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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Adorava estar «in», mas estou-me a sentir «out»*

Ainda indecisa sobre o que pensar em relação à Time Out depois de ter lido o nº1, e que até foi difícil de encontrar, porque esgotou ao fim de poucas horas, resolvi, hoje, comprar o nº2. Será, provavelmente, o último número que compro. O estilo «descontraído», «irreverente» e com «graças» em todas as frases é muito cansativo e parecido com aquelas rádios, em que os jornalistas falam todos muito depressa, mesmo às 8.30h da manhã.
A informação útil sobre Lisboa, claro que quase se repetiu de um número para o outro; seja porque lado queiramos pegar na questão, nesta cidade não se passam acontecimentos em quantidade suficiente para a periodicidade semanal da revista.
Finalmente, o que fez mesmo com que me decidisse foi um artigo a suspirar pela abertura de um Starbucks em Lisboa. O artigo, da autoria de João Cepeda, o próprio director da publicação, defende que a capital só não é totalmente cosmopolita e cool, porque não andamos todos a beber café em copos gigantes de esferovite e, em consequência não podemos ter esses mesmos recipientes poisados nas nossas mesas no emprego, o que nos daria um estilo sem fim. Confesso que faço parte daqueles para quem «o famoso logótipo das lojas americanas ganhou estatuto de inimigo de estimação», e que ficarei triste no dia em que assistir, e será inevitável, à inauguração de uma dessas lojas numa cidade, onde não faltam cafés a servir bicas, cariocas, descafeinados, italianas, garotos que até podem ser de lotes mais duvidosos e terem nomes como Camelo e Chave d'Ouro, infinitamente menos sonantes que Guatemala Antigua ou LightNote Blend® - Decaf.
Acho que vou mesmo continuar a planear gratuitamente a vida social pela Agenda Cultural publicada pela Câmara Municipal.
*Jorge Palma- Frágil, 1989