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domingo, 30 de maio de 2010

Edu Dracena sobre Dorival Junior: “Tem que perguntar pra ele o que ele quer fazer”

Foto: Ricardo Saibun
A frase do título, do zagueiro Edu Dracena, sobre a lamentável condução do time pelo técnico Dorival Junior na derrota do Santos por 4 a 2 para o Corinthians, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2010, na tarde deste domingo, no Pacaembu, é reveladora. A condução equivocada do treinador, aliás, não é só a deste jogo, e nem diz respeito apenas ao time dentro de campo.

Muita gente é contra demitir técnico. Tem aquele discurso politicamente correto de hoje em dia segundo o qual é uma atitude “não-profissional”. Mas a ladainha não é que o clube tem que ser conduzido profissionalmente, como empresa? Ora, nenhuma empresa que queira lucrar pode ser comandada por um fraco. Concordo com o comentário de Felipe num post anterior: “De fato, esse time do Santos é muita areia para o caminhão do Dorival...”

E o zagueiro Edu Dracena, que não é nenhum bobo, dispara: “Tem que perguntar pra ele o que ele quer fazer”. Dorival perdeu a mão e o comando e não entende o que é dirigir um grande time. É ressentido, autoritário e moralista, além de não ter punch para encarar técnicos do porte de Mano Menezes. Hoje, fez uma lambança poucas vezes vista por este escriba que vos fala. Quando perdia por 2 a 1, tirou Neymar e pôs Madson (estranha substituição, que taticamente nada agregou ao time). Tirou o lateral Pará para colocar o atacante Marcel e o zagueiro Edu Dracena para entrar Zezinho. Que confusão. Poderia ter tomado uma goleada histórica, se o Corinthians tivesse mais vontade no fim.

Com um time considerado quase unanimemente o melhor do Brasil no primeiro semestre, Dorival Junior quase entregou o campeonato paulista (quando resolveu recuar o time contra o Santo André), quase perdeu a classificação na Copa do Brasil (a mesma coisa, quando, com 2 a 0 a favor, se acovardou e colocou Rodrigo Mancha, tomando quatro gols do Grêmio em 20 minutos em Porto Alegre) e, nessa sequência, chegou à lambança de hoje.

Desde que engoliu aquele rotundo “não” de Paulo Henrique Ganso, que se recusou a ser substituído na final contra o Santo André, Dorival parece estar acabrunhado e com o ego ferido. Mas deveria ser humilde, porque quem ganhou o título paulista foi Ganso, não ele. Algumas de suas intervenções soam como: “aqui quem manda sou eu”. É um homem do século passado, do tempo de Oswaldo Brandão. A diretoria do Santos, que assumiu prometendo o paraíso da modernidade, precisa entender que Dorival Junior não segura um clube grande e o Santos não tem futuro com ele. Pelo menos não com o elenco atual, porque o comando ele perdeu.

Após tirar Neymar, tomou o terceiro gol do Corinthians em seguida, como um castigo merecido. Na adrenalina da derrota, Edu Dracena, que pode estar de saída para a Europa, fez o desabafo já citado. Quando um jogador tarimbado como Dracena chega a esse ponto, vocês hão de reconhecer que algo está errado.

Apito amigo
O meia Marquinhos não esqueceu que o Corinthians, em seu terceiro jogo pelo Brasileiro no Pacaembu, ganhou a terceira partida seguida com a ajuda da arbitragem: contra o Atlético-PR e, sobretudo, ante o Fluminense. Diante do Santos, o árbitro anulou um gol legítimo do Peixe no fim do primeiro tempo que teria mudado o jogo, dando impedimento inexistente de Marquinhos. Façam as contas: num campeonato de pontos corridos, só aí são de quatro a seis pontos em três partidas.

Quando o Santos ganhou do Corinthians pelo Paulistão (2 x 1), os corintianos choraram as pitangas, ameaçaram, reclamaram, xingaram o juiz... E agora? Agora claro que é normal, porque foi a favor.

Veja os gols de Corinthians 4 x 2 Santos



PS (03h05): O Marquinhos estava impedido mesmo no gol anulado pelo árbitro Sálvio Spinola. Isso é fato e reconheço (vi melhor no tape do que quando vi primeiro). Por outro lado, no segundo gol do Corinthians, Edu Dracena foi visivelmente empurrado, e por isso a bola sobrou para Bruno César.

Essas ressalvas não tiram os méritos da vitória corintiana, que foi incontestável (a questão arbitragem é, aliás, secundária como tema do post). São apenas constatações. Como o é o fato de que, como dito acima, as arbitragens erraram três vezes a favor do Timão no Pacaembu, neste brasileiro.


domingo, 11 de abril de 2010

Zagueiro Durval faz o gol que
praticamente põe o Santos na final

A vitória do Santos sobre o São Paulo por 3 a 2 neste domingo foi justa e lógica. Com gol da vitória de um zagueiro nos estertores da peleja. Mais difícil do que esperavam santistas mais empolgados. Como aconteceu na vitória do Peixe sobre o Corinthians (2 a 1) e na derrota para o Palmeiras (4 a 3), o time da Vila deixou o adversário reagir.

Na semifinal com o São Paulo, as dificuldades do time da Vila decorreram muito por méritos do time do Morumbi.




Foi um grande jogo e os dois protagonistas estiveram à altura das tradições. Ricardo Gomes e seus comandados fizeram o possível. O São Paulo jogou com dez jogadores durante boa parte do jogo. No início do primeiro tempo (até o tomar o gol) e em boa parte do segundo teve mais posse de bola e dominou o meio-campo, mesmo sem Marlos a partir dos 32min da primeira etapa.

Assim, e com raça, o São Paulo chegou ao empate aos 22min do segundo tempo, depois de ter 2 a 0 contra. Mas precisando ganhar (e portanto tendo de jogar aberto) contra o time de Neymar e Robinho, sem esquecer de André mais enfiado, e com o apoio de Ganso e Marquinhos, e Léo pela esquerda... Fica difícil para qualquer time evitar a derrota, convenhamos.

O Santos jogou com o regulamento debaixo do braço, levou uma pressão federal, mas calculada, confiou no poder de seu ataque e foi premiado com um gol do zagueiro Durval. O impressionante do atual time do Santos é que o golpe mortal é imprevisível. Contra o São Paulo, por exemplo, Neymar, Robinho, Ganso e André tiveram atuações apagadas. Mas o desgaste físico e mental para marcar esse quarteto é enorme e uma hora ou outra os espaços aparecem. E aí não tem defesa.

O São Paulo de Ricardo Gomes jogou com elegância, duro, mas na bola. O cartão vermelho do são-paulino Marlos (conseqüência do segundo amarelo) foi rigoroso, mas o juiz manteve o critério que ele mesmo mostrou desde o início ao dar um cartão injusto para Neymar em falta sobre Dagoberto. Discordo desse critério do limitado árbitro Marcelo Rogério, mas pelo menos ele usou a mesma medida para os dois times.

O São Paulo perdeu seu quinto clássico seguido na temporada: para Portuguesa (3 a 1), Palmeiras (2 a 0), Corinthians (4 a 3) e Santos duas vezes (2 a 1 na fase de classificação e 3 a 2 na semifinal). É uma sequência no mínimo desconfortável.

Vale registrar: o jogo do Morumbi, mando do São Paulo, em que o Santos praticamente sacramentou sua ida à final do Campeonato Paulista tinha 35 mil pessoas. Em Santos 2 x 1 Rio Claro, no domingo de carnaval, 32 mil santistas empurraram o Peixe à vitória no Pacaembu.

São Paulo 2 x 3 Santos

São Paulo
: Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner (Fernandinho) e Marlos; Dagoberto (Marcelinho Paraíba) e Washington (Cicinho)
Técnico: Ricardo Gomes

Santos: Felipe; Wesley, Edu Dracena, Durval e Leo; Arouca, Marquinhos (Zé Eduardo) e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Neymar (Madson) e André (Pará)
Técnico: Dorival Júnior

Árbitro: Marcelo Rogério
Auxiliares: Vicente Romano Neto e David Botelho Barbosa
Público: 35.695
Renda: R$ 1.578,325,25

Gols: Junior Cesar (contra, para o Santos), aos 25min, André (S) aos 40min do primeiro tempo; Hernanes (SP), aos 8min, Dagoberto (SP), aos 22min, Durval (S), aos 45min do segundo tempo

PS: Grêmio Prudente 1 x 2 Santo André

O Santo André ganhou de 2 a 1 do Grêmio Prudente no Prudentão. Quer dizer, Santos x Santo André deve ser a final do Paulistão 2010. A tabela da volta do mata-mata paulista é:

18 de abril de 2010
Jogos de volta

Santos x São Paulo – 16h – Vila Belmiro (transmissão: TV Globo, Band e Sport TV)
Santo André x Grêmio Prudente – 18h30 – Bruno José Daniel (Sportv)

Atualizado às 22h33