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terça-feira, 7 de junho de 2011

Os parisienses são capazes de tudo!

«Bonecos Estrunfes vivem num regime estalinista e racista», por Cláudia Carvalho

Antoine Buéno é um professor francês que publicou agora um livro “Le Petit Livre Bleu: Analyse critique et politique de la société des Schtroumpfs”, onde faz uma análise sobre os bonecos azuis, investigando a história dos Estrunfes, as mensagens subliminares de cada personagem, o dia-a-dia das histórias. No seu estudo, o autor garante ter encontrado vários valores totalitários.

sábado, 9 de outubro de 2010

Privado, Público e Comum

O ciclo de debates em epígrafe arranca no dia 11 com este senhor da imagem ao lado, de seu nome Michael Hardt, debatendo «O que é o comum?» com o colectivo UniPop, organizador do evento, em conjunto com o Teatro Maria Matos, que o acolhe e patrocina. Eis o preâmbulo e sessões seguintes, sempre às 18h30:

Há mais vida além do Estado e do mercado? Ao longo dos últimos anos, a oposição entre público e privado tem ocupado um lugar fundamental em grande parte dos debates políticos e com a crise económico-financeira esta tendência acentuou-se de modo ainda mais nítido. Neste ciclo de debates, a UNIPOP propõe partir das contraposições entre público e privado e entre Estado e mercado, discutindo-as em diferentes dimensões do quotidiano, da organização do trabalho à construção das cidades, passando pelos processos educativos, pelo espaço mediático e pelas políticas de saúde. Procuraremos analisar as transformações das últimas décadas, tanto à escala nacional como à escala global, e apontar novos caminhos, num debate que vai além da simples contraposição entre público e privado ou Estado e mercado, contraposição cuja rigidez tende muitas vezes a confinar o combate aos processos de privatização à defesa do controlo estatal. Se por um lado queremos mapear claramente o que separa privado e público, por outro trata-se de questionar a possibilidade de formas de poder transversais ao espaço público e à esfera privada.

13 /X: Economia, comunismo e pirataria - José Maria Castro Caldas e Miguel Serras Pereira

20/X: Cidades, centros comerciais e praças públicas - João Pedro Nunes, Manuel Graça Dias e Miguel Silva Graça

27/X: Media, propriedade e liberdade - Daniel Oliveira, Nuno Ramos de Almeida e Rui Pereira

3/XI: Medicina, ciência e saberes - António Fernando Cascais e Isabel do Carmo
10/XI: Escola, ordem e emancipação - António Avelãs e Jorge Ramos do Ó

Para uma apresentação de cada sessão e respectivos oradores vd. aqui.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O maoísmo luso revisitado


terça-feira, 1 de junho de 2010

Gramsci, por Chris Bambery (em directo, às 21h)


A partir das 21h de hoje pode assistir aqui à transmissão em directo da conferência de Chris Bambery sobre o político e pensador italiano Antonio Gramsci.

As conferências anteriores do ciclo «Pensar os pensadores do socialismo», incluindo a de Trotski, podem ser acompanhadas aqui.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um livro para ajudar a esclarecer a história recente

»«

Falo de Álvaro Cunhal, sete fôlegos do combatente. Memórias, de Carlos Brito, hoje mesmo lançado em Lisboa.

Pelo que pude ler das primeiras impressões (p.e., aqui e aqui), este testemunho ajudará a esclarecer a história recente de Portugal através duma espécie de dupla 'viagem' biográfica, a do autor e a de Álvaro Cunhal, ambos dirigentes do PCP durante o meio século abordado na obra. Se outro contributo não tivesse, este já seria meritório. Mas parece-me que o livro vai mais além, permitindo ter uma versão mais desapaixonada e distante da história dum partido político que suscita controvérsias pontuais e emoções fortes junto de muitas pessoas. E também contribuirá para esclarecer a posição deste partido num período histórico sobre o qual paira ainda muitas sombras e pouca prova documental diversificada, que é o do PREC. Mais inf. neste post de Nuno Ramos de Almeida.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Saldanha Sanches (1944-2010): sempre irreverente, sempre incómodo

«Saldanha Sanches e as traquibérnias da República», por  Ricardo Noronha

«Viagem ao centro do mundo da Maria José e do Zé Luís», por Anabela Mota Ribeiro

PS: uma boa colecção de textos seus de opinião pode ser consultada aqui.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Revisionismo histórico agrava-se na Rússia de Putin

Após a aprovação de manuais escolares dando apenas o lado positivo do estalinismo, e sugestões públicas de Putin no mesmo sentido, chegou a vez da censura ao pluralismo através do cerco à edição comercial e aos arquivos das ONG's.
A denúncia partiu do historiador britânico e russólogo Orlando Figes, após o processo de cancelamento da edição da sua última obra na Rússia, The whisperers: private life in Stalin's Russia, alegadamente por coacção política. A documentação de suporte ao livro depositada nos escritórios de São Petersburgo da organização internacional de direitos humanos Memorial Society foi entretanto confiscada por agentes "armados e encapuzados" do Comité de Investigações do gabinete do procurador-geral russo. "O raide à Memorial é parte de uma maior luta ideológica pelo controlo do que é publicado e ensinado sobre História na Rússia, e seguramente esse raide deve ter influenciado a decisão do editor russo em cancelar o contrato do meu livro"- denunciou Figes ao The Guardian, em Dezembro passado.
É verdade que o seu premiado livro A people's tragedy, sobre a revolução russa e o estalinismo inicial, é muito crítico daquela revolução, mas o eventual contraditório (vd., p.e., críticas ao uso das narrativas individuais como prova generalizável e à perspectiva adoptada aqui) e debate de ideias não passa obviamente pela rasura do pluralismo. E, lamentavelmente, é isso que está a ocorrer na Rússia de Putin, em vários campos da vida social. A tradição autoritária e nacionalista russa não olha a regimes.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Comunismo e nacionalismo em Portugal

O historiador José Neves lança amanhã o livro Comunismo e nacionalismo em Portugal, na liv.ª Pó dos Livros (19h). Com o subtítulo Política, cultura e história no século XX, esta obra é a versão adaptada da sua tese de doutoramento e será apresentada por António Borges Coelho, João Leal e Carlos Maurício. A editora tinta-da-china continua a reforçar a sua colecção de bons ensaios em ciências sociais, sem receio de arriscar em novos autores e obras de fôlego, o que é de felicitar.
Este destaque tem duplo cabimento, já que o ensaio oriundo das ciências sociais é pouco divulgado em Portugal, dedicando-lhe os media um espaço mínimo (alguns jornais reduziram mesmo a secção de recensões). A aposta e acolhimento dadas por editoras como a tinta-da-china, a Campo das Letras, a Minerva, a Livros Horizonte, a Afrontamento, etc., mostra que este tipo de livros têm um público interessado (veja-se a multiplicação de livrarias de fundos e de feiras com grande presença do ensaio), susceptível de ser ampliado através duma melhor divulgação. E que não faz sentido reduzir a edição à literatura de ficção, por muito boa que esta seja. As bibliotecas municipais e outras instituições públicas também podiam contribuir para uma maior formação e sensibilização de públicos, por ex., organizando ciclos temáticos e/ou convidando autores.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O barbas mais famoso do mundo está de volta!

É verdade, o Carlos Maximiliano retornou, no formato encontro de especialistas. O Congresso Internacional Karl Marx, assim se chama, é de peso, tendo especialistas de todo o mundo, que abordarão durante 3 dias diversas temáticas, em 140 comunicações (a 14-16 deste mês, na FCSH-UNL, programação aqui).
Será o primeiro do género por cá, o que o torna curioso, após PREC's e o diabo a quatro. Ou não, se calhar na altura era popular e agora é só para as elites (recordarem), dirão as más línguas. Ou, então, a universidade não tinha então tempo para organizar este tipo de congressos. Ou, ou...
O evento tem como pretexto os 150 anos do seu trabalho seminal (Grundisse) e é organizado pela Cultra- Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo, pela Transform Europe e pelo Instituto de História Contemporânea da UNL.
ADENDA: a boa receptividade do evento levou os organizadores a comprometerem-se com a sua continuidade e com outras propostas (vd. aqui, tb. com resumo da palestra de José Barata Moura).

quinta-feira, 5 de junho de 2008

François Fetjö (1909-2008), precursor da história do comunismo leste-europeu

No mesmo dia em que faleceu o músico Bo Diddley morreu também o historiador húngaro-francês François Fetjö.
Foi um dos primeiros a criticar o estalinismo, ainda no início dos anos 1930, tendo escrito uma obra de referência sobre o comunismo na Europa de Leste, intitulado As democracias populares (v. o. de 1952, edição portuguesa de 1975). O último 'tomo' desta obra foi La fin des démocraties populaires (1992).
No ínicio do seu percurso intelectual, Fetjö fora comunista, tendo co-fundado um círculo de estudos marxistas na Budapeste universitária, acto pelo qual foi preso pelo regime pró-fascista romeno. Nessa altura rompe com o comunismo, por acreditar que os comunistas alemães tinham recebido instruções de Moscovo para se associarem aos nazis contra os sociais-democratas. Posteriormente, torna-se social-democrata, co-fundando a revista Szép Szo, que criticará tanto o fascismo como o estalinismo. Nas vésperas da II Guerra Mundial, foge para França, onde se torna membro da resistência antifascista.
No pós-guerra foi correspondente da France Presse para a Europa de Leste e professor no Institut d'Études Politiques (anos 70 e 80), tendo convivido com intelectuais como Camus, Aron e Morin, e polemizado com Malraux e Sartre. Após a queda do Muro de Berlim defendeu uma espécie de Plano Marshall aplicado ao países do ex-Pacto de Varsóvia.
Fontes:
*"François Fetjö", BiblioMonde, 2008.
*KULAKOWSKA, Elisabeth (1992), "François Fejtö (avec la collaboration d'Ewa Kulesza-Mietkowski): La fin des démocraties populaires. Les chemins du post-communisme [recensão crítica]", Vingtième Siècle, n.º 36 (X-XII), p. 106/7.
*QUEIRÓS, Luís Miguel, "François Fetjö (1909-2008): um pioneiro da história do comunismo na Europa de Leste", Público, 3/VI/2008, p. 21.
*PORBASE.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Estaline e a Guerra Civil de Espanha (agenda)

A pedido de um proto-peão, aqui fica o anúncio duma conferência sobre a Guerra civil de Espanha (esta 5.ª, às 17h30, no ISCTE), por Daniel Kowalsky, um dos maiores especialistas da actualidade:
"No âmbito do seminário permanente que tem vindo a decorrer desde o mês passado dedicado ao tema Comunismos: História, Poética, Política e Teoria, tem lugar na próxima quinta-feira, no auditório B203 do ISCTE (edifício novo), às 17,30h., a sessão dedicada ao tema «Comunismo na guerra civil de Espanha».
O conferencista é desta vez DANIEL KOWALSKY, Professor da Queen’s University de Belfast e actualmente um dos mais reputados especialistas mundiais sobre este tema. A sua tese de doutoramento realizada na Universidade de Wisconsin, Stalin and the Spanish Civil War, mereceu o American Historical Association's Gutenberg-e Prize em 2001. Actualmente desenvolve também pesquisa sobre cinema espanhol na época da transição para a democracia e é ainda o editor da série respeitante à União Soviética da publicação oficial dos Documentos Britânicos de Política Externa. Tem orientado seminários de investigação na Sorbonne e na London School of Economics, bem como em Espanha e nos EUA.
Em conclusão da sua tese, defende que «em todas as facetas do envolvimento soviético nas questões espanholas durante a guerra civil, a posição de Estaline nunca foi de força, mas antes de fraqueza». A iniciativa conta com o apoio do British Council e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
"

Nb: mais informações sobre a restante programação do seminário aqui; imagem retirada daqui.