sábado, 15 de outubro de 2011
Os 40 de Roma: como ser 'representativo' no meio de milhões?
Posted by Daniel Melo at 22:33 2 comments
Labels: demagogia, democracia participativa, democratização, globalização, manifestação, serviço público, televisão, Vida sem TV
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
A circulação transatlântica dos impressos e a globalização da cultura no século XIX (agenda)
Posted by Daniel Melo at 22:44 0 comments
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Heranças sociais da República
Começou o ciclo este sábado, com o filósofo Bernard Stiegler («A coisa pública como processo de trans-inviduação») e com Marie-José Monzain («Cultura do possível e fundação da vida política»).
Ao invés de Frédéric Martel, que aqui referimos, Stiegler tem uma visão bem céptica da indústria cultural, considerando-a uma ameaça civilizacional na sua forma actual, produzida por um capitalismo hiper-industrial que compromete a individualização psíquica dos colectivos humanos. Propõe, em contrapartida, uma alternativa crítica centrada numa nova interacção entre política, criação, indústria e educação. Mais inf. e perfil aqui e aqui.
No próximo sábado, será a vez dos pensadores Jacques Rancière («A era da emancipação já passou?») e Georges Didi-Huberman («Povos expostos»). Novamente às 17h, e com transmissão em directo aqui.
Posted by Daniel Melo at 21:21 0 comments
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terça-feira, 8 de junho de 2010
Sustentabilidade ambiental: quando mais tarde um acordo mundial, mais devastadores serão os efeitos
Posted by Daniel Melo at 15:09 1 comments
Labels: acidentes, globalização, política ambiental, sustentabilidade
quinta-feira, 25 de março de 2010
Wallerstein: o capitalismo colapsa e duas alternativas confrontam-se
Posted by Daniel Melo at 23:00 2 comments
Labels: ciências sociais, Conferências, crise política, globalização, ideologias, Immanuel Wallerstein, pensamento crítico
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Décadas globais
Os balanços das décadas e dos séculos são sempre exercícios arbitrários, pois os acontecimentos e tendências obviamente não se encaixam nos números redondos do calendário. O que não quer dizer que não possam ser exercícios interessantes e não existam «coincidências poéticas». A década passada, por exemplo, começou em 1991, o ano do fim da União Soviética e terminou em 2000, o ano em que o mundo suspirou de alívio por o «bug» do ano 2000 ser uma ameaça fantasma. Foi a década da «pax americana», também conhecida por «fim da História». A actual década começou em 2001, o ano do ataque às torres World Trade Center. Tem sido a década da crise. Primeiro de segurança internacional, depois financeira, económica, social e com sinais inquietantes de não se conseguir prevenir a tempo uma crise ambiental. Ah, como dava jeito que esta década acabasse já hoje e levasse com ela a crise…
Posted by João Miguel Almeida at 10:17 0 comments
Labels: crise económica, crise política, globalização
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
E, depois dos abalos, os escaldões...
Posted by Daniel Melo at 22:39 0 comments
Labels: Alterações Climáticas, aquecimento global, COP-15, globalização, política ambiental
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Put People First!
Nesta manifestação londrina estiveram c.35 mil cidadãos de todo o mundo (vd. cartaz em cima). Foi um evento alternativo à cimeira do G20, organizado pela Put People First!, plataforma de ONG's internacionais.
O protesto foi pacífico, embora tenha havido incidentes no fim, já amplamente relatados. Morreu uma pessoa, Ian Tomlinson, a polícia diz que por ataque cardíaco, aguarda-se a autópsia. Depois disso, sucederam-se vários outros protestos em Londres, com novos incidentes. Também em Estrasburgo, a cimeira da NATO foi recebida com protestos, parte deles violentos.
A «nova ordem» à la Brown começa com muita pompa, alguns novos rostos (destacando-se Obama, claro), mas também com as multidões na rua. E as vozes vão-se ouvindo (e desvelando) pelos media que ainda descem às ruas para escutar os cidadãos comuns. «0% interest on others» e «We won't pay for their crisis» são outros dos slogans mais comuns. Sobre o lado indefinido duma das principais medidas do G20 ver este cartoon de Steve Bell.
Posted by Daniel Melo at 01:08 2 comments
Labels: Alterações Climáticas, alternativa política, blogues, cimeira G20, desigualdades, globalização, Justiça, manifestação, media, protestos, terceiro sector
sábado, 28 de março de 2009
Ainda não é o fim do mundo, é só um grande apagão que aí vem
Posted by Daniel Melo at 00:01 0 comments
Labels: ambiente, aquecimento global, globalização, política ambiental, terceiro sector
segunda-feira, 23 de março de 2009
O dia em que o mundo ficará às escuras...
Posted by Daniel Melo at 15:15 2 comments
Labels: ambiente, aquecimento global, globalização, movimentos sociais, política ambiental, terceiro sector
segunda-feira, 2 de junho de 2008
3ª e última conferência do divã: desigualdades e desenvolvimento
Posted by Daniel Melo at 09:02 0 comments
Labels: agenda cultural, Conferências do divã, Cultura, debate público, desigualdades sociais, economia, globalização, Livro A Globalização no Divã, política económica, política social
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Outras globalizações: o olhar do cartoon
Posted by Daniel Melo at 00:22 0 comments
Labels: cartoon, cartoonista TD, globalização
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Globalização: uma oportunidade
O aspecto mais negativo que retive da conferência de ontem relaciona-se com a sua concepção sobre a globalização da cultura. Para Ramonet esta representa uma espécie de consequência da globalização económica, na medida em que juntas tendem a impor aos quatro cantos do mundo um determinado modelo que deriva do modo de vida ocidental (ou seja, americano). Ora bem, penso que já foi relativamente demonstrado pelas ciências sociais que não se pode encarar a globalização cultural como um mecanismo essencialmente hegemónico. Pelo contrário, esta constitui-se cada vez mais por formas diferenciadas de apropriação e de produção de novos conteúdos e de novos estilos de vida. Em muitos contextos locais não se verifica uma formatação modelar vinda de uma qualquer esfera global, mas uma interconexão, muitas vezes híbrida, entre culturas e modos de ver e estar no mundo. Por exemplo, a Internet é um excelente palco onde se cruzam e se atropelam diariamente milhões de trajectos individuais, comunitários… É impossível olhar para a Internet como uma plataforma de hegemonia cultural.
Entendo que a esquerda, aquela que ainda mantém uma réstia de utopia (outros dirão alienação), deveria autonomizar as causas e os efeitos da globalização económica face aos processos que imanam da globalização da cultura. Em vez de reduzir tudo na mesma amalgama deveria encarar esta última como um recurso no qual se esboçam e se concretizam alternativas capazes de potenciar movimentos mais amplos. Já tivemos inúmeros exemplos disso. Em meu entender a emancipação social e cultural emerge e é constituída pela globalização.
Posted by Renato Carmo at 12:40 3 comments
Labels: globalização, Ignacio Ramonet, Le Monde Diplomatique
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Quem faz a investigação, quem a paga e quem beneficia com ela?
O simples facto de os medicamentos poderem ser patenteados levanta-me dois problemas éticos. Primeiro, o interesse público, tratando-se de um medicamento que pode salvar vidas, ou melhorar a qualidade de vida, não será suficiente para que os fármacos não sejam passíveis de ser patenteados? Segundo, na área das Ciências Biomédicas (como muitas outras áreas) não são as empresas privadas, neste caso farmacêuticas quem paga a investigação que conduz à descoberta de novos medicamentos, quem paga numa grande maioria são os governos (i.e. os contribuintes), e o restante são doações de beneméritos. As farmacêuticas ou fazem pequenas alterações aos medicamentos para patentearem as formas modificadas, ou compram a patente dos medicamentos que resultam da investigação paga com dinheiros públicos (e por sinal costumam comprá-los bem baratinhos). Ainda para mais a descoberta de um novo medicamento resulta sempre de anos e anos de trabalho de diversas equipes, mas é quem dá o último toque, e pode ser quem chega à última da hora, que obtém a patente. E o problema é que uma patente é um monopólio.
Este processo na Índia pode abrir um precedente, e as farmacêuticas estão à espera de ver no que dá, se a Novartis ganhar o processo outros se seguirão. Mas estes processos também não são uma novidade, em 2001 várias farmacêuticas moveram um processo contra a África do Sul por causa da produção de medicamentos contra a SIDA. Abandonaram o processo devido à contestação internacional, em particular dos Médicos sem Fronteiras (MSF). A Índia é, hoje em dia, o principal produtor de genéricos para os países em desenvolvimento, por exemplo fornecem ao MSF 80% dos anti-retrovirais que esta organização usa nos seus programas de combate à SIDA. Tal como fizeram em 2001 os MSF lançaram uma petição online para a que Novartis bandone o processo. Aguardam-se desenvolvimentos nos próximos dias. Mais sobre o assunto aqui.
P.S. - Este post é uma versão reduzida de um outro que postei no Agreste Avena.
Posted by Zèd at 08:38 4 comments
Labels: ciência, desenvolvimento, empresas, farmacêuticas, globalização, política científica, política de saúde
sábado, 6 de janeiro de 2007
A globalização falida
O resultado não podia ser mais claro. Em vez de promover o desenvolvimento esta política acabou por favorecer, por um lado, a corrupção das elites locais e, por outro, a acumulação de capital dos maiores grupos financeiros e económicos. Veja-se o que aconteceu em muitos países africanos, e em alguns países da Europa do Leste (nomeadamente a Rússia). Em contrapartida, os países que conseguiram bons índices de desenvolvimento foram precisamente aqueles que não cederam à atordoada liberalizante e fortaleceram e/ou reformaram certas instituições nacionais de carácter regulador.
Ao nível do comércio mundial fez-se a apologia da abertura das fronteiras livres de tarifas e impostos, que se impôs principalmente nos países mais pobres e fracos. No mundo desenvolvido os proteccionismos e os subsídios à produção não só não caíram, como se mascararam sob os feitiços da retórica liberal. Esta hipocrisia mundial, com a conivência da maior parte dos governos do Norte, tem provocado uma autêntica sangria nas já débeis economias subdesenvolvidas.
A generalização simultânea destes dois processos - liberalização financeira para todos e comércio livre só para alguns – teve como consequência o favorecimento dos interesses especulativos e o aumento do empobrecimento dos mais pobres. O Mundo tornou-se ainda mais assimétrico. E para muitos países a promessa de desenvolvimento económico e social não passou de uma miragem.
Duas décadas depois, podemos dizer que o mercado faliu para o desenvolvimento. Este não é a receita única. Pelo contrário, só em países com Estados relativamente estáveis e sólidos é possível encontrar mercados dinâmicos e equilibrados. Os mercados não podem continuar a ser encarados como um meio e um fim (em si mesmo) para o desenvolvimento. Esta foi a ideologia da direita liberal que falhou rotundamente.
Posted by Renato Carmo at 17:04 2 comments
Labels: desenvolvimento, globalização, neoliberalismo