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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Herói americano

Num dos episódios mais marcantes desta última série dos Sopranos, Tony mata o seu sobrinho após um acidente de automóvel antecedido por um negócio gorado. Estamos à espera do acidente, mas não esperamos o que se segue: o assassinato brutal de Chris perpetrado por Tony a sangue frio. Tony até ía ligar para o 911, mas a mea culpa de Chris, a de ter reincidido no vício, foi-lhe fatal. O acidente é um mero pretexto para uma morte anunciada mas não premeditada. Sabíamos que mais cedo ou mais tarde, Tony se iria desembaraçar de Chris. Não sabíamos é que seria assim.
Neste mesmo episódio, surge na TV do quarto de Tony e Carmela, um programa estilo talk show com Katharine Hepburn. Aliás, em todas as temporadas da série, a alusão directa e indirecta ao cinema clássico americano são qualitativamente e quantitivamente impressionantes. Afinal os Sopranos estão imbuídos dessa característica do cinema clássico, quer na sua forma, quer no seu conteúdo. Os géneros (Gangsters, Western, Noir, Screwball, etc..) e os planos clássicos (unidade fechada e percurso linear das cenas) percorrem todos os minutos da série, e Tony é o herói americano por excelência, aquele que percorre o quotidiano on the road cruzando fronteiras no território perpassado, e que não se limitam às fronteiras territoriais do genérico.