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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tati visto pelo cineasta de Belleville rendez-vous

Um encontro feliz, baseado num argumento inédito de Tati e que resulta num filme de animação elogiado pela crítica. Intitula-se O mágico, é realizado por Sylvain Chomet e estreou nos cinemas portugueses. Let's look at the trailer? Então, resta-nos agradecer a vossa atenção e desejar-vos Boas Festas e Feliz Natal!!!

domingo, 20 de setembro de 2009

Dinner for one: imperdível ementa do melhor humor inglês

O sketch que segue em cima é um dos melhores pitéus do humor inglês. O seu argumento é dos anos 1920, e o actor Freddie Frinton interpretou-o pela primeira vez em 1945. Nos anos 50, adquiriu os respectivos direitos para o levar aos palcos ingleses sem ter que pagar royalties. O êxito foi tal que foi comprado para a Broadway.

Também os alemães se interessaram por ele, e a peça foi representada ao vivo no programa dum entertainer famoso, Peter Frankenfeld, em 1963. Novo sucesso levou à sua gravação para televisão no Hamburg's Theater am Besenbinderhof, dois meses depois, sob direcção de Heinz Dunkhase (é esta versão da NDR que as tv's actualmente mais passam). Em 1972, uma tv alemã decidiu retransmitir o sketch na passagem de ano e, desde então, tornou-se uma tradição alemã dessa quadra!!! Mais tarde sucedeu o mesmo na Escandinávia, Áustria, Holanda, Austrália, etc. E esta voga deve-se, em grande medida, ao facto de ser considerado um marco do humor 'tipicamente' inglês. Curiosamente, caiu no esquecimento na própria Inglaterra, dando razão ao provérbio «santos da casa não fazem milagres».

Outro aspecto curioso é que o Frinton deste sketch, excelentemente acompanhado pela actriz May Warden, faz lembrar passagens doutros actores como Vasco Santana (em O pátio das cantigas, salvo erro) ou Jacques Tati (nos filmes do sr. Hulot). Aliás, sobre as semelhanças com Vasco Santana descobri outro sketch de Frinton, The drunk, que ainda é mais surpreendente.

A versão que aqui fica tem c. de 10 minutos e é a preto-e-branco, uma opção seguida pela maioria das tv's ainda hoje em dia. Porém, há também esta versão a cores, com um intróito dum apresentador alemão (pode-se passar adiante), mas sem a banda sonora de acompanhamento. Existe uma versão paralela da que apresento, mas com outros ângulos de filmagem e a sincronização não parece tão boa.

Ah, é verdade, e escolhi fazer este post hoje pois cabe às mil maravilhas na rubrica «vinhos ao domingo», como podereis constatar. Além de ter vinho do Porto, claro, não fosse um repasto 'tipicamente' inglês!!

Fontes: BBC; Everything2; Wikipedia; filmografia completa de Frinton aqui.

sábado, 22 de agosto de 2009

E porque estamos em plena canícula...

... nada mais apropriado que relembrar um grande filme, As férias do senhor Hulot, bem como a restante obra de Jacques Tati. Porque de senhor Hulot temos todos um pouco.
Na senda da dica de Abril passado, agora é a vez de sugerirmos uma ida ao surpreendente site oficial do cineasta, Tativille, e à belíssima página que a Orange lhe dedicou.


Então, bom Verão para todos!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

O duplo assassinato do sr. Hulot, ou nem tanto


Não é um policial, mas bem podia ser. É apenas mais um caso dos tempos que correm: o famoso Monsieur Hulot não pôde aparecer de cachimbo no anúncio à retrospectiva organizada pela Cinemateca Francesa, devido às leis antitabágicas. Pior do que isso: no lugar do cachimbo, surge uma disparatada mini-ventoínha, símbolo do metro de Paris (vd. aqui), empresa que, pelos vistos, tem alguém muito manholas a trabalhar na publicidade lá da casa. Costa-Gravas, director da Cinémathèque Française, também parece ter sabido aproveitar bem a ocasião, granjeando até o apoio da Liga dos Direitos do Homem.

Mas nem tudo são desgraças (ao invés do que pode levar a crer o supracitado diário): no site da Cinemateca Francesa, Hulot surge imaculado, com o seu adereço inconfundível. Vale a pena dar uma espreitadela. Tem excertos da banda-sonora do filme O meu tio e está muito apelativo em termos gráficos. A retrospectiva só acaba em Agosto. Jacques Tati, se fosse vivo, teria aqui bom material para fazer mais uma crónica irónica à «vida moderna».