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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um livro oportuno, em tempo de egoísmos nacionais

O livro em questão é Representações da portugalidade, resulta dum colóquio realizado em 2010 e será lançado em Lisboa já amanhã, na Livraria Bucholz, às 18h30. A apresentação cabe ao jornalista Paulo Pena.
Publica a obra a Editorial Caminho, já com o seu editor José Oliveira de saída. Infelizmente. Sinais dos tempos.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Não habia nexexidade, ou shim?

«Igreja católica alemã põe à venda a sua editora pornográfica!‏»

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um bistrot especial em terras de Bocage

Houve um tempo em que as livrarias eram apenas uns botecos mais nas urbes em que crescemos. Em quantidade reduzida.
Era o tempo das papelarias-livrarias. E das livrarias com fotonovelas, comics  e outros livros apetecidos de banda-desenhada.
Depois, fui-me apercebendo que estas lojas eram mais atabalhoadas do que as outras (descontando as drogarias) e não saltitavam do Outono/ Inverno para a Primavera/Verão.
Já na grande cidade tive a sorte de ir descobrindo os alfarrabistas e um ou outro resquício das antigas tertúlias do Chiado. Até que chegaram as novas livrarias culturais, autênticos pólos polivalentes de animação cultural. Delas fui falando em textos entusiásticos neste blogue e no Fuga para a Vitória (vd. I, II, III, IV, V e VI).
Mal sabia eu que estas tinham um predecessor que se mantinha incólume, qual farol, em terras do Sado, em terras de Bocage. Felizmente tive o prazer da sua revelação quase em simultâneo, já lá vão uns bons anos. É isso mesmo, falo-vos da garbosa Livraria Culsete, que este sábado puxa novamente dos galões para acolher o II Encontro Livreiro, um must no calendário das tertúlias culturais sobre o mundo da edição e do livro, capitaneado pelo sábio Manuel Medeiros.
O título irrequieto já diz tudo: «Isto não fica assim!». Ah pois não, eles vão ver. É já no próximo domingo, pelas 15h, seguido por um bom Moscatel de Setúbal. Que mais se pode pedir?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O mundo do livro no Portugal salazarista


Mais informações sobre esta iniciativa no blogue da livraria Culsete.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A ascensão duma editora portuguesa

Nasceu no Porto, em 1944, e é hoje a maior editora portuguesa, depois da aquisição da Bertrand.
Descubra os segredos do êxito nesta entrevista de Vasco Teixeira, responsável editorial da Porto Editora, a Luís Miguel Queirós.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

E, agora, sobre um Planeta que há muito se salvou

Chama-se Planeta Tangerina, é uma pequena editora, mas tem feito prodígios. A começar pelos livros para crianças da dupla Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho, passando pelas ilustrações de Madalena Matoso, pela Agenda Rufino, etc., etc.. Para quem não conhece, aconselho uma vista de olhos aqui. Quem já conhece, gosta e tem algum tempo disponível amanhã, olhó convite:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um homem dividido vale por dois

De repente, o grande escritor «maldito» Luiz Pacheco voltou a estar na berlinda. Ainda bem, pois merece-o.

Associando-se ao trabalho de levantamento sistemático da produção escrita e gráfica de Pacheco pelo alfarrabista Luís Gomes (da Livraria Artes e Letras) e pela sua editora (Publicações D. Quixote), a Biblioteca Nacional de Portugal co-organizou a exposição «Contraponto: 1 homem dividido vale por 2» (até 27/II/2010 na Galeria da BNP) e co-editou o respectivo duplo catálogo, que «procura reunir a dupla faceta de autor e editor». Os catálogos intitulam-se Luiz Pacheco - 1 homem dividido vale por 2 e Contraponto- bibliografia.

A Contraponto a que aludem foi uma editora por si fundada em 1950, e onde foram divulgados grandes escritores portugueses e estrangeiros, sobretudo «de vanguarda».

Entretanto, em recente leilão, a BNP havia já comprado parte do espólio do artista, incluindo diversos textos seus (literários, recensões críticas a livros, provas tipográficas de Crítica de Circunstância), entrevistas e correspondência trocada com intelectuais e artistas.

Mais informações no site Luiz Pacheco - Portal oficial não-oficial, idealizado por João Tito. Textos do Peão sobre Luiz Pacheco: I e II.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Comunismo e nacionalismo em Portugal

O historiador José Neves lança amanhã o livro Comunismo e nacionalismo em Portugal, na liv.ª Pó dos Livros (19h). Com o subtítulo Política, cultura e história no século XX, esta obra é a versão adaptada da sua tese de doutoramento e será apresentada por António Borges Coelho, João Leal e Carlos Maurício. A editora tinta-da-china continua a reforçar a sua colecção de bons ensaios em ciências sociais, sem receio de arriscar em novos autores e obras de fôlego, o que é de felicitar.
Este destaque tem duplo cabimento, já que o ensaio oriundo das ciências sociais é pouco divulgado em Portugal, dedicando-lhe os media um espaço mínimo (alguns jornais reduziram mesmo a secção de recensões). A aposta e acolhimento dadas por editoras como a tinta-da-china, a Campo das Letras, a Minerva, a Livros Horizonte, a Afrontamento, etc., mostra que este tipo de livros têm um público interessado (veja-se a multiplicação de livrarias de fundos e de feiras com grande presença do ensaio), susceptível de ser ampliado através duma melhor divulgação. E que não faz sentido reduzir a edição à literatura de ficção, por muito boa que esta seja. As bibliotecas municipais e outras instituições públicas também podiam contribuir para uma maior formação e sensibilização de públicos, por ex., organizando ciclos temáticos e/ou convidando autores.

domingo, 24 de agosto de 2008

A magnífica aventura do Reino de Redonda

Para quem acha piada às peculiares relações entre cultura, mercado e media, vale a pena ler este texto de Javier Marías (El País-«Babelia»).
Além de escritor prestigiado, Marías é também editor da singular Reino de Redonda. É sobre essa experiência que se debruça, abordando tópicos interessantes. Fala de como os media mainstream dedicam obsessivamente as suas folhas (e só prestam atenção) aos best sellers (com a excepção do «Babelia», onde escreve, hélas… mas é um dos melhores suplementos literários existentes). Desespera por constatar que até um Prémio literário com um jurado internacional de notáveis é esmagado pela mesma assimétrica atenção mediática. Em jeito de desafio, revela dados sobre as vendas dos livros do seu catálogo, assunto tabu para a maioria dos restantes editores. Etc..
É um olhar de ironia picante, com muito humor. Deixo-vos aqui em baixo um cheirinho. O resto pode ler-se aqui ou no blogue dele, que segue aí no cartaz.
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"El Cultural de El Mundo, por ejemplo, no se ha dignado -cuesta creer que no haya deliberación- sacar reseña de ninguno de ellos, a lo largo de ocho años. El único suplemento que les suele hacer caso es Babelia, tal vez por la proximidad de mi firma, domingo tras domingo, en El País Semanal (sea como sea, gracias mil). Los demás acostumbran a ser rácanos. Habituado a no incurrir en el mal gusto de solicitar críticas y atención para las obras que publico como autor, me cuesta hacerlo para las que saco como editor, y empiezo a pensar que si uno no da la lata, llama, promociona, ruega, amenaza e insiste, mal lo tiene para que su catálogo suscite interés en los medios especializados. Da lo mismo que uno lance a las librerías rescates fundamentales de autores fundamentales (Isak Dinesen, Conrad, Hardy, Yeats, Sir Thomas Browne, el Capitán Alonso de Contreras o el gran Sir Steven Runciman) o que suelte textos interesantísimos desconocidos en español (Viaje de Londres a Génova de Baretti, los cuentos de Vernon Lee o los recuerdos del fusilero Harris que combatió en la Guerra de la Independencia). Si uno no hace relaciones públicas ni pide favores, será difícil que alguien, en las redacciones, se moleste ni en echarles un vistazo".
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"Todos los volúmenes, eso sí, llevan su prólogo o presentación: algunos míos -qué remedio-, otros de gente afectuosa como Mendoza, Savater, Pérez-Reverte, Antony Beevor, Rodríguez Rivero o el Profesor Rico -bueno, éste aún me lo ha de escribir. Todos ellos forman parte del jurado del Premio Reino de Redonda, que concede cada año a un escritor o cineasta extranjeros la editorial, añadiéndose déficit, para variar. Pese a que son también miembros del jurado George Steiner, Almodóvar, Coetzee, Rohmer, Alice Munro, William Boyd, Ashbery, a veces Coppola, Villena, Magris, Sir John Elliott, Lobo Antunes o Gimferrer, la cosmopolita prensa española apenas si se hace eco de él, mientras llena páginas con cualquier merienda de negros de cualquier editorial poderosa o institución oficial".

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Uma questão de dinamismo

Acossada que ando por «Modelos CAF» (o A significa assessment, o resto conseguem imaginar), foi com sentimentos de solidariedade que li a entrevista de Manuel Alberto Valente, antigo editor da Asa, agora «engolida» pela Leya (Público de 18 de Abril).
A Asa era uma editora interessante, com colecções bem definidas dentro da Asa Literatura e uma até criteriosa publicação de novidades. Tinha por política «publicar o que dá, para poder publicar o que não dá». Agora, a Leya não entende este princípio e o editor Manuel Alberto Valente teve como resposta do gestor «que um homem com 62 anos [idade do pai do gestor] não se adaptava às novas dinâmicas do mundo editorial».
Na mesma semana morre Pedro Bandeira Freire, fundador do Quarteto e da situação dos nossos cinemas nem vale a pena falar, todos confinados que estão aos centros comerciais e a passar o mesmíssimo filme. Presume-se que terá sucumbido por falta de adaptação às novas dinâmicas.
Imagem: Modern Times de Charles Chaplin, 1936.