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terça-feira, 6 de julho de 2010

Colóquio internacional sobre Paul Ricoeur começa amanhã

O nome original deste encontro internacional é Reading Ricoeur Once Again: Hermeneutics and Practical Philosophy / Relire Ricoeur à notre tour: herméneutique et philosophie pratique, uma vez que as línguas de trabalho serão o inglês e o francês.

Pretende ser uma homenagem àquele que é, segundo os organizadores, «uma das figuras mais importantes da filosofia contemporânea». Serão apresentadas mais de 100 comunicações sobre o seu contributo para a Ética, a Filosofia Social e Política e a Hermenêutica . Entre os oradores contam-se alguns dos maiores especialistas mundiais da obra de Ricoeur, como Axel Honneth (Johann-Wolfgang von Goethe Universität), sucessor de Habermas na direcção do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt e um dos filósofos mais influentes da actualidade, Richard Kearney (Boston College), divulgador da filosofia contemporânea europeia nos EUA, bem como diversos membros do Fonds Ricoeur (Paris).

Decorrerá até sábado, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (torre B, piso 1, aud.º 1). A organização cabe ao Centro de História da Cultura da FCSH-UNL e ao grupo Linguagem, Interpretação e Filosofia da Universidade de Coimbra.

domingo, 19 de julho de 2009

As contas do Sr. Sarkozy

As boas contas fazem os bons amigos, excepto no caso de Nicolas Sarkozy. Pela primeira vez em França o Tribunal de Contas inspeccionou as contas de um Presidente da República (relatório disponível aqui). Como resultado Nicolas Sarkozy teve que devolver 14000 euros ao estado, de despesas particulares pagas "por engano" com dinheiros públicos. Mas 14000 euros não é nada comparado com os quase 400 mil que a presidência pagou à empresa Opinion Way, ao longo de 2008, para encomendar sondagens que foram depois publicadas em media supostamente independentes, no caso o Le Figaro e a LCI. Temos portanto o presidente a tentar manipular a opinião pública à custa do dinheiro dos contribuintes, e não foram uma nem duas sondagens, foram 15 num ano, ou seja mais de uma por mês. O Tribunal de Contas criticou severamente estas sondagens "patrocinadas" pela presidência ("commandités" é a palavra usada no relatório) e outras despesas ainda como por exemplo as viagens oficiais, em que considera que podem ser feitas economias. O Le Figaro pelo seu lado decidiu não mais publicar qualquer sondagem realizada empresa OpinionWay porque prejudicam a credibilidade do jornal.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E o prémio "deixa-me pôr em bicos de pés para a tomada de posse de Obama" vai para...

Ségolène Royal que nos assegura ter inspirado Obama, que acha ter sido copiada pela equipa de Obama, e que se deslocou a Washington para assistir ao discurso de Obama numa cadeirinha a 200 metros de distância.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Quem foi o perigoso esquerdista radical que disse uma barbaridade destas?

"Num contexto onde, desde há vários anos, os salários progridem muito mais devagar que os rendimentos do capital, não é de todo anormal que os rendimentos do capital sejam tributados para revalorizar o trabalho dos mais desprotegidos. Se há dinheiro no cimo, também tem que haver dinheiro em baixo."

Dou-vos uma pista, citação na sua versão original é em francês:
"Dans un contexte où, depuis plusieurs années, les salaires progressent beaucoup moins vite que les revenus du capital, il n'est pas anormal que les revenus du capital soient mis à contribution pour revaloriser le travail des plus démunis. S'il y a de l'argent pour le haut, il doit aussi y avoir de l'argent pour le bas."

Eh oui, foi Nicolas Sarkozy, em defesa do seu novo plano de pagar as políticas sociais com a tributação dos rendimentos do capital. É lindo ver Sarkozy render-se desta maneira à política de esquerda, e, diria mesmo, à retórica da esquerda. Só é pena (para ele) esta medida desiludir profundamente aqueles que até aqui mais apoiram Sarkozy, a direita liberal. Um a um vai perdendo todos os sectores do seu prórpio eleitorado. Mas isso é problema dele. Acho muito bem esta viragem à esquerda.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Os rumores da locura do presidente francês foram manifestamente exagerados

Passados todos estes anos chegamos afinal à conclusão de que os rumores da loucura do presidente da república francesa, e que levaram a que o seu mandato durasse apenas alguns meses, foram afinal manifestamente exagerados. É certo que era um homem que vivia na angústia de desagradar, que era hiperactivo, que lidou mal com o facto de um presidente da república ter afinal menos poderes do que aqueles que pensava. É certo que o excesso de pressão a que um presidente da república está sujeito o conduziu a acessos coléricos e a episódios de depressivos. Viveu rodeado de guarda-costas o que o isolou do contacto com os outros, e a sua relação com o seu pai também não terá ajudado, bem pelo contrário. Esse excesso de pressão terá levado ocasionalmente à hiperexpressividade e à desintegração relativa do EU. Mas era apenas um homem apaixonado, não um homem passional. Os seus discursos inflamados denunciavam uma necessidade de seduzir, de atrair para si as atenções, e a sua inclinação teatral. Teria afinal uma vocação e sensibilidade artísticas, e falhou talvez uma carreira nas artes dramáticas. E mesmo que seja verídico o episódio em que terá descido ao jardim do seu castelo semi-nú e falado tranquilamente com o jardineiro antes de se banhar num tanque para depois não ter consciência do sucedido, mesmo que seja verdade que caiu pela borda fora do comboio presidencial em andamento a meio da noite durante o sono, muitos dos mitos que se contam a seu respeito são completamente infundados. Não é verdade (ou melhor, não há provas credíveis) que tenha sido a sua mulher quem assinou a sua carta de demissão, nem que tenha assinado documentos oficiais com a firma de Napoleão ou Vercingétorix, nem tampouco que tenha sido certa vez encontrado pelos seus colaboradores refugiado em cima de uma árvore. Não era afinal o presidente tresloucado que o folclore normalmente representa. Era apenas um homem que sucumbiu à pressão, atacado pelo excesso de fadiga, resultante de demasiado trabalho, de demasiada entrega às suas funções presidenciais.
Tudo isto e muito mais se aprende na Wikipédia, a respeito de Paul Deschanel, Presidente da República Francesa de 18 de Fevereiro a 21 de Setembro de 1920.

domingo, 3 de junho de 2007

E para quem acha que hoje em dia já não se marcam golos espectaculares


Do renascido enfant terrible do futebol francês: Nicolas Anelka.