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quinta-feira, 31 de maio de 2012

História da resistência conta agora com Mulheres de armas

O lançamento deste livro sobre o papel da resistência feminina na actuação do Partido Revolucionário do Proletariado - Brigadas Vermelhas está agendado para hoje.
Extensa reportagem em «Quando em Portugal as mulheres pegaram em armas e puseram bombas», por São José Almeida (transcrição do texto aqui).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tributo a José Tengarrinha, nos seus 80 anos

A homenagem ao cidadão antifascista, fundador do MDP-CDE e historiador do Portugal contemporâneo é já no próximo dia 14, num almoço a realizar na antiga FIL, em Lisboa.

Depois disso, e ainda em 2012, sairão mais dois livros seus: uma Nova história da imprensa portuguesa das origens a 1865, nas suas volumosas 700 páginas, e uma novel incursão no tema das greves e dos conflitos sociais no Portugal moderno - 1872: o início da ofensiva operária em Portugal. Bem bom. Calha relembrar que, além destas áreas, Tengarrinha deu ainda um contributo relevante para a história cultural, área em que destaco um estudo sobre a leitura na monarquia final e um livro sobre A novela e o leitor, editado pela Prelo com base num inquérito distribuído nas bibliotecas da Fundação Gulbenkian.

Para quem quiser ficar a saber mais sobre o homem, a obra e o tributo pode consultar a página facebook de Helena Pato.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Um homem na cidade: Nuno Teotónio Pereira

Começou agora, na RTP2, um documentário dedicado ao grande arquitecto modernista e antifascista Nuno Teotónio Pereira.

Bem oportuno, muito merecido.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

No centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais, lutador pelas liberdades

A sessão de lançamento do livro é hoje, às 18h30, na liv.ª Bertrand, Chiado. Será apresentado por Guilherme d’Oliveira Martins e Nuno Tito de Morais Ramos de Almeida.

Mais inf. no blogue homónimo e no site Cultura Online.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Castigo sem crime

«El poder judicial suspende a Garzón y aplaza su salida a La Haya», por Lázaro, Hernández e Altozano

«Un juez ante la historia», por José Antonio Martín Pallín (magistrado emérito do Tribunal Supremo, membro da Comisión Internacional de Juristas)

«CGPJ [Consejo General del Poder Judicial], un órgano lastrado por la política», por Francisco Gor

«Único objetivo: suspender a Garzón», por Araceli Manjón-Cabeza Olmeda (prof.ª de Direito Penal na Universidad Complutense de Madrid)

«"Es un golpe similar al 23-F"»: reacções de juristas, familiares de vítimas e defensores dos direitos humanos

«Garzón suspenso da Audiência Nacional», por Nuno Ribeiro

Saldanha Sanches (1944-2010): sempre irreverente, sempre incómodo

«Saldanha Sanches e as traquibérnias da República», por  Ricardo Noronha

«Viagem ao centro do mundo da Maria José e do Zé Luís», por Anabela Mota Ribeiro

PS: uma boa colecção de textos seus de opinião pode ser consultada aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Manuel Serra (1931-2010), católico progressista, antifascista delgadista, socialista popular e otelista

Obituário aqui, a partir de Rui Daniel Galiza e João Pina, Por teu livre pensamento. Histórias de 25 ex-presos políticos portugueses, Assírio & Alvim, 2007.
*
Nb: na imagem, reprodução de foto de Frederico Corado, retirada daqui.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Palma Inácio, o último romântico aventureiro da resistência (1922-2009)

Era uma das figuras lendárias da resistência antifascista portuguesa, com merecimento. Faleceu hoje, aos 87 anos de idade.
Hermínio da Palma Inácio começou cedo a sua luta antiditatorial. Tinha 25 anos quando participou numa tentativa de deposição de Salazar, a Abrilada de 1947. Foi dos poucos a cumprir a sua parte, sabotando 20 aviões da base aérea de Sintra. Fracassado o golpe, passou à clandestinidade, mas seria preso em Setembro. Por pouco tempo: consegue fugir do Aljube 8 meses depois, numa fuga aparatosa. Refugia-se temporariamente em Casablanca, daí partindo para os EUA, onde tira o brevet de aviador civil. Pressionado para ser deportado, escapa-se para o Brasil, onde conhece Henrique Galvão e Humberto Delgado, ex-tenentes do 28 de Maio, bem como outras figuras ligadas ao anti-salazarismo.
É aquele brevet que abrirá portas para o 1.º acto de pirataria aérea internacional, desviando um avião da TAP que fazia a ligação Lisboa-Casablanca, aproveitado para o lançamento de folhetos anti-Salazar sobre Lisboa e várias cidades do Sul, no final de 1961, já depois do início da guerra colonial.
Antes, dera-se o assalto ao paquete Santa Maria, o 1.º acto de pirataria marítima internacional. Nele participaram Galvão, Camilo Mortágua e antifranquistas, todos eles ligados ao DRIL- Directório Revolucionário Ibérico de Libertação.
Palma Inácio identificava-se com esta faceta da resistência antifascista, na sua opção pela ousadia e a acção armada, e no seu relativo distanciamento face ao comunismo, que então inspirava grande parte dos movimentos guerrilheiros.
Seja como for, e dado o seu gradual afastamento face a Delgado e Galvão (que pontificavam no Brasil), dedide retornar à Europa para formar uma organização revolucionária ligada à acção directa, a Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR). A LUAR estreia-se com o assalto à dependência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, em 1967, arrebanhando 30 mil contos (hoje, 150 mil euros), uma maquia então avultada. Detido pela Interpol, em Paris, é solto pouco depois, dado que o tribunal considerou o acto um assunto político.
No ano seguinte, e apesar das desavenças com outro correligionário, Emídio Guerreiro, resolve entrar de novo em Portugal e ocupar a Covilhã, ponto estratégico para uma acção de guerrilha inspiradora duma insurreição geral. Falha, é de novo preso, e de novo volta a escapar-se, para Espanha. Aí é preso, sendo libertado um ano depois. De França regressa a Portugal, em 1972, para nova operação audaz (o rapto de figurões do regime), mas é de novo detido. Dos calabouços só sairá com a revolução de 1974. Nesta fase, deixa de se identificar com a linha assumida pela LUAR e inscreve-se no PS, mas abandonando em definitivo a «política activa».
A 1 de Maio de 2007 fora-lhe prestada uma homenagem, com uma mostra documental e a atribuição do seu nome a um largo da sua vila natal, Ferragudo.
Para mais detalhes vd. entradas específicas no Dicionário de história do Estado Novo (esta feita por moi-même!) e no Dicionário de história de Portugal (suplemento) e a reportagem «Radiografia de um golpe de charme», por Paulo Moura.
Nb: imagem retirada daqui.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Os filhos pródigos da liberdade, ou a evocação oportuna do exílio político português



quarta-feira, 24 de junho de 2009

Centenário de Vasco de Carvalho, resistente antifascista e cooperativista

O resistente antifascista e cooperativista Vasco de Carvalho vai ser homenageado amanhã num colóquio especial, em Lisboa, na passagem do centenário do seu nascimento.
Dada a relevância do seu contributo político e cívico, aproveito para reproduzir o programa e notas desse evento:
«Centenário de Vasco de Carvalho - destacado resistente antifascista
Colóquio com São José Almeida (jornalista), José Hipólito dos Santos, Eugénio Mota e Isabel Rebelo (antigos companheiros de Vasco de Carvalho) e Luís Carvalho (investigador e organizador)
Quinta-feira, 25 de Junho de 200918h30
Biblioteca Museu República e Resistência (Espaço Cidade Universitária)
Natural de Alcântara, Lisboa, filho e neto de revolucionários republicanos, Vasco de Carvalho foi obrigado a passar à clandestinidade em 1934, por ter denunciado o assassinato pela polícia do operário Manuel Vieira Tomé, da Marinha Grande.
Assumiu a liderança da Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional, entre 1936 e 1939, e depois do Partido Comunista Português, entre 1940 e 1942, até ser capturado pela PIDE. Esteve preso no Aljube, em Caxias e em Peniche.
Continuando a lutar contra a ditadura, apoiou as candidaturas de Norton de Matos e Humberto Delgado, esteve na direcção do Boletim Cooperativista, fundado por António Sérgio, e foi presidente do Ateneu Cooperativo/Fraternidade Operária de Lisboa, que seria encerrado pela PIDE em 1972.
Foi um dos autores do livro dirigido por António Sérgio, O cooperativismo: objectivos e modalidades.
Depois do 25 de Abril de 1974 foi presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses. Vasco de Carvalho destacou-se igualmente a nível profissional, como engenheiro electrotécnico. Participou na criação do Instituto de Soldadura e Qualidade, foi dirigente da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial e docente na Universidade Nova de Lisboa.
Quando estava preso em Peniche, Vasco de Carvalho foi expulso do PCP, sob a falsa acusação de ser um provocador ao serviço da PIDE. Esta calúnia perseguiu-o o resto da vida e só muito tardiamente foi reconhecida como erro grave.
Vasco de Carvalho faleceu aos 97 anos de idade fiel às suas convicções, assumindo-se até ao fim como um marxista-leninista anti-estalinista».
*
Neste texto há mais detalhes sobre o empenho cívico de Vasco de Carvalho.
Vd. tb. este texto de José Pacheco Pereira sobre Vasco de Carvalho, a reconstituição da história do PCP nos anos 40 e a reabilitação da memória dum homem empenhado civicamente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Caprichos e desastres de João Abel Manta

Ao entardecer, inaugura-se a exposição «Caprichos e desastres» do grande cartoonista e artista plástico João Abel Manta, no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa. A mostra, com mais de 90 peças, retrata o "Portugal pitoresco" e o "Portugal assombrado" dos anos 60 a 80, segundo revelou o seu comissário, João Paulo Cotrim (vd. aqui e aqui). Cotrim, entretanto, editou o livro João Abel Manta - caprichos e desastres (vd. tb. aqui).
Neste ano, o autor celebra 80 anos, como aqui referi em detalhe. A efeméride foi recentemente relembrada no Festival BD Amadora, numa mostra que reuniu trabalhos de homenagem.
João Abel Manta é considerado por muitos o maior cartoonista português vivo, dando seguimento a nomes como Rafael Bordalo Pinheiro, Leal da Câmara e Stuart Carvalhais.
ADENDA: o jornal Público associou-se entretanto à homenagem com esta galeria de imagens contendo uma selecção das caricaturas da exposição.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Colóquio sobre Pavel: venturas e desventuras dum intelectual antifascista

Foi um importante dirigente do PCP nos anos 30 e destacado intelectual e crítico de arte no México, mas só esta 6.ª feira terá direito a um tributo encontro de reflexão, no centenário do seu nascimento. Refiro-me ao 1.º Colóquio sobre Pavel (Biblioteca-Museu República e Resistência/ Espaço Cidade Univ.ª, 21/XI, 16h). Pavel foi o pseudónimo de Francisco Paula de Oliveira no PCP, retirado do livro Mãe, de Gorki. No seu exílio mexicano adoptou o nome de António Rodriguez. Para uma oportuna e informada biografia vd. aqui. A sua autora, Júlia Coutinho, será uma das oradoras neste encontro. Os restantes serão Luiz de Carvalho (que fará a biografia política), Nízia Rodriguez (filha do homenageado) e o emb. Fernando Fafe. Carlos Brito, que não pode estar presente, enviou um testemunho escrito. Será ainda divulgado uma gravação audio de Rodriguez, excertos duma entrevista aquando da sua visita a Lisboa em 1976, na qual também esteve presente Júlio Pomar.
ADENDA: Júlia Coutinho disponibilizou entretanto a sua estimulante comunicação, intitulada «Pavel/ António Rodriguez, o homem de cultura».

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Boris Yefimov, o cartoonista das estepes (1900-2008)


Um dos cartoonistas mais relevantes da actualidade, Boris Yefimov, faleceu ontem, aos 108 anos. Polaco, filho de sapateiro judeu, refugiou-se em Kiev após a invasão alemã, tendo depois rumado a Moscovo, onde assentou arraiais. Aí fez uma longa carreira como caricaturista no jornal soviético Izvestia. As suas relações com Estaline, que 'caricaturou' amiúde, foram ambíguas, tanto pessoalmente como politicamente. Ficaram célebres as suas demolidoras caricaturas anti-nazis, de que aqui vos deixo uma, bem gostosa.

domingo, 6 de julho de 2008

A oposição católica ao Estado Novo

Na próxima 3.ª feira, pelas 18h30, realiza-se um colóquio sobre o livro «A oposição católica ao Estado Novo (1958-1974)», tendo como participantes Fernando Rosas, Guilherme d'Oliveira Martins e o autor da obra, João Miguel Almeida.
O evento, organizado pelo Centro de Reflexão Cristã, decorrerá na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura (Lx., Lg. do Picadeiro, 10-1.º; metro Baixa-Chiado).
Este livro, recém-editado, é uma versão revista da tese de mestrado de João Miguel Almeida, sendo já uma obra de referência sobre a temática.
Existe mais informação sobre o mesmo e sobre o ex-Peão aqui, aqui e aqui.
Parabéns ao autor e que a obra seja debatida e divulgada como merece.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

François Fetjö (1909-2008), precursor da história do comunismo leste-europeu

No mesmo dia em que faleceu o músico Bo Diddley morreu também o historiador húngaro-francês François Fetjö.
Foi um dos primeiros a criticar o estalinismo, ainda no início dos anos 1930, tendo escrito uma obra de referência sobre o comunismo na Europa de Leste, intitulado As democracias populares (v. o. de 1952, edição portuguesa de 1975). O último 'tomo' desta obra foi La fin des démocraties populaires (1992).
No ínicio do seu percurso intelectual, Fetjö fora comunista, tendo co-fundado um círculo de estudos marxistas na Budapeste universitária, acto pelo qual foi preso pelo regime pró-fascista romeno. Nessa altura rompe com o comunismo, por acreditar que os comunistas alemães tinham recebido instruções de Moscovo para se associarem aos nazis contra os sociais-democratas. Posteriormente, torna-se social-democrata, co-fundando a revista Szép Szo, que criticará tanto o fascismo como o estalinismo. Nas vésperas da II Guerra Mundial, foge para França, onde se torna membro da resistência antifascista.
No pós-guerra foi correspondente da France Presse para a Europa de Leste e professor no Institut d'Études Politiques (anos 70 e 80), tendo convivido com intelectuais como Camus, Aron e Morin, e polemizado com Malraux e Sartre. Após a queda do Muro de Berlim defendeu uma espécie de Plano Marshall aplicado ao países do ex-Pacto de Varsóvia.
Fontes:
*"François Fetjö", BiblioMonde, 2008.
*KULAKOWSKA, Elisabeth (1992), "François Fejtö (avec la collaboration d'Ewa Kulesza-Mietkowski): La fin des démocraties populaires. Les chemins du post-communisme [recensão crítica]", Vingtième Siècle, n.º 36 (X-XII), p. 106/7.
*QUEIRÓS, Luís Miguel, "François Fetjö (1909-2008): um pioneiro da história do comunismo na Europa de Leste", Público, 3/VI/2008, p. 21.
*PORBASE.