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terça-feira, 31 de maio de 2011

Soberba alemã, uma pepineira de mau gosto

Afinal as mortes provocadas por um surto de bactéria escherichia coli na Alemanha não foram provocados por pepinos vindos da Andaluzia, ao invés do que insinuaram as autoridades alemãs, de modo irresponsável, pois sem terem qualquer prova.
As análises entretanto concluídas revelam que os pepinos não estavam contaminados, reconheceram agora as autoridades de saúde pública de Hamburgo. Restam ainda mais análises para apurar o foco da infecção.
E os prejuízos com a má imagem, que já alastrara para outros produtos, como o tomate, e para outros países, como Portugal, quem os paga? Como é possível numa União Europeia haver tanta leviandade a tratar de casos de saúde pública com graves repercussões no tecido económico doutros países?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saúde para todos devia ser direito social internacional

«Todos os anos cem milhões ficam pobres por se tratarem», por João Manuel Rocha.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Novos movimentos cívicos ditam debate parlamentar sobre qualidade de vida das populações vs. interesses económicos

«Linha de alta tensão em Sintra vai hoje à discussão no Parlamento», por Carlos Filipe
«Oposição quer regras para a alta tensão»

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A saúde pública, novamente

É este tipo de coisas que acaba por dividir as pessoas comuns e comprometer o serviço público... ainda por cima, entrando em jogo uma pública Caixa Geral de Depósitos. Não seria melhor nivelar por cima os salários, acabar com a promiscuidade público-privado e com o abuso das horas extraordinárias?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Saúde pública, patriotismo e racionalização de recursos

Sobre o fecho do serviço de atendimento permanente de Valença muito se escreveu, sobretudo devido à saudável mobilização cívica que entretanto ocorreu na cidade. Acontece que existe um outro centro de saúde, na cidade vizinha de Tuí, que dista 5 minutos de Valença. Apesar de ser uma cidade espanhola, não existe nenhum inconveniente: estamos todos na União Europeia, o serviço é gratuito (para quem tenha o cartão europeu de saúde) e os médicos espanhóis iguais aos portugueses em formação e qualidade. Daí que a racionalização do serviço de saúde pública em Portugal, neste caso, me suscite antes a seguinte questão: se existe União Europeia, ainda bem que esta também contempla um mínimo de serviço público comum. Aliás, deviamos era debater se tal União não deveria servir sobretudo para equalizar serviços públicos comuns para todos.
E, já agora que estamos a falar de racionalização de recursos públicos, então é obrigatório falarmos desta questão: «Surpresa em Odemira por deslocalização de farmácia».

Para mais inf. vd. «Bandeiras espanholas em Valença contra fecho do SAP» e «Bandeira espanhola vai ser hasteada nas casas de Valença».

Nb: a imagem foi retirada do site P.a.p. Blog, que infelizmente não identifica o autor (e o link que deixa está inoperacional).

quinta-feira, 25 de março de 2010

O desperdício que se devia combater

Se a entrada de medicamentos genéricos não estivesse a ser bloqueada por vários laboratórios farmacêuticos no mercado nacional, o Estado e os doentes teriam poupado um valor que podia ter atingido cem milhões de euros em 2009, calcula o presidente da Associação Portuguesa de Genéricos, Paulo Lilaia.

A Comissão Europeia já criticou Portugal várias vezes por causa desta situação, que classificou mesmo como um «caso de estudo»*. Primeiro, num relatório preliminar sobre a indústria farmacêutica, em 2008, e depois no relatório final, no ano passado, no qual sublinhava que entre a caducidade da patente e a entrada de um genérico no mercado português passam, em média, mais de sete meses.

*O processo de entrada implica, primeiro, a autorização de introdução no mercado, que é pedida à autoridade nacional do medicamento, o Infarmed. Depois é preciso que a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) defina os preços. O que tem acontecido é que o Infarmed concede as AIM, mas as multinacionais interpõem providências cautelares contra a a autoridade, invocando a violação das suas patentes. E os genéricos não chegam ao mercado porque a DGAE fica a aguardar a decisão dos tribunais para avançar com a definição do preço. Um processo conhecido como "patent linkage" e que não é permitido pela legislação europeia.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Resta saber se Obama ficará nos anais só pelo lado bom

... a ponderar com os balanços de perdas e ganhos desta mesma reforma (vd. «A reforma da saúde nos EUA»), das guerras no Iraque e Afeganistão, etc.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Até a OMS exorta Portugal a ter melhores estatísticas

«Portugal deve medir desigualdades na saúde, diz OMS»

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Não acabem com uma medida de interesse público só porque dá mais trabalho e atrapalha os 'esquemas' dalguns

«Confusão nos centros de saúde com consultas online»

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Antes que seja tarde...

Aqui está uma boa nova - simples, eficiente e útil, sobretudo para quem perder o envelhecido e gordurento pedaço de papel; enfim, para todos nós, a partir do momento em que existir para todos e deixar de ser apenas anúncio de propaganda: «Boletim de saúde electrónico vai estar on-line ainda este ano».

sábado, 14 de novembro de 2009

Anúncios anti-SIDA não têm que ser polémicos, apenas bem feitos

E foi por isso que um anúncio português ganhou um prémio internacional, deixando de lado um polémico anúncio já referido pelo Manolo.

O spot em apreço chama-se «Cinco razões para não usar preservativo», já tem anos e foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção da sida num concurso internacional patrocinado pelo Governo alemão.

Para o coordenador nacional para a infecção VIH/sida, a atribuição deste prémio é "muito importante" pois suporta a ideia de que "é possível fazer campanhas que são reconhecidas como interessantes e importantes, quer do ponto de vista da mensagem, quer do ponto de vista estético e da forma como são realizadas".

Em Portugal são c. de 20 mil as pessoas infectadas com o vírus da SIDA.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um simplex engripado

«Pais de alunos doentes devem ter dispensa de atestado médico» em caso de infecção dos seus filhos pelo vírus da gripe A, é o conselho sensato do vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Rui Nogueira.
Esperemos que o bom senso regresse, já que o Simplex parece ter engripado e esqueceram-se de desburocratizar uma situação que irá afectar milhares de pessoas. E pô-las em risco desnecessário, caso não se arrepie caminho.
Nb: o cartoon é, novamente, de Mel Calman.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Um triste e preocupante caso português a la Michael Moore

«Guerra entre farmacêuticas pode estar por trás do caso dos doentes em risco de ficarem cegos».

O filme a que aludo no título é o documentário Sicko, de Michael Moore.

O caso está sob investigação e ainda aguarda relatório da Inspecção-Geral de Saúde.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Desigualdades Socio-Económicas na Saúde (em 22 países europeus)

A revista New England Journal of Medecine (a revista médica internacional mais cotada nos rankings de publicações científicas) acaba de publicar um estudo de saúde pública em que analisa o impacto das desigualdades socio-económicas na saúde. Foram estudados 22 países europeus, e o principal indicador utilizado foi a taxa de mortalidade.
Não é muito surpreendente que o estudo conclua que os grupos mais desfavorecidos tenham maiores taxas de mortalidade. Nunca é demais repeti-lo: a pobreza mata. No entanto o estudo vai mais além, e é isso que é mais interessante, no estudo das causas destas desigualdades. A primeira conclusão é que as desigualdades socio-económicas têm um impacto muito diferente na mortalidade consoante os países. Assim na Suécia e na Grã-Bretanha (i.e. Inglaterra e Gales, a Escócia não faz parte do estudo) são os países onde as desigualdades menos impacto têm na mortalidade. Curiosamente são países onde existe um sistema de saúde público e universal. No polo oposto, é em países do leste da Europa e Báltico que é maior a diferença na mortalidade entre grupos socio-económicos.
Este estudo analisa vários factores que podem contribuir para o impacto das desigualdades nas taxas de mortalidade (e.g. alcoolismo, tabagismo, obesidade). Desses factores a análise feita determina que um dos factores que mais peso tem é o acesso a cuidados de saúde, daí a necessidade de um sistema de saúde universal. O que me parece também bastante relevante, é que a consciência para os problemas de saúde aparece também como um factor determinante. Ou seja capacidade das pessoas diagnosticarem os seus próprios problemas de saúde (o "self-acessement") é menor nos grupos mais desfavorecidos, e isso causa uma maior taxa de mortalidade nestes grupos. Quer isto dizer que é uma questão de educação. As populações mais desfavorecidas parecem não ter consciência dos seus próprios problemas de saúde, e talvez procurem menos os cuidados médicos quando deles precisam. Os outros factores analisados parecem ter pouco peso, no que respeita às desigualdades.
No caso de Portugal, é dos países onde são detectadas maiores desigualdades em termos de educação e de rendimentos. É também dos países onde as desigualdades socio-económicas têm uma maior correlação com a obesidade (especialmente nas mulheres), mas por outro lado é dos raros países onde existe uma correlação negativa com o tabagismo (os mais pobres fumam menos, especialmente as mulheres). Finalmente em Portugal, apesar das desigualdades nos rendimentos e na educação, as desigualdades socio-económicas têm um impacto relativamente reduzido na mortalidade comparado com outros paíes (anda lá pelo meio da tabela). Talvez o sistema de saúde português não seja tão mau quanto isso, e consiga atenuar o impacto das desigualdades socio-económicas na saúde.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

É a bondade do mercado a funcionar II

Passamos a vida a levar com campanhas de "sensibilização" alertando para a importância de uma alimentação saudável. Talvez o problema não seja falta de sensibilidade. Uma alimentação saudável custa caro, e cada vez mais caro (pelo menos em França a fruta e os legumes são os que mais têm encarecido). O poder de compra, esse está em baixa, e a correlação entre a má nutrição e a pobreza é fortíssima.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Última hora: eu fumo, apesar de pouco

Tenho uma declaração a fazer aos Portugueses: já fumei (muito e durante bastante tempo). Já deixei de fumar (até ao dia em que vi duas miúdas giras a fumar numa esplanada e decidi cravar-lhes um cigarro só para meter conversa). Agora fumo outra vez (mas muito menos do que dantes, embora já há algum tempo).

Nunca fumei num avião, a não ser talvez uma vez há muitos anos (quando fumava muito e ainda não era proibido). Já viajei num comboio para a Lapónia onde havia um cubículo para fumadores de 8m2 que parecia a entrada duma chaminé inglesa e onde a roupa que entrava saía directamente para um incinerador. Já apertei a mão a um primeiro-ministro que não fumava, e sinceramente não gostei.

Já vi bastantes pessoas com ar de quem bem gostaria de transgredir a proibição de fumar no avião. Já vi médicos a dizer que não se deve beber nem uma gota de álcool durante a gravidez enquanto fumavam o 16° cigarro da noite. E uma vez já quase que provoquei um acidente de automóvel no próprio carro que estava a conduzir porque me tinha esquecido de que já não fumava e, enquanto atirava mentalmente fora o cigarro pela janela, me apercebi que a janela estava fechada. Durante dez ou quinze segundos dramáticos, imaginei que o tapete do carro (era altamente inflamável) estava a arder debaixo dos meus pés.

É desde então que considero que um fumador reprimido é perigoso para a saúde.

Tenho dito.