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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fernando Lopes (1935-2012): o pioneiro do «novo cinema português»

Preparou-se cedo, na meca londrina, e começou novo, tal como o cinema que fez. Tem filmes marcantes, alguns percursores. Ontem, revendo Belarmino, não pude deixar de repisar a sensação de obra inspiradora de filmes como Touro enraivecido, de Scorcese, feito muito anos depois.
Fernando Lopes foi um cineasta importante mas algo secundarizado, pela sombra de Manoel de Oliveira e César Monteiro. Ousou transpor para cinema obras grandes da literatura portuguesa, como Uma abelha na chuva, de Carlos de Oliveira, e O delfim, de José Cardoso Pires.
Obituários no Público, DN e JN.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Miguel Portas (1958-2012): um socialismo humanista e europeísta

«Miguel Portas morreu aos 53 anos», por São José Almeida e Rita Brandão Guerra
Adenda: só agora li a última entrevista de Miguel Portas ao Expresso, que recomendo. Começa bem logo no título, «Quem não se arrepende de nada, ou é parvo ou santo», e é da autoria de Luísa Meireles e Rosa Pedroso Lima.

domingo, 25 de março de 2012

Antonio Tabucchi, o mais pessoano dos italianos (1943-2012)

«Morreu Tabucchi, o escritor italiano que escolheu Portugal», por Sérgio B. Gomes, João Pedro Ferreira e Nicolau Ferreira
PS: o seu livro A cabeça perdida de Damasceno Monteiro será lido integralmente na Casa Fernando Pessoa, no próximo dia 2 de Abril, a partir das 10h30.

domingo, 11 de março de 2012

Giraud/ Moebius, o desenhador versátil que recriou o western e a ficção científica (1938-2012)

«Morreu Jean Giraud, o autor que mais influenciou os criadores do seu tempo», por Carlos Pessoa

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fernando Lanhas, o abstraccionista de corpo inteiro (1923-2012)

«Morreu o pintor Fernando Lanhas»

domingo, 18 de dezembro de 2011

Cesária Évora (1941-2011): sôdade

Voz quente, pé descalço, coração de embalar.

A ouvir, sempre.

Obituários no Público e no The Guardian.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mário Alberto (1925-2011), o cenógrafo iconoclasta

Tem razão o Viriato Teles.
Com ditos como o que se segue, era este o homem que devia estar ao leme:
Chico-espertos deste país, ide todos à badamerda!

«Morreu o cenógrafo Mário Alberto, fundador de A Barraca», notícia da LUSA

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lucian Freud (1923-2011): reinventor do retrato

«Lucian Freud - Corpo a corpo com a carne», por Pedro Rosa Mendes

sábado, 30 de abril de 2011

David Lopes Ramos (1948-2011): um homem bom, um grande jornalista e o mestre que nos revelou a gastronomia portuguesa

Para mim, David Lopes Ramos será sempre um mestre-artífice dos jornais, de o diário e do Público. Com ele fiquei a gostar ainda mais de ler a imprensa, pela sua escrita simples e ao mesmo tempo elegante e rigorosa. Por ele e outros como ele continuei a ler o Público.
Com ele aprendi também a partilha, a generosidade, o sentido de justiça social.
Além disso, e tal como todos os sortudos que o leram, tive o prazer de poder descobrir a gastronomia portuguesa pelo seu olhar.
É uma injustiça tremenda esta sua partida tão precoce.
Para quem quiser saber mais sobre a sua vida preenchida e o seu exemplo de jornalista, cidadão e crítico gastronómico vale a pena ler este e este textos do Público.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011): o companheiro português da Escola dos Annales

Foi divulgada agora a triste notícia do falecimento dum dos maiores historiadores portugueses de sempre. Especialista na expansão lusa da era moderna, Vitorino Magalhães Godinho foi ainda uma pessoa com gosto pela intervenção cívica e pelo debate de ideias. Por causa disso, foi perseguido pelo salazarismo e teve que se exilar em França, no pós-II Guerra Mundial. Aí trabalhou com cientistas como Lucien Febvre e Fernand Braudel, expoentes da historiografia mais avançada de então. No meio do infortúnio, valeu-lhe isso. E a nós também.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Gérard Castello-Lopes (1925-2011), o discípulo português de Cartier Bresson

«Morreu Gérard Castello-Lopes, fotógrafo e distribuidor de cinema», por Sérgio C. Andrade e Sérgio B. Gomes

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Malangatana Valente Ngweny (1936-2011)

Faleceu ontem Malangatana, um dos mais conhecidos e admirados pintores moçambicanos.

Para quem o quiser revisitar em Portugal, estão actualmente patentes duas mostras com obras dele: «Novos Sonhos a Preto e Branco», na Casa da Cerca, em Almada, com desenhos inéditos; e «As Áfricas de Pancho Guedes», no Mercado de Santa Clara, junto à Feira da Ladra, em Lisboa.

Obituário a ler em «O pintor da identidade moçambicana», por Sérgio C. Andrade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Claude Chabrol (1930-2010): o último rebelde da «nouvelle vague»

«French filmmaker Claude Chabrol dies at 80», por Jenny Barchfield (AP)

«Claude Chabrol est mort» (Libération)

Para mais sobre a sua vida e filmografia vd. aqui.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

4 funerais e nenhum casamento

Já há alguns dias que queria escrever sobre este tema, mas só agora tive tempo. Nas últimas semanas, faleceram algumas pessoas que merecem ser evocadas, mais que não seja para se saber um pouco mais da sua vida e obra. Aqui fica então o registo:

> Baltazar Ortega (1919-2010): foi um dos mais conhecidos caricaturistas de imprensa em Portugal, tendo começado cedo e trabalhado em inúmeros títulos de referência. Conheci-o quando estava no jornal o diário, ligado ao PCP, nos anos 80. Era implacável com os adversários políticos, embora falasse dos seus bonecos com ternura e fosse uma pessoa muito amável - é assim que eu o recordo, dos tempos em que me mostrava os seus últimos cartoons e me deixava vê-lo paginar o jornal com rápidos traços de lápis em riste. Não se limitou à caricatura política, gostando também de retratar artistas e intelectuais. Assinava como Baltazar, simplesmente. Textos biográficos no catálogo «A rir se castigam os costumes», do Clube de Jornalistas, em «Adeus Baltazar, Alentejo mais pobre» e em «O mestre da caricatura, Baltazar Ortega faleceu a 6 de Junho de 2010», por Osvaldo Macedo de Sousa (6/VI).

> Tony Judt (1948-2010): era um dos mais famosos historiadores da época contemporânea. Iniciou a sua obra com um estudo sobre o socialismo francês oitocentista. A sua obra mais elogiada é Pós-guerra - a história da Europa desde 1945, originalmente editada em 2005. Recentemente saiu O século XX esquecido. Lugares e memória (2008), onde volta a confrontar aquilo que designa por amnésia moral dos intelectuais comunistas, a adesão incondicional ao estalinismo, ele que era um anti-socialista assumido. Ficou conhecido pela sua intervenção contundente, em várias questões, designadamente contra a opressão israelita sobre os palestinianos e sobre a lógica simplista por detrás da Guerra do Iraque. Ill fares the land é o seu testamento político, em prol da social-democracia e do Estado-Providência.  Mais detalhes em «Tony Judt obituary», por Geoffrey Wheatcroft (6/VIII).

> António Dias Lourenço (1915-2010): um dos antifascistas portugueses mais destacados, aderiu aos 17 anos ao PCP e foi um dos responsáveis pela reorganização do PCP, em 1940/41, ao lado de Álvaro Cunhal e outros. Mais detalhes em «Morreu o histórico do PCP Dias Lourenço», por São José Almeida (8/VIII).

> Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010): escritor e antropólogo angolano, teve em Portugal um editor apaixonado, o responsável pela Cotovia. Mais detalhes em «O escritor que morreu “longe de tudo” não estava assim “tão longe do mundo dele”», por Alexandra Prado Coelho (19/VIII).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

José Torres, o «bom gigante» (1938-2010)

Foi um dos atacantes da geração de ouro do Benfica, os anos 60. Precisou de 3 épocas para se impor como titular, no lugar do outro grande José Águas. Jogou 12 épocas de águia ao peito, marcando 226 golos em 259 jogos. Arrumou as botas aos 42 anos, em 1980. Ainda prosseguiu como treinador. Faleceu agora, aos 71 anos.
Deixo aqui uma foto dele com o uniforme da selecção portuguesa, pois ele também a representou e bem, no Mundial de Inglaterra em 1966 e enquanto seleccionador nacional. Mais detalhes aqui.

sábado, 31 de julho de 2010

António Feio (1954-2010)

«O homem que levava o teatro às pessoas», por Tiago Bartolomeu Costa.

Mais informação e imagens no seu site pessoal.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quando uma rádio vira «produto descontinuado»

«Rádio Clube Português vai fechar», por Romana Borja-Santos

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo (1921-2010), musa da literatura júnior

«Morreu a fada-madrinha da literatura infantil portuguesa», por Luís Miguel Queirós

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Saldanha Sanches (1944-2010): sempre irreverente, sempre incómodo

«Saldanha Sanches e as traquibérnias da República», por  Ricardo Noronha

«Viagem ao centro do mundo da Maria José e do Zé Luís», por Anabela Mota Ribeiro

PS: uma boa colecção de textos seus de opinião pode ser consultada aqui.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Joaquim Vital (1948-2010): exilado em Bruxelas e Paris, mentor da Éditions La Différence

A biografia de Joaquim Vital é marcada pela prisão, aos 16 anos, pela ditadura de Salazar. Foge para Bruxelas, e, 7 anos mais tarde, para Paris, onde criaria a editora La Différence, em 1976, já depois de ter voltado a Portugal e de não ter gostado do rumo das coisas. A La Différence editou mais de 1600 títulos, incluindo c. de 120 pertencentes a autores portugueses, o que significa uma impressiva divulgação da literatura portuguesa em França. Foi ainda autor de 4 livros, dispersos pelo ensaio, memórias e ficção (vd. aqui).

+inf. em «Joaquim Vital: literatura portuguesa em França era com ele», por Vítor Belanciano; e «Joaquim Vital (1948 -2010)», por Maria Luiza Rolim.