poderiam ter a Madre Paula como ministra dos Affaires, a sexy Felícia Cabrita como ministra das Notícias & Esquadras de Polícia, a enfermeira Cavaco na Saúde (das Finanças da Ordem), o inspector Rosarinho na Caça ao Tesouro, o marido da Pinókia Albuquerca na Administração Interna, o Hugalex nas Tiradas Parlamentares, o Vai-Estudar-ó-Relvas no Ensino Superior, a Srª Dª. Maria Cavaca nas árvores de Natal, o saudoso alemão Bruno Maçães nos Negócios Estrangeiros e o incontornável Catroga no ministério dos Pêlos Púbicos.



3ª - Helena Matos

Já é tempo do PSD ter uma mulher à sua frente e esta é das tesas. Depois de anos a defender o Láparo, é de bom tom que as hostes laranjas lhe estendam a passadeira laranja.

Poderia ir buscar o colega Dâmaso do Correio da Manhã para porta-voz. Solidariedade entre iguais.

Um dia que chegasse a 1ª ministra poderia ir buscar o mano Costa para ministro do Boato, o João Vieira Pereira para ministro das Vacuidades fora de Prazo, o Pedro Santos Guerreiro para ministro do Apelo ao Sentimento,  o Balsemão para ministro da Impresa Empenhada, o Nóia M. Mendes para o Ministério das Gargantas Fundas, o Baldaia para ministro Rolha, o  Rangel para ministro das Limpezas de Salão e a Parrachita para ministra das Bocas no Facebook.


4ª - José Gomes Ferreira

A mais que justa e óbvia candidatura. Longa caminhada tem o Zé Gomes percorrido. Merece lá chegar, ó lá se merece.


Poderia ter a Cristina Ferreira (a do Goucha) como porta-voz. 

Um dia que se visse em Primeiro-Ministro quase que podia fazer a festa sozinho pois melhor que ele não há. Mas, enfim, noblesse oblige.

E, portanto, vamos lá. Poderia ter o João Rendeiro como ministro das ex- Fortunas & Falências, Zeinal Bava como ministro das Finanças e das Condecorações, o João Duque como ministro do Não Acerta Uma, o Granadeiro como ministro dos Vinhos & Duvidosas Parcerias, o Mexia da EDP como ministro da Coltura e da Cagança, a Judite de Sousa como ministra das Finanças (porque tem obrigação de ter mais do que aprendido a lição do Ó-Dr. Medina), a Drª Teodora como ministra da Inovação, o Carlos Costa (o do BdP) como ministro das Decisões Rápidas e Boas e, para dar mostras de modernidade e de inclusão, o Carlos Costa, o outro, como ministro das Coisinhas mais Sexys.


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Só boas ideias e, já viram?, a malta do PSD nem precisa de gastar dinheiro com opinion makers.
Aqui a Sta UJM dá-lhas de mão beijada, é tudo pro bono.

E que comece a engrossar a onda. Qualquer um dos meus putativos & alegados é bom. Força aí.

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quarta-feira, maio 17, 2017

Say cheeeeeeeesee.....


Não, meus Caros. Não vos estou a pedir para rirem comigo das cambalhotas, do flic-flac à rectaguarda, do mortal encarpado, do pino num dedo e do pé-cochinho do José Gomes Ferreira, há pouco na SIC, a dizer bem do António Costa e das políticas que tem seguido. Nem estou a pedir para se posicionarem para uma selfie com cara de riso ao verem o dito-cujo José Gomes Ferreira a querer salvar a face e a dizer, como quem não quer a coisa, que parte dos bons resultados que ao fim de um ano e tal o governo do Costa está a alcançar se deve às políticas do láparo (relembro: o mesmo láparo que fez tudo ao contrário disto, nunca atingiu nenhum objectivo e, por pouco, não deu cabo do país de alto a baixo).
[Ia lá eu pedir-vos isso. Ao Zé Gomes já o vimos mudar a casaca tantas vezes, mudar o bico ao prego quando convém, mudar de cor da pele, mudar de pele, e, de bicos de pés, andar a espanejar a prosápia, que não ia agora pedir-vos que se rissem com ele.]
Nem estou, tão pouco, a dizer que desatem a rir à gargalhada do que a pândega da Marilú diz porque, se o fizessem, ficavam com dores de barriga.

Nem digo que se riam da Helena Garrido, outra que tal, que -- se estão bem lembrados -- anunciava o fim do mundo se não se seguisse à risca a política da troika e se não se trisseguisse o triplo da política da troika e que, desde que o Costa chegou, aparecia a dizer que cuidado, que o bicho mau estava à espreita, que os demónios estavam prontos a atacar, que os lobos da bancarrota estavam a aguçar o dente... e que... agora... aparece a dizer que o Governo do Costa está a obter bons resultados, que, sim, por acaso sim, está a correr bem mas... cuidado... podem um dia deixar de correr...
[Uau. Que novidade, ó Helena, hoje está de sol, amanhã pode chover. Conta mais novidades dessas]
Nem, meus Caros, vos estou a pedir que mostrem lá os dentinhos depois de terem ouvido a Teodora Cardosa, essa inspirada vidente que tantos horrendos desastres previu se as medidas do Costa fossem aplicadas, -- que estupidez dar um empurrão no crescimento através de uma injecão de consumo interno, que tinha era que ser logo da economia... -- e que, agora que a coisa está a rolar e que o Costa pode pôr a economia a funcionar, vem ela dizer que... está tudo muito bem mas as boas notícias vêm do lado da economia e... ups, lembrei-me agora que a economia tem incertezas ... e, portanto, isto é bom, sim, mas é incerto e, se é incerto, é arriscado.
[Boa Dona Teodora, a economia tem incertezas...? Uau, isso é que são breaking news. Conte mais, Dona Teozinha.]
Não. Não é isso que estou a pedir-vos.

Como alma caridosa que sou -- e espero que todos os meus Leitores o sejam também --, não ia rir-me dessas indigências. Exibições destas deveremos observar com compaixão e piedade. Esperar que se redimam sozinhos. Que, por eles, ganhem vergonha na cara. Que, ao espelho, percebam que deveriam poupar os portugueses a tão tristes papéis. Por isso, perdoem-me os que esperam de mim que me ria da desgraça alheia mas não o farei. 

Ou seja: não estou, pois, Caríssimos, a pedir-vos uma boa risada com o que dizem esses figurões. figuronas e figurinhas que, mesmo sem querermos nos entram pela sala adentro. Estou apenas a dizer o que me ocorreu ao ver o 'antes' e o 'depois' do lindo trabalhinho que o Olly Gibbs divulgou. Ele foi ao Rijksmuseum e só via gente sisuda; e isso, naturalmente, maçou-o. Apetecia-lhe ver aquela gente a rir. Vai daí presumo que lhes tenha pedido para dizerem cheeeese, fotografou-os com a FaceApp que dá para dar uns toques na criatura fotografada -- e o resultado é o que têm estado a ver. 

Claro está que eu gostava era que ele fotografasse o Medina Carreira e o pusesse a rir, todo fofinho, ou o Láparo em dia de raiva, naqueles dias em que até come os próprios beiços, quiçá até o saudoso Cavaco em dia de azeites, num daqueles dias em que anda a remorder promessas de vingança ao Lima do Sotão ou ao Sócrates.



Ou que fizessem umas gracinhas: o Marques Mendes com cara de taróloga Maria Helena, o bebé chorão do CDS com cara de homem feito. Gracinhas assim com gente conhecida. Só para a gente ver se ficavam mais credíveis. A Face app faz isso tudo. Capaz até de me pôr com a cara da Blanchett em pequenina.


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Até já que eu vou ver se descubro a dita app.

Até lá, sugiro que se juntem à festa:



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(Bem. Pensando melhor, a rir só se fosse com o desespero pungente do João Miguel Tavares, já atrapalhado por não poder converter-se publicamente ao Costismo, e a fazer de conta que é a brincar -- mas a gente a ver que é mesmo verdade -- quando arrepela os cabelos num lancinante queixume: O que é que mais pode correr bem?)


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sexta-feira, abril 14, 2017

José Gomes Ferreira convidou João César das Neves e Medina Carreira
E eu pergunto:
Para a tripeça não ficar desconjuntada e lá termos também a
Teodora Cardoso, teremos que instituir a lei das quotas de género no comentário económico-marreta?
Pergunto.


Post começado a escrever quando a noite ia alta e, na altura, deixado inconcluso por manifesta incapacidade da autora.
Ou seja, o que aqui agora se verá foi despachado em duas tomas.

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Enquanto há bocado dissertava sobre a perversa cabecinha do algoritmo da Google que traz aqui para o UJM, este verdadeiro local de culto e santidade, tudo o que é gente com comportamentos desviantes e que me subverte o espírito altamente intelectual do espaço -- nomeadamente colocando no top das estatísticas das palavras-chaves coisas tão reveladoras como 'cátia palhinha sem cuecas' -- estava a dar na televisão um programa fabuloso. Só por, na altura, estar a dormir um sono profundo é que não prestei a devida atenção. E, como me mantenho ferrada, continuo incapaz de dar uma para a caixa.

Enfim. Conto.

Ou tive um pesadelo ou a coisa passou-se mesmo: três cromos num único programa.


José Gomes Ferreira, tentando arranjar quem desvalorizasse os dados sabidos sobre o défice, coisa tão baixa que há décadas não se via nada assim, abriu a gaiola e trouxe dois passarões cujas capacidades cognitivas são questionáveis, tudo com o objectivo de lançar um manto de descrédito sobre as políticas de Mário Centeno.


Ou seja, lá estava o par de jarretas: o quarto irmão Marx, de seu nome César das Neves, e a cassandra Medina Carreira.


Ora, está bom de ver que o quadro estava incompleto. Ou seja, para a coisa ficar composta, devia lá ter estado uma mulher. No mínimo uma. Por estas e por outras é que eu sou a favor das quotas. Não havendo, é isto: três estarolas juntam-se à volta da mesa e falam, falam, falam e não dizem nada, só bolsam conversas já cheias de bolores, aqui e ali condimentadas com pitadas de bolas de naftalina. Uma azia.
No entanto, a bem da verdade uma coisa devo eu dizer. Pode ser maluco mas completamente parvo o César das Neves não é. 
Portanto, cheio de senãozinhos e de uma mal disfarçada acidez no estômago, quiçá até um certo refluxo,  lá disse ele que ter um défice baixo é bom. O pior mesmo são os mas. E há-os de toda a espécie, enumerou-os ele -- e, conhecendo-se-lhe as tendências marianas, tenho para mim que, na santa cabeça da quase eclesiástica figura, só mesmo com uma nova aparição é que isto lá ia.
Ora bem, dizia eu que faltava ali uma visão feminina. Mas não de uma qualquer.

O que faltava ali mesmo era a visão imparcial e moderna da grande banqueira do povo, a presciente vendedora do Borda d'Água em formato Cozinho dívidas para o Povo: a grande e celebérrima Teodora Cardoso.

Ah, a falta que ela ali fez...!

Milagres...? Havia de ser Dona Teodora e inteligente Das Neves, à vez, a ver quem invocava mais milagres. Défices...? Aí juntar-se-iam os marretas todos, numa desgarrada, a ver quem invocava mais desgraças e cataclismos.

Aliás, antevejo tal animação que até proponho que, em volta deste círculo quadrificado, se instalassem, em plateia, comentadores dos comentadores. Aí poderia estar um círculo invertido: Helena Matos, Raquel Varela, Carla Hilário Quevedo e João Miguel Tavares. Seria o delírio.

Claro que poderíamos ainda pensar num 1º e 2º Balcões, cheios de comentadores dos comentadores dos comentadores. Todos a anunciarem calamidades, pestes bubónicas, pragas de gafanhotos, hecatombes, erisipela nos dias ímpares, ataques de espirros nos dias pares, erros de ortografia em barda, o fim dos tempos. Em suma: uma festa.

No final, tal a excitação, fariam todos um moche ao Gomes Ferreira e, nesse instante, a produção faria cair confetis, e serpentinas voariam pelos ares. Se ainda fosse moda, até imagino que se fizesse ouvir um coro de vuvuzelas. Tudo a bem da qualidade da televisão em Portugal.

(E não me pronuncio sobre a tristeza que é aquela malta defecar de alto para a verdade dos factos ou para a racionalidade da análise da realidade porque começo a convencer-me que eu é que ando com o passo trocado. Às tantas isso não interessa mesmo para nada, isso é coisa datada, fora de moda.)

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E queiram agora aceitar o meu convite e descer até ao post que se segue no qual exprimo a minha admiração pelas palavras que trazem os leitores até mim, nomeadamente, 'Cátia Palhinha sem cuecas'.

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segunda-feira, agosto 01, 2016

A reportagem possível num domingo de calor junto à praia
[Antes isto do que falar da entrevista da Teodora Cardoso ao Expresso, ou do coming out peniano do Henrique Monteiro também no Expresso ou do Marques Mendes a querer estragar a vidinha ao Santana Lopes que está tão bem na Misericórdia com um ordenadinho tão jeitoso, com aquela boca de ele ir para a Câmara ]





No post abaixo já falei da vidinha dos muito ricos na América. Ou melhor, vamos lá a falar verdade: falei de uma madame muito muito bronzeada e muito rica que esbanja milhões, que foge ao fisco, que faz caridadezinha, que financia fundações e apoia políticos e que teve à venda um flat que era um miminho e uma pechincha.

E agora estava aqui a hesitar em falar da entrevista dessa malandreca que dá pelo nome de Teodora Cardoso. Mas descurti. Não estou à altura de tão majestática personagem, se ela diz que não se olha para a frente é porque não se olha. Depois pensei falar do Henrique Monteiro que resolveu soltar a franga e dar largas aos pirilaus que existem dentro dele. Que o texto não é ordinário, diz ele. Ok, se ele o diz. Que nem convém que o dito órgão ande demasiado nas bocas do mundo, diz também ele. Está bem, abelha.  O que sei é que achei melhor não me alongar porque não nutro simpatia especial pelo senhor e o tema também não ajudaria. Portanto, adiante. Depois ainda pensei em falar da entrevista do Miguel Sousa Tavares ao DN, na qual aparece com aquele seu ar esbodegado contra uma parede em cor-de rosa-lilás marroquino. Em tempos achei que ele tinha muito charme. Agora já não, parece que virou um canastrão convencido, armado em petulante blasé. Perdeu a graça. Influência da madame-sua-esposa, talvez. Portanto, desisti de falar dele. Finalmente, ainda me apeteceu meter com o pequeno Nóia. Mais um a tirar o tapete ao láparo -- que já ninguém tem pachorra para aquele tom catastrofista e o escambau. Mas a melhor do petiz foi mesmo a de espetar uma alfinetada no Santana que está tão bem onde está, nunca ele esteve tão bem, a ganhar na Misericórdia e na televisão, um pézinho de meia que não é brincadeira, e agora vem o catraio a lançar a ideia peregrina de ele ir para a Câmara. O Flopes até deve ter sentido um calafrio pela espinha abaixo. Aquele Nóia é mesmo um venenozinho em forma de gente. Mas também não me apetece estar a meter-me nas guerrinhas de alecrim e manjerona e nas economias domésticas entre os despojos do psd.



Por isso, fico-me pelas matérias estivais e mostro apenas algumas imagens da Caparica banhada pelo sol neste domingo que se adentrou por Agosto. Nos dias de muita gente na praia não me aventuro. Passeio cá em cima, apanho sol enquanto caminho e vou olhando, de longe, o mar. Não sou capaz de estar na areia rodeada de gente. Tenho um certo lado de bicho-do-mato. E caminhar no meio de uma multidão também não. Ou apanhar um engarrafamento para entrar e sair das praias mais remotas também não. Por isso, antes de irmos petiscar na esplanada do grego, andei como sempre ando, feita turista acidental. O mar muito azul, o céu muito azul, uma aragem que suavizava o calor.

E eu já ia de férias. 

Ia. Mas não vou. Gaita. A ver uns a irem, todos lampeiros, outros já a chegarem, todos no bronze e na boa onda, e eu ainda aqui de pedra e cal. Ninguém merece.

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E relembro: caso queiram colher ideias para decorarem a vossa querida casinha, desçam até ao post que se segue. Eu, por mim, já vi como é que hei-de arrumar os meus sapatos.

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quinta-feira, outubro 10, 2013

Silva Peneda, tal como Teodora Cardoso, dizem que com esta economia moribunda, sem desenvolvimento e com este nível de desemprego, é impossível manter o actual nível de pensões, que assim não há dinheiro para as reformas. Concordo. Concordo... mas atenção às conclusões. Ora vejamos. _____________ Texto acrescentado (no final) para responder a um comentário de um Leitor (que me disse que se eu acho que o País tinha dinheiro antes de Passos Coelho, então que preciso de ir para a escola]


Ando para falar de amores ilegítimos, filhos de quem menos se espera, traições às claras e outros temas picantes e, afinal, só me aparecem pela frente assuntos chatérrimos. Maçada, isto. A ver se amanhã consigo uma aberta para falar naquilo.

Mas, enfim, não posso fazer de conta que não se passa nada. Noblesse oblige.


De qualquer forma, antes de ir ao tema que aqui me traz, permito-me informar-vos que, no post a seguir a este, podem ler a minha opinião sobre o programa 'O País pergunta' na RTP 1 ao qual Passos Coelho foi responder.

Um cão por vinha vindimada. 

Mas isso é mais abaixo. Aqui, agora, embora me mantenha no mesmo comprimento de onda, quero falar de outra coisa.

Silva Peneda diz que, com esta economia, não é possível pagar estas pensões.


Pouco dotados para números como são quase todos os jornalistas, logo se fizeram eco da afirmação, propalando a leitura mais na moda e mais em linha com a filosofia de Passos Coelho e comitiva. Ou seja, lê-se e quase se depreende que Silva Peneda está a legitimar, acriticamente, os desmandos de Passos Coelho

Enquanto isto, o dito coelho vai dizendo que, se tudo o que lhe vier à cabeça não for aprovado, o País falece de vez e os jornais já aí estão a veicular os anúncios do fim do mundo (que se não for aprovado novo orçamento rectificativo já não haverá dinheiro para ordenados e outras obscenidades).

Palavra de honra: é tanta, tanta, tanta a burrice, tanta, tanta, tanta a vacalhice, que qualquer dia refugio-me aí numa cabana no meio de um bosque, deixo crescer os cabelos, isolo-me do mundo. É que já não se aguenta.

[Agora que estou a escrever, por exemplo, estou a ver na televisão a poiazita a dizer palermices, teorias de cão de caça, uma vozinha esguinchada. Tudo a ser destruído às mãos destes infantilóides que nem para contínuos têm habilitações. Gaita.]

Mas vejamos então o que diz Silva Peneda - que, de resto, é mais coisa menos coisa o que disse Teodora de Sousa. Se não há dinheiro, não dá para distribuir o que não há.


Certo. Coisa de La Palice.

Nem vale a pena andar a dizer isso como se fosse uma novidade: é uma constatação.

A questão não é, pois, essa. A questão é o que fazer para se sair disto.



O caminho que tem vindo a ser seguido - como se demonstra pela teoria e pelos resultados - não resulta.

Depois de tantos cortes, tanto sacrifício, aqui estamos: com uma dívida insuportável, com juros insuportáveis, com um desemprego inimaginável, com o sistema de pensões à beira da ruptura, pior do que estávamos antes desta praga de incompetentes nos cair em cima.


Para se perceber melhor como face a um mesmo problema se podem seguir dois caminhos antagónicos (porque, Caro leitor, há sempre mais do que um caminho. Nunca, por nunca, acreditemos que não há alternativa. Há sempre alternativa.)




Imagine o meu Caro Leitor uma casa normal, uma família como tantas outras.


Casal e três filhos em idade escolar, por exemplo. Um rendimento curto e muitas despesas. Nada de extravagante mas, ainda assim, um sufoco. Pagamento da casa e do carro, escolas dos miúdos, gasolinas para chegar ao trabalho, empregada, cabeleireiro, essas coisas.


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Face ao aperto, suponha o meu Caro Leitor que o homem, burro como alguém que tão bem conhecemos, resolve que há que cortar.

Faz um ar assertivo, coloca a voz e decreta: não se pode distribuir o que não há.

E resolve: vão passar a comer menos, a mulher, que trabalha apenas meio dia, vai deixar de trabalhar porque o que ganha mal dá para pagar o que gasta em gasolina e portagens e almoços fora e assim pode dispensar a empregada que faz a limpeza da casa e poupar mais. 

E assim fazem.

A mulher desemprega-se e passa a ficar em casa. O restaurante onde ia almoçar perde uma cliente. Como não vai trabalhar, deixa também de comprar tanta roupa, deixa de ir ao cabeleireiro. A empregada, por sua vez, perde também parte do trabalho. 

Entretanto, algum tempo depois, a mulher começa a ficar deprimida, começa a ter que se tratar, a ter despesas com medicamentos. 

O homem resolve que, face à quebra de rendimentos e ao aumento de despesas com médicos e medicamentos, têm que fazer mais cortes. Diz que os miúdos devem deixar de ir aos ginásios e às aulas de línguas. O ginásio perde clientes e a escola de línguas também. Os miúdos passam a ficar em casa a ver televisão, a engordar e com menos aproveitamento escolar. 

O tempo passa. Os miúdos não entram para a universidade. Dificilmente arranjam trabalho. A mulher não volta a conseguir emprego. Cada vez há menos dinheiro. Cada vez há menos condições para sairem do buraco onde progressivamente se foram metendo.

E, claro está, não apenas deram cabo da vida deles próprios, como contribuiram para dar cabo da economia do País.


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Mas havia outra alternativa. Se não há dinheiro que chegue para o que é preciso, então arranje-se mais. Suponhamos que, reunidos em concílio familiar, resolvem deitar mãos à obra.

Esforço adicional? Pois.

Mas em conjunto decidem: o que for que se vá fazer, não porá em causa o ensino dos miúdos, a qualidade de vida e o futuro.

Então resolvem que a mulher vai tentar trabalhar o dia inteiro, o homem resolve que vai tentar fazer trabalho extraordinário, vão trocar o carro por um mais barato ou tentar usar transportes públicos. E assim fazem.

Ao fim de algum tempo, já entra mais dinheiro em casa e as contas já estão mais equilibradas. E os miúdos continuam a estudar por forma a assegurarem uma melhor preparação para o futuro, e a empregada continua a ir lá trabalhar, e a mulher continua a ir ao restaurante e ao cabeleireiro, contribuindo para manter a economia a funcionar.


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Ou seja, com o percurso que Passos Coelho está a impor ao País, por mais que se corte nunca será suficiente. E a razão é simples: esta via de empobrecimento, leva ao declínio geral da economia, um declínio que se auto-alimenta, défice que gera défice.


A solução para o problema é a inversa da que está a ser seguida.

O que há a fazer é reduzir o aperto fiscal para haver mais rendimento disponível, mais liquidez circulante e, para catalisar, injectar verbas na economia. Pegar em fundos do QREN e pôr a economia a rodar. Desse modo, haverá menos gente a beneficiar de subsídios de desemprego, haverá mais gente a pagar impostos e contribuições - e o sistema reequilibrar-se-á.



Por esse motivo, esta política suicidária tem que ser travada e o Passos Coelho, o Portas e correlegionários têm que ser impedidos de continuar a destruir o País. Começaram por cortar os ordenados e aumentar os impostos, já estão a cortar nas pensões de reforma e os subsídios de desemprego, já lhes passou pela cabeça cortar as pensões de sobrevivência - e não vai parar.




Não sei como impedi-los pois quem o poderia fazer resolveu ficar na galeria a 'mandar bocas' em vez de agir mas, pela parte que me toca, tudo farei para desmascarar o logro das políticas de Passos Coelho e Paulo Portas e, sempre que puder, manifestar-me-ei e sempre com todas as minhas forças. 

Não posso assistir impávida e serena à destruição de Portugal. Faço parte de um grupo de pessoas que, no meio desta desgraça toda, ainda se pode considerar privilegiado.

Mas tenho consciência social tanto quanto tenho consciência individual.

A vida de pouco vale se ao nosso lado tudo estiver a definhar. Por isso, estarei na linha da frente de todas as lutas que tiver que travar para devolver o futuro ao meu País.


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A penúltima imagem é do blogue We Have Kaos in the Garden. As outras obtive através do google e não sei qual sua proveniência original.

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Relembro: sobre Passos Coelho no programa de televisão da RTP 1 'O país pergunta', é descerem, por favor, um pouco mais, até ao post seguinte.

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Muito gostaria ainda de vos convidar a darem uma saltada até ao meu outro blogue: o Ginjal e Lisboa. Hoje recebi uma visita que muito me agrada, Alice Vieira. Levada pelas palavras dela deixo que o meu cabelo se espalhe nos lençóis da cama enquanto o meu amor se prepara para partir. A seguir, por lá, há Rossini pela voz de duas grandes intérpretes.

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E, assim sendo, agora vou dormir. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela quinta feira.


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Nota
[depois de ter lido um comentário (o terceiro relativo ao post do Passos Coelho no  'O País pergunta') - 
aproveitando eu para dizer que estou sempre a tempo de aprender mas que de uma coisa pode o Leitor que o escreveu estar certo: sei fazer contas, disso não tenha dúvidas].



Não tenho dúvidas da situação calamitosa em que o País se encontra (muito pior agora do que quando Passos Coelho se organizou de forma a conquistar o poder, instalando-se no Governo para fazer o lindo serviço que tem andado a fazer). O País está de pantanas, sim. Gravemente de pantanas, sim.


E já o disse aqui muitas vezes - a última das quais há muito poucos dias: (não recuando aos antanhos da História, ou seja, reportando-me apenas aos tempos recentes) o País começou a desandar com Cavaco Silva, na altura em que os subsídios que vinham da CEE serviram para mil coisas, especialmente para destruir o tecido económico (fechar fábricas, abater a frota pesqueira, deixar os campos em set aside). O mal maior deste País sempre foi a fragilidade económica, ou seja, esteve sempre sobretudo do lado da geração de receitas.

Mas tem havido também problema do lado da despesa. E aí podemos falar do servilismo do poder político às mãos dos grandes interesses financeiros. Toda a política fiscal dos últimos tempos assentou na alavancagem financeira. Ensinava-se nas universidades e escolas de negócios (Católica, Insead, por exemplo) que se criava valor através da alavancagem financeira. E os bancos ajudaram, e não foi pouco, pois os bónus dos seus gestores eram função do negócio gerado, leia-se crédito vendido. Foram vendidos financiamentos de toda a espécie e feitio. Como, em termos contabilísticos, os juros são custos, isso abate a resultados e, logo, as empresas pagam menos impostos, ou seja, era artificialmente bom para as empresas - mas mau para o País sob qualquer ponto de vista. Mas é assim que o País tem estado a ser gerido. 

Isso levou a que as empresas desatassem a investir à tripa forra. Hoje as empresas (TODAS, especialmente as grandes - veja-se a EDP, a PT, por exemplo) estão até ao pescoço em dívidas à banca, os bancos estão até ao pescoço em malparado. Grande parte da dívida do País vem daí.


A grande dívida não vem das pensões de miséria de que as pessoas usufruem: vem do que acabei de descrever e de muito mais (mas agora não tenho tempo para aprofundar).

Portanto, nem vale a pena eu continuar a dissertar sobre isto: são factos.

A questão não está pois na caracterização do buraco. Está em como sair dele?

  • Ou seguimos a técnica do cavalo do inglês, cortando na ração, mais e mais, e cada vez mais, até que o cavalo acaba por morrer.
  • Ou seguimos a via inversa, apostamos na economia, na investigação, no desenvolvimento, num ensino de excelência, e induzimos o crescimento.


Passos Coelho e comitiva estão a apostar à força toda na 'cena' do cavalo do inglês e estão quase a conseguir que o cavalo morra, quase, quase.


Eu defendo a segunda alternativa - e por ela me baterei na fraca medida das minhas possibilidades. 

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E por aqui me fico.