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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Extrema-direita avança na Holanda (atualizado)

As Europeias começaram. E muito mal, diga-se. Segundo as primeiras sondagens de boca de urna, o partido de extrema-direita de Geert Wilders (PVV - Partido pela Liberdade) se transformou na segunda maior força política nas Erupeias da Holanda, com quase 15 por cento dos votos. O partido, que concorreu pela primeira vez às eleições ao Parlamento Europeu, supera assim o Partido Trabalhista (Pvda) e só tem pela frente os democratas-cristãos (CDA), do primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, que se mantêm como a principal legenda, com pouco mais de 20 por cento. Na Legislativas de 2006 foi o quinto partido mais votado, com apenas 6 por cento dos votos e fez 9 deputados em 150.

Em número de cadeiras, o PVV obteria 4 das 25 determinadas a Holanda , enquanto o CDA (Apelo Cristão-Democrático) ficaria com 5 e Pvda com com 4. As demais forças ficariam assim: 3 para os liberais do VVD (Popular por Liberdade e Democracia/Liberal da Holanda) e para a esquerda do D66 (Democratas 66); e 2 para os Groen Links (Esquerda Verde), os socialistas e os cristãos do CU (União Cristã). Detalhe: a abstenção chegou a quase 60 por cento. Mais.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

É a construção europeia a duas velocidades

Contado ninguém acredita. Uma convenção entre a França e a Holanda de 1985 estabelece que um cidadão oriundo de um dos dois países que peça a nacionalidade do outro país perde a sua cidadania original, com uma excepção: se o motivo da pedido de nacionalidade for o casamento com um(a) cidadã(o) do outro país e se mostrar vontade expressa de manter ambas as nacionalidades. Frédéric Minvielle, francês residente na Holanda, cumpre aqueles dois requisitos para manter ambas as nacionalidades, no entanto perdeu a francesa. Porquê? Porque casou com um holandês, e não com uma holandesa. O casamento homossexual é legal na Holanda mas não é reconhecido em França. No entanto faces às reacções que este caso desencadeou o Ministério da Imigração já afirmou que o processo vai ser re-examinado (se há coisa que funciona com este governo é pressão mediática).

quinta-feira, 13 de março de 2008

Trabalho de terreno em locais macios




Caros consofredores (nova designação com a qual passarei a iniciar os meus posts daqui para a frente... ou talvez não, depende; é uma parvoíce que me ocorreu neste momento),

estou de partida para uma breve estadia na Holanda. Parto com o objectivo de iniciar mais uma grande investigação com a "chancela de qualidade" do DJ Imbecil (entretanto personificado na minha pessoa):

A questão em teste é a seguinte: perceber como é que aquela malta se organiza para trabalhar tão poucas horas por dia, cultivar em simultâneo aquilo do relax em local de trabalho (sofás e mesas de centro para tomar o chazinho com bolinhos) e mesmo assim ainda ser produtivos (ou pelo menos mais que nós, o que de resto já não era difícil).

Fiz uma primeira pesquisa de terreno comparativa: passei bastante tempo deitado no meu sofá vermelho lá de casa, para ver se acontecia alguma coisa (a coisa correu bastante bem, mas não recolhi muita informação). Também participei num projecto de pesquisa com alguns colegas e amigos sobre divãs (mas disso falar-se-á abundantemente por cá em breve). Ainda passei pelo Mundo do Sofá, para fazer pesquisa de arquivo.

Prometo divulgar resultados assim que os tiver. Porque, como sabem, quando prometo, cumpro.

sábado, 8 de setembro de 2007

Os soldados não gostam de planícies


A Bélgica é plana, mas a Holanda é excessivamente plana. Tão plana que entedia e nos provoca sonolência. Bicicletas, prados, vacas e água - tanta água de canais, rios, poças, chuva. Sentimo-nos sub-aquáticos, entre os diques, a afundar na lama, no pântano, numa planície lodosa de insectos de espécies várias (não no glamoroso fundo do mar).
Depois, ao fim do dia, para quebrar a monotonia da paisagem, existe a Heineken, a Palm, a Grolsch, e nada mais. Os holandeses bebem muito, não admira.
A Bélgica é plana, é verdade. Mas depois de estar na Holanda, as planícies Belgas surgem quase sinuosas. Qualquer acidente do terreno se torna belo, desperta-nos os sentidos para bebidas mais sofisticadas, como a Duvel, a Leffe, a Chimay, a Kriek, que acompanham pratos como moules ou steak au poivre, ou ainda, steak au roquefort. E depois existem as Ardenas. Bosques, florestas, vales. Rodeadas de quilómetros de planícies sem fim, as Ardenas lá estão a dizer que não. Não somos apenas planície, somos também terreno acidentado, que sobe e desce, e sobretudo, que esconde. Emociona tanto que até dói. Foi lá que se travou uma das batalhas mais sangrentas da II Guerra Mundial. Quem por lá passa, visualiza a batalha, instante a instante. Está lá tudo, é como um filme. A cada curva, a cada lomba, a cada árvore, surge um soldado, um fox hole, um bunker de metralhadora, um tanque. Se olharmos para o céu conseguimos rever os aviões em vôo picado, metralhando a estrada através das asas.
Estão lá os cemitérios e os memoriais para nos lembrarem que os soldados não gostam de planícies.