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terça-feira, 29 de maio de 2012

A União Europeia está prestes a acabar?

Esta é a tese do economista do FMI Stephen Jen, por haver «dois países da UE [Grécia e Espanha] em iminência de ruptura ao mesmo tempo». Acredita nela Domingos Ferreira, em «Iniciou-se a desagregação do euro». Esperemos que não, e que a alegada 'corrida aos bancos' não passe dum exagero. Mas ainda bem que existem estes catastrofistas, doutro modo os governantes seriam ainda mais lentos na tomada de decisão, o que só agravaria a situação. É que a lentidão é um dos factores que agravou a situação.
Para Ferreira, a alternativa passa pelo BCE assumir-se como emprestador de último recurso, apoiar-se rmedidas expansionistas, aumentar-se o firewall europeu com vista a refinanciar os bancos dos PIIGS (de 780 biliões para c.5,5 triliões de euros) e criar-se uma união política para a redistribuição fiscal. O que só será possível com apoio do G20.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Lisboa acolhe Congresso Europeu do Património: aproveite-se a oportunidade para propor uma política cultural europeia

Este influente encontro cultural é organizado pela rede Europa Nostra e decorrerá este ano em Lisboa entre 29 de Maio e 2 de Junho. O Centro Nacional de Cultura integra essa rede que pretende ser «a voz do património cultural europeu» e que congrega 250 ONG com c.5 milhões de associados em toda a Europa. «Conta ainda com o apoio direto de mais de 1500 membros individuais e mais de 150 entidades públicas e empresas». A principal ideia é «salvaguardar o património cultural e natural europeu para as gerações presente e futuras», tendo já trabalhado um elenco relevante de questões (vd. lista de documentos).
O seu extenso programa inclui a atribuição de prémios pela comissária europeia da pasta, visitas guiadas a monumentos e um fórum com o pertinente tema «Salvaguardar o Património ameaçado na Europa» (a 1/VI, na FCG). Entre as intervenções sectoriais, que poderão ser acompanhadas via internet, destaco as seguintes: «Emergence d’un mécénat populaire en France pour sauver le patrimoine en péril», por Bertrand de Feydeau (Fondation du Patrimoine, França);  «Lisbon Heritage in Danger», por António Sérgio Rosa de Carvalho (historiador); e «Cities need integrated and sustainable urban regeneration urgently”, por João Teixeira (European Council of Spatial Planners). Mais informações neste folheto.
ADENDA 1: «Seis prémios para um património que une pessoas»: restauro da torre siderúrgica de Sagunto (Valência, 1920); casa comunitária de arquitectura popular (Cornualha, séc.XV/XVI); Edifício Averof, neoclássico, agora centro universitário de arquitectura (Atenas, 1878); livro de pesquisa The Augustus Botanical Code of Ara Pacis, sobre o alfabeto botânico do baixo-relevo do imperador romano Augusto; inventário dos portões decorados da minoria étnica sícula, pela professora Kovacs (Transilvânia); programa norueguês de salvaguarda do património dirigido a crianças e jovens (recuperou 1128 sítios e monumentos desde 2000).
ADENDA 2: Por ocasião da entrega dos prémios acima referidos, a comissária da cultura da UE Androulla Vassiliou afirmou que o seu orçamento subirá 37% em 2014 (via programa Europa Criativa, com 1,8 mil milhões de euros ). Para si a cultura é um factor de desenvolvimento, contribuindo para a coesão social, a sanidade mental e a esperança no futuro. O sector emprega 8,5 milhões de pessoas na Europa e contribui com 4,5% para o respectivo PIB. Além disso, 40% do turismo tem motivações culturais, sendo a Europa o seu 1.º destino, devido aos seus museus, festivais e património. Neste âmbito a UE instituiu recentemente o Heritage Label para distinguir bens patrimoniais ligados ao ideal de integração europeia (cf. entrevista «"É difícil convencer os políticos de que a cultura não pode ser negligenciada"», por Lucinda Canelas).

terça-feira, 3 de abril de 2012

Em nova missão sacrificial, Barroso reassume-se como primeiro-ministro de Portugal

«Bruxelas admite fim dos subsídios de férias e de Natal», por Ana Rita Faria e Isabel Arriaga e Cunha

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ciência: Parlamento Europeu diz como deve ser pela voz da nova geração

Mesmo a tempo, quando o novo governo português corta nesta área estratégica, comandado pela ira neoliberal dos incendiários de serviço: Rui Curado Silva desmonta o estado a que se chegou num post de defesa da investigação científica em Portugal (já chegámos a este ponto, é verdade): «O populismo rasca de Medina Carreira a nu».
PS: Daniel Oliveira refere-se ao caso do cancelamento de bolsas e apoios à inv.º na FCUL, que muitos acham normal nos comentários; vd. tb. este post de R.C.Silva sobre o Manifesto Ciência.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A palavra a quem percebe da poda

«Zona euro em risco: Soros culpa Merkel e a Alemanha e fala de crise existencial para a Europa»

sábado, 4 de junho de 2011

À atenção da Sra. Merkel

Os Europeus do Sul trabalham mais, e durante mais tempo do que os alemães segundo um estudo do banco francês Natixis.
Por exemplo: em média um alemão trabalha por ano 1390 horas, um grego 2119 horas, um italiano 1773 horas, um português 1719 horas, um Espanhol 1654 horas e um Francês 1554 horas. Para a reforma é parecido.
Pergunto-me onde é que uma pessoa que é primeira-ministro da Alemanha, um dos pilares da União Europeia vai buscar a sua informação. Será possível que a este nível de governação se baseia apenas no preconceito?

terça-feira, 31 de maio de 2011

Soberba alemã, uma pepineira de mau gosto

Afinal as mortes provocadas por um surto de bactéria escherichia coli na Alemanha não foram provocados por pepinos vindos da Andaluzia, ao invés do que insinuaram as autoridades alemãs, de modo irresponsável, pois sem terem qualquer prova.
As análises entretanto concluídas revelam que os pepinos não estavam contaminados, reconheceram agora as autoridades de saúde pública de Hamburgo. Restam ainda mais análises para apurar o foco da infecção.
E os prejuízos com a má imagem, que já alastrara para outros produtos, como o tomate, e para outros países, como Portugal, quem os paga? Como é possível numa União Europeia haver tanta leviandade a tratar de casos de saúde pública com graves repercussões no tecido económico doutros países?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Europa do sul, a nova colónia

A chanceler alemã Angela Merkel incitou anteontem à redução das férias e ao aumento da idade da reforma nos países periféricos da União Europeia, considerando que estes abusam. Embrulhou a coisa numa exortação à uniformização europeia da idade de reforma, 67 anos, e do período de férias.

Em prol dum módico de justiça, esqueceu-se de complementar essas propostas com o mesmo n.º de horas de trabalho e o mesmo salário para todos (aqui um contraponto possível; nb: não encontrei em linha a entrevista de hoje do António Chora ao DN).

Quando aí chegar, então sim, estará aberto um bom debate. Até lá, é só populismo e a negação do ideal europeu.

terça-feira, 22 de março de 2011

Sentido de Estado

Dado como desaparecido nos últimos meses, pede-se a quem der com o seu paradeiro o favor de contactar a República Portuguesa...

Sim, falamos dessa coisa que, outrora, encheu a boca dos auto-denominados «partidos da governação» (PS, PSD e CDS). «Sentido de estado»: é o último desaparecido em combate da política à portuguesa. Por causa disso, vêm aí eleições antecipadas e um agravamento da situação do país. Todos se ilibam de ter culpas, mas têm-nas e enquanto não o admitirem mais efeitos nefastos poderão produzir.

O PS por apresentar um PEC4 aos poderosos da UE sem previamente o ter debatido no órgão soberano, o parlamento. Foi imprudente e incorrecto. Deu assim pretexto a PSD e CDS para se afastarem ainda mais dum compromisso alargado para com a redução do défice e dívida pública e com reformas estruturais.

Não se compreende como, perante uma crise económico-social sem precedentes no país não tenham estes partidos criados condições para um sólido compromisso alargado. O mesmo é extensivo ao Presidente Cavaco Silva, que sempre se apresentou como institucionalista, moderador e promotor de equilíbrios e compromissos. Não se percebe a sua recente desculpa de impossibilidade de actuação devido à rapidez da crise, ilidindo a sua apatia no início da crise e os efeitos destrutivos do seu discurso anti-PS no reempossamento.

Os restantes partidos parlamentares também não saem bem na foto: centraram-se em excesso na crítica aos sucessivos PEC's, fingindo não querer ver a real dimensão da crise económica, não cuidando de tentar compromissos pontuais e em consolidar alternativas políticas concretas. As quais só recentemente começaram a aflorar (face a uma crise que já vai no seu 4.º ano!), e ainda assim com medidas completamente irrealistas, como o dum mega-plano ferroviário, comprometendo outras boas e necessárias medidas*.

Mas não devemos esquecer o quadro geral: os poderosos da UE são os principais culpados e podem estar a comprometer seriamente a coesão da União Europeia de modo estrutural. O alerta é recente e vem do investidor George Soros, alguém que sabe do que fala e tem escrito bastante sobre o tema da desunião europeia...

*É o caso do orçamento zero, da taxação da banca à taxa das pme's, da renegociação das parcerias público-privadas (o grande sorvedouro de recursos do Estado), a extinção dos governos civis e das empresas públicas.

nb: cartoon de Henrique Monteiro, retirada do blogue ironia d'estado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Lições da fragilidade humana

Depois dos terramotos em Itália, Haiti e Chile, calhou agora a trágica sina ao Japão. Foi o 7.º pior sismo de sempre, seguido dum tsunami devastador.
O país está em estado de emergência total, dado o impressivo número de desaparecidos e de desalojados e o desastre nuclear na central de Fukushima.
Só não foi mais trágico devido às medidas anti-sísmicas, ao bom sistema de protecção civil e militar, à organização e preparação da população para estas situações. Cem mil militares estão no terreno a ajudar no alojamento e reconstrução. Que outros países podem dizer estar assim tão preparados? E a Europa, tem um plano global gizado, tendo em conta o perigo vindo das centrais nucleares do leste europeu? E se voltar a Portugal, será que podemos contar com um sistema de 'recuperação' eficaz? Aí está um debate que está por fazer.
Entretanto, neste momento, só podemos estar solidários com os japoneses e exortar os países em que vivemos a apoiar na reconstrução japonesa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As revoluções do momento: Líbia, Barhein e Iémen

E outras se seguirão, é quase certo (esperemos que sem a violência oficial do caso líbio).
Estamos a assistir a algo de muito especial na história mundial. Pela sua génese, pela sua extensão (do Magrebe ao Próximo Oriente), pela sua duração, pelo seu impacto plural, a um tempo político, social, económico, cultural. E, last but not the least, pelo avançar do laicismo, num quadro em que ainda se agitam os fantasmas do fundamentalismo islâmico, sem base alguma, como se pode colher da opinião dos arabistas.
Este é um impacto que não se fica só pela arábia mas que contagia actores sociais de paragens distantes, alguns bem inesperados, como a ocupação do parlamento de Wisconsin (EUA) pelos sindicatos.
A propósito da Líbia, as chancelarias ocidentais têm reagido com muita apreensão, por este ser o 4.º produtor africano de petróleo (a seguir à Nigéria, Angola e Argélia, salvo erro). O surto do preço dos combustíveis fósseis serve como prova* dos perigos dum prolongamento da violência líbia (p.e., caindo numa demorada guerra civil, o cenário mais temido). Mas as ditas chancelarias ocidentais também têm a sua quota-parte de culpa no cartório. Porque foram cúmplices destes regimes até ao máximo do grotesco, como nas recepções aos ditadores árabes, cheias de segurança, mordomias e silêncios, ou na excessiva proximidade aos mesmos (vd. caso Michèle Alliot-Marie). Deviam ter tido mais cuidado, ter instado a mais reformas políticas. Agora parece que é tarde, o que não veio pela porta da frente está o povo a arrancar a ferros, pela porta dos fundos.
Parece que é tarde mas não é; ainda podem tomar medidas: pressionar para o congelamento de contas desses figurões e a restituição dos fundos aos tesouros nacionais; estabelecer acordos conjuntos sobre recepção de imigrantes árabes; dar mais força à Turquia para servir de mediador nos conflitos; dar mais poder à ONU para promover reformas pró-democracia onde as ditaduras duram há tempo demais. E para aprofundar a democracia em todo o mundo. Pois só mais democracia trará mais esperança e segurança a todos.
*Embora seja estancada dentro de 2 semanas, por colocação de mais petróleo no mercado por parte da Arábia Saudita. Além disso, as convulsões podem ter efeitos diversos: no caso egípcio, a redução da laboração fabril e nos transportes possibilitou aumentar a sua quota de exportação de petróleo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um importante acordo para fortalecer a solidariedade europeia e para afastar pressão dos especuladores

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por fim, uma euro-manif

Há muito esperada, a euro-manifestação ocorrerá esta quarta-feira, sob o lema «Não à austeridade, prioridade ao emprego e ao crescimento». É promovida pelo European Trade Union Confederation e pelos 50 sindicatos nacionais nela filiados, que representam 30 países. A principal manif será em Bruxelas, havendo depois dezenas de manifs nos países destes sindicatos. Em Portugal, decorrerão no Porto e em Lisboa, por iniciativa da CGTP.

Após a crise financeira de 2008, o Banco Central Europeu (BCE) passou a emprestar dinheiro aos bancos a taxas reduzidas, os quais por sua vez inflaccionaram as taxas para os empréstimos de que os Estados nacionais necessitam para sair da crise. É um círculo vicioso, que nem nos EUA ocorre, pois aqui apenas há um banco coordenador (o federal), que, por sua vez, é responsável pela contenção da inflacção e pelo crescimento, enquanto na UE o BCE apenas se preocupa com a inflacção e os défices nacionais. Estas são duas das razões porque a crise está a ser tão grave na Europa. E, por muito que se mude na regulação e conexos, falta mexer nesta parte nevrálgica.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Supervisão financeira, bem precisamos dela

Depois dos EUA, a União Europeia vai, por fim, avançar na supervisão financeira, que é como quem diz «casa roubada, trancas na porta» (vd. «Eurodeputados dão luz verde à reforma do sistema de supervisão financeira»).
Mas há outras frentes conexas onde também se estão dando passos indispensáveis: «UE ataca produtos financeiros altamente especulativos», por Isabel Arriaga e Cunha.
Para um balanço comparativo vd. estes 2 artigos dum dossiê recente: «Reformas da supervisão chegam dois anos depois da queda do Lehman», por Ana Brito; e «As novas regras após o Lehman».

terça-feira, 14 de setembro de 2010

UE avança judicialmente contra expulsão de ciganos por Sarkozi

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Quem perdeu o quê?

Países mais ricos vão baixar o défice para metade até 2013

Europa derrota a América na questão do défice, mas os dois blocos perderam na questão das taxas à banca

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Eldorado europeu: a factura final

domingo, 6 de junho de 2010

Dez mandamentos do emigrante semibárbaro (3)

3 – Não invocarás a Europa em vão de escada.

Manuel da Silva Ramos,
Três vidas ao espelho, P. D. Quixote, 2010, p. 206.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dez mandamentos do emigrante semibárbaro (1)


1 – Eu sou o euro (€), teu Deus, que te fez sair de Portugal, da casa onde chove. Não terás outros deuses pluviosos.
Manuel da Silva Ramos,
Três vidas ao espelho, P. D. Quixote, 2010, p. 206.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Zangam-se as comadres...