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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vamos ser tri, Santos?

Com o empate Cerro Porteño 3 x 3 Santos nesta quarta-feira, 1° de junho, Peixe está na final da Libertadores, e vai pegar Vélez ou Peñarol na decisão

“Vamos fazer o jogo que a gente gosta, que é o contra ataque”, disse Muricy antes do jogo. Tenho minhas dúvidas sobre esse gostar de contra-ataque em se tratando de Santos, mas o fato (e etc.) é que o Santos está na final da Libertadores. Aquele que foi o maior time do mundo – e em que em alguns aspectos espirituais continua sendo – chega apenas a sua quarta final de Libertadores: ganhou duas (1962 e 63) e perdeu uma (2003).

Neymar marca terceiro gol
 Não vou fazer análises sobre a partida, essas coisas. Acho que Léo fez muita falta na lateral esquerda. Tecnicamente mesmo. Durante boa parte do primeiro tempo Alex Sandro poderia complicar o time. Inseguro, errou vários passes, tomou bola nas costas e levou cartão amarelo em pouco tempo.

Mas o gol de Zé Love a 2’ do primeiro tempo, mesmo que os santistas não soubéssemos, aflitos que estávamos, selou a profecia do amigo Glauco, do Futepoca, que intuiu antes do jogo que o Zé queimaria nossa língua, ou sei lá a língua de quantos santistas.

Fora o gol do Zé Eduardo logo de cara num cruzamento de falta cobrada por Elano, sofrida por (quem?) Neymar, o frango do goleirão Barreto e o primeiro tempo ter acabado 3 a 1 para o Santos era tudo o que a nação santista sonhava para se considerar na final.

Gamarra: "é só ficar olhando"

O terceiro gol do Alvinegro foi lindo, e básico. O ex-zagueiro Gamarra havia afirmado que não via dificuldades em marcar Neymar: "é só ficar olhando", dissera o paraguaio. Mas Arouca saiu com a bola dominada pelo meio campo, demorou muito (é verdade) para passar a bola enquanto Neymar fazia o possível para não ficar em impedimento, e no limite o volante passou (ufa) e Neymar matou. E palavra que eu gostaria de, jornalista que sou, perguntar agora a Gamarra ou a Larissa Riquelme: “te gusta Neymar?”



45 minutos finais

No segundo tempo, para os santistas mais cardíacos, deu um certo temor, porque futebol ... Sabe como é. Não me agradou nem um pouco a substituição feita por Muricy quando tirou Elano (que continua apático) para pôr Rodrigo Possebon. Na minha humilde opinião, se colocasse o meia Alan Patrick o treinador atrairia muito menos o adversário a seu campo. O segundo tempo do Santos foi o real bumba-meu-boi, chutão pra todo lado. Feio. Mas os dois gols do Cerro Porteño levaram ao 3 a 3 e faltaram ainda dois gols pros paraguaios.

Enfim, o Santos fará a final da Libertadores contra Vélez Sarfield ou Peñarol. Eu não acho que nenhum dos dois seja mais fácil ou difícil. Só torço para ser com o Peñarol porque seria uma final mais bonita, de duas grandes camisas, lembrando 1962, quando o Peixe foi campeão pela primeira vez.

Ao contrário do que amigos santistas pensam, acho que seria melhor jogar contra o Vélez, que joga mais futebol, e portanto poderia fazer conosco um jogo mais favorável, porque mais aberto. Mas isso pode ser só uma impressão de momento.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vamos pra cima do Cerro, Santos!


Desfalcado do lateral esquerdo Léo, mas com o retorno do direito Jonathan, o Santos entra no estádio Olla Azulgrana (Assunção) hoje, 1° de junho, para o duelo decisivo da semifinal da Libertadores 2011, contra o Cerro Porteño, às 21:50, salvo surpresas (o que não é do estilo de Muricy) com o seguinte time:

Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano; Neymar e Zé Eduardo (transmissão: Globo e Sportv 2).

Veja vídeo postado pela assessoria do Santos F. C. com lances de outras partidas entre Santos x Cerro em 2011


Para chegar à quarta final de sua história na Libertadores, o Alvinegro precisa do empate. Até qualquer derrota por um gol de diferença serve, desde que marque pelo menos um. É uma vantagem e tanto, considerando que o Peixe nunca perdeu jogando no Paraguai (foram seis jogos, com três vitórias e três empates, segundo matéria do Uol). Se acabar 1 a 0 para o Cerro, a decisão será nos pênaltis.

Muricy Ramalho disse que o time não vai ficar na defesa e que o principal cuidado é com a bola aérea paraguaia.

Na última partida realizada em Assunção, pela fase de grupos da atual edição, o Santos precisava vencer e conseguiu a classificação batendo o mesmo Cerro Porteño por 2 a 1, dia 14 de abril, data do aniversário de 99 anos do clube, gols de Danilo e Maikon Leite.

No jogo de ida da semifinal, Santos 1 a 0, gol de Edu Dracena.

Até mais tarde.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Santos de Muricy bate Cerro Porteño por 1 a 0, ao estilo Parreira


Só Muricy não vê que Zé Eduardo deveria estar fora? Ou é panelinha?


O Santos de Muricy Ramalho conseguiu importante vitória ao bater o Cerro Porteño por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal da Libertadores no Pacaembu, nesta quarta. Mas confesso que o estilo do time está muito Parreira pro meu gosto. Acho que o Santos tem grandes chances de conquistar a Libertadores, mas o gol poderia ser menos detalhe do que está sendo.

Ouça o gol de Edu Dracena na narração de Oscar Ulisses, da Rádio Globo:

Santos 1 x 0 Cerro Porteño - Edu Dracena

Até os 35 do segundo tempo, Muricy não fez nenhuma (nenhuma!) alteração, embora o atacante Zé Eduardo fosse durante 80 minutos uma nulidade absoluta (nessa Libertadores, ele faz o papel do “fogo amigo”: chegou a tirar dos pés de Danilo o primeiro gol do Santos ainda na primeira etapa, num cruzamento à la Ganso do zagueiro Durval, entre outras jogadas bizarras há muitos e muitos jogos).

Três volantes

Com Alan Patrick no banco, o treinador santista preferiu conservar, com o esquema de três volantes. O que é uma atitude coerente com os conservadores!, desculpem a obviedade. Como Elano é intocável (acho que, pela condição física, ele deveria estar no banco), então para Patrick jogar dever-se-ia sacrificar um volante (Arouca ou Adriano). Mas toda a ginástica mental poderia ser resolvida se o técnico abrisse mão do, me deem licença, queridinho Zé Eduardo. Cansei de ouvir santistas reclamarem: “Fora Zé Love!”. Só Muricy não vê que esse jogador deveria estar fora? Ou é panelinha?

Com Elano sobrecarregado, o time teve dificuldades em criar. Outra coisa: Elano “tá se achando”. Quando tem falta perto da área, parece o dono da bola. Falta é com ele mesmo. Só que não acerta uma faz tempo. Neymar também bate faltas (fez gol na seleção até) e deveria bater algumas.

Enfim, numa jogada espetacular do craque (e bota craque nisso) Neymar, o Alvinegro enfim fez 1 a 0 com Edu Dracena de cabeça, aos 43 do primeiro tempo.



Na metade do segundo tempo Elano já estava mais do que morto fisicamente. Mas só saiu por volta dos 42 minutos (se não me engano). Tudo bem que a ausência de Paulo Henrique Ganso é muito sentida pelo time. Mas as alterações (Alan Patrick no lugar de Elano e Maikon Leite no de Zé Love) foram tardias. Se tivessem sido feitas antes (com um pouco mais de ousadia) o Santos teria destruído o Cerro Porteño no Pacaembu.

E vamos para Assunção com um magro 1 a 0, de novo. Também porque Alan Patrick foi displicente na bola do jogo que teve já nos descontos, numa jogada, mais uma, de Neymar.

Neymar ganhou do Cerro Porteño por 1 a 0, com gol do capitão Dracena.

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Tabela das semifinais
Jogos de ida

25.05.2011 (quarta) - 21:50 - Santos FC (BRA) 1 x 0 Cerro Porteño (PAR) - Pacaembu
26.05.2011 (quinta) - 21:50 - Peñarol (URU) 1 x 0 Vélez Sarsfield (ARG)

Jogos de volta
01.06.2011 (quarta) - 21:50 - Cerro Porteño (PAR) x Santos FC (BRA)
02.06.2011 (quinta) - 21:50 - Vélez Sarsfield (ARG) x Peñarol (URU)

Atualizado às 12:19

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Definidas as semifinais da Libertadores: Santos pega o Cerro e Vélez encara Peñarol

Cerro Porteño x Santos
Vélez Sarsfield x Peñarol


Essas são as duas partidas das semifinais da Libertadores da América 2011. Os jogos serão nas próximas duas quartas-feiras, 25 de maio e 1° de junho.

O Santos faz o jogo de ida na Vila Belmiro e decide a vaga à final em Assunção. Na fase de grupos, o Peixe se classificou às oitavas batendo justamente o Cerro, no Paraguai, por 2 a 1, no primeiro jogo sob o comando de Muricy Ramalho na Libertadores, dia 15 de abril (relembre aqui). Apesar da derrota em casa, o Cerro ficou em primeiro no grupo, deixando o alvinegro praiano em segundo.

Na fase de grupos, Santos 1 x 1 Cerro, na Vila
 Antes, na Vila Belmiro, havia sido 1 a 1, quando os paraguaios empataram com aquele pênalti de Edu Dracena no apagar das luzes (aqui) e a vaga ficou muito ameaçada. O treinador ainda era Marcelo Martelotte.

Nas quartas-de-final, o Cerro eliminou o Jaguares (1 x 1 no México e 1 a 0 em Assunção)*

Na outra semifinal, o Peñarol recebe o Vélez em Montevidéu e a decisão é em Buenos Aires.

Os quatro semifinalistas ganharam ao todo oito títulos, com a liderança absoluta do Peñarol. A proeza do Vélez foi ter conquistado o campeonato batendo o São Paulo no Morumbi, evitando o tricampeonato tricolor, que havia sido bi em 1992 e 1993.

Títulos de Libertadores dos semifinalistas em 2011:

Peñarol: cinco (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987)
Santos: dois (1962, 1963)
Vélez: um (1994)
Cerro: nenhum

Embora em Libertadores sempre tudo possa acontecer, acho o Santos favorito contra o Cerro, que nunca chegou a uma final. Já entre Vélez e Peñarol, é mais imprevisível. A boa notícia é que, pelo que pude apurar, se estiver errado me corrijam, se for à final o Santos faz a segunda partida, contra Vélez ou Peñarol, em casa.

Atualizado às 13:12

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ufa! Santos 1 x 1 Once Caldas. Peixe está na semifinal da Libertadores


Com empate contra os colombianos no estádio do Pacaembu, time de Muricy pega Cerro Porteño ou Jaguares na próxima fase


Foto: Divulgação/SFC
Sofrimento digno de Libertadores, diria o chavão. Foi um drama a classificação do Santos à semifinal da Libertadores com o 1 a 1 diante do fatídico Once Caldas no Pacaembu, na noite desta quarta. Drama que só o futebol pode proporcionar. Porque, a não ser quando a arbitragem erra decisivamente, no futebol não tem justiça ou injustiça. Como havia ganhado em Manizales por 1 a 0 na semana passada, o Peixe podia empatar.

Tudo indicava que o time da Vila daria um xeque-mate ainda no primeiro tempo, pois aos 12 Neymar já abria a contagem, dando o troco ao time que em 2004 eliminou o Peixe nas mesmas quartas-de-final. A esquadra de Muricy encurralou os colombianos pressionando-os em seu campo sem cessar, dominando as ações completamente. Um massacre técnico e tático. Mas perdeu Alan Patrick contundido e, aos 29 minutos, tomou um gol bobo em falta cometida na direita da defesa do Santos, note-se, por Neymar. Na bobeira, o perigoso Rentería não perdoou.

Entretanto o time continuou dominando, primeiro e segundo tempo afora. E perdendo gols. Se o Alvinegro tivesse sido desclassificado hoje no Pacaembu, a torcida já teria um eleito para crucificar: o atacante Zé Eduardo, que foi uma nulidade total. Perdeu gols, demonstrou insegurança e falta de preparo até psicológico para resolver as adversidades: quanto mais erra, mais erra, com o perdão da frase. Nisso Muricy é muito conservador: costuma dizer que quanto menos mexer, melhor. Só que há o risco de o time ficar previsível. Zé Eduardo é muito ruim. Qualquer coisa é melhor do que ele.



Drama nas arquibancadas ou na sala

Aos 40 minutos da etapa final, após o time perder várias chances de matar o jogo desde o primeiro tempo, ainda estava 1 a 1 e... Pênalti indiscutível em Neymar! Mas... o jovem craque perdeu. E o grito de gol continuou preso. Mais drama.

E, incrivelmente para os santistas nas arquibancadas ou se embriagando de nervosismo em casa, aos 44 o Once Caldas teve uma falta na entrada da área, mas Nuñes mandou para fora. Se aquela bola entra, o Once estaria na semifinal.

Não há como negar que Neymar desequilibrou mais uma vez, embora não tenha brilhado como de costume. Só o pânico que ele gera na defesa adversária quando parte pra cima já desestabiliza.

Mas se eu tivesse que dar o velho Moto-Rádio pro melhor em campo, hoje, seria para Danilo. Um monstro em campo, jogando de volante ou lateral, desarmando, armando na medida do possível, atuando em larga faixa do gramado. Léo jogou muito, Adriano foi um leão e Elano, mais adiantado após a saída de Patrick, rendeu mais do que nos jogos anteriores.

E é isso. O Santos espera agora o adversário da semifinal, que sairá do confronto entre Jaguares do México e Cerro Porteño do Paraguai. Contra o Cerro, o segundo jogo seria no Paraguai; contra o Jaguares, na Vila.
Espero que na estréia do Brasileiro, sábado, contra o Internacional, na Vila, finalmente Muricy ponha um time reserva em campo.

Leia também: Santos é bicampeão paulista

Atualizado às 18:30 (19/03/2011)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Santos faz 1 a 0 no Once Caldas e põe a mão na vaga à semifinal

O Santos conseguiu importante vitória de 1 a 0 contra o Once Caldas, da Colômbia, nesta quarta-feira, 11 de maio, em Manizales, pelas quartas-de-final da Libertadores, com belo gol de Alan Patrick aos 43 minutos do primeiro tempo. Patrick, com a missão de substituir Paulo Henrique Ganso, ganhou confiança com o gol e foi um dos melhores jogadores do Peixe, embora PH seja de fato insubstituível nesse time.

O jogo terminou com Neymar tomando um pontapé no tornozelo e saindo carregado de campo. Os deuses do futebol esperam que não tenha sido uma contusão grave. No twitter, por volta da meia-noite, o Santos postou a seguinte informação: “Neymar sofreu pancada forte no tornozelo esquerdo, saiu chorando, mas não houve lesão, para tranquilidade da torcida... O craque já faz tratamento com gelo para estar 100% para a grande decisão do Paulista”.

Os melhores momentos do jogo:



O time de Muricy Ramalho fez um jogo inteligente, embora pudesse ter matado o confronto das quartas-de-final já no jogo de ida. Inteligente porque sofreu poucos riscos diante de uma equipe muito deficiente tecnicamente quando precisa atacar. Muricy fez tudo certo. Poupou os jogadores, cansados com a maratona, fazendo uma partida pragmática, pensando também na final contra o Corinthians. Apesar de Juca Kfouri ter profetizado que, desgastado, o Santos perderá o estadual e a Libertadores, acho que Juca vai errar em tudo.

Vendo Once Caldas 0 x 1 Santos, lembrei do jogo contra o Colo Colo na fase de grupos, quando, em Santiago, o Santos vencia por 1 a 0 no primeiro tempo e tomou uma virada em contra-ataques (!) para 3 a 1, em menos de 20 minutos. Com Muricy, não tem muito espetáculo, mas o time tomou 2 gols em 9 jogos. A diferença é astronômica. E é estranho, porque você vê o jogo sabendo que, após fazer um gol, o time não vai tomar outro em seguida, como era em 2010. O torcedor agradece.

Na vitória em Manizales, me parece que os melhores jogadores do Peixe em campo, fora Neymar (como sempre) e Alan Patrick, foram Danilo e Adriano. Elano fez uma das piores partidas desde que voltou da Europa. Exceto uma bola na trave no segundo tempo, em cobrança de falta, errou passes infantis, pouco apresentou em bola parada, não se apresentou em nenhum momento e, no segundo tempo, mal foi citado pelo narrador. Saiu no fim do jogo, quando deveria ter saído muito antes.

O único brasileiro na Libertadores tem uma mão na vaga à semifinal. Mas Libertadores é traiçoeira. E domingo tem final na Vila Belmiro. Acho que o Santos é favorito contra o Timão. Pressinto que Elano vai se redimir. Ele costuma fazer gols de título.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sem dar show, Santos de Muricy bate América (MEX) e deve encarar Cruzeiro nas quartas


O Santos conseguiu resultado importante ao bater o América do México na Vila Belmiro pelas oitavas-de- final da Libertadores, por 1 a 0, nesta quarta-feira, resultado muito bom a meu ver. Pelo regulamento, se o time de Muricy fizer um gol no México, os adversários precisam fazer três. E dificilmente o Santos deixará de fazer um gol no país dos aztecas.

No primeiro tempo o Alvinegro começou com dificuldades no meio de campo, onde o América exerceu forte marcação. O Peixe demonstrou nervosismo e custou a conseguir equilibrar as coisas no setor. Até cerca de 25 minutos, alguns santistas, talvez saudosos dos 10 a 0 no Naviraiense ano passado, desejaram um jogo mais agressivo e menos cauteloso, mas a cautela se provou correta porque o time correu poucos riscos, não tomou contra-ataques (um desastre constante da equipe até a chegada de Muricy) e fez um gol na hora certa para premiar a pressão que exerceu nos 20 últimos minutos. 

Paulo Henrique, com chute seco, aproveitou com precisão um passe de Neymar e colocou no canto direito do goleirão Ochoa aos 38, para fazer 1 a 0 mais do que merecidamente. Um golaço, diga-se. Prestem atenção na marcação a Neymar, três advsersários em seu encalço, enquanto o camisa 11 descobria Ganso entrando.



No segundo tempo o Santos poderia ter matado a disputa com o América e praticamente carimbado a passagem às quartas-de-final. Elano perdeu um gol feito, mas deu passe magistral para Jonathan perder outro tento desenhado (por falar em lateral direito, prefiro o aguerrido Pará ao Jonathan). E de gol perdido em gol perdido, o Peixe venceu por 1 a 0.

O Santos de hoje exibe um futebol realista. Tomou apenas dois gols em seis jogos comandados por Muricy.

Para mim, o destaque do time da Vila foi Neymar, para variar, que jogou uma barbaridade e apanhou como sempre. Por pouco não teve a mão (sim, a mão!) quebrada por um mexicano raivoso. “Faz parte do futebol”, diz a opinião pública, o senso comum idiota como sempre.

Do América o Santos deve passar. Posso errar, mas uma das quartas-de-final deve ser um espetacular Santos x Cruzeiro, para relembrar os velhos tempos.

Leia também o mais recente em esportesNo Paulistão deu a lógica: os quatro grandes nas semifinais



Atualizado às 16:16

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Santos está nas oitavas da Libertadores e pega América (MEX); Flu faz história na Argentina


"Não é óculos, é máscara!”, diz Neymar ao comemorar gol (muito bom!)


Santos 3 x 1 Deportivo Táchira. O Peixe conquistou a terceira vitória seguida e está nas oitavas-de-final da Libertadores. No Pacaembu, destaque para as atuações irretocáveis de Danilo, Léo, Arouca e Neymar. A classificação santista, que ficou ameaçada após o empate com o Cerro Porteño na Vila em 3 de março, se concretizou com o terceiro gol do Santos, aos 27 do segundo tempo, três minutos depois do temerário gol do Táchira, numa cobrança de falta perfeita de Chacón (pareceu-me que o goleiro Rafael estava mal colocado, foi atrasado na bola e tomou um gol defensável), quando a classificação voltou a estar ameaçada.

Veja a postura do n° 20: como parar Neymar?
(foto: Ricardo Saibun)

Enquanto o Táchira fazia 1 a 2, o Cerro Porteño saía de 2 a 0 e chegava ao 2 a 2 com o Colo Colo em plena Santiago. Naquele momento, com o empate no Chile, se por um desses golpes aziagos do futebol o Táchira achasse mais um gol, o Santos estava fora. Mas Neymar, a jóia, achou um atalho, deixou dois zagueiros na saudade (veja gols abaixo) e mandou para a área, pra Zé Love perder mas ainda conseguir atrasar a bola para Danilo decretar os 3 a 1. Não importa se o Táchira é lanterna do grupo 5, o que vale é o resultado e a classificação. (No fim, o Cerro conseguiu incrível virada pra cima do Colo Colo e ficou com o primeiro lugar, deixando o Santos em segundo.)

A grande surpresa do Santos na atual fase de recuperação é Danilo, que, de lateral direito de origem, se transformou em um segundo volante de grandes recursos. Fez o primeiro gol (um golaço) no Paraguai contra o Cerro num petardo da intermediária de pé esquerdo na vitória por 2 a 1 e participou dos três de hoje contra os venezuelanos, marcando o terceiro.

O destaque negativo foi Elano, que errou muitos passes (deu dois contra-ataques aos adversários) e não acertou a bola parada. Paulo Henrique Ganso foi discreto. Apesar de comentaristas dizerem que não, achei que foi bem no primeiro tempo, embora não brilhasse; mas, na segunda etapa, sumiu.

Com Muricy Ramalho, o time vai rapidamente assumindo uma cara de time. Pode não ganhar o título, mas é um dos favoritos.

"Máscara"
Para mim, que gosto de espetáculo, um destaque foi a cena com Neymar na descida para o vestiário, no fim do primeiro tempo. O repórter perguntou ao camisa 11 o que era aquele gesto dos óculos (feito com os dedos) na comemoração do primeiro gol. Neymar respondeu: “Não é óculos, é máscara!” Muito bom! Entendeu, professor Dorival?

Veja os gols de Santos 3 x 1 Deportivo Táchira:


Fluminense, histórico

O Fluminense fez um jogo histórico e conseguiu uma classificação épica (perdoem o clichê) ao vencer o Argentinos Juniors fora de casa por 4 a 2. Com o empate Nacional (URU) 0 x 0 América (MEX), o tricolor carioca ganhou a vaga dos uruguaios no saldo de gols.

A partida em Buenos Aires terminou em pancadaria. Os jogadores do time argentino, fora de si com a desclassificação, foram para a porrada. Bateram e apanharam, como nos velhos tempos. Mas a derrota maior, os 4 a 2, já estava na súmula. O clima em que terminou o jogo do Flu você pode conferir abaixo. O "pequeno" Conca, argentino que lutou e apanhou ao lado dos companheiros brasileiros, deve ser a partir de hoje um ídolo eterno do tricolor carioca, time do louco e genial Nelson Rodrigues.



Eu não sou daqueles ufanistas que sempre torcem pros times brasileiros na Libertadores, pelo contrário. Mas gostei da vitória do Flu. Os argentinos tiveram que enfiar a viola no saco. E, de mais a mais (como diria minha avó), um Santos x Fluminense é muito mais honesto, bem jogado, bonito e menos violento do que qualquer jogo com esses timinhos latinoamericanos, seja Táchira, seja Argentinos Juniors. Nas oitavas, o Santos pega o América do México fazendo o primeiro jogo na Vila Belmiro.

Veja os confrontos das oitavas-de-final da libertadores:

1. Cruzeiro x Once Caldas (COL)
2. Libertad (PAR) x Fluminense
3. Internacional x Peñarol (URU)
4. Junior Barranquilla (COL) x Jaguares (MEX)
5. Cerro Porteño (PAR) x Estudiantes (ARG)
6. Universidad Católica (CHI) x Grêmio
7. LDU (EQU) x Velez Sarsfield (ARG)
8. América (MEX) x Santos

*Atualizado às 02:52

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aos 99 anos, Santos bate Cerro no Paraguai e ressurge na Libertadores

Depois de uma semana angustiante, de problemas com o meia Paulo Henrique Ganso e a iminente ameaça de cair da Libertadores na primeira fase, neste dia 14, data de seus 99 anos, o Santos ressurgiu ao bater o Cerro Porteño no Paraguai, por 2 a 1. Agora, o Alvinegro tem oito pontos e só precisa vencer o já eliminado Táchira na Vila Belmiro, na próxima quarta-feira, 20, às 19h30. O Colo Colo, líder, com nove, recebe o Cerro (oito pontos) em Santiago no mesmo dia e horário do jogo do Peixe.

Os gols santistas foram do prata da casa Danilo, aos 11 do primeiro tempo, e Maikon Leite, aos 2 do segundo. Benítez descontou nos acréscimos, aos 47 minutos, e a torcida viveu ainda dois minutos de sofrimento antes do apito final. Pelo pouco que vi do jogo, pois estava fechando o jornal e só assisti uns 20 minutos do segundo tempo, Ganso jogou bem. Deu um bote, roubou a bola e passou para Maikon Leite matar o goleirão no 2 a 0.

Foi a primeira vitória do técnico Muricy Ramalho no comando. Parabéns a todos os santistas, pelos 99 anos e pelo belo triunfo, com os desfalques de Neymar, Elano e Zé Eduardo.

Atualizado à 01:12

*No ano passado, o Santos comemorou seus 98 anos também vencendo. E de maneira histórica: 8 a 1 no Guarani, no jogo de ida pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Confira os gols desse jogo e um pouco da história do clube: Santos: 98 anos – orgulho que nem todos podem ter. 

Veja os gols contra o Cerro Porteño pela Libertadores ontem, que o time deu de presente à torcida:

*Atualizado às 17:38

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Santos vence Colo Colo por 3 a 2, mas situação na tabela não é fácil


Brincadeira é crime para
os defensores da lei e da ordem
 Quando Neymar fez 3 a 0 contra o Colo Colo, um “gol de Pelé” aos 6 minutos do segundo tempo, a torcida do Santos não podia imaginar que o show viraria um drama, com a expulsão de Neymar, Zé Love e Elano e dois gols do Colo Colo (aos 36 e 41 minutos do segundo tempo) que levaram a partida a um inesperado 3 a 2. A vitória dramática manteve o Peixe vivo na Libertadores. Mas a situação está difícil.

Neymar foi expulso por colocar uma máscara dele mesmo para comemorar o golaço. Um gesto que na hora não houve quem não achasse bacana. Já tinha cartão amarelo, tomou o segundo, que virou vermelho. Justo, segundo o defensor da lei e da ordem Maurício Noriega, do Sportv, que mostrou um livrinho com as regras do futebol para concluir que o juiz agiu corretamente, pois Neymar deveria pelo menos conhecer a regra, como Noriega, O Grande, conhece.

Jornalismo inútil
Sinceramente, punir a alegria me parece escroto. Cartão vermelho para Maurício Noriega, péssimo como sempre. Não que eu defenda a indisciplina, a anarquia e o descumprimento das leis. Mas estamos falando de futebol, de gol, de alegria. Um atacante pode levar pancadas durante 90 minutos, mas merece ser expulso por comemorar um gol numa brincadeira que não trouxe nenhuma conseqüência a não ser fazer as pessoas rirem. Um jornalista que nesse contexto concorda em punir a alegria e não questiona “a lei e a ordem”, como Noriega, não serve para nada a não ser semear o conformismo.

Imaturidade
Tirando a alegria punida de Neymar, de modo geral o Santos demonstrou nervosismo, imaturidade e falta de comando, conjugação que na Libertadores costuma ser fatal. A postura do time por pouco não resultou na virtual eliminação nesta quarta-feira mesmo. A expulsão de Zé Love foi justa. Léo poderia ter sido expulso por um carrinho que deu. O time poderia ter vencido de goleada, mas, sem equilíbrio tático e emocional, literalmente sem técnico, porque Martelotte não é técnico, entrou na catimba dos chilenos.

Veja os gols de Santos 3 x 2 Colo Colo.



Mas, digam, o que quiserem, o árbitro uruguaio Sergio Pezzotta operou o time da Vila, na Vila. O matreiro técnico argentino do Colo Colo Américo Gallego fez e aconteceu na beira do gramado, catimbou, foi advertido algumas vezes. De repente, o juiz vai até o banco de reservas do Santos e dá cartão vermelho para Elano, que já tinha sido substituído. A expulsão foi porque Elano jogou uma toalhinha no treinador adversário, que já era pra ter sido expulso. E... Maurício Noriega, o defensor da lei e da ordem, apóia o árbitro uruguaio.

Só resta vencer
Contra o Cerro Porteño, fora de casa, dia 14, quinta-feira, o Santos, desfalcado de Neymar, Zé Love e Elano, vai ser comandado por Muricy Ramalho. Um empate no Paraguai virtualmente eliminará o Alvinegro da Vila na primeira fase. Veja a classificação hoje, na tabela abaixo. Suponha que, na penúltima rodada, o Peixe empate com o Cerro em Assunção e o Colo Colo vença o Táchira (resultado mais do que provável). Assim, na última rodada, Colo Colo e Cerro, com 9 pontos, poderão fazer um jogo de compadres, pois um empate levaria os dois times a 10. O Santos, contra o Táchira, mesmo que fizer 20 a 0, só poderia chegar a 9.

O Santos depende de si próprio, mas não está nada fácil. Tem de vencer o Cerro fora de casa, dia 14, data em que completará 99 anos de existência.



Penúltima rodada

12/04/2011
22h30 - Colo-Colo x Deportivo Táchira
14/04/2011
18h15 - Cerro Porteño x Santos

Última rodada

20/04/2011

19h30 - Colo-Colo x Cerro Porteño
19h30 - Santos x Deportivo Táchira

quinta-feira, 3 de março de 2011

Santos se complica e Fluminense é a maior decepção brasileira na Libertadores

Não se pode dizer que o empate em 1 a 1 entre Santos e Cerro Porteño seja catastrófico para o time da Vila Belmiro. Mas é muito preocupante. Com a vitória na mão até os estertores da partida, deixou escapar dois pontos, que foram para o agora líder do grupo 5 Cerro Porteño, que tem quatro pontos, contra três do Colo Colo, dois do Santos e um do Táchira.

Esses dois pontos foram entregues ao time paraguaio pelo zagueiro e capitão (eu diria “capitão”) Edu Dracena, que fez um pênalti de várzea no atacante Barreto, do Cerro, aos 47 do segundo tempo. Francamente, minha gente, vocês acham que Edu Dracena deveria ser titular do Santos? O Peixe tinha feito 1 a 0 aos 10min também na etapa final, num pênalti claro do goleiro em Zé Eduardo, convertido com categoria por Elano. Veja os gols:




O Alvinegro encara agora o Colo Colo em Santiago do Chile.
Se por azar perder, ao acabar o “primeiro turno” da fase de grupos o time da Vila ficará quatro pontos atrás da equipe chilena e cinco do paraguaio Cerro Porteño, que em sua casa em Assunção, na mesma terceira rodada, deverá bater o fraquíssimo Táchira da Venezuela, time com o qual Adilson Batista jogou pelo 0 a 0 na estreia (leia aqui) e que o Colo Colo venceu por 4 a 2, na Venezuela mesmo.

Na minha opinião, a disputa com o Colo Colo pode ser uma espécie de mata-mata antecipado para o time ora treinado por Marcelo Martelotte. Com a esquadra chilena, o Peixe ainda tem os jogos de ida e volta a fazer. Se ganhar quatro dos seis pontos em disputa nesse duelo, o Santos poderia descartar o resultado com o Cerro no Paraguai. A situação santista ainda é relativamente tranqüila por isso, porque um brasileiro ser eliminado por um time chileno é quase impensável.

Quer dizer, o favorito Santos começa a fazer contas já após a segunda rodada. Creio que tem todas as chances de se classificar. Pode passar como líder da chave (como crêem os mais otimistas) como sequer ir às oitavas. Mas as coisas não estão fáceis, principalmente pela instabilidade reinante na Baixada. Talvez o grande erro tenha sido a contratação de Adilson Batista, mas ninguém poderia imaginar tanta lambança, e ele foi demitido com justiça, por incompetência (leia aqui). Teve três meses para estudar e armar o time e quando apresentou algo, foi tosco. Martelotte não pode fazer milagre.

Fluminense à beira do abismo

A grande decepção entre os brasileiros é o campeão brasileiro Fluminense. Após a derrota de 1 a 0 para o América-MEX, nesta quarta, o time de Muricy Ramalho soma míseros dois pontos finda a terceira rodada: empate em casa com o Argentinos Juniors (2 a 2) e Nacional-URU (0 a 0). Na volta, enfrentará argentinos e uruguaios fora e os mexicanos no Engenhão. O time do Argentinos Juniors tem sete pontos, contra seis do América, dois do Flu e um do Nacional.

Conjectura: o andar da carruagem pode acabar levando Muricy Ramalho à baixada santista. Desgastado no Fluminense, ele poderia ... vir a ser a tábua de salvação na Vila, talvez tardiamente para a Libertadores (ou não?), mas a tempo de tentar o Brasileiro. Delírio? Eu não gosto do futebol dos times de Muricy, mas no futebol brasileiro tudo é possível.

Ney Franco: com a palavra, Ricardo Teixeira
Parece que se espera ansiosamente a chegada ao Brasil de Ricardo Teixeira, nesta quinta-feira, pois o Santos pretende contar com o ótimo Ney Franco para comandar a equipe até o fim da Libertadores, e só o capo da CBF poderia dar o “sim” . O técnico campeão sul-americano sub-20 seria uma boa solução, tecnicamente. Mas eu tenho minhas dúvidas quanto a tudo o que envolve tal negociação, politicamente falando.

Atualizado às 12:41

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Santos de Adilson Batista decepciona na estreia da Libertadores

O árbitro Carlos Vera (ECU) apita
e jogo acaba como começou

O Santos começou a Libertadores decepcionando. Com uma escalação surpreendentemente defensiva contra o péssimo Deportivo Táchira, da Venezuela. Danilo na lateral direita, Pará de volante dividindo a marcação no meio com Possebon e Arouca. Na frente, Diogo e Neymar. Na minha modesta opinião, uma escalação totalmente equivocada. Porque:

1) é muito volante (Arouca, Possebon e Pará) para um time só, ainda mais sendo esse time o Santos. Atípico. (Ressalva: os três são jogadores de bom nível, o problema é o técnico.)

2) esse time nunca treinou junto (observação do Deva Pascovitch na CBN-SP). Não seria melhor levar a campo um time mais entrosado?

3) taticamente medroso. Diogo foi criticado, mas Diogo jogou na posição errada. Ele sabe fazer bem o antigo “ponta de lança” (como dizíamos, mas canhoto), armando, e atacando quando possível. Mas, para Diogo jogar aí, teria de tirar um volante e colocar Zé Eduardo na frente com Neymar. Traduzindo: Pará, entrosado nesse time, deveria atuar pela lateral direita, como sempre. E pronto. Bastava mudar uma peça: Danilo daria lugar a Pará na lateral direita para Zé Eduardo jogar com Neymar e Diogo fazer a função de meia-atacante vindo de trás.

O Santos quase fez 1 a 0 aos 31 do primeiro tempo, após um passe de Elano à la Gerson (só que com a perna direita) para Diogo cruzar, Neymar de letra quase mandar pras redes e Danilo perder ao chutar sem convicção (na trave).

Adilson Batista tem uma característica em comum com Paulo César Carpegiani: são confusos, variam muito, inventam demais. Jogador gosta de poder fazer o melhor que sabe, e não de invencionices. 0 a 0 no primeiro tempo foi justo.

Segundo tempo
O Santos voltou do intervalo igual, sem nenhuma alteração. Neymar aparentemente cansado da maratona do Sul-Americano sub-20. Elano, meio perdido entre três volantes. O aguerrido Arouca visivelmente sem “tempo de bola”, fora de forma, vindo de contusão e bom tempo sem jogar.

Enfim, aos 19 minutos, substituição no Santos. Sai Diogo e entra Zé Eduardo. Aos 28, Adilson tira Pará e coloca Adriano (o famoso “seis por meia dúzia”, um volante por outro). Aos 32, sai Léo e entra Alex Sandro (idem). Uma lambança do “professor” Adilson.

O jogo não mudou e o esperado se confirmou ao fim dos 90 minutos: o time de Adilson Batista conseguiu o resultado pelo qual jogou: 0 a 0.

Independentemente das declarações públicas, a diretoria santista deve estar um pouco contrariada, porque elenco o Santos tem. O clube contratou bem, e caro. No entanto, a estréia na Libertadores foi pífia. Os outros times do grupo 5 (Colo Colo e Cerro Porteño) são mais difíceis.

Libertadores é fogo, minha gente. Bobeou, dançou. O Santos deve passar às oitavas, claro. Mas, pela estreia, os santistas (cúpula e torcida) têm motivos para se preocupar. 

E a esperança alvinegra se chama Ganso.

PS (às 16h): foram tantas as invencionices e "variações" táticas inúteis do "professor" Adilson Batista que não prestei atenção ao revezamento de Pará (que de fato começou como volante) e Danilo pela lateral, como disse o Glauco no Futepoca
Sendo assim, não me lembro se quando Pará saiu ele estava na lateral ou no meio (jogo tarde da noite como esse tem um inconveniente: quando começa você já tomou algumas, o que diminui sua capacidade de análise tática...).

De qualquer maneira, o Táchira é tão ruim que em nada tal "variação" do Pardal, digo, Adilson, influiu no resultado tosco de 0 a 0.

Leia também

Tem gente que almeja tão pouco (por Carlos Constancio, do Diga: Futebol)


domingo, 5 de dezembro de 2010

Fluminense conquista um título mais do que merecido

O Fluminense de Nelson Rodrigues e Chico Buarque é o campeão Brasileiro de 2010 com todos os méritos, após derrotar o Guarani no Engenhão por 1 a 0. Enquanto isso, o Corinthians não saiu do 1 a 1 com o Goiás no Serra Dourada e o Cruzeiro inutilmente bateu o  Palmeiras por 2 a 1, ficando com o vice-campeonato. Sejam méritos matemáticos, futebolísticos ou, digamos assim, espirituais, a conquista do Flu é inquestionável.

Reprodução
 Fred e companhia comemoram gol do título

Os méritos matemáticos: basta dizer que o time das Laranjeiras ficou na liderança do mais difícil campeonato nacional do mundo por 23 rodadas, de 38 disputadas. Ou seja, a equipe de Muricy Ramalho liderou cerca de 60% da competição. Os outros dados (vitória, saldo de gols etc) são apenas decorrentes dessa superioridade, ou regularidade. O próprio Ronaldo Fenômeno, “Gordo” para os íntimos, disse na véspera da última rodada: "Já disputei muitos torneios e nada é tão difícil quanto o Campeonato Brasileiro”.

Os méritos futebolísticos: em primeiro lugar, todos os méritos para Muricy, que eu já critiquei neste blog, pois faz um jogo mais defensivo do que acho razoável, tanto que, quando ele é obrigado a vencer, seus times não jogam tão à vontade como quando não precisa. Mas, com seu quarto título nacional como treinador (um a menos que Vanderlei Luxemburgo, que tem cinco e é o maior vencedor do Brasileiro), Muricy já está na história. Aliás, o título de 2010 tem um sabor especial para ele, que perdeu, como técnico do Inter, aquele campeonato para lá de suspeito conquistado pelo Corinthians em 2005.

O Fluminense teve sérios problemas de lesão durante o campeonato. Os atacantes Emerson e Fred, além de Deco, contratado como grife, passaram boa parte da campanha no estaleiro. Em compensação, o argentino Conca, pequenino herói, disputou todos as 38 rodadas, e será eleito o craque do campeonato. A bem da verdade, diga-se, Conca não é um craque. O melhor meia do Brasileirão, Paulo Henrique Ganso, do Santos, ficou logo fora de combate.

Os méritos espirituais: deu para perceber, pela postura principalmente de Fred, que o grupo do campeão brasileiro é unido. Creio que muito, mais uma vez, graças a Muricy, com sua linguagem de boleiro e sua postura sempre ética, que rejeitou a seleção brasileira para ser campeão com esse grupo.



Sob inspiração de Pitonisa

Puxando a sardinha para o meu lado: na 13ª rodada do Brasileiro (no domingo 8 de agosto) postei um texto neste blog cujo título era: “Um balanço do Campeonato Brasileiro de 2010 após 13 rodadas: Fluminense favorito”. Faltavam 25 rodadas. Meu amigo e companheiro de militância cibernética Felipe Cabañas, corintiano roxo, fez o seguinte comentário: “Washington é um atacante medíocre. Muricy Ramalho e seu chuveirinho previsível é um esquema em curva descendente (...). Deco está em fim de carreira. O time do Fluminense não tem nada que o Corinthians não tenha.
É grande candidato a ser um Palmeiras-2009 ou Grêmio-2008”.

Pitonisa, sacerdotisa do templo de Apolo, me visitou naquela data, e, inspirado por ela, eu acertei em cheio. O Fluminense é campeão brasileiro 26 anos depois do título de 1984. Com todos os méritos.

Por ironia, o Corinthians, atrás do vice Cruzeiro, terminou no mesmo terceiro lugar onde o deixara Adilson Batista quando demitido após a 30ª rodada, e vai disputar a repescagem para a Libertadores 2011.

Leia também:

Flamengo campeão brasileiro de 2009

Atualizado às 21h29

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Santos está no grupo 5 e Internacional no 6 da Libertadores 2011

A Conmebol sorteou ontem os grupos da Copa Libertadores 2011. Os únicos times brasileiros em chaves definidas são o Santos e o Internacional, já que o Campeonato Brasileiro ainda não terminou e, portanto, não há classificação final. Peixe e Inter são também os dois únicos cabeças-de-chave do Brasil na competição. O Santos comemorou não precisar fazer nenhum jogo na altitude e não ter adversário em país distante.

Os grupos, com várias indefinições, são esses:

Grupo 1: Peru 1, Paraguai 1, Colômbia 2 e San Luis-MEX
Grupo 2: Junior-COL, Bolívia 2, Peru 2 e Repescagem 6 (Goiás ou quarto colocado do Brasileiro x Liverpool-URU)
Grupo 3: Argentinos Juniors-ARG, Nacional-URU, campeão brasileiro e América-MEX
Grupo 4: Caracas-VEN, Chile 1, Argentina 3 e Repescagem 4 (Chile 3 x Bolívia 3)
Grupo 5: Santos, Chile 2, Deportivo Táchira-VEN e Repescagem 3 (Paraguai 3 x Deportivo Petare-VEN)
Grupo 6: Internacional, Jorge Wilstermann-BOL, Equador 2 e Repescagem 2 (Jaguares-MEX x Peru 3)
Grupo 7: Campeão do Torneio Clausura da Argentina, Paraguai 2, vice-campeão do Brasileiro e Repescagem 1 (terceiro colocado do Brasileiro x Colombia 3)
Grupo 8: Equador 1, Peñarol-URU, Argentina 4 e Repescagem 5 (Argentina 5 x Equador 3)

Elano vem?

O presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, continua prometendo um time forte para disputar o título. Não há nomes certos, apenas especulações, entre as quais a mais comentada nos bastidores do clube é possível volta do meia Elano, um dos ídolos do Peixe no time bicampeão brasileiro de 2002 e 2004. Atualmente, ele joga no Galatasaray da Turquia.

“Temos algumas contratações de impacto que devem ser fechadas nos próximos 15 ou 20 dias”, disse Luis Álvaro. Aguardemos, pois, santistas.