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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Evo Morales reforça esquerda socialista na Bolívia

Na Bolívia, depois do banzé na rua levantado pelos grandes grupos económicos, o presidente Evo Morales foi reeleito com c. de 63% dos votos nas eleições realizadas no domingo passado. O candidato dos grandes interesses, Ryes Villa, ficou à distância de mais de 35% dos votos. Além disso, o Movimento para o Socialismo obteve acima de 2/3 dos lugares no parlamento e no senado. Uma das suas primeiras promessas a concretizar será o levantamento do sigilo bancário para investigar fortunas suspeitas (dica daqui). O pior já passou na Bolívia, já não há margem para ameaças de guerra civil. E o cartoon de Boligan, mostrando um Morales pesaroso, perdeu a sua razão de ser, em termos de humor da pessoa, não de humor artístico. Ainda bem.

domingo, 24 de maio de 2009

IMAGEM DOMINICAL

moedaA moeda comemorativa do primeiro grito libertário na América contra a metrópole espanhola (25 de maio de 1809) terá efigie do presidente da Bolívia, Evo Morales. Ela foi cunhada em ouro nórdico (com uma liga de bronze e alumínio) e coroada com um anel externo de prata. Entrará em circulação na próxima terça-feira e valerá 80 bolivianos (pouco mais de 6 euros). O reverso da peça mostra os rostos de Bartolina Sisa e Túpac Katari, dois líderes indígenas que lideraram a luta pela independência e a libertação da etnia aimara. Foto: AFP

terça-feira, 14 de abril de 2009

Evo Morales põe fim à greve de fome

evo-morales-cama-436 Depois que governo e oposição chegaram a um acordo, o Congresso da Bolívia aprovou na madrugada desta terça-feira a lei de regime eleitoral transitório que permitirá finalmente a realização das eleições gerais no dia 6 de dezembro, quando o presidente Evo Morales tentará se manter na chefia de Estado. A decisão resolve a crise eleitoral da Bolívia que levou Evo a uma greve de fome que completou 6 dias. O presidente resolveu dar como terminado o protesto após o acordo alcançado pelo Parlamento. Mais.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Obama só quer ficar bem na foto (atualizado)

Obama deverá suspender algumas restrições (pero no mucho) à ilha da dinastia Castro. Entre elas, principalmente, as que dizem respeito a viagens e a transferências de dinheiro de cidadãos que vivem nos EUA para seu país de origem. O que é muito pouco, mesmo porque isso já fora feito por outros governos que antecederam ao de Bush. É claro que tais medidas são uma tentativa política de desanuviar o ambiente da próxima Cimeira das Américas (que não terá a presença do boliviano Evo Morales, ainda em greve de fome em sua La Paz), marcada para a próxima sexta-feira, em Trinidad e Tobago, onde com certeza o presidente dos EUA será cobrado implacavelmente pelos seus homólogos latinos (principalmente pelos de esquerda) pela intransigência norte-americana em não levantar o embargo criminoso imposto a Cuba. Creio que Obama só quer ficar bem na foto. Mas não vai dar. A cobrança virá de qualquer forma, pois tais medidas são apenas uma tentativa ardilosa de “diminuir a dependência dos cubanos do atual regime, na expectativa de que isso os leve a um processo de demanda por maiores liberdades políticas”.

Resposta de Fidel Castro - Logo depois do governo norte-americano anunciar a tais medidas, Fidel Castro publicou um artigo no Cuba Debate, in Reflexões do Companheiro Fidel , onde solta o verbo e afirma que seu país não pede esmolas. E defendeu mais uma vez o fim do embargo norte-americano.

"O governo norte-americano anunciou o alívio de algumas das odiosas restrições impostas por Bush aos cubanos residentes nos Estados Unidos. (...) Quando se perguntou se tais medidas valeriam para outros cidadãos norte-americanos, a resposta foi que não estavam autorizados. (...) Sobre o bloqueio, a mais cruel destas medidas, não se disse uma única palavra. (...) É uma medida genocida que custa vidas humanas e ocasiona sofrimentos dolorosos aos nossos cidadãos, pois impede que medicamentos e equipamentos médicos com componentes norte-americanos entrem no país”.

sábado, 13 de setembro de 2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Um empate com sabor de derrota. E a Bolívia continua dividida.

Ao contrário do que se imagina, o referendo revogatório realizado no último domingo e que confirmou a continuidade do presidente Evo Morales e de 8 dos 9 governadores do país, não servirá para a reconciliação e pacificação do país andino, como esperam alguns. Independentemente dos números, esse resultado mostrou que a Bolívia continua dividida entre pobres e ricos. Entre a esquerda e a asquerosa direita xenófoba e golpista, contrária a qualquer mudança nas relações sociais e econômicas.

Se de um lado, Morales e seu vice-presidente, Álvaro García, foram ratificados no poder, com mais de 60 % votos, por outro, os governadores direitistas de oposição da chamada Meia Lua, principalmente os departamentos de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija - responsável por mais de 80% do PIB nacional - também se sentem fortalecidos, pois tiveram o mesmo êxito e continuarão com suas exigências de maior autonomia em relação ao governo central, postura que poderá levar o país a uma desintegração, separando o lado rico do lado miserável.

Se o ocidente boliviano (o lado mais pobre) permitiu a Morales superar os 54% que obteve na eleição presidencial de 2005, o oriente (o lado mais rico) devolveu na mesma moeda e sai dessa disputa com força suficiente pra endurecer o “diálogo” frente ao poder central, dificultando qualquer tentativa de unidade nacional. Sob uma ótica política, o que aconteceu na Bolívia foi um resultado com desdobramentos ainda imprevisíveis e talvez catastróficos para o pais e região. Em outras palavras: se Morales ganhou nova legitimidade para governar, os seus opositores mais ferrenhos também saem desse referendo com força suficiente para impedí-lo que presida um país de unidade nacional. A rigor, um empate que deixa tudo como está.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Evo Morales e a directiva do retorno

O presidente boliviano Evo Morales escreveu uma carta aberta exortando a União Europeia a não aprovar a "directiva do retorno". Infelizmente não foi muito bem sucedido, como se sabe a dita directiva foi aprovada. No entanto vale a pena ler a carta de Morales, disponível aqui, na íntegra (em francês). A carta começa lembrando o óbvio, que obviamente muitos querem esquecer:
"Até ao fim da Segunda Guerra mundial, a Europa era um continente de emigrantes. Dezenas de milhões de europeus partiram para as Américas para colonizar, escapar à fome, às crises financeiras, às guerras e aos totalitarismos."

P.S. - Vale a pena ler este artigo sobre a "directiva do retorno".

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

“No”: um recado direto para Morales, Correa e Lula

Ao contrário do que muita gente imagina, a vitória do “não” na Venezuela tem mais consequências no campo externo do que interno. Internamente, Hugo Chaves continuará com os seus superpoderes, pois as mudanças pretendidas no referendo, que afetariam apenas 69 dos 350 artigos da Constituição, foram aprovadas pela Assembléia Nacional venezuelana (controlada há muito tempo por partidários chavistas), que deu a ele, em janeiro último, poderes amplos para governar por meio de decretos. Essa lei o autoriza a ditar decretos com força de lei em 11 áreas durante um período de 18 meses, mas poderá facilmente ser renovada pelo Legislativo em qualquer momento.

Com relação aos Estados Unidos, nada muda agora. Os dois países continuarão mantendo as suas relações de interdependência. Ou seja, Hugo Chaves precisa vender aproximadamente 50% de seu petróleo (número que chegou bater a casa dos 80%) para os ianques e os ianques não podem prescindir desse petróleo para tocar os seus carrões beberrões. O que mudará talvez será apenas o comportamento pessoal do “el diablo” Bush, que nesta altura deverá estar saltitando feito um anuro entorpecido pelos labirintos da satânica White House.

no contexto latino-americano, onde Cháves tenta exportar o seu modelo político, a derrota do “sim” representa um balde de água fria em muitas cabeças afoitas. São os casos específicos do Equador e da Bolívia, que deverão interpretar a derrota chavista como um sinal de alerta. Mesmo porque Rafael Correa (Equador) governa com minoria parlamentar, cuja maior diversão é destituir presidentes eleitos, e Evo Morales (Bolívia) tem apenas 1/3 do país sob o seu controle.

No Brasil, a derrota de Hugo Chávez foi um recado direto ao PT que defende mudanças na Constituição para viabilizar um terceiro mandato de Lula. Apesar de o presidente brasileiro se colocar publicamente contrário a esta alternativa, tem se empenhado muito pouco ou quase nada em conter os ânimos de seus correligionários petistas alardeadores da "re-releição". Ao contrário: faz vistas grossas e deixa rolar por toda Terra Brasilis esse imenso balão-de-ensaio. Se ele tinha alguma dúvida, acho que o eleitor venezuelano o esclareceu.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Constituição boliviana é aprovada em meio a distúrbios

Sucre, a capital oficial da Bolívia, enfrentou ontem o terceiro dia consecutivo de protestos e distúrbios, desencadeados pela forma como foi aprovada a nova Constituição do país. Quatro pessoas morreram e os feridos já passam de 130. A Constituição foi aprovada na noite de sábado, dentro de uma instalação militar e sem a presença de representantes da oposição.

O presidente eleito Evo Morales deseja uma nova Constituição para impulsionar no país a sua política de governo e com a qual promete "voltar a fundar a Bolívia". Parece-me que a profecia de Hugo Chávez está se concretizando quando afirmou recentemente sobre a possibilidade de a Bolívia vir a se tornar um "Vietnã das metralhadoras, da guerra". Mais notícias sobre os distúrbios de Sucre nos principais jornais bolivianos La Razón, El Diario e El Deber.