quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Foi por desatinos como este que há 101 anos houve marosca
Posted by Daniel Melo at 10:05 0 comments
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Depois da Tunísia e do Egipto, a Líbia, finalmente...
O jornal Público pergunta na sua manchete de hoje se «Está o país preparado para governar sem Khadafi?». Como sucede no imediato pós-ditadura em muitos países, surge um vazio de poder. Acontece e costuma ser bem aproveitado para o combate democrático. Parece-me que a pergunta mais importante a fazer é qual o papel que os Estados democráticos estão dispostos a desempenhar para ajudar a Líbia a seguir no bom caminho. Essa sim, parece-me a questão certa. Já chega de sacudirem a água do capote.
Posted by Daniel Melo at 22:08 0 comments
Labels: cartoon, democratização, humor, Kadhafi, Líbia, revolução, Solidariedade
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Documentário português, do PREC à actualidade
Posted by Daniel Melo at 14:00 0 comments
Labels: agenda cultural, cinema documental, cinema português, PREC, revolução
quinta-feira, 3 de março de 2011
Who's next
Um interessante artigo no Le Monde, do Michel Cahen, sobre as diferenças entre os motins de Setembro passado em Moçambique e os processos revolucionários actuais no Maghreb.
« Os sujeitos de hoje (serão) os cidadãos de amanhã » ?
Posted by Victor at 20:36 3 comments
Labels: Egipto, Moçambique, revolução, Tunísia
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
As revoluções do momento: Líbia, Barhein e Iémen
Posted by Daniel Melo at 00:02 4 comments
Labels: África, Arábia, Barack Obama, democratização, EUA, ONU, revolução, sindicalismo, UE
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Dos motins às revoluções
Mesa-redonda dos motins às revoluções
A partir dos mais diversos pontos, de Roma a Tunes, do Cairo a Oakland, de Londres a Beirute, de Buenos Aires a Atenas, de Maputo a Sana, um conjunto muito significativo de lutas, manifestações, greves, ocupações tem vindo a ter lugar. Um elemento comum, além da assinalável capacidade de mobilização, parece ser o facto de muitas destas acções assumirem, formal e substancialmente, o questionamento não só da ordem estabelecida, mas também do padrão normalizado da luta política legal e confinada aos limites do poder de Estado. Num contexto de crise do capitalismo global, a ordem pública é confrontada com uma desordem comum que toma as ruas como o seu espaço, resgatando palavras como «revolução», «revolta», «motim». O debate que propõe a UNIPOP passa por procurar identificar que outros pontos de contacto têm estes diversos focos de luta, bem como quais são os seus limites, e perceber em que medida é que um certo efeito de arrastamento pode ou não ter como consequência a constituição de uma resposta emancipadora à crise do capitalismo global, ou seja, que articulação têm estes movimentos com o paradigma da «revolução» e de que modo o reconfiguram.
participantes: Miguel Cardoso | Pedro Rita | José Soeiro | Manuel Loff | Paulo Granjo | Ricardo Noronha
Casa da Achada # sábado, 19 de fevereiro # 15h # entrada livre
organização UNIPOP e revista imprópria (ver localização aqui)
Posted by Daniel Melo at 22:18 0 comments
Labels: capitalismo, democracia, emancipação, revolta, revolução
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O povo está na rua e não se vê caos nenhum, é simplesmente a festa da cidadania
Posted by Daniel Melo at 22:22 2 comments
Labels: celebrar, democratização, Egipto, festa, revolução
Os generais ou o caos
Primeiro, louva-se o povo nas ruas, corajoso e legítimo; uma vez deposto o poder fora de moda, dá-se o salto no discurso: o poder não pode cair na rua, senão é o caos. Mas o que é a rua? Simples: é a sociedade civil que tanto confusão faz a ditadores, militares e... opinion makers conservadores!
É preciso dizer que a oposição egípcia foi a votos em 2009, ao fim de 29 anos de poder autárcico e que, apesar dos resultados terem sido distorcidos por Mubarak, essa oposição foi assim reconhecida politicamente pela própria ditadura. Depois, dizer que um dos líderes oposicionistas, El Baradei (com uma frase memorável no seu twitter: «Egypt today is a free and proud nation»), é justamente reconhecido como um dos grandes quadros saídos da ONU. E a Irmandade Muçulmana, movimento islâmico, foi tão moderado no apoio à insurreição popular que passou despercebida! Os jovens adultos foram um (não o único) dos grupos sociais mais dinâmicos, como sucede em muitas mudanças políticas, nem mais nem menos, e não é a hipótese de não estarem organizados que lhes retira legitimidade e impacto.
Portanto, a questão não é a sociedade civil, mas sim o que os militares farão. Não esquecer que foram eles que apoiaram esta ditadura durante 30 anos. Resta agora saber que papel estão dispostos a representar: imporão a sua solução governativa ou serão a instituição que assegurará a transição do poder para novas elites políticas legitimadas pelo povo? Através do voto, claro, antes de Setembro, de preferência. Em eleições limpas, participadas e justas.
Há um problema no meio disto, que é o futuro da relação com Israel e EUA, mas isso não está no cerne da urgência de mudança exigido pelo povo egípcio, a julgar pelos múltiplos indícios difundidos pelos media, incluindo os árabes. Que o cinismo não vingue: não se misturem as coisas.
Tudo o resto, «caos», «poder na rua», é conversa bota-de-elástico. E para bota-de-elástico basta o Mubarak. By the way, onde pára o cromo?
Posted by Daniel Melo at 22:02 5 comments
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Hora H no Egipto
Entretanto, Mubarak está já fora de jogo, resumindo, veio à tv pedir para que possa ser enterrado na sua terra. Até isso estava em perigo...
Posted by Daniel Melo at 01:11 2 comments
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Iémen, a revolução que se segue
Posted by Daniel Melo at 13:13 5 comments
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
O efeito dominó
Posted by Daniel Melo at 22:44 2 comments
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sábado, 15 de janeiro de 2011
A Intifada do Jasmin (e a Wikileaks)
Posted by Zèd at 23:10 1 comments
Labels: África, contestação social, democratização, liberdade, Política, povo, revolução, Tunísia
A revolução de jasmin
Agora, o primeiro-ministro (e actual presidente interino) já anunciou eleições dentro de meio ano.
Para o Magrebe e o mundo, é uma boa notícia. Os povos árabes têm aqui um bom motivo de esperança. Já os seus líderes têm um bom motivo de reflexão. Esta mesma opinião é avançada por estudiosos árabes. Melhor ainda; subscrevemos por baixo.
PS: para quem gosta de paralelismos, que tal pensar nesta frase dum manifestante: «Have you ever seeen!? A president who treats is people like idiots!!!».
Posted by Daniel Melo at 22:42 2 comments
Labels: África, contestação social, democratização, ditaduras, liberdade, povo, revolução, Tunísia
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Quem tem medo do debate historiográfico?
Posted by Daniel Melo at 00:01 1 comments
Labels: debate público, ditaduras, Estado Novo, fascismo, Guerra Civil de Espanha, historiadores, historiografia, livros, Portugal, República, revolução
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Um livro para ajudar a esclarecer a história recente
»«
Falo de Álvaro Cunhal, sete fôlegos do combatente. Memórias, de Carlos Brito, hoje mesmo lançado em Lisboa.
Pelo que pude ler das primeiras impressões (p.e., aqui e aqui), este testemunho ajudará a esclarecer a história recente de Portugal através duma espécie de dupla 'viagem' biográfica, a do autor e a de Álvaro Cunhal, ambos dirigentes do PCP durante o meio século abordado na obra. Se outro contributo não tivesse, este já seria meritório. Mas parece-me que o livro vai mais além, permitindo ter uma versão mais desapaixonada e distante da história dum partido político que suscita controvérsias pontuais e emoções fortes junto de muitas pessoas. E também contribuirá para esclarecer a posição deste partido num período histórico sobre o qual paira ainda muitas sombras e pouca prova documental diversificada, que é o do PREC. Mais inf. neste post de Nuno Ramos de Almeida.
domingo, 2 de maio de 2010
Grupo de Acção Cultural: a música da revolução
Posted by Daniel Melo at 23:04 2 comments
Labels: agenda cultural, cultura portuguesa contemporânea, memória colectiva, música de intervenção, revolução
domingo, 25 de abril de 2010
Casas decentes para todos!
Posted by Daniel Melo at 23:59 0 comments
Labels: media, política de habitação, PREC, Público, revolução
domingo, 31 de janeiro de 2010
Em caso de dúvida, marque tripla
Posted by Daniel Melo at 22:25 0 comments
Labels: celebrações, debater o debate, democracia, República, revolução
domingo, 3 de janeiro de 2010
Anos 70 – Atravessar Fronteiras
Posted by Daniel Melo at 15:33 0 comments
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terça-feira, 14 de julho de 2009
Palma Inácio, o último romântico aventureiro da resistência (1922-2009)
Hermínio da Palma Inácio começou cedo a sua luta antiditatorial. Tinha 25 anos quando participou numa tentativa de deposição de Salazar, a Abrilada de 1947. Foi dos poucos a cumprir a sua parte, sabotando 20 aviões da base aérea de Sintra. Fracassado o golpe, passou à clandestinidade, mas seria preso em Setembro. Por pouco tempo: consegue fugir do Aljube 8 meses depois, numa fuga aparatosa. Refugia-se temporariamente em Casablanca, daí partindo para os EUA, onde tira o brevet de aviador civil. Pressionado para ser deportado, escapa-se para o Brasil, onde conhece Henrique Galvão e Humberto Delgado, ex-tenentes do 28 de Maio, bem como outras figuras ligadas ao anti-salazarismo.
É aquele brevet que abrirá portas para o 1.º acto de pirataria aérea internacional, desviando um avião da TAP que fazia a ligação Lisboa-Casablanca, aproveitado para o lançamento de folhetos anti-Salazar sobre Lisboa e várias cidades do Sul, no final de 1961, já depois do início da guerra colonial.
Antes, dera-se o assalto ao paquete Santa Maria, o 1.º acto de pirataria marítima internacional. Nele participaram Galvão, Camilo Mortágua e antifranquistas, todos eles ligados ao DRIL- Directório Revolucionário Ibérico de Libertação.
Palma Inácio identificava-se com esta faceta da resistência antifascista, na sua opção pela ousadia e a acção armada, e no seu relativo distanciamento face ao comunismo, que então inspirava grande parte dos movimentos guerrilheiros.
No ano seguinte, e apesar das desavenças com outro correligionário, Emídio Guerreiro, resolve entrar de novo em Portugal e ocupar a Covilhã, ponto estratégico para uma acção de guerrilha inspiradora duma insurreição geral. Falha, é de novo preso, e de novo volta a escapar-se, para Espanha. Aí é preso, sendo libertado um ano depois. De França regressa a Portugal, em 1972, para nova operação audaz (o rapto de figurões do regime), mas é de novo detido. Dos calabouços só sairá com a revolução de 1974. Nesta fase, deixa de se identificar com a linha assumida pela LUAR e inscreve-se no PS, mas abandonando em definitivo a «política activa».
Posted by Daniel Melo at 23:13 0 comments
Labels: anti-franquismo, antifascismo, democracia, ditaduras, Hermínio da Palma Inácio, obituário, resistência, revolução