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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vitória em toda a linha

Os Jogos Olímpicos foram um sucesso em todos as frentes para a ditadura chinesa. De boicotes nem se ouviu falar (o que até acho bem...). De protestos, de direitos humanos e do Tibete tampouco houve notícia (o que já me parece mal). Angela Merkel, entre outros, não foram à cerimónia de abertura, o que foi um bonito gesto, mas depressa passou ao esquecimento.
As medalhas de ouro, essas ficaram em casa, a R. P. da China deixou a concorrência a léguas. A organização parece ter sido impecável (afinal os chineses também percebem de logística, para lá das execuções em massa). Para cúmulo, daqueles fenómenos olímpicos que só aparecem uma vez por década, tipo Mark Spitz ou Carl Lewis, tivemos (pelo menos) dois - Michael Phelps e Usain Bolt - para compensar a pobreza dos últimos tempos, e garantir que os jogos de Pequim terão o seu lugar de destaque na história.
Acho que ninguém duvida que a motivação da R. P. da China de organizar estes jogos foi política (não é preciso debater este ponto pois não?). Tal como foi política a decisão de atribuir à R. P. da China a organização destes jogos. E a R. P. da China investiu a sério nesta organização, para aproveitar a oportunidade tão gentilmente concedida. Aproveitaram, e aproveitaram bem. Agora aturem-nos!


Nota - A ilustração é da Amnistia Internacional

domingo, 24 de agosto de 2008

Frases olímpicas

“Sempre que salto, salto para o infinito.”

Nelson Évora, medalha de ouro no salto triplo.

*

"Agora tenho de sair e tomar uma cerveja."

(Matt Emmons, atirador dos Estados Unidos, saindo para afogar as mágoas depois de ter "queimado" o tiro que poderia ter lhe dado o ouro em sua segunda Olimpíada).

*

"Eu acordo às 11, fico por ali, vejo TV, então almoço (alguns nuggets) e então volto mesmo para meu quarto e durmo mais 3 horas. Volto, como mais nuggets, e então vou para a pista."

(Usain Bolt, velocista da Jamaica, explicando o que está por trás de sua preparação para a final dos 100m, que venceu com um recorde mundial).

*

"Com tantas pessoas dizendo que não poderia ser feito, tudo o que se precisa é imaginação."

(Michael Phelps, nadador dos Estados Unidos, sobre os inéditos 8 ouros em uma Olimpíada).

*

"Se você quer se suicidar, é problema seu. Mas você não tem o direito de assassinar seu país. É tão triste que a garota dourada dos Jogos de Atenas tenha sido pega no doping..."

(Minos Kyriakou, chefe do Cimitê Olímpico Grego, sobre a campeã dos 400m sobre barreiras pega no antidoping).

sábado, 23 de agosto de 2008

Reconhecimentos devidos

Aqui fica uma lembrança da honesta participação olímpica portuguesa, em jeito de reconhecimento e como recusa do chorrilho de críticas despropositadas com que os trauliteiros tugas investem regularmente o espaço público (e nada mais tenho a acrescentar, o essencial vem no post do André Belo, links incluídos).
E, já agora, Gustavo Lima, não desistas de dar corda a esse talento de andar no mar alto sem ter que pagar bilhete da Transtejo.

Fonte: A Bola (vá lá, ainda há jornais desportivos indígenas que, de vez em quando, não destacam só o futebolês). Pois, porque o Record insistiu em manter como manchete o inenarrável folhetim xaroposo à volta dos futebolistas da Liga nativa...

Espírito olímpico

O taekwondista de Cuba, Angel Valodia Matos, não aceitou ser desclassificado da disputa pela medalha de bronze e não teve qualquer dúvida: tirou o protetor de cabeça (talvez pra ficar em igualdade de condições), girou o corpo, apoiou a perna direita no chão e, num belo golpe de rara plasticidade, lançou o pé esquerdo na direção da cabeça do árbitro... e vuuupt. Mas errou o golpe, provando mais uma vez que não era merecedor da vitória nessas coisas de lutas marciais.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Puritanismo católico

A reacção megalómana à prestação dos atletas portugueses nos jogos olímpicos foi bem apanhada pelo Daniel Oliveira e pelo Pedro Sales. Eu acrescentaria dois outros vícios: a falta de compaixão pelo fracasso dos atletas, essa virtude moral que devíamos ter herdado do catolicismo; e o puritanismo dos comentadores —"com os meus impostos!?'—, de repente todos transformados em guardiães da moralidade fiscal (o que, num país que não investe no desporto e tem níveis elevados de evasão fiscal, dá realmente vontade de rir).

Esta parte do puritanismo, para quem se interessa por história das mentalidades tugas, intriga um bocado, e é até angustiante. Todo este rigorismo moral de onde vem? É o resultado devastador da acção da direita opinioneira? Dos Joões Mirandas deste país? E o que é feito da boa e velha e plástica moral católica, pecando e logo em seguida perdoando? E do desmazelo, que António José Saraiva, já no fim da sua vida, considerava uma característica essencial do português? Já nos envergonhamos do desmazelo em vez de nos rirmos dele?

Mas, pensando melhor, não se acaba com uma cultura multissecular de um dia para o outro. Vou dar uma de Esteves Cardoso: este neopuritanismo à portuguesa é tipicamente português. Não é mais do que uma radicalização do "vão trabalhar, malandros!". Grande rigor moral, sim, mas para os outros. É o velho manguito do costume, mas desta vez feito em casa, às três da tarde, ainda de pijama, entre um zapping e um clique, afagando o redondinho da barriga, vociferando contra os atletas que caíram no amadorismo de confessar que gostam de dormir de manhã.

Assim como aconteceu com Spitz, há 36 anos, Phelps se tornou o novo deus do olimpo. Até a pose de ambos na “Sports Illustrated” é a mesma.

domingo, 17 de agosto de 2008

E porque Vanessa Fernandes corre às 3h de 2.ª...

cartoon de GoRRo (c) 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

Depois da prova de tiro, russa e georgiana se beijam no pódio

Terminada a cerimônia de entrega de medalhas, a russa Natalia Paderina (prata) e a georgiana Nino Salukvadze (bronze) trocaram beijos e ficaram de braços dados para posar para os fotógrafos . Por ironia do destino, a prova em questão foi a de pistola de ar 10 metros. Aliás, as competições com artefatos bélicos deveriam ser banidas dos Jogos Olímpicos. Creio que essas provas vão contra o chamado “espírito olímpico”. Se é que ele existe.

sábado, 9 de agosto de 2008

Ativista do Team Darfur conduz a bandeira dos Estados Unidos

O atleta Lopez Lomong, refugiado sudanês, não foi escolhido por acaso pra ser o porta-bandeira da delegação norte americana, na abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Com certeza, esta foi uma alfinetada carregada de conotação política. A China é alvo de protestos pelo mundo por dar suporte e vender armas ao Sudão, governado por uma ditadura genocida. Lomong não é um atleta de ponta (é somente a terceira marca nos 1.500m na equipe dos EUA) e tampouco um ídolo nacional pra justificar essa iniciativa. Antes da abertura dos Jogos, Lomong já tinha criticado o governo chinês por apoiar o Sudão e por cancelar o visto do ativista americano pró-Darfur, Joey Cheek, um dos fundadores do Team Darfur, grupo internacional de atletas comprometidos com a causa da região sudanesa, ao qual Lomong é ligado.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Negócios da China

Começaram os jogos olímpicos. Aqui chegados, já se percebeu que é verdade aquilo que muitos temiam e diziam: a concessão dos jogos à China foi um contrato leonino para dois, o Comité Olímpico e o regime chinês. Havia promessas de melhoria da situação dos direitos humanos, mas ninguém em lado nenhum com poder e vontade de levantar um dedo para exigir da China que os cumprisse. É por este tipo de omissões que ninguém acredita nas palavras que os políticos "do sistema" dizem. É moeda sem valor, a que ninguém dá crédito. Para que não me caia esta imoralidade para o lado do cinismo, o meu lado mais imoderado queria deixar aqui umas afirmações:

1. em relação à cerimónia de abertura, a única dirigente europeia que mostrou "cojones" foi a Merkel, ao deixar claro desde Março que não comparecia. O Sarkozinho foi o fanfarrão do costume — deixou pairar durante uns meses a possibilidade de não ir a Pequim e depois lá foi, cedendo em tudo. Pariu um ratinho.

2. o senhor Rogge, do Comité Olímpico Internacional, é tão vendido aos interesses que rodeiam os jogos que dá pena. A sua mensagem ética é clara: "atletas, estejam vocês à altura do espírito olímpico, porque nós...".

3. A ideologia que rodeia os jogos - "One world, one dream", harmonia entre os povos, etc - é um achado de propaganda para encher de aromas de harmonia o mundo exterior e esconder a desarmonia do mundo interior na sociedade chinesa.

(Mas será que funciona? Para isso é preciso esperar pelo fim dos jogos e perceber se a imagem da China no mundo vai sair realmente ilesa da contestação global)

4. É especialmente difícil ser jornalista desportivo e ter um mínimo de consciência moral nestas circunstâncias. Em geral os jornalistas desportivos são totalmente cegos em relação ao usos políticos do desporto, mas neste caso parece impossível conseguir escapar à questão. A não ser talvez usando a denegação, como fizeram hoje os jornalistas franceses do Eurosport. O que eles diziam hoje durante a cerimónia de abertura era mais ou menos isto: "agora chega de nos chatearem com questões de ética. Vamos aos jogos!". É um novo conceito de Trégua Olímpica. Em vez de ser, como na Antiguidade, um momento de interrupção de hostilidades entre sociedades guerreiras, passa a ser um momento de amnésia da má-consciência.

5. No 5 Dias, Paulo Pinto escreve sobre o etnocentrismo do olhar ocidental sobre a China e de como estes jogos são uma espécie de resposta da China a esse olhar.

(Seriam assim uma espécie de "vingança do chinês", um "negócio da China", expressões etnocêntricas da língua portuguesa que ganham aqui um novo sentido.)

6. Quando se está de fora, qual é a melhor forma de lutar contra o autoritarismo de um regime que tem uma parte do povo do seu lado? As questões éticas que a luta contra o uso político dos jogos olímpicos colocam são complicadas, como o prova a apropriação do argumento do relativismo cultural — "vocês não nos compreendem" — pelos media chineses.

(comecei imoderado e acabei intelectualizado — hábitos...)

E assim começam os Jogos Olímpicos de Pequim 2008...
















Mais de 1.000 tibetanos foram detidos quando tentavam protestar em frente à sede do departamento de vistos da Embaixada da China, em Katmandu, no Nepal, onde vivem cerca de 20 mil tibetanos. O governo nepalês proibiu quisquer protestos antichineses e também os jornais do país não reportam as manifestações temendo represália governamantal. Como é sabido, a China é um importante aliado do Nepal, fornecendo ajuda econômica e militar. Com os anéis olímpicos no pescoço, manifestantes pró-Tibete também fazeram protesto em frente à sede da Comissão Européia, em Bruxelas. Em Hong Kong (foto à esquerda), os protestos são pela liberdade de expressão na China. Os movimentos aconteceram momentos antes do início da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e correm boa parte do mundo. Mais aqui e aqui.

Mascotes olímpicos de Pequim 2008, o lado meigo da China

São cinco os mascotes dos Jogos de Pequim (os cinco fuwa). Fuwa significa “crianças de boa sorte”, em mandarim. Três deles são meninos (Jingjing, Huanhuan e Yingying) e dois, meninas (Beibei e Nini). Seus nomes juntos formam a frase "Bei Jing Huan Ying Ni", em mandarim, ou seja: “Pequim lhes deseja boas-vindas"(*).

BEIBEI (o peixe azul) – Simboliza a prosperidade e a abundância. É conhecido por ser delicado e puro. Representa os esportes aquáticos.

JINGJING (o urso panda preto) – É a fonte de alegria e felicidade. Simboliza o relacionamento harmônico entre o homem e a natureza. Representa os esportes de força.

HUANHUAN (a chama vermelha olímpica) - Representa a paixão pelo esporte em geral e sua competitividade. Representa os esportes com bola.

YINGYING (o antílope amarelo) - Representa a amplitude das terras chinesas e a saúde. Tem muita agilidade e é vigoroso nos esportes de campo.

NINI (a andorinha verde) – As suas asas simbolizam o céu infinito e espalham a boa sorte aos desportistas. Representa os esportes ginásticos.

(*) Manifesto - A organização "Sports for Peace" enviou ao presidente da China, Hu Jintao, um manifesto de apoio à libertação do Tibete e em defesa dos direitos humanos com assinaturas de 118 atletas. Aqui, a relação.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

As fabulosas olimpíadas do sr. Otto

Como prometido em post anterior, aqui vai mais um filme de animação de um dos melhores especialistas da actualidade, Bruno Bozzetto. Trata-se de «Mr. Otto in Olympics», e é também ele imperdível, embora sejam só desgraças (enfim, um contraponto ideal para a performance perfeita dos atletas profissionais). Além de estar bem adaptado à quadra.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

BBC vai pra Pequim ao embalo da música e animação do Gorillaz

Damon Albarn (ex-vocalista do Blur e atual Gorillaz) e Jamie Hewlett (criador da Tank Girl e responsável pelo visual do grupo virtual) são os criadores do vídeo que a BBC veiculará durante a sua cobertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Inspirado no milenar conto chinês "Monkey, Journey to the West", o incrível vídeo mistura animações 2D com 3D e narra a aventura de um macaco e de dois amigos enfrentando monstros e outros desafios para conseguirem chegar ao Estádio Nacional da China. Para vencer os obstáculos, vários esportes são praticados pelos personagens.

“Monkey, Journey to the West"” é uma ópera circense toda cantada em mandarim e já foi apresentada no Royal Opera House, em Londres. Mas, até o momento, não há anúncio da data oficial de lançamento do álbum, que foi gravado em Londres e Pequim. O disco tem 22 faixas, com a participação de aproximadamente 130 músicos europeus e chineses, incluindo coro chinês e uma orquestra. Mesmo sem conhecer este trabalho, tenho certeza que dessa dupla só vem o que há de melhor e é imperdível. Veja aqui o vídeo produzido pela BBC.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pato à Pequim está livre de doping. Mas somente ele.

Não só a poluição de Pequim preocupa as autoridades chinesas (leia-se PCC). Para mascarar esse problema, retocaram a maquiagem de toda a cidade, dando-lhe uma aparência limpa e colorida ao replantarem gramados e flores capazes de resistir à alta concentração de dióxido de carbono e enxofre por pelo menos 3 meses. Além do “cuidado” ambiental, o governo pequinês também se preocupa com o cardápio que será servido durante os Jogos Olímpicos. Temendo por manifestações de entidades internacionais de proteção aos animais, baniu de todos os restaurantes a carne de cachorro, uma iguaria apreciada por muitos chineses. Por enquanto, esse fiel amigo terá a sua vida prolongada por mais alguns dias. Se de fato o sorriso do cão está na cauda e ao abaná-la ele expressa uma gama de sentimentos e emoções, esses simpáticos bichinhos estão agora radiantes de felicidade. Outra coisa que me está a chamar a atenção é o controle antidoping que o governo chinês vem fazendo. Não. Não se trata de doping esportivo. Nesse sentido, como se suspeita, os chineses não são assim tão zelosos. Para mostrar aos atletas estrangeiros que temem ingerir carne animal com medo de possíveis esteróides, os restaurantes da capital chinesa especializados no famoso Pato à Pequim (para quem tem pachorra culunária, vai aqui uma receita do dito cujo) estão criando verdadeiros controles antidoping para esses bípedes plumosos. Isso porque patos não têm lá grandes aptidões atléticas.

domingo, 20 de abril de 2008

China se prepara para a medalha de ouro (em execuções)

sábado, 12 de abril de 2008

...e assim foi criado o logotipo de Pequim 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Daniel Sempre

Na matéria da atitude perante a participação nos jogos olímpicos, concordo muito com o que diz Daniel Cohn-Bendit que sempre me pareceu um político muito lúcido.
"Foutre le bordel" em Pequim, parece-me a postura mais proveitosa na perspectiva duma melhoria das condições de vida dos próprios chineses e dos habitantes do Tibet (e claro da Sousa Pires e irmãos de Vila Nova de Famalicão que iniciou o boicote para lutar contra a concorrência chinesa).
O boicote "simples" não serve para nada. Os outros boicotes (Moscovo e Los Angeles) não mudaram grande coisa. Mas a participação de atletas (alguns deles, apesar dos treinos e dos produtos que devem ingerir, devem ter uma opinião sobre a democracia e os direitos do homem), a presença de centenas de jornalistas, de turistas, etc. na China pode, sim, causar muitos calafrios à ditadura chinesa e quebrar um pouco o ambiente liberticida. Imagino que é de isso que os democratas chineses estão à espera.

E o discurso da autonomia do desporto perante a política, é uma treta. Escolher Pequim foi político. Pequim quis os jogos por razões políticas. E até cá no nosso burgo, o desporto é política. E há muito tempo. Lembra-o o selo que foi sobre o SLB campeão europeu. Lembra-o o uso do Eusébio pelo Estado Novo no tempo das guerras coloniais.

Aqui fica uma parte do discurso do Cohn-Bendit

"Il faut foutre le bordel pendant les jeux olympiques à Pékin"
Discours en séance plénière à propos du comportement de l'UE face à la Chine
26. mars 2008
Le fait que les jeux olympiques aient lieu en Chine est indiscutablement un acte politique et nous ne devrions pas l'ignorer. C'est pourquoi Dany Cohn-Bendit demande de saisir cette occasion pour établir un grand débat sur la démocratie et la situation des droits de l'homme en Chine. Il invite le monde entier- que ce soit les sportifs, les politiques, les journalistes ou le grand public à "foutre le bordel", un désordre promulguant la liberté d'expression, de pensée et d'information, un premier pas vers un régime plus démocratique en Chine. Car c'est seulement en cette liberté que "courir, sauter et nager valent la peine."

Aqui fica o discurso do DCB

terça-feira, 8 de abril de 2008

Boicotar ou não boicotar?

Em 1968 atletas negros norte-americanos, do Olympic Project for Human Rights, quiseram boicotar os Jogos Olímpicos da cidade do México, em protesto contra a participação da África do Sul do Apartheid e em defesa dos direitos civis nos EUA. O Boicote não se concretizou. Em vez disso, Tommy Smith e John Carlos, membros do OPHM, receberam as suas medalhas com os pés descalços, um punho erguido calçado de uma luva negra e a cabeça baixa. Foi um dos actos de protesto de maior impacto que me consigo lembrar, fizeram mais pelas causas que defendiam do que qualquer boicote.
Imaginem o que seria se Pequim, este ano, fosse invadida por dezenas ou centenas de Tommys Smiths e Johns Carlos.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Repórteres Sem Fronteiras protestam contra repressão no Tibete

Ativista protesta contra a repressão chinesa no Tibete, durante a cerimônia do acendimento da Tocha Olímpica realizada na Grécia nesta segunda-feira. Ativistas da organização Repórteres Sem Fronteiras foram detidos. Um deles mostrou uma bandeira estilizando os anéis olímpicos como algemas enquanto Liu Qi, president do Bocog (comitê organizador chinês dos Jogos) e membro do gabinete político do Partido Comunista, fazia seu discurso.