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domingo, 2 de setembro de 2007

O nosso contributo para a redução do défice...

É uma das melhores empresas públicas cá do burgo, e ainda por cima dá sempre lucro, mas é (ainda) pouco conhecida. Falo-vos da Companhia das Lezírias, situada no Ribatejo, entre Benavente e Alcochete, próximo da Reserva Natural do Estuário do Tejo (rezemos para que não se lembrem de fazer lá a pista dos boeings..). Além de prados floridos e toda a ambiência campina, têm uma óptima gama de vinhos, tanto tintos como brancos. Para hoje ficam as novidades, 2 brancos varietais: Arinto e Fernão Pires, castas de que já aqui falámos em nota anterior. O primeiro "é uma estreia" para a CL, com 4 mil garrafas já aí disponíveis (a 5,6€ no ECI). O segundo é uma casta que a CL já conhece de algibeira e com êxito, daí apostar num up-grade, comercializando 7 mil garrafas (a 4€ cada; +info aqui). O Arinto irá ser provado amanhã, ah pois é. Com a vantagem de assim ajudarmos a reduzir o défice, ah pois é.
Já que estamos em maré de provas, também lançámos isco num vinho verde assim mais refinado, com notas a ananás e manga, o premiado Reguengo de Melgaço, também ele de cara lavada em 2006 (c.9€ no ECI). De facto, a garrafa é uma beleza, ora vejam a imagem ao lado.
Entretanto, provou-se um branco suave da Bairrada, o Blaudus (VQPRD, colheita de 2006, a 4,65€ no ECI), combinando as castas Arinto, Bical e Maria Gomes, estas duas últimas conhecidos ex-libris daquela região. Gostei, até porque aguentou a comparação com o Prova Régia deste ano, que está de facto um espanto, com o sabor a fruta cítrica e tropical a combinar magnificamente com um toque mineral.
Enfim, a culpa é do calorzito que resolveu dar um arzinho da sua graça, o malandreco...

domingo, 26 de agosto de 2007

Vinhos de Palmela são bons p'ra ele e p'ra ela

À boleia da crítica de José A. Salvador na Visão da semana passada, aproveito para vos falar dum tipo de vinhos que é cá do agrado da casa: refiro-me aos vinhos de Palmela.

Nestes, há um produtor que se tem vindo a destacar, a Casa Ermelinda de Freitas.
É uma empresa vitivinícola familiar, que em poucos anos saltou de pequeno fabricante de vinhos a granel para um caso de sucesso, com vinhos muito competitivos e apostando em preços médios. Os principais críticos renderam-se-lhe, destacando a boa relação qualidade/ preço patente na maioria dos seus vinhos.
Dos seus 130 hectares de vinha, 100 são dedicados à casta Castelão, também conhecida como Castelão Francês, Periquita ou João Santarém. O Castelão é uma casta tinta elegante, não muito encorpada, com aromas a baunilha e frutos silvestres (em especial, a mirtilho).
Dos que têm Castelão, gosto e costumo comprar o Terras do Pó (seja o corrente, seja o reserva) e, por vezes, o Dona Ermelinda. Vários apreciadores destacam o seu Quinta da Mimosa, que em anos de boas colheitas origina o Leo D'Onor (sendo este caro, embora muito apreciado). Tudo vinhos premiados, tanto a nível nacional como internacional.
Quanto às 3 novas apostas varietais (Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional) sugiro a leitura dum post de José Teófilo Duarte reproduzido aqui.
Nos brancos, a região dedica-se muito às castas Fernão Pires e Moscatel, e esta casa tb. tem boa oferta nesta gama (nos mais acessíveis, e combinando ambas as castas, está em alta o Fonte do Nico, da Cooperativa Agrícola de St.º Isidro de Pegões).
Na região há outros bons produtores, Salvador destaca ainda um Verdelho especial da Coleção Privada do Domingos Soares Franco, além da Bacalhoa Vinhos, que tem 2 excelentes vinhos: o tinto Má Partilha (um Merlot guloso mas caro) e o branco Moscatel (a bom preço e gostoso). Então, boa conversa e bons vinhos!