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quinta-feira, 3 de julho de 2008


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ingrid Betancourt foi finalmente libertada!!!

É verdade, soube-se há um pouco: a libertação da senadora pacifista colombiana Ingrid Betancourt ocorreu hoje mesmo, por resgate militar. Ufa, já não era sem tempo!!!
Na mesma ocasião foram libertados vários outros reféns proeminentes. A ver vamos se este gesto pode ser o princípio da pacificação da Colômbia.
Mais informação disponível aqui ou aqui.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Madri faz ato de solidariedade aos sequestrados das Farc

A Casa da América de Madri cobriu hoje as janelas da sua fachada com as fotos de 10 reféns em poder das Farc. Este ato de solidariedade foi acompanhado por uma leitura pública de cartas dirigida aos quase 1.000 inocentes que se encontram prisioneiros e submetidos a condições sub-humanas na selva colombiana.

quarta-feira, 12 de março de 2008

A própria América Latina ganhou (e muito)!

Depois de ler esta notícia, e vendo as coisas de longe parece-me que há ainda ganhadores e perdedores na crise da semana passada na América Latina, que vale a pena referir (para além dos que já referiu o Manolo). De facto Chávez ficou mais uma vez mal na fotografia com a sua extemporânea escalada militar. O presidente colombiano Uribe, obviamente, ficou pior ainda porque violou o território, logo a soberania, de um país vizinho com o qual não está em guerra. Mais ainda porque impediu que os reféns das FARC sejam libertados nos tempos mais próximos - o que era talvez o seu real objectivo -, e não apenas porque as FARC se entrincheiram ainda mais ao serem atacadas, mas porque Reyes, o n°2 das FARC abatido estava a estabelecer contactos com vários países, nomeadamente a França, para negociar a libertação dos reféns. Há m pormenor importante nesta crise: a operação militar colombiana foi desencadeada por informações fornecidas pelos Estados Unidos (segundo o próprio ministério da defesa colmbiano), o que é bem revelador do quanto a administração Bush está interessada num clima de estabilidade na região. Sendo que a solução diplomática acabou por vingar a administração Bush é quem sai a perder da situação. Não deixa de ser muito significativo que a Colômbia, o hoje em dia o único real aliado dos E.U.A. numa região em que estes tinham por hábito pôr e depor ditadores a seu bel prazer, vendo-se encurralada e tendo que escolher entre a estrtégia de Bush e os seus vizinhos, tenha preferido estes. E não acredito que tenha sido um súbito acesso de boa-vontade de Uribe, que já demonstrou ter muito poucos escrúpulos, mas é tão mais significativo quanto Uribe tenha sido obrigado contra-vontade a optar pelos seus vizinhos em detrimento de Bush. Quer dizer que os vizinhos tem influência e poder suficientes para contrariar a política de Bush (e já agora a de Chávez também, já que este estava tão desejoso de uma escalada quanto o presidente gringo). Quem sai a vencer é afinal a América Latina, que conseguiu encontrar dentro de portas a solução para o imbróglio, demonstrando maturidade política e diplomática, e autonomia em relação aos E.U.A. Pelo que li parece que foram vários os líderes políticos locais que se envolveram decisivamente para procurar a solução diplomática, os presidentes da Argentina (Cristina Kirchner), do México (Felipe Calderon), da Niquerágua (Daniel Ortega) e da República Dominicana (Leonel Fernandez). É toda a América Latina quem sai a ganhar.

terça-feira, 11 de março de 2008

Quem perdeu e quem ganhou na AL (se é que alguém ganhou)

Ao procurar um inimigo externo para mascarar graves problemas internos e, assim, tentar reaglutinar sua base política na Venezuela, Hugo Chávez praticamente declarou guerra à Colômbia e pôs a estabilidade de toda a América Latina em xeque. Ao contrário do que ele imaginou, sua popularidade, que vem despencando dia-a-dia, caiu mais ainda. A sua manobra intempestiva de levar o continente à guerra não foi bem recebida, principalmente entre os venezuelanos, que se mostram aterrorizados com as atitudes cínicas e espalhafatosas de seu líder parlapatão. Pior, a sua resposta à crise estabelecida entre Colômbia e Equador foi muito mal-vista e condenada por todos as pessoas (estadistas ou não) de bom senso. Mais uma vez o tiro saiu pela culatra e a sua obsessão de se tornar um líder regional fica cada vez mais distante. Aliás, uma alternativa que se já foi possível num passado recente, torna-se hoje improvável e descabida. Prova disso, foi o seu total isolamento na reunião extraordinária da OEA (Organização dos Estados Americanos), que decidiu por unanimidade dar uma solução diplomática ao conflito, mas sem deixar de condenar a atitude colombiana.

Se o cenário não está às mil maravilhas pra Chávez, o mesmo não se pode dizer do presidente colombiano, Álvaro Uribe. Sua ação foi condenada por todos os países (exceto, é claro, pelos EUA de Bush). E não poderia ser diferente, pois nada justifica a violação de um direito internacional. Entretanto, internamente ele se fortaleceu ainda mais. Segundo sondagens divulgadas logo após a incursão militar realizada no Equador contra as Farc, a avaliação positiva de Uribe passou de 70% para quase 90%, o que o torna o presidente mais popular da América do Sul, dando condições políticas que lhe permita realizar uma reforma constitucional para ir em busca de seu ambicionado terceiro mandato. Parece-me que a moda de se perpetuar no poder voltou à América Latina. É como blue jeans que serve pra todas as ocasiões: um verdadeiro (ul)traje a rigor pra todas as estações do ano.

Neste imbróglio todo, quem demonstrou maturidade de chefe de Estado foi o presidente equatoriano, Rafael Correa, que buscou na via diplomática a solução da crise. Foi contundente nas palavras ao defender a soberania territorial de seu país (e não poderia ser diferente), mas não se fechou à intransigência de quem queria ver o circo armado por Chávez pegar fogo. Pecou no início ao ter dado ouvidos aos bufões peçonhentos do presidente venezuelano. Este foi este seu único erro. E se persistir futuramente nele terá muito a perder. Denunciou com muita propriedade e lucidez que usar o argumento da incursão preventiva, como fez Álvaro Uribe, é condenável sob qualquer aspecto e um péssimo precedente que poderá colocar em risco a estabilidade de toda a região. Ganhou respeito internacional ( que tem a sua popularidade interna bem alta) e se tornou uma alternativa viável para liderar as negociações que envolvam a libertação de reféns pelas Farc.

Nb: Foto-montagem da Reuters

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Perguntar não dói

Essa história de Sarkô querer se aventurar na selva pra garantir a libertação
pelas Farc da franco-colombiana Ingrid Betancourt seria um gesto humanitário,
ou mais uma jogada de puro marketing do presidente francês? Ó dúvida cruel!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Um triste aniversário

Faz hoje 5 (cinco!) anos que Ingrid Betancourt, então candidata à presidência da república da Colombia pelo partido ecologista, e a sua colaboradora Clara Rojas, foram tomadas como reféns pelas FARC. A últimas imagens recolhidas de ambas são de um vídeo feito pelas FARC em Maio 2003, desde então não há notícias confirmadas sobre a sua condição.
As FARC mantêm prisioneiros qualquer coisa como 3000 reféns.