Valter Campanato/ABr |
Ao ler essas babaquices muito prestigiadas por veículos de imprensa de “esquerda”, opiniões dos que se acham muito poderosos por causar rebuliço no twitter, você pode nem perceber, mas está lendo versões muito apropriadas para o que a direita republicana estadunidense e demo-tucana brasileira querem que você pense. Boa parte da “extrema” esquerda brasileira é de direita. Não sei se é consciente ou inconsciente.
Entre os países, o Brasil é hoje provavelmente a mais importante liderança emergente mundial, cujo apoio, política e economicamente, é mais cobiçado do que o da Índia, da China ou da Rússia. Isso começou com Lula, a quem Barack Obama, logo após ser eleito, se referiu dizendo: “esse é o cara”.
As pessoas precisam entender que não existe mais Libelu. Que o PCdoB não é mais do que um PMDB (muito) menor. Que o Brasil está inclusive deixando de ser um mero país emergente. Que o Brasil é grande. E que o Brasil ter os Estados Unidos como um interlocutor que nos respeita está de acordo com os paradigmas do século XXI. Que Brasil e Estados Unidos precisam ter bom diálogo como grandes países da América. E que os Estados Unidos e seu presidente sabem disso.
Eu também não concordo com Guantánamo. E acho que a presidente Dilma tem que se posicionar sobre o Ministério da Cultura, por exemplo. Mas um homem ou uma mulher não podem num passe de mágica mudar os rumos de um país ou de um império. Um homem negro norte-americano e uma mulher brasileira.
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Os brasileiros governados por Dilma Rousseff, mas sobretudo seus eleitores, deveriam entender a visita do presidente Obama ao país na conjuntura assim anunciada pelo chanceler Antonio Patriota: “O Brasil quer uma relação de igual para igual. As circunstâncias no mundo de hoje favorecem isso”.
De resto, que vão à merda os esquerdistas de direita e os direitistas de esquerda. São todos iguais.
PS: podem me chamar de politicamente incorreto, mas eu não uso nem usarei o termo “presidenta”. Esse papo virou mais uma neurose esquerdozóide.