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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Greve dos metroviários mostra ao PSTU que PT e PSDB não são a mesma coisa




Tropa de choque e metroviários se encontram na segunda, 9
Acredito pia, mas piamente mesmo, que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo teria se saído politicamente bem e, do ponto de vista dos interesses da categoria, vitorioso, se tivesse negociado ao estilo do velho Luiz Inácio Lula da Silva quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo. Nesse caso, interesses políticos à parte, como negociadores maduros, os dirigentes do sindicato poderiam ter aceitado a mediação do TRT da 2ª. Região, que fixou o reajuste em 8,7%, cerca de 3% acima da inflação, considerando uma média entre todos os índices. Teriam unido os interesses da categoria e da população, encerrando a greve no domingo, quando o TRT declarou-a abusiva.

Mas o sindicato preferiu o confronto, e perdeu. É mais fácil partir para o discurso juvenil segundo o qual o governo é o mal e nós somos o bem. "Temos orgulho dos cinco dias que fizemos (de greve). Mas temos de reconhecer a realidade da categoria", admitiu, tardiamente, o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior, oriundo do PSTU, na noite desta quarta-feira (11), quando a entidade decidiu desistir da greve que pretendia reiniciar justamente na data de abertura da Copa do Mundo no Brasil, neste 12 de junho, no estádio do Corinthians em Itaquera.

Cansei de ouvir, e continuo ouvindo, de membros, militantes e dirigentes do PSTU e do PSOL, que o PT e o PSDB são a mesma coisa. O desfecho da greve dos metroviários mostra de maneira didática como essa avaliação está equivocada. Nenhum governo petista adotaria o autoritarismo do estilo Alckmin nas negociações. Num governo do PT, no mínimo as 42 demissões nem teriam ocorrido. E alguns pontos, talvez décimos percentuais, teriam sido conquistados a mais.

Alckmin sabia que 9 mil funcionários têm mais voz do que uma diretoria que insistia no confronto contra o governo do Estado e o TRT. 9 mil funcionários representam cerca de 30 mil pessoas (considerando que cada trabalhador tem uma família de 3 a 4 pessoas).

Nesta quinta-feira, a maioria dessas 30 mil pessoas vai ver Brasil x Croácia com um certo alívio, pois são humanas, não estão muito a fim de confronto. Querem tomar sua cervejinha sossegadas, e não servir aos interesses políticos de um grupo que comanda o sindicato e diz que PT e PSDB são a mesma coisa.

Alckmin pode ser tudo, menos tolo.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Governo de SP pode levar de 30 a 55 anos para cumprir meta para o metrô

Em matéria de Suzana Vier, da Rede Brasil Atual, o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior, faz duras críticas à condução, pelo governo do Estado de São Paulo, da gestão e ampliação do metrô paulistano.

Na av. Vital Brasil, estação Butantã parece um
shopping center. Foto: Carmem Machado
Segundo ele, o sistema expande-se de forma lenta e equivocada e, como “estica linhas” sem criar conexões, a ampliação aumenta a superlotação e o risco de acidentes. “O Metrô vem de um atraso de décadas que, somado a mais gente no sistema e à expansão lenta, cria superlotação. O que aumenta mesmo são os problemas”, aponta.

De acordo com ele, em decorrência do corte de investimentos, levará mais de 30 anos para se chegar à meta de 200 quilômetros. Segundo a matéria, entre 2008 e 2010 o Estado utilizou 37% a menos da verba disponível para o metrô (R$ 5,95 bilhões de R$ 9,58 bilhões previstos).

Com o atual ritmo de ampliação das linhas, que é de 2,35 quilômetros por ano, “a previsão de Altino é otimista, porque seriam necessários aproximadamente 55 anos”, informa a matéria da Rede Brasil Atual

Promessas
Como já lembrei neste blog, ao assumir o governo do estado em 2007, o tucano José Serra prometeu que entregaria seis estações da Linha 4-Amarela em fins de 2008. Em agosto de 2011, as gestões tucanas no estado de São Paulo entregaram quatro, as supermodernas estações Faria Lima, Paulista, Pinheiros e Butantã, que ainda funcionam apenas parcialmente, até as 21 horas.

Menos tecnologicamente sofisticado, o metrô da cidade do México, que começou a operar, como o de São Paulo, nos anos 70, tem 202 quilômetros em suas 11 linhas. O da capital paulista não passou de 70 quilômetros de extensão em sete linhas.

Atualizado às 13:29