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domingo, 25 de março de 2012

Encontros livreiros é com o Medeiros!

Pois, pois, porque é já hoje a 3.ª edição dessa festa do livro e das suas gentes que o livreiro Manuel Medeiros organiza com tanto entusiasmo e rigor, sempre em Setúbal, na Av. 22 de Dezembro, 23, pelas 15h. Fica o desafio para quem puder, pois já são muitos os que prometeram comparecer. Este ano não posso, mas para o ano irei novamente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um bistrot especial em terras de Bocage

Houve um tempo em que as livrarias eram apenas uns botecos mais nas urbes em que crescemos. Em quantidade reduzida.
Era o tempo das papelarias-livrarias. E das livrarias com fotonovelas, comics  e outros livros apetecidos de banda-desenhada.
Depois, fui-me apercebendo que estas lojas eram mais atabalhoadas do que as outras (descontando as drogarias) e não saltitavam do Outono/ Inverno para a Primavera/Verão.
Já na grande cidade tive a sorte de ir descobrindo os alfarrabistas e um ou outro resquício das antigas tertúlias do Chiado. Até que chegaram as novas livrarias culturais, autênticos pólos polivalentes de animação cultural. Delas fui falando em textos entusiásticos neste blogue e no Fuga para a Vitória (vd. I, II, III, IV, V e VI).
Mal sabia eu que estas tinham um predecessor que se mantinha incólume, qual farol, em terras do Sado, em terras de Bocage. Felizmente tive o prazer da sua revelação quase em simultâneo, já lá vão uns bons anos. É isso mesmo, falo-vos da garbosa Livraria Culsete, que este sábado puxa novamente dos galões para acolher o II Encontro Livreiro, um must no calendário das tertúlias culturais sobre o mundo da edição e do livro, capitaneado pelo sábio Manuel Medeiros.
O título irrequieto já diz tudo: «Isto não fica assim!». Ah pois não, eles vão ver. É já no próximo domingo, pelas 15h, seguido por um bom Moscatel de Setúbal. Que mais se pode pedir?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A vez da rádio

Para quem gosta de boa divulgação cultural e de boa rádio, aconselho o programa «Império dos Sentidos», de Paulo Alves Guerra, nas manhãs da RDP2 (7-10h).

É um daqueles programas à antiga, onde há tempo para ouvir e dialogar com as pessoas, para escutar a música, transmitir as notícias, etc. Hoje, o jornalista Paulo Alves Guerra conversou com o responsável da livraria Poesia Incompleta, que celebra um ano de existência e é já um marco no circuito alfacinha.

E deu-nos um cheirinho dum dos últimos álbuns dos fervilhantes Hespèrion XXI, «Istambul. Dimitrie Cantemir. "Le Livre de la Science de la Musique" et les traditions musicales Séfarades et Arméniennes». Ainda sob a direcção de Jordi Savall, fiquei a saber doutra obra de fôlego, «Don Quijote de la Mancha, Romances y Músicas» (para os interessados vd. ficha no catálogo da Alia Vox). Mas esta foi já uma descoberta da minha iniciativa. As conversas são como as cerejas...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Falar de livros pela positiva, ou melhor, de livrarias, isso!

Para não dizerem que só falamos de livros em situações esquisitas, envolvendo pais contra livreiros e polícias investindo contra capas, etc. & tal, vamos falar de livros pela positiva. Isso. Nesta vertente, nada melhor que referir aqueles espaços que tratam bem os livros, tal como os craques tratam bem os esféricos dentro das quatro linhas. Referimo-nos a livrarias, mas não indiscriminadamente, não senhor. Falamos daquelas livrarias cujos responsáveis têm prazer no projecto, na leitura, em livros, autores e géneros fora do mainstream (incluindo o ensaio!!). Que se preocupam em tornar acolhedor o contacto com os livros (e, frequentemente, com objectos também comestíveis, como doces, salgadinhos, cafézinhos, etc.). E em animar a malta com iniciativas culturais (incluindo lançamentos de livros e palestras), intervenção cívica, com blogues próprios, etc.. Pois bem, como a conversa já vai longa, aqui ficam mais algumas, recentes, a aditar às que referimos em posts anteriores (I, II e III).

Começo pela Poesia incompleta, inaugurada no crepúsculo de 2009, para os lados de S. Bento, em Lisboa. É uma livraria só dedicada à poesia, pois, segundo o proprietário, Mário Guerra, a quantidade e qualidade da edição poética portuguesa e outra por cá editada justificava plenamente o desafio. Dentro do género tem de tudo, isto é, desde livros antigos a recentes. As novidades são anunciadas regularmente no blogue, o qual também se ocupa doutros temas, para além do horário peculiar, flutuante mas extenso (não há cá madraços, atenção...).

Segue-se a Gato vadio, situada no Porto e que já existe desde 2007, pelo menos. Também especializada em poesia (e em filosofia e em teatro e...), dedica especial atenção à intervenção cívica (e política!) e aos serões culturais complementares. O próximo serão, já em Março, contará com o incontornável Alberto Pimenta, acompanhado por César Figueiredo na leitura da 2.ª edição de Autobiographie mutuelles.

Por fim, e para não nos ficarmos só pelo litoral, aqui fica uma sugestão de visita à eborense Intensidez bibliocafé, ou, simplesmente, Intensidez. Esta livraria-cafetaria, que está aberta até tarde (10-2h), tem um espaço grande, onde acolhe as suas próprias publicações (sobretudo teatro, poesia e ensaio), realiza palestras, lançamentos de livros, tertúlias, concertos (para além da cafetaria, também elogiada). O blogue Intensidez actualiza toda a informação. Vem mesmo a tempo, para substituir a efémera Som das Letras, encerrada no Verão de 2006.

E pronto, aqui ficam 3 sugestões, em 3 cidades diferentes. Para a próxima, a ver se arranjo tempo para tomar o pulso às editoras, também elas importantes para a multiplicação dos livros (e como eles se multiplicam por cá...).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Novas livrarias, novos pólos culturais

Inaugurou ontem um "novo espaço cultural", a Livraria Círculo das Letras (R. Augusto Gil, 15b; ao Cp. Pequeno), abrindo com uma exposição de homenagem ao pintor Rogério Ribeiro e uma palestra de António Borges Coelho.
Hoje é a vez da Byblos (R. Carlos Alberto da Mota Pinto, 17; às Amoreiras), anunciada como a maior de Portugal, um espaço com 150 mil livros e sua localização por chip electrónico (junta-se à sua irmã portuense).
Entretanto, e só em Lisboa, abriram a Fabula Urbis (R. Augusto Rosa, 27, em Alfama), a Trama (R. São Filipe Néri, 25b; ao Lg. do Rato), a Pó dos Livros (Av. Marquês de Tomar, 89A), a Fábrica do Braço de Prata/ Ler Devagar & Eterno Retorno (R. Fábrica do Material de Guerra, 1; defronte aos CTT do Poço do Bispo) e a Letra de Livros (Calçada do Combro, 139; à Bica).
aqui falara do novo perfil destas livrarias: conciliar a oferta de livros com iniciativas culturais, desde lançamentos de livros, exposições, palestras, etc..
Além disso, todas apostam sobretudo em fundos de colecção, ou seja, livros que já não são novidade. Ou seja, a maioria! Prestam especial atenção ao ensaio, às ciências sociais e humanas, à poesia e ao teatro, rompendo com a fixação no best-seller, no livro-bibelot, na auto-ajuda e outros derivativos fast food. A alta rotação da edição portuguesa e a adesão automática das livrarias 'clássicas' ao modelo de venda ao quilo deu ainda mais alento a pessoas ousadas para se lançarem num modelo de espaço livreiro mais dinâmico, aberto e polivalente. A exemplo do que sucedeu com as bibliotecas públicas municipais na Europa, desde os anos 60.
Não há fome que não dê em fartura…