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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mário Alberto (1925-2011), o cenógrafo iconoclasta

Tem razão o Viriato Teles.
Com ditos como o que se segue, era este o homem que devia estar ao leme:
Chico-espertos deste país, ide todos à badamerda!

«Morreu o cenógrafo Mário Alberto, fundador de A Barraca», notícia da LUSA

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Teatro independente reconhecido internacionalmente

«Prémio europeu para o Teatro Meridional», por Sérgio C. Andrade

sábado, 31 de julho de 2010

António Feio (1954-2010)

«O homem que levava o teatro às pessoas», por Tiago Bartolomeu Costa.

Mais informação e imagens no seu site pessoal.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E façam o favor de serem felizes

Já está nas lojas uma antologia do Raul Solnado em 3 cd's, numa edição de luxo, noticiou o último telejornal de hoje da RTP2.
É uma boa ideia, ainda por cima com parte da receita revertendo a favor da Casa do Artista, um espaço em Lisboa que dá alojamento a artistas que o pretendam e que tem um teatro em actividade (só é pena esta fixação nas edições de luxo, como se os portugueses nadassem em dinheiro; tal como os livros de capa dura, também a música/ teatro tem o seu fetiche de maximização do lucro).
Ainda não vi o conjunto, mas deverá ter um cheirinho deste vinil que figura na imagem ao lado.
Entretanto, também os filhos de Solnado anunciaram que irão leiloar brevemente os quadros do pai, revertendo metade da receita para a criação duma escola de teatro e dum museu com o seu nome. Outra excelente ideia.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Quando o Diácono dos Remédios desce à cidade (versão excursionista)

Um grupo excursionista de idosos que veio à capital para ir ao teatro, por intermédio do INATEL, resolveu dar espectáculo dentro do espectáculo, e também já fora dele. Mais um pouco e ainda acabam contratados. É claro que seria para outro tipo de teatro, etéreo, imaculado, asséptico, certamente mais 'coltural'. Entre outras pérolas: «Isto é que é a cultura?», «Valia mais mandá-los semear batatas»; «É por isso que a nossa mocidade anda aí nas drogas. Aquilo que os ensinam é isto, os maus caminhos, em vez de lhes ensinarem o A e o B». O duplo espectáculo foi a 12/XI, o 2.º interrompendo o 1.º, mas só agora desaguou nos media e na blogosfera, se calhar para suscitar um debate público, se calhar para ajudar a puxar pelas audiências. Seja qual tenha sido a intenção, revela os curto-circuitos destes circuitos de divulgação cultural e os desencontros entre diferentes formas de estar e conceber a arte. Já agora, a peça em apreço (a 1.ª, que a 2.ª não tem nome) é «O que se leva desta vida», com Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues, e se for isto que se leva desta vida estamos tramadex.

domingo, 20 de setembro de 2009

Dinner for one: imperdível ementa do melhor humor inglês

O sketch que segue em cima é um dos melhores pitéus do humor inglês. O seu argumento é dos anos 1920, e o actor Freddie Frinton interpretou-o pela primeira vez em 1945. Nos anos 50, adquiriu os respectivos direitos para o levar aos palcos ingleses sem ter que pagar royalties. O êxito foi tal que foi comprado para a Broadway.

Também os alemães se interessaram por ele, e a peça foi representada ao vivo no programa dum entertainer famoso, Peter Frankenfeld, em 1963. Novo sucesso levou à sua gravação para televisão no Hamburg's Theater am Besenbinderhof, dois meses depois, sob direcção de Heinz Dunkhase (é esta versão da NDR que as tv's actualmente mais passam). Em 1972, uma tv alemã decidiu retransmitir o sketch na passagem de ano e, desde então, tornou-se uma tradição alemã dessa quadra!!! Mais tarde sucedeu o mesmo na Escandinávia, Áustria, Holanda, Austrália, etc. E esta voga deve-se, em grande medida, ao facto de ser considerado um marco do humor 'tipicamente' inglês. Curiosamente, caiu no esquecimento na própria Inglaterra, dando razão ao provérbio «santos da casa não fazem milagres».

Outro aspecto curioso é que o Frinton deste sketch, excelentemente acompanhado pela actriz May Warden, faz lembrar passagens doutros actores como Vasco Santana (em O pátio das cantigas, salvo erro) ou Jacques Tati (nos filmes do sr. Hulot). Aliás, sobre as semelhanças com Vasco Santana descobri outro sketch de Frinton, The drunk, que ainda é mais surpreendente.

A versão que aqui fica tem c. de 10 minutos e é a preto-e-branco, uma opção seguida pela maioria das tv's ainda hoje em dia. Porém, há também esta versão a cores, com um intróito dum apresentador alemão (pode-se passar adiante), mas sem a banda sonora de acompanhamento. Existe uma versão paralela da que apresento, mas com outros ângulos de filmagem e a sincronização não parece tão boa.

Ah, é verdade, e escolhi fazer este post hoje pois cabe às mil maravilhas na rubrica «vinhos ao domingo», como podereis constatar. Além de ter vinho do Porto, claro, não fosse um repasto 'tipicamente' inglês!!

Fontes: BBC; Everything2; Wikipedia; filmografia completa de Frinton aqui.

domingo, 9 de agosto de 2009

Façam o favor de ser felizes!

Faleceu ontem Raul Solnado, um dos maiores comediantes portugueses do século XX.

Fica na memória colectiva o seu estilo peculiar, a entoação, o tom de confidência, o nonsense, certas frases marcantes (como a que vai em epígrafe), o modo de falar aos solavancos, como em «Podióóóó. Chamá-loooo», que marcou várias representações suas em torno de 'conversas' ao telefone, das quais a mais conhecida é a da «A guerra de 1908» (também alusiva à guerra colonial, que então deflagrara). Entre outras coisas, parte delas relembradas, oportunamente, pelas tv's, como as suas passagens televisivas: programas «Zip-Zip» (em pleno marcelismo), «A visita da Cornélia», etc.. A RTP teve a feliz sorte, e boa escolha, de divulgar o seu último trabalho, ainda inédito, ontem mesmo transmitindo o 1.º episódio de «As Divinas Comédias», uma retrospectiva do humor português, em parceria com Bruno Nogueira e outros humoristas. A imprensa também lhe deu bastante destaque.

Solnado ajudou a renovar o humor em Portugal num período bem difícil, o da ditadura. Contribuiu para a melhoria do teatro de revista, daí saltou para a televisão, o disco, digressões no estrangeiro (no Brasil, com comediantes locais; na Europa, junto dos emigrantes), etc..

Foi um dos comediantes mais populares e queridos do público português.

Como não estou habilitado a escrever mais do que esta breve evocação, aproveito a deixa para remeter para quem sabe mais. Para além das hiperligações atrás deixadas, sugiro ainda o obituário no Público e esta selecção temática do blogue Ié-ié.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Não há melhor Dantas vivo por aí para escolha?

Para quem não saiba, Pais é encenador teatral. O Dantas original, que mereceu o famoso Manifesto anti-Dantas de Almada Negreiros, foi dramaturgo, para muitos, serôdio e convencional, mas, acima de tudo, um sempre-em-pé situacionista, tendo sacado um «cargo vitalício» enquanto inspector superior das Bibliotecas e Arquivos (até aos anos 1960, existiram destes cargos no Estado português...).

Ah, e outro detalhe importante: Almada tomava Dantas como símbolo 'maior' duma má geração, imprestável, arranjista, etc., e nomeava várias outras figuras. Por isso, este novo 'manifesto' deixa no ar um enigma: qual é a geração de Pais?

Aqui ficam algumas interrogações e inquietações. Na dúvida: Mais pum mais! Venham de lá outros manifestos, mais vale pecar por excesso do que por defeito!

sábado, 9 de maio de 2009

aFIMFA-lhe com marionetas!


Está na rua um invulgar Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA). Começou anteontem, em Lisboa, expande-se hoje para Viseu, depois para Aveiro.

Além dos espectáculos ao ar livre, em várias ruas e praças de Lisboa, Viseu e Aveiro, as sessões decorrerão ainda no Museu da Marioneta, no CCB e nos teatros D. Maria II, Maria Matos, Viriato e Aveirense (vd. programação aqui).

Termina a 7/6. É de aproveitar enquanto dura!

domingo, 3 de maio de 2009

Teatro do Oprimido perde Augusto Boal (1931 – 2009)

boal011 O dramaturgo e diretor teatro, Augusto Boal, morreu hoje, aos 78 anos. Boal, que também era ensaísta e teórico do teatro, ganhou grande notoriedade durante os anos de 1960/70, quando esteve à frente do Teatro de Arena de São Paulo, onde criou o Teatro do Oprimido e pelo qual foi internacionalmente reconhecido por aliar arte dramática à ação social. Também foi nomeado Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco e indicado ao Prêmio Nobel da Paz, ano passado.

“Teatro não pode ser apenas um evento. É forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral, porque tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!” Leia aqui a íntegra de seu último discurso (27/03/09) em comemoração ao Dia Mundial do Teatro.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

No Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, que hoje se celebra, é uma efeméride criada pela UNESCO em 1995.

Este ano, Lisboa associa-se à iniciativa com uma série de iniciativas municipais. Destaque-se a mesa-redonda «Raridades Bibliográficas da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa». Com início às 18h30, tem como moderador Paulo J. S. Barata e intervenientes Álvaro Costa de Matos, Ana Teresa Brito, Filipe Casimiro, Glória Bastos, João Carlos Oliveira, Pedro Mesquita. Paralelamente, inaugura-se a exposição «Raridades Bibliográficas da RMBL» (de 8/IV a 16/V). O espaço escolhido para ambas as iniciativas é a Biblioteca Municipal Camões,  à Bica (+inf. em «Abril - Mês das Bibliotecas»).

Muitas outras cidades acolhem hoje actividades próprias, como tem sido hábito, grande parte organizadas pelas bibliotecas municipais locais. Só para ficar por Portugal: em Évora encena-se «Uma noite na biblioteca», de Luís Varela; em Beja, destaca-se o espectáculo «Pele e Fole», pela Associação Imaginário, que percorrerá a cidade, além de leituras ao desafio por elementos da Homlet – Companhia de Teatro da Sociedade Capricho Bejen; em V. F. de Xira abre ao público a mostra «Vozes da Liberdade: literatura, liberdade e censura» e é lançado um livro, na biblioteca municipal local. Para as iniciativas nestas e noutras cidades do mundo vd. esta notícia.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A sátira como redenção

Em Gogol, para Gogol, foi muito isso que ocorreu: a revelação dos erros, vícios e imperfeições da conduta humana como caminho de redença, resgate, purificação do homem e da sociedade.

Em 2009 celebram-se os 200 anos do seu nascimento. Em Portugal, onde Nikolai Gogol tem tido alguma presença no teatro, recomendo a versão do O inspector geral pelo grupo A Barraca (no Cinearte até 31/5, vd. cheirinho e recensão aqui). Esta é uma das peças do autor que melhor corporiza uma das suas facetas mais fortes, a de crítica da sociedade e dos seus vícios. A estreia original (em 1836) foi um êxito, o próprio czar Nicolau I terá sugerido uma ida ao teatro aos funcionários públicos (dado a peça denunciar alguns dos seus pecadilhos). Porém, as críticas dos sectores reaccionários de S. Petersburgo, que o acusavam de fazer um ataque ao próprio sistema político, cairam mal no dramaturgo, que novamente retomou os seus périplos errantes e desesperados.

Para nosso mal, morreu novo, fugindo do mundo. Para nosso bem, ainda assim legou-nos várias obras de referência na sátira e no grotesco, de grande poder imaginativo e exigência formal e ética. Quanto ao poder imaginativo, recomendo a leitura do fantástico conto O nariz, ou a audição pela voz de Jorge Silva Melo, caso ainda não tenha esfumado a oportunidade (cf. programação do Teatro S. Luiz, em Lisboa). Quanto à exigência formal e ética, a obra central é Almas mortas. Quem estiver interessado, pode consultar e ler algumas das obras de Gogol no Projecto Gutenberg.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Harold Pinter (1930-2008)

Faleceu anteontem o dramaturgo inglês Harold Pinter, vítima de cancro prolongado. Escreveu 29 peças, de que se destacam «The room», «The birthday party», «The dumb waiter», «The caretaker», «The collection» e «The lover». Foi também actor e guionista (assinou o argumento dos filmes «The servant» e «A amante do tenente francês»). Pela mão dos Artistas Unidos, tive o prazer de conhecer o seu teatro, num ciclo que lhe dedicaram há uns anos atrás, em Lisboa. Os AU traduziram ainda alguns dos seus textos (vd. aqui). Foi um intelectual comprometido com as causas da esquerda. Aproveitou o discurso do Nobel da Literatura 2005 para fazer um dos mais assertivos libelos anti-guerra, fustingando os principais fautores da guerra do Iraque, Bush & Blair. Desde que ganhara o Nobel, decidiu centrar-se na poesia, tendo escrito sobre a sua própria doença, como vallera já aqui referira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

You must prepare your bosom for his knife

Pena que as produções teatrais não fiquem algum tempo em cena e, já que uma temporada seria difícil, pelo menos 1 mês ou 2, em vez dos habituais quinze dias.
O lamento vem a propósito da estreia de O mercador de Veneza no Teatro Nacional São João, encenado por Ricardo Pais (talvez o seu último trabalho para aquele teatro do Porto).
Tenho gostado (do que vi) das encenações de Ricardo Pais, da selecção de repertório (no TNSJ tem havido uma programação bem mais consistente do que as escolhas erráticas e tantas vezes falhadas do D. Maria), do seu universo estético e, sobretudo, do modo como «desenha» o confronto no palco, quer das personagens consigo próprias ou entre elas.
Valeria a pena uma ida ao Porto, mas o espectáculo só está até dia 23 de Novembro e é mesmo pouco tempo. Resta esperar que a peça venha a Lisboa, ao Teatro São Luiz, como já tem acontecido. E não deixar de ir ao Porto ver a retrospectiva de Juan Muñoz em Serralves, essa até 18 de Janeiro.
«E o Porto aqui tão perto». Pois.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Grupo Arte e Ciência no Palco apresenta uma peça sobre o físico norte-americano Richard Feynman (1918 – 1988), Nobel de Física, em 1965, e o pai da nanotecnologia. Além de cientista, Feynman se dedicou à pintura e atuou como ator e percussionista em vários espetáculos musicais no teatro universitário. Esteve duas vezes no Brasil e em uma delas desfilou na Escola de Samba “Os Farsantes de Copacabana”, onde tocou frigideira. “E agora, Sr. Feynman” foi escrita pelo norte-americano Peter Parnell e foi encenada na Broadway e em Los Angeles (2001 e 2002) com o título original “Q.E.D”, uma referência à eletrodinâmica quântica. O espetáculo é uma comédia/drama (leia sinopse e ficha técnica aqui) e acontecerá nesta próxima quinta-feira, às 21 horas, no Teatro da PUC Consolação-São Paulo. Os ingressos custam 10 e 5 reais e as reservas podem ser feitas pelos fones (11) 3081. 8865 ou 5575.8368.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Como é que se pode dar uma queca a pensar no Papa?

É fácil, basta ser-se católico convicto e, ainda assim, usar-se o preservativo. Ou, na versão ortodoxa light, achar que se pode fazer uma interrupção na operação antes do fogo-de-artifício. E por aí fora...
O título glosa um dos gagues da comédia teatral «Coçar onde é preciso», de José Pedro Gomes, ontem transmitida pela RTP1.
Não tive a oportunidade de ver a peça em 2005, quando correu os palcos do país, mas ela mantém toda a frescura. O texto ajuda, pois é 'intemporal': tudo gira em torno do que é ser "portuga". Desde as burocracias na Loja do Cidadão, passando pelos mirones, as tabuletas, o amor e a velhice.
A mim, fez-me lembrar alguns momentos desse inesquecível «O que diz Molero», também interpretado por José Pedro Gomes, além do António Feio.
Foram 90 minutos de deleite por um grande one man show. Tomara que regresse com outra peça assim.
PS: aqui fica mais informação numa reportagem de 2005.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

alkantara festival, ou o novo teatro político

Começou ontem o alkantara festival, que se estenderá até 8 de Junho. Este ano, o evento apresenta-se sob o signo do teatro político, sinal dos tempos (a este propósito, a introdução ao programa pelo seu mentor, Mark Deputer, é muito estimulante), agora abordando novos problemas, com grande diversidade de linguagens, propostas e proveniências (sim, é verdade, o mundo já não se reduz ao «Ocidente»...).
Em 17 dias, Lisboa receberá 26 espectáculos, em 78 sessões, de artistas oriundos de Portugal, Austrália, Índia, Turquia, Nova Zelândia, República Democrática do Congo, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Suíça, EUA, Alemanha, Argentina, República Checa, Brasil, Líbano, França, Argélia e Colômbia.
Decorrerá em 17 teatros e espaços (Auditório Carlos Paredes, Castelo de São Jorge, Centro Cultural de Belém, Culturgest, Espaço Alkantara, Espaço Land, Hospital Miguel Bombarda, Museu da Electricidade/Central Tejo, Museu do Oriente, Palácio Nacional da Ajuda, Maria Matos Teatro Municipal, São Luiz Teatro Municipal, Politécnica e Teatro Meridional).
O programa da RTP2 Câmara Clara dedicou-lhe a sua última sessão (a qual pode ser vista na Internet aqui).

terça-feira, 8 de abril de 2008

Emily

Um espectáculo de Gerardo Naumann na Culturgest.
Quinta 10, Sexta 11, Sábado 12 e Domingo 13 de Abril de 2008
21h30 (17h00 dia 13) · Tergom Studio · Duração 1h00 · 12 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

Olá, sou o Juan, diz o Juan. Esse lápis é do Pedro, diz o Carlos e aponta para um lápis. O que farias se fosses milionário?, pergunta Gabi. Fala-se assim? A Emilia fala assim. Na realidade, todos falam assim. Todo o espectáculo foi escrito a partir de cenas de livros de ensino de línguas. Como se fosse mais importante manter isso do que outra coisa. Como se fosse mais importante voltar a representar o que esses livros fazem, que é representar. E aí está Emilia que vai à escola e diz que quando for grande quer ser bailarina e cantora e um dia se muda para Londres. Ali chama-se Emily. Traduz-se o nome. E a personalidade? Emily cresce mais e mais como os actores quando estão a actuar. Um dia apaixona-se. O amor é um lugar comum ou um terramoto? A sua vida é trágica como em toda a representação. No final, Emily é uma senhora idosa que vai viver para o campo. Muuuu.
Gerardo Naumann

O espectáculo estreou em Lanús, subúrbio de Buenos Aires, na loja de cozinhas e casas de banho Imhotep em Abril de 2006. Integrou a programação do Festival Internacional de Buenos Aires 2007. Em Lisboa decorre na loja de cozinhas e mobiliário Tergom Studio.

Gerardo Naumann trabalha em Buenos Aires. Estudou filosofia e letras na UBA. Encenou e fez a dramaturgia de Cosas (2002, Festival del Rojas). Em 2003 fez a dramaturgia de ¡Sentate! El zoostituto com conceito e encenação de Stefan Kaegi (ciclo Biodrama, Complejo de Buenos Aires). Em 2006 recebeu duas bolsas para o desenvolvimento do guião de longametragem Uruguay. Participou no Theaterforum do Berlinerfestspiele 2007 (sobre teatro político). Deu aulas na Akademi for Scenekunst (Noruega). Está a realizar duas séries documentais em DVcam: Trabajo e Quemado. Publicou textos literários em várias revistas e participou em leituras com outros escritores. Dá um seminário de escrita de argumento na UBA e aulas particulares de dramaturgia e montagem.

Com Marianela Impaglione, Rita Carou, Carolina Guareschi, Diego Jalfen, Eusebio Fava
Conceito, encenação e dramaturgia Gerardo Naumann (versões de diálogos/cenas de livros de ensino de línguas)
Assistência de encenação Natalia Barry
Espaço Gerardo Naumann e Catalina León
Movimento Leticia Mazur
Arte electrónica Martín Fernández
Espectáculo falado em castelhano (com legendas) e inglês
*texto da Culturgest

quarta-feira, 5 de março de 2008

TURBO-FOLK


TURBO-FOLK

Teatro Praga

6 A 15 MAR

QUARTA A SÁBADO ÀS 21HOO

DOMINGO ÀS 17H3O

SESSÃO COM INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA: 9 MAR, DOM, ÀS 17H30

SALA PRINCIPAL


Turbo-Folk (título derivado do conceito musical sérvio para denominar o estilo de música tradicional com um 'up-rooting pop') surge como espectáculo comunitário que, na senda dos Persas de Ésquilo, (des)congela as relações Leste e Far Oeste. Artilhado de entrevistas à comunidade de imigrantes do leste e a intelectuais envolvidos em políticas de emigração e do fabuloso mundo crítico do esloveno Slavoj Žižek, Turbo-Folk é uma afirmação sobre a tolerância multicultural versus a intolerância ideológica. Turbo-Folk é uma revolução dos sem parte, entre um percussionista estónio semi-perdido e um show a solo de uma cantora lírica ucraniana. Turbo-Folk é uma celebração de imigrantes.


Concepção Teatro Praga

Interpretação Ana Só, André e. Teodósio, Andres Lõo, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Inês Vaz, Larissa Savchenko, Luiza Dedicin, Patrícia da Silva, Pedro Penim

Com a colaboração de André Godinho, Catarina Campino, Javier Núñez Gásco, José Maria Vieira Mendes, Rogério Nuno Costa, Vasco Araújo

Desenho de Luz Daniel Worm d'Assumpção

3 Dentes de Ouro vestidos por Mariana Sá Nogueira

Apoio à cenografia João Gonçalves

Produção Pedro Pires e Joana Gusmão

Uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal em co-produção com o Teatro Praga.

PREÇÁRIO €10 A €20 (com os habituais descontos do SLTM) / Bilhetes a €5 para menores de 30 anos
*texto de Pedro Pires

terça-feira, 4 de março de 2008

Repartição

Teatro · De terça 4 a Sábado 8 de Março de 2008, 21h30 · Grande Auditório (lotação reduzida)· Duração (espectáculo em criação) · 12 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

De Miguel Castro Caldas. Um espectáculo dos Primeiros Sintomas.
Depois de Nunca-Terra, em vez de Peter Pan, espectáculo apresentado em 2005, os Primeiros Sintomas voltam a co-produzir com a Culturgest um novo texto de Miguel Castro Caldas. O texto está publicado, em co-edição, na colecção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos.
Ana começa. Acabaram as repartições de finanças. Ana entra em conflito interno. Acabaram-se as repartições de finanças. A voz da Ana várias vozes. Vozes de outros. O cúmulo dos outros é o funcionário da repartição de finanças a quem vamos declarar os rendimentos. O funcionário está doente. Ana tem de ir a casa dele. Era o tempo da última repartição de finanças. Viagem. Leito de morte do funcionário. Momento amoroso, em que Ana declara os rendimentos ao funcionário moribundo.(Miguel Castro Caldas)

Miguel Castro Caldas já escreveu para os Primeiros Sintomas, sempre com encenação de Bruno Bravo, as peças A Montanha Também Quem (2003), O Homem do Pé Direito (2003), O Homem da Picareta (2003), Conto de Natal – variações de Dickens (2004), Nunca-Terra (2005), É bom boiar na banheira (2006), E agora baixou o Sol (2007). Para o actor Gonçalo Waddington escreveu Comida (2006).Os Primeiros Sintomas existem desde 2001. Para além das encenações de Bruno Bravo e dos textos de Miguel Castro Caldas, trabalharam com os autores Francisco Luís Parreira e Fernando Villas-Boas e com os encenadores Sandra Faleiro, Cristina Carvalhal e Gonçalo Amorim. Fizeram também espectáculos a partir de Mary Shelley, Paul Auster e Boris Vian. Montaram ainda Endgame de Beckett (2004) e Foder e ir às compras de Mark Ravenhill (2007).
*texto da Culturgest