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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Futebol brasileiro em 2013 só valeu pela foto



Luiza já veste a camisa

Fim de ano é época de balanços. Começo uma pequena série antes do fim dos 12 meses pelo assunto que nesse período do calendário quase abandonei aqui no blog: futebol. E, nesse tema, pouca coisa realmente valeu a pena em 2013. Uma delas foi a foto que (entre outras) fiz na festa de aniversário da Luiza, minha sobrinha, filha do Alexandre. Como se vê, ela foi definitivamente conquistada para as hostes palmeirenses pelo pai, pelo tio Paulo e pelo avô. O tio santista aqui, isolado, nada poderia ter feito. Claro que na festa, dia 16/11, ela usou outras roupas (era festa!), trocou algumas vezes de figurino, o do Palmeiras foi só no fim, já à noite. Mas consta também que, dias antes de ganhar a camisa do Palmeiras de aniversário do tio, ela reclamou: "pai, minha camisa do Palmeiras já tá pequena". 

Por falar em criança e alegria, e também em Palmeiras, nasceu dia 30/11 a formosa Alice, que o pai Anselmo (do Futepoca) tem esperança de que se torne outra adepta da tradição de Ademir da Guia. Mas aí já são outros quinhentos, muita água vai rolar debaixo da ponte e o pai terá de se empenhar um pouco. A pequena sagitariana tem apenas dez dias de vida! Luiza já tem 7, tudo indica que já é palmeirense.

O Brasileiro de 2013

Bem, mas tirando as crianças e essas associações afetivas, de resto, o futebol brasileiro em 2013 deu tédio. No último fim de semana acabou o campeonato (para mim) mais chato de que me lembro. Este ano, aliás, quase não perdi tempo com futebol, e não só pelo meu time, o Santos, ter passado um ano em branco (com o perdão do trocadilho). O campeonato Brasileiro acabou como começou: com uma emoção similar à provocada por um torneio de vôlei. Sem contar com espetáculos sórdidos como o da pancadaria brutal entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na última rodada.

Eu, que passei um ano muito ocupado e cheio de coisas a fazer, só fiquei sabendo que o Cruzeiro tinha sido campeão dois dias depois, vendo uma notícia na Web. Meu desinteresse deve-se em boa parte a essa fórmula insossa, importada e chata de pontos corridos. A cada ano o Brasileiro fica mais e mais desinteressante, quase tanto quanto uma novela da TV Globo, que aliás é quem manda no calendário. O título virou uma coisa secundária. O que importa mesmo é a Libertadores.

Tive o privilégio de ver in loco meu time ser campeão no último Nacional disputado na antiga fórmula de mata-mata, quando o Alvinegro da Vila derrotou o Corinthians em duas partidas (2 a 0 e 3 a 2) e sagrou-se campeão brasileiro de 2002 depois de 18 anos sem um título considerado importante, na época. “Pontos corridos é mais justo”, dizem os defensores do atual sistema.

Mas quem disse que futebol tem de ser justo? Futebol é esporte e jogo, e jogo sem sorte e sem duelo, politicamente correto, só justo (e viva a justiça!), não tem graça. Quem gosta de jogo sabe disso.
Voltando a 2013, o destaque é do futebol mineiro, campeão brasileiro (Cruzeiro) e da Libertadores (Atlético). 

Paulistas decepcionantes

O futebol paulista deu vexame e, incluindo todos os torneios, não emplacou nenhum clube na Libertadores de 2014. O melhor time do estado no Brasileiro foi o Santos, em 7° lugar (57 pontos), seguido pelos medíocres São Paulo e Corinthians (7° e 8°, ambos com 50) e Portuguesa (12ª, 48). 

Para os paulistas, além do fracasso generalizado, foi um ano de lambanças. O Santos, que muitos consideravam candidato ao rebaixamento, surpreendeu muito, positivamente: ficou sete pontos à frente dos rivais da capital e, mesmo tendo perdido Neymar e passado por crise política, conseguiu 4 pontos a mais do que no ano passado com o milionário Muricy Ramalho. Mas, mesmo assim, demitiu o jovem treinador Claudinei Oliveira, oriundo da base do clube, que fez um trabalho excelente ganhando menos do que 10% do que era pago ao tosco Muricy, que tinha Neymar. Se contratar Oswaldo de Oliveira, me parecerá uma boa escolha, que eu achava (mesa de bar) que deveria vir para o Santos quando foi para o Botafogo em 2011. Mas a escolha certa por Oswaldo não apagará a injustiça (ah, a justiça) com Claudinei.

O Corinthians foi a maior surpresa negativa. Ninguém podia imaginar que o campeão mundial obteria míseros 50 pontos, cairia sem dar trabalho na Libertadores, não ganharia nada (a não ser o Paulistinha –dou a mão à palmatória– e ainda demitiria Tite. Vai entender.

O São Paulo passou o ano no limbo e não ganhou nem jogo de par-ou-ímpar. Foi salvo do rebaixamento por Muricy, que nunca deveria ter saído do São Paulo e poderia ficar lá para sempre, que assim não prejudicaria tanto o futebol, e de quebra poderia ajudar seu amado São Paulo, onde dá certo.

Entre os paulistas, destaque mezzo a mezzo para a Ponte Preta, rebaixada para a Segundona no Brasileiro mas que pode se sagrar campeã da Sul-Americana na quarta-feira e conquistar seu primeiro título em 113 anos, se superar o argentino Lanús no segundo jogo da final na periferia de Buenos Aires nesta quarta-feira (no jogo de ida, 1 a 1 no Pacaembu). E, se conseguir o título, rouba a vaga do Botafogo, 4° no Brasileiro, na Libertadores. E assim se completaria a urucubaca (que só o STJD, sempre essa entidade nefasta, pode amenizar, palmas à Justiça) do futebol carioca em 2013. 

E o Palmeiras... Bem, o Palmeiras já foi devidamente homenageado com a foto que ilustra este post e conseguiu seu segundo título brasileiro da segunda divisão em 2013, feito inédito entre os grandes de São Paulo. Mas os palmeirenses pelo menos tiveram o que comemorar em 2013.

Sendo assim, vai uma segunda foto, do tio Paulo-coruja, que deu a camisa para a sobrinha Luiza, com a própria.



E a Lusa...

A Portuguesa, time para o qual sempre torço para se dar bem, ou pelo menos não se dar mal, seria um destaque positivo, pois era tida e havida como certa ao rebaixamento e heroicamente se safou. Mas eis que acabo de saber que, por ter escalado um jogador suspenso, a Lusa pode ser punida com a perda de 4 pontos e aí seria rebaixada. E quem seria o beneficiado? Adivinhem? Fluminense!, que subiu em 2000 beneficiado pelo tapetão. O mesmíssimo Fluminense…

Mas, se o caso for juridicamente líquido e certo e a Lusa for punida, fica a pergunta: como um time profissional, que joga a série A do Brasileiro, poderia cometer um erro desse, digno de futebol de várzea? Francamente. Se o jogador estava mesmo irregular, onde estavam os departamentos de futebol, jurídico e técnico do clube? E onde estava o próprio jogador, Heverton? Seu pai, sua mãe, seu empresário, sei lá, alguém? Ninguém sabia da suspensão? Chega a ser estranho. Torço para que haja algum engano.

Pobre futebol carioca

Os times do Rio, Vasco, e Fluminense, caíram no campo, e assim o futebol da “Cidade Maravilhosa” foi ainda pior, mas muito pior do que o paulista. Bateu um recorde, com dois de seus “grandes” sendo degolados. O Flu, aliás, me parece ser o primeiro campeão brasileiro num ano que vem a cair no seguinte. O Flamengo, como o São Paulo, ficou no limbo. Palmas ao futebol carioca!

Menção aos gaúchos: como sempre, o Inter promete, promete, e não chega a lugar nenhum. E o Grêmio honra a tradição de um time que está sempre na disputa.

No ano que vem tem Copa do Mundo. Em termos de futebol, vai ser bem menos chato do que em 2013.

domingo, 11 de novembro de 2012

Fluminense de Fred e Cavalieri conquista Brasileiro de 2012 de maneira indiscutível


Reprodução
Centroavante é o artilheiro do campeonato, com 19 gols

Independentemente de minhas ressalvas, de um certo enfado quanto ao Brasileirão de futebol deste ano, o título do Fluminense, campeão de 2012, é mais do que indiscutível. Com a vitória sobre o valente, mas impotente Palmeiras por 3 a 2 em Presidente Prudente, o time de Nelson Rodrigues e Chico Buarque chega a seu quarto título nacional (o Robertão de 1970 e os Brasileiros de 1984, 2010 e 2012) e mergulha o Verdão ainda mais na segunda divisão.

Se é certo que um grande time começa com um grande goleiro, então o Tricolor das Laranjeiras já começa com uma formação campeã. Pois Diego Cavalieri – ironicamente formado nas categorias de base do Palmeiras, o que fez questão de lembrar ao final do jogo – foi um monstro na conquista do galardão. Talvez o melhor do time, junto com o matador Fred.

Se atrás o time tem uma muralha defendendo os três paus, ajudado pelo ótimo zagueiro Gum e uma equipe bem armada pelo pragmático Abel Braga, na frente o Flu tem o faro de gols, o carisma e a liderança de Fred, artilheiro do campeonato, até aqui com 19 gols (três a mais do que Luis Fabiano do São Paulo). O campeão brasileiro de 2012 tem o melhor ataque (59 gols) e a melhor defesa (28). Em 35 jogos, 22 vitórias, 10 empates e apenas 3 derrotas. Com 35 rodadas, faltando três, o time de Abel Braga tem 76 pontos, 5 a mais do que o Corinthians ao final do campeonato do ano passado após os 38 rounds regulamentares. Então, não há o que discutir.

O caro time do Fluminense, com um ótimo plantel, o que facilita que mantenha o equilíbrio mesmo quando desfalcado de alguns astros, se dá ao luxo de poder prescindir de Deco, outro grande jogador, que não tem condições físicas de disputar todas as partidas. Quando joga, desequilibra com a Inteligência e a cadência; quando ele não atua, o aguerrimento do time cuida de suprir sua falta.

Sobre o Palmeiras, nada a acrescentar em relação ao já dito aqui. Parabéns ao Fluminense, legítimo campeão brasileiro de 2012.

Seguem os gols do jogo do título do Tricolor carioca:



Relembre o post sobre o título do time das Laranjeiras em 2010: Fluminense conquista um título mais do que merecido .

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A quatro rodadas do fim, esvaziado e chato, Brasileirão tem quase tudo decidido


Nota triste é o virtual rebaixamento do Palmeiras pela segunda vez em dez anos
Reprodução
Imagem comovente da palmeirense
em Araraquara, no último domingo
Faltando quatro rodadas para o fim do Brasileirão, só mesmo em respeito à matemática e à tradição do Palmeiras, como disse Antero Greco, não se crava com certeza que o Alviverde está virtualmente rebaixado à segunda divisão dez anos depois de seu primeiro descenso. À época, o time tinha ficado órfão da Parmalat e era treinado por Vanderlei Luxemburgo, que saiu do clube no início daquele Brasileirão.

Ele foi substituído por Levir Culpi. A equipe tinha alguns jogadores que qualquer torcedor queria em seu time, como Marcos, o lateral direito Arce, o meia Zinho. Mas as divisões internas, as eternas brigas fratricidas na Academia, como em 2012, falaram mais alto.

Curiosamente, como em 2002, o Palmeiras de hoje tinha um treinador cobiçado, Luiz Felipe Scolari, que também saiu do clube antes da queda, deixando o time nas mãos de um treinador promissor, Gilson Kleina, mas pouco experiente para segurar o rojão.

E ironicamente, ao contrário de 2002, talvez a "tragédia" de 2012 tivesse sido evitada se  Felipão tivesse saído antes. Com inúmeras contratações equivocadas, opções técnicas e táticas às vezes inexplicáveis e outros erros, o treinador deixou o cube à beira do abismo. Claro, uma diretoria pífia e o pífio presidente Arnaldo Tirone ajudaram na trajetória lamentável, de que a comovente imagem da jovem palmeirense aos prantos no empate em 2 a 2 com o Botafogo, no último domingo, em Araraquara, é fiel expressão.

Lamento, sinceramente, pelos palmeirenses.

De resto, no início do Campeonato Brasileiro, em 19 de maio, no post Brasileirão começa, como sempre, esvaziado e chato, escrevi que, se o calendário fosse mais "decente", os times que eu consideraria favoritos ao título seriam "o atual campeão Corinthians, Santos, Internacional, Fluminense, Grêmio e São Paulo (acho que o bom time do Vasco está em decadência e namorando com a crise...)".

Teremos mais cerca de um mês de um campeonato esvaziado e chato. Campeão decidido, rebaixados quase definidos e G-4 idem. Um bocejar interminável.

Bem, chato ou não, até que não fui tão mal. Acertei três dos quatro times no G-4 e, entre eles, o Fluminense, virtualmente campeão brasileiro de 2012.

domingo, 15 de julho de 2012

Galo de Gaúcho lidera Brasileiro após um quarto do campeonato disputado


Foto: Bruno Cantini/Divulgação
Podemos criticar, mas o cara decide

Vi cerca de um jogo e meio da nona rodada do Campeonato Brasileiro. No sábado, assisti ao segundo tempo da virada espetacular do Atlético-MG sobre o Figueirense no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Galo do técnico Cuca e de Ronaldinho Gaúcho perdia por 3 a 1 até os 20 min do segundo tempo, quando começou a reagir com gol de Leonardo Silva e só parou após fazer 4 a 3. Já o Figueirense, pelo menos considerando esse jogo, parece fadado a lutar para não cair, e só.

Com 22 pontos, o Galo lidera o Brasileiro, após quase 25% (ou um quarto) da tabela cumprida (9 de 38 rodadas). Faltam três quartos, ou 75%, dos jogos. Vasco da Gama (com 20 pontos), Fluminense (19) e Botafogo (16) completam o G-4.

Uma palavra sobre Ronaldinho Gaúcho. Não é sombra do que foi, mas está sendo fundamental para o Atlético Mineiro, com jogadas cirúrgicas e decisivas (por exemplo, o que Ganso há muito tempo não é no Santos). Não sei quantos, mas se ele não estivesse lá parece óbvio que o Galo teria vários pontos a menos. Fiquem de olho. O Galo pode ir longe. Ou não. Em se tratando de Galo, pode-se esperar tudo... Felizmente não tenho a bola de cristal.

Inter e Santos desfigurados

E vi Internacional 0 x 0 Santos. Um jogo horrível no primeiro tempo (muitas faltas, pouca bola no chão, chutão pra todo lado) e bastante bom no segundo, quando pelo menos tivemos um “lá e cá” tático interessante (com um jogador a menos, o Santos jogou melhor e poderia ter vencido no Beira Rio, não fosse a inoperância do ataque com Dimba e Miralles).

Mas lembremos: Peixe x Colorado é um clássico nacional, mas hoje disputado por dois times que atualmente cedem suas estrelas para a seleção de Mano Menezes: o meia Oscar e o atacante Leandro Damião (do Inter) e o goleiro Rafael, PH Ganso e Neymar (do Santos).

(Um parêntese: o Santos não deve mais considerar Ganso como desfalque. Num post de dezembro passado, este blog já defendia o que está neste link: Está mais do que na hora do Santos negociar Paulo Henrique Ganso, em 24/dezembro/2011.)

Parêntese fechado, o Santos saiu de Porto Alegre com um ótimo resultado, o 0 a 0, embora pudesse ter sido bem melhor. Primeiro porque a arbitragem do senhor Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) foi, para dizer o mínimo, caseira. Não gosto do lateral Juan (um dos homens de Muricy), mas hoje ele foi expulso pela arbitragem caseira, que estava louca para o Colorado de Dorival Jr. vencer.

Só que o Peixe continuou mandando no jogo mesmo após a expulsão de Juan, no comecinho do segundo tempo. Perdeu gols (tradição santista), depois sofreu pressão esperada no fim e por fim voltou da capital gaúcha com um ponto ganho, e tirou dois do Inter, um rival direto na briga por qualquer coisa, título ou G4.

Palmeiras 1 x 1 São Paulo
Reprodução
Felipão e Mazinho
Na Arena Barueri, com o triste público de 8.374 pagantes numa tarde fria na capital, o Palmeiras arrancou um bom empate (1 a 1) do São Paulo do novo técnico Ney Franco. O Alviverde perdia até os 36 da segunda etapa, quando Mazinho empatou o prélio. Lembremos que o time de Felipão estava numa semana de ressaca braba pela conquista da Copa do Brasil, o título mais importante do clube desde a Libertadores de 1999. O empate foi ruim para o Tricolor, que, se tivesse vencido, estaria em quarto, com 18 pontos, mas graças ao gol de Mazinho está em quinto, com 16. O Verdão, com meros 6 pontos, está em 19° e penúltimo lugar. Mas, como o Corinthians, é passageiro. Nem Timão nem Verdão vão cair para a segundona este ano.

O Flamengo ganhou do Bahia em Pituaçu com um pênalti inexistente (é impressionante como a arbitragem erra a favor do Flamengo).

O Corinthians, que saiu do rebaixamento ao vencer o Náutico por 2 a 1, fará um campeonato protocolar, à espera do Chelsea em dezembro, como o Santos de 2011.

No clássico carioca, Botafogo 1 x 1 Flu. O Fluminense de Abel Braga é candidato ao título. E o Botafogo de Oswaldo Oliveira, Renato, Seedorf (que ainda nem estreou) é um time interessante, insinuante. O Galo a mesma coisa. Contra ambos pesa a pecha de cavalos paraguaios de temporadas passadas. Vamos ver se conseguem superar esse estigma com Ronaldinho Gaúcho e Seedorf na parada.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Boca Juniors e Corinthians estão nas semifinais da Libertadores


Flu cai de Boca. Com o perdão do trocadilho infame, a frase resume a peleja no Engenhão em que o Boca Juniors eliminou o Fluminense e se classificou para a semifinal da Libertadores, ao empatar em 1 a 1, fazendo outra vítima brasileira – o Palmeiras em 2000 e 2001, e o Santos, em 2003, foram outras.



O Fluminense fez 1 a 0 logo aos 18 minutos do primeiro tempo impondo-se com autoridade, embora tenha achado seu gol, em cobrança de falta – que nem existiu - de Tiago Carleto, com direito a desvio na zaga. A impressão, até cerca da metade do segundo, era de que mais cedo ou mais tarde o Tricolor furaria a retaguarda (e não retranca) boquense. Com 1 a 0, o time de Abel Braga precisava de mais um gol no Rio para eliminar o Boca, do qual perdera pelo placar mínimo em Buenos Aires.

Mas o segundo tempo chegou. E num jogo renhido, disputado palmo a palmo, pouco a pouco o Boca foi tomando corpo. Aos 35, mais ou menos, o Flu começou a demonstrar que não estava tão insatisfeito assim com a vitória magra de 1 a 0, e que... por que não os pênaltis? Mas aos 40 minutos o Boca tinha revertido jogo, estava indo para cima, como um fantasma que crescia diante de um Fluminense assustado, e o castigo estava a caminho. O Boca Juniors subitamente pressionava, e nesse estilo argentino impressionante e traiçoeiro, empatou a partida aos 45min do segundo tempo, com Santiago Silva. O Fluminense estava desclassificado da Libertadores, e o Boca nas semifinais.


Jogo igual e vitória corintiana




Logo depois, o Corinthians eliminou o Vasco no Pacaembu fazendo 1 a 0 num jogo dramático (em São Januário, semana passada, tinha sido 0 a 0). Paulinho, aos 43min do 2º tempo, marcou o gol da vitória corintiana nesta quarta-feira, 23. O jogo foi rigorosamente igual. Taticamente os times se propuseram a combater fazendo marcação, marcação e marcação.

A impressão era de que a experiência de jogadores tarimbados do Vasco (o goleiro Fernando Prass, o meia Juninho, o meia-atacante Diego Souza, Felipe no segundo tempo) acabaria prevalecendo. O Corinthians demonstrava nervosismo, mas seus anjos da guarda Ralf e Paulinho seguram as pontas sempre. Jorge Henrique, para variar, destoa: pilhado demais, um jogador meio burro, tacanho. Comete falta digna de cartão amarelo e ainda esbraveja. O Vasco foi mais time no amarrado primeiro tempo.

No segundo, deu-se um combate mais franco e aberto, o jogo ficou emocionante. E eis que Diego Souza de repente se vê livre penetrando cara a cara com o goleiro Cássio... Diante de todas as possibilidades que tinha (driblar para a direita, para a esquerda, fuzilar uma bomba, dar uma cavadinha, dar de bico ou qualquer outra solução), Diego fraquejou e chutou mal, tentando colocar, e o arqueiro corintiano desviou para escanteio. Aí é que está a diferença que faz um jogador diferenciado, que Diego Souza não é. Não teve a calma do craque. Tentou definir antes da hora pra se livrar o quanto antes da responsa. Num jogo como esse, parelho, igual, um erro assim não haveria de ser perdoado. E não foi.

O Corinthians espera agora o vencedor de Santos x Vélez, hoje, quinta-feira, torcendo, acho eu, para o time argentino. Que, na minha opinião, será mais fácil de ser batido do que o Santos na semi*. O Boca Juniors aguarda o confronto entre Universidad de Chile x Libertad, jogo em que La U é quase favas contadas. A ver.

*PS: Como lembrou Felipe Cabañas em seu comentário (no link comentários, abaixo), se o Vélez ganhar do Santos, o Corinthians terá de fazer a semifinal contra a outra chave (Libertad ou La U), porque "Boca Juniors e Vélez serão obrigados a se enfrentar por conta desse tosco regulamento da Libertadores".

Atualizado às 13:04

sábado, 19 de maio de 2012

Brasileirão começa, como sempre, esvaziado e chato


“O Brasileirão, campeonato mais disputado do mundo”, começa hoje. A afirmação do corintiano Leandro, em comentário no post anterior, soa quase como um lembrete.

E é metaforicamente um lembrete mesmo. Soa como: "Galera, não esqueça, o Brasileiro está começando, viu?". De fato é o campeonato mais disputado do mundo. Mas o Brasileiro tem sido chato e desinteressante enquanto não chega o segundo semestre, desde que se adotou aqui o sistema europeu de pontos corridos em dois turnos. Ele se inicia em meio às fases mais agudas da Libertadores e Copa do Brasil e os times mais importantes, portanto, estão focados em outra coisa.

Corinthians é o atual campeão nacional

Além disso, em um ano tem Copa América, no outro Olimpíada, no outro Copa do Mundo, no outro Copa das Confederações e assim por diante, de maneira que a desgraça da seleção brasileira, digo, balcão de negócios, chupa dos melhores times os seus craques. E tem ainda a malfadada “janela” européia, que faz com que muitos clubes comecem o campeonato com um time e terminem com outro, embora a crise européia tenha diminuído bastante o tamanho da tal janela.

Não satisfeita com esse calendário perverso, a CBF ainda marca para as primeiras rodadas jogos que deveriam estar no meio da tabela. Claro, aí deve ter o dedo da Rede Bobo, que quer clássicos para ter audiência logo no pontapé inicial. Assim, esta primeira rodada terá Corinthians x Fluminense, Vasco x Grêmio e Botafogo x São Paulo. Grandes clássicos completamente esvaziados e sem graça. Ironicamente, justo Timão (contra o Vasco) e Flu (contra o Boca) têm na semana que vem batalhas renhidas pelas quartas-de-final da Libertadores, enquanto São Paulo e Grêmio têm seus duelos pela CB. Na terceira rodada, é a vez do Santos pegar o Fluminense, quando Neymar e Ganso estarão no balcão de negócios disputando amistosos.

Não é à toa que o Santos, nos últimos dois anos, levou o Brasileiro no banho-maria. Porque não interessava (pode ser uma estratégia equivocada, mas nenhum time ganha tudo sempre e, então, prioriza-se). Vamos supor que o Corinthians ou o Flu ganhe a Libertadores. Vai cozinhar o galo do mesmo jeito, pensando por sete meses num único jogo, o do tal Mundial.

Só pega no segundo semestre

Este ano, a primeira rodada do Brasileiro depois da Olimpíada será a 16ª. Até lá, o campeonato não vai realmente espelhar o que é o futebol nacional.

Querem saber? Considerando tudo isso, acho que esse sistema de pontos corridos acaba sendo uma farsa e não tem nada a ver com o Brasil. A menos que se mudassem as distorções acima mencionadas. Os estaduais, a Copa do Brasil e a Libertadores acabam sendo muito mais empolgantes.

Se o calendário fosse mais decente, daria para conjecturar com mais prazer. Eu diria que os principais candidatos ao título brasileiro seriam o atual campeão Corinthians, Santos, Internacional, Fluminense, Grêmio e São Paulo (acho que o bom time do Vasco está em decadência e namorando com a crise: a lambança e falta de ousadia do Cristóvão Borges no jogo com o Corinthians pela Libertadores irritou ainda mais sua torcida e o próprio elenco).

E vamos então começar “o campeonato mais disputado do mundo”, é verdade, mas que só vai ser de fato interessante daqui a quase três meses.


Chelsea é campeão europeu*

Não vou fazer uma nova postagem, mas atualizo esta para registrar o título do Chelsea, campeão europeu ao bater o Bayern de Munique nos pênaltis, após empate de 1 a 1 até a prorrogação.

Nunca tive simpatia pelo time londrino, mas poucas vezes vi um título ganho com tanta raça. Começando pelo arqueiro Petr Cech, passando por Terry, Ramires (estes dois não atuaram na final), Lampard, Drogba, Torres (autor do gol que eliminou o Barcelona) e outros.

Um belíssimo e merecido título. Eu diria antológico. Incrível a trajetória do técnico Roberto Di Matteo. Um predestinado.

*Atualizado à 0:25

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Flu ou Boca? Vélez ou Santos? Corinthians ou Vasco? La U ou Libertad? Tudo indefinido


Vélez 1 x 0 Santos. Como eu disse em algum lugar, o Vélez Sarsfield não é o Guarani. Excetuando o Barcelona, não me lembro de um plano taticamente tão bem executado contra o Santos como o desse time argentino na partida de ida das quartas-de-final da Libertadores.

Mas foi um resultado doído, porque o gol que o Santos tomou (Obolo, aos 36 minutos do primeiro tempo) foi um quase-frango do goleiro Rafael. O típico "fez que foi, mas não foi, e acabou não fondo" (se tivesse ido mesmo, teria dividido; se tivesse ficado, bem posicionado, pegaria fácil no meio do gol). Continuo achando o reserva Aranha mais goleiro. Rafael nunca foi o goleiro dos meus sonhos. Ele reza demais e joga de menos.





O gol argentino começou pela lateral direita, onde o volante Henrique jogou improvisado porque Fucile e Maranhão (que fez o gol solitário na derrota para o Bolívar em La Paz nas oitavas) estão contundidos.

Até sofrer o gol, o Peixe fazia ótima partida, pragmática, administrando a posse de bola e esperando um erro do adversário para dar o bote. O Vélez, diga-se, fez uma partida perfeita. Porque esperávamos pontapés, e perdemos taticamente. E para não dizer que Neymar não tomou nenhum pontapé... tomou, sim: um. Porém, na partida como um todo, o time portenho anulou o atacante santista fechando os espaços e bloqueando Ganso, que acabou sendo uma nulidade.

Seja como for, espera-se que o presidente santista defina a Vila Belmiro como palco do jogo de volta, porque no caldeirão as chances aumentam. 1 a 0 contra, fora de casa, com o regulamento em vigor, é um resultado ingrato e perigoso. Se escolher o Pacaembu pensando na arrecadação, a possibilidade do naufrágio aumenta. Perguntado à saída da partida no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, sobre onde prefere jogar,  Paulo Henrique Ganso encerrou a entrevista categórico: “Na Vila”, e saiu andando.

Boca 1 x 0 Fluminense




Boca Juniors 1 x 0 Fluminense foi um grande jogo, resultado muito satisfatório ao Tricolor carioca, dadas as circunstâncias: arbitragem descaradamente contra, um jogador, o lateral Carlinhos, expulso aos 33 minutos do primeiro tempo e tudo contra.

Mas, ao contrário do arqueiro do Santos, o goleiro do Flu tem sido decisivo (a favor): graças a Diego Cavalieri, com mais uma atuação espetacular, o time de Abel Braga não saiu da Bombonera com 2 ou 3 a zero no lombo. O 1 a 0 foi um resultado quase heróico: além do poderio indiscutível do time portenho, jogar com o Boca em seu estádio é assustador porque ali parece que vale tudo, qualquer tática, de futebol ou extra-futebol.

O zagueiro boquense Schiavi, por exemplo, é um exemplo de mau-caratismo que no futebol sul-americano é incentivado por árbitros “caseiros” como esse colombiano José Buitrago (o mesmo que apitou Emelec 0 x 0 Corinthians no Equador), o que o senso comum considera normal: “isso é Libertadores”, “Libertadores é diferente” etc. etc. Como se fosse aceitável que Schiavi criminosamente pisasse na mão do camisa 2 Bruno, do Fluminense, sem levar sequer cartão amarelo.

A expulsão do lateral esquerdo do Flu, Carlinhos, merece registro. Foi expulso merecidamente por dois amarelos bem aplicados. Esse jogador foi revelado e jogou pelo Santos de 2005 a 2009. Não deixou saudades. Curiosamente, foi substituído por Tiago Carleto, também revelado pelo Santos. Que também não deu certo na Vila. É a maldição da lateral esquerda.


Enfim, com 1 a 0 contra, o Fluminense, como o Santos, corre sério risco no jogo de volta: como se sabe, o Boca e os argentinos em geral sabem e gostam de jogar fora de casa, como já demonstraram muitas vezes.

Em São Januário, uma homenagem ao não-futebol

Ontem, Vasco 0 x 0 Corinthians foi um jogo horrível. Não se sabia qual time queria perder de menos, tamanha a cautela de ambos. Balões pra todo lado, um campo em péssimas condições, enfim, um jogo de várzea. Acho quase impossível que, com o futebolzinho apresentado ontem, Vasco ou Corinthians ganhem a Libertadores.

A Universidad de Chile ficou no 1 a 1 contra o Libertad, no Paraguai. Em Santiago, La U deve levar essa, mas acho que não terá chance contra Flu ou Boca, dada a falta de tradição dos chilenos na Libertadores.

Ainda acho que a competição está entre Flu ou Boca e Vélez ou Santos.

Libertadores - Tabela
Jogos de volta


23/05 - 19h30 - Fluminense x Boca Juniors
23/05 - 22h - Corinthians x Vasco
24/05 - 20h - Santos x Vélez Sarsfield
24/05 - 22h30 - Universidad do Chile x Libertad

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Santos 8 x 0 Bolívar


Não vou ficar explanando (esse verbo vem do fundo do baú) sobre Santos 8 x 0 Bolívar. Nem precisa. Descrever o jogo, ou os gols? O que importa é lembrar que no triste espetáculo de La Paz o lamentável Bolívar, além da altura da capital boliviana a favor, usou de meios sujos para vencer o Santos por 2 a 1 (aqui). Furioso com esses métodos, saindo de campo na ocasião, Neymar avisou: “Libertadores não tem só ida. Vai ter a volta”.

E com dois gols marcados na partida de hoje e 106 pelo Santos na história, o Rey se tornou o maior artilheiro do clube após a era Pelé.

*Então, vejam os gols, porque imagens (em alguns casos, não em todos) valem mais do que palavras. Os oito tentos foram marcados por Elano (2), Neymar (2), Ganso (2), Alan Kardec e Borges:


Por Santos TV

Fluminense, com justiça

Com a vitória sofrida, dramática e justa do Fluminense de Abel Braga, por 2 a 1, sobre o Internacional de Dorival Júnior, no Engenhão, o Tricolor carioca pega o Boca Juniors em uma das partidas das quartas.

A vitória da Universidad de Chile por 6 a 0 sobre o Deportivo Quito (que havia vencido por 4 a 1 no jogo de ida) confirma que o time chileno é agressivo e insinuante, e faz pensar que seria interessante uma final La U x Santos. Enfim, as quartas-de-final estão definidas. A Libertadores de 2012 está forte. Só tem jogão. Façam suas apostas.

Quartas-de-final

Jogos de ida


16/05 - 19h45 - Libertad x Universidad do Chile
16/05 - 21h50 - Vasco x Corinthians
17/05 - 19h45 - Boca Juniors x Fluminense
17/05 - 22h - Vélez Sarsfield x Santos

Jogos de volta
23/05 - 19h30 - Fluminense x Boca Juniors
23/05 - 22 - Corinthians x Vasco
24/05 - 20h - Santos x Vélez Sarsfield
24/05 - 22h30 - Universidad do Chile x Libertad


*Atualizado às 14:06 (11/05/2012)

Quartas-de-final da Libertadores se definem
nesta quinta-feira


Como esperado, foi fácil a vitória do Corinthians sobre o Emelec do Equador: 3 a 0, no Pacaembu, na partida de volta pelas oitavas-de-final da Libertadores. Se há alguma coisa a dizer sobre o jogo que levou o Timão às quartas é: como é impressionante o nervosismo corintiano ante o desafio de ganhar de qualquer time sul-americano nessa competição.




O primeiro tempo do jogo terminou com o Emelec dominando um Corinthians nervoso, apesar de ter feito 1 a 0 logo aos 7 min do primeiro tempo com Fábio Santos. Contra um medíocre Emelec, os nervos podem não ser decisivos, mas, diante de um Vasco, um Santos ou um Vélez, o Corinthians não tem chance se jogar como atuou contra o Emelec. Posso errar, mas o pragmatismo de Tite não passa das semifinais, se passar das quartas, quando para mim o Vasco é favorito.

O adversário do time de Tite nas quartas vai ser o Vasco da Gama de Cristóvão Borges, que, fora de casa, bateu o argentino Lanús nos pênaltis, após dois resultados iguais (2 a 1 para os cariocas no Rio e igual placar para os hermanos em Lanús). Costumo torcer contra os times brasileiros na Libertadores. Para mim, a rivalidade fala mais alto do que aquele papo furado global de Corinthians (ou Vasco, ou Santos, ou Palmeiras, ou São Paulo, ou Flamengo etc) “é o Brasil na Libertadores”.

Mas hoje seria uma judiação o bravo Cristóvão Borges e o goleiro Fernando Prass caírem. O arqueiro bateu roupa no segundo gol do Lanús, mas, como sempre defendo os (bons, nunca os maus) goleiros, acho que seria injusto o Vasco cair por uma falha, sim, mas de um jogador que tem sido um guerreiro na esquadra cruz-maltina, seu goleiro Fernando Prass.

Desse lado da chave, o Vélez Sarsfield eliminou facilmente o Nacional de Medellín e pegará nas quartas-de-final o Santos, que deve passar pelo Bolívar nesta quinta-feira (toc toc toc).

Do outro lado da chave, o chileno Unión Española não deu nem para começar diante do Boca Juniors, com atuação soberba do veterano Riquelme. O Boca começa a gostar da competição nos mata-matas, isso é sabido, um clichê. Mas há de se considerar que o adversário do time argentino nas oitavas era fraco e o Boca só confirmou um favoritismo cabal. Seu oponente nas quartas será bem melhor, o vencedor de Fluminense x Internacional. Acho que dá Flu.

Os jogos das quartas-de-final da Libertadores, ainda com pendências, serão os seguintes:

Corinthians x Vasco
Vélez x Santos ou Bolívar

Libertad x Deportivo Quito ou Universidad de Chile
Boca Juniors x Inter ou Fluminense

Nesta quinta-feira a tabela estará definida.

Veja a tabela completa das quartas-de-final neste post

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Libertadores: Santos e Corinthians pegam times sem tradição nas oitavas


Terminada a última rodada da fase de grupos da Libertadores, cinco times brasileiros estão nas oitavas-de-final – só o Flamengo de Ronaldinho Gaúcho e Vágner Love deu vexame e caiu fora precocemente. Os confrontos que iniciam a fase de mata-mata são os seguintes:

Libertadores 2012 – Oitavas-de-final:

Fluminense x Internacional
Unión Española (CHI) x Boca Juniors (ARG)
Libertad (PAR) x Cruz Azul (MEX)
Universidad de Chile (CHI) x Deportivo Quito (EQU)
Corinthians x Emelec (EQU)
Lanús (ARG) x Vasco
Vélez Sársfield (ARG) x Atlético Nacional (COL)
Santos x Bolívar (BOL)

Obviamente, o grande jogo é Fluminense x Internacional, imprevisível, embora com algum favoritismo do time de Abel Braga contra o Colorado de Dorival Júnior. Fora o clássico Flu x Inter, Santos e Corinthians parecem (parecem) francamente favoritos e o Vasco tem parada aparentemente mais difícil.

O Timão contra o equatoriano Emelec (que ficou em segundo no grupo do eliminado Flamengo) só cai se perder para si mesmo (o que aliás não é incomum em se tratando de Corinthians na Libertadores...) O Santos deve passar com relativa facilidade por mais um boliviano, o Bolívar. E o Vasco pega o argentino Lanús, líder do grupo 2, o mesmo do classificado Emelec e do desclassificado Flamengo.

Boas disputas devem ser Vélez Sársfield x Atlético Nacional e Unión Española x Boca Juniors.


Sonolento, Santos azul acorda no fim e faz 2 a 0 no "Mais Forte"

Foto: Ivan Storti - Divulgação/ Santos FC 
Na estréia de seu novo terceiro uniforme, azul, o Santos fez a típica partida do time que entra em campo com o pensamento de que vai ganhar quando quiser. Só que a retranca do boliviano The Strongest (“o mais forte”, não custa traduzir) somada à indolência santista quase resultou em um melancólico empate na Vila Belmiro.

Mas o 0 a 0 que parecia impossível e ia se concretizando acabou não acontecendo: aos 40 minutos do segundo tempo, Alan Kardec aproveitou cruzamento de Neymar e mandou para as redes, fazendo mais uma vez em poucos minutos o que o centroavante-manteiga Borges não conseguira durante todo o jogo. São insondáveis os motivos pelos quais Muricy Ramalho insiste em manter Borges e deixar Kardec no banco. E 2 minutos depois Neymar, aproveitando passe de Borges (que alguma coisa tinha que fazer), deu números finais ao duelo. Com o gol, ele chegou a 11 e igualou Coutinho entre os maiores artilheiros da história do Santos na Libertadores, ficando atrás apenas de Pelé (com 17) e Robinho (14).

*Veja os gols pela Santos TV (outro ângulo e som da torcida)




O Alvinegro de Muricy tinha muitos marcadores de ofício para enfrentar um fraquíssimo The Strongest: Adriano, Arouca (depois Íbson), Henrique – improvisado na lateral direita –, além de Elano muito fixo e isolado pela direita, quando poderia jogar mais enfiado pela meia. O jovem Felipe Anderson poderia ter entrado muito antes (no lugar de Henrique ou Adriano), mas só adentrou o gramado no fim, para substituir Elano. Tantos marcadores para marcar quem, em um time que só se defendia? Depois de tanto tempo lutar com seu time formado por uma miríade de volantes, Muricy teve uma iluminação e resolveu tirar o lateral Henrique para colocar Alan Kardec, o que até eu do sofá da minha sala teria feito no mínimo meia hora antes. E ainda ficou se vangloriando pela alteração. “Tem hora que a gente tem que se meter no jogo", disse o treinador, como se fosse um gênio.

Observação: o lindo (terceiro) uniforme azul usado pelo Peixe nesta noite na Vila Belmiro não é uma cor escolhida ao acaso: é uma homenagem ao passado remoto do clube: as primeiras cores usadas pelo Santos no ano de sua fundação, em 1912, foram azul, branco e dourado.

*Atualizado às 13:40

sexta-feira, 16 de março de 2012

Na resenha esportiva da semana, destaque para Libertadores e Didier Drogba

Num medonho campo de futebol society grande, o Santos bateu o Juan Aurich em Chiclayo, no Peru, por 3 a 1, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Com a vitória fora de casa, o Alvinegro fica confortável no grupo 1. A única dúvida é sobre qual time será o líder da chave, o próprio Santos ou o Internacional. Inter, Santos e The Strongest, em 3 jogos, somam seis pontos. O Aurich tem zero. O time de Muricy Ramalho, cada vez mais forte, fará na volta dois jogos em casa (The Strongest e Aurich) e um fora (Inter). A tabela do Colorado é inversa: pega bolivianos e peruanos fora e recebe o Santos no Beira Rio (na Vila, 3 a 1 para o Peixe - relembre aqui).




(Parênteses: a Libertadores ainda vive na “idade média” do futebol. No jogo Cruz Azul 0 x 0 Corinthians, o meia Alex não podia bater um escanteio tamanha era a quantidade de objetos de todos os tipos que lhe eram atirados. Ao fim do jogo, o time brasileiro teve dificuldades para sair do campo. Na partida do Santos, os atletas jogaram com um tipo de tênis para se adequar a um campo grotesco de borracha. No vale-tudo da Libertadores, cartões amarelos não acumulam de um jogo para outro, o que significa que a pancadaria é liberada. O futebol no continente ainda está no século passado, e é incrível que, passa ano e entra ano, tudo continua igual.)

Voltando. No grupo 6, o Corinthians está sossegado. Contra o Cruz Azul, na quarta, fora de casa, deu um banho nos mexicanos e só não ganhou porque o time, principalmente com Liédson e Paulinho, desperdiçou as chances que teve, embora (quem não faz, toma) a esquadra de Tite só não tenha tomado o gol da derrota no fim do jogo porque Chicão tirou milagrosamente uma bola quase de dentro da meta, como um cirurgião. O Timão só não pode tropeçar contra o mesmo Cruz Azul na semana que vem no Pacaembu.

No grupo 5, embora vice-líder, o Vasco da Gama está namorando com a tragédia de cair na primeira fase. Tudo depende da próxima rodada, quando a equipe cruzmaltina fará contra o Libertad (time ardiloso) sua última partida em casa, das três que restam. Se só empatar e o Nacional (URU) bater o Alianza Lima, acho que bau-bau.

No grupo 2, o Flamengo tropeçou contra o Olímpia do Paraguai, empatando no Rio em 3 a 3 nesta quinta. Fará agora dois jogos fora (Olímpia e Emelec) e um em casa (Lanús), na última rodada. O Rubro-Negro lidera, mas o grupo é equilibrado e ele está apenas dois pontos à frente do quarto colocado (Emelec) e um do 2° e do 3° (Olímpia e Lanús).

No grupo 4, o Fluminense segue em vôo de cruzeiro. Três jogos e três vitórias, inclusive contra o Boca Juniors em La Bombonera. Mas em Libertadores isso pode não significar nada.

O espetacular Drogba avança com o Chelsea

Dito tudo isso, viajando à Europa, encerro com a figura que para mim foi o destaque da semana. O grande Didier Drogba, que, junto com o meia Lampard e o zagueiro capitão Terry, levou o até então cambaleante Chelsea às quartas-de-final da Liga dos Campeões, ao bater o Nápoli em Londres por um improvável 4 a 1 (no jogo de ida, o time italiano vencera os ingleses por 3 a 1). Não gosto do Chelsea, torci pelo Nápoli. Mas Drogba, hoje com 34 anos, que nunca está na lista dos mais badalados, é para mim um dos maiores do mundo. E a vitória do seu time foi espetacular.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Briga de Fox e Globosat tira Libertadores do torcedor (consumidor) brasileiro

Quanto mais o tempo passa, mais o torcedor (leia-se consumidor) paga o pato pelos monopólios. Quem reclamava do monopólio da transmissão dos jogos da Libertadores pela Globosat (Sportv e Sky), agora pode dizer: “eu era feliz e não sabia”. Triste.

Ricardo Saibun / Santos FC
Campeão, Santos terá no máximo um jogo na TV!
Para quem não sabe, a Fox Sports agora é dona dos direitos da Libertadores. Ainda não há (e haverá?) acordo com a Globosat, portanto a emissora norte-americana (aquela mesma de extrema direita do magnata Rupert Murdoch) não tem um canal para transmitir os jogos no Brasil. Como a Fox exerceu seu direito de exclusividade, os canais Globosat perderam a regalia. E, como represália, estão dificultando a assinatura de um contrato com a Fox para disponibilizar um canal para as transmissões.

A TV Globo só vai transmitir jogos em sua grade como de costume, os do horário de 22 horas de quarta-feira. Privilégio de Corinthians e Flamengo. Isso significa que o jogo de estreia do Fluminense, hoje, contra o Arsenal Sarandí, não terá TV, nem aberta nem paga. Quem quiser, pode ver por canais de pouca abrangência (Oi, TV, Telefônica e Nossa TV), ou tentar ver, pela internet no endereço http://www.rojadirecta.me/.

Pode ser que o quadro mude, mas por enquanto não há novidades.Caso o imbróglio persista, os torcedores do Santos também ficarão a ver navios no primeiro jogo do time, dia 15, às 19h45, e em quase todos os outros. Campeão da Libertadores, o Peixe pode ter apenas um jogo transmitido na fase de grupos! As últimas informações, segundo o portal Terra, são de que as negociações continuam.

Não entendo ainda por que o canal da Fox disponível nos pacotes da Net e Sky não transmitirá as partidas, como fez na repescagem.

Onde está a Anatel para fazer valer a voz do Estado contra esse gangsterismo? Ou isso não é gangsterismo?

Leia também: o que esperar de Corinthians, Flamengo, Fluminense, Inter, Santos e Vasco na Libertadores .


*Atualizado às 14:46

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O que esperar dos times brasileiros na Libertadores 2012

À primeira vista, não parece difícil a tarefa de nenhum brasileiro na fase de grupos da Libertadores 2012, pelo menos para passar à fase de mata-matas. Este ano, nenhum time do país comeu pizza sabor Tolima na repescagem. Depois da classificação de Internacional, que eliminou o Once Caldas nesta quarta-feira, e Flamengo, que despachou o Real Potosí, veja como ficaram os grupos das equipes do Brasil na competição e um breve comentário sobre cada grupo.

D'Alessandro fica

Grupo 1

Internacional
Juan Aurich
Santos
The Strongest

Salvo uma tragédia, este grupo não terá surpresas. Devem classificar-se Santos e Inter com facilidade. O ilustre desconhecido Juan Aurich, campeão do Peru, e o sempre presente The Strongest, o mais forte (sic), da Bolívia, não têm condições de ameaçar os brasileiros. O Inter de Dorival Júnior é forte e o “fico” de D’Alessandro motiva ainda mais o time. O Peixe de Muricy, com todas as ressalvas que faço ao treinador, é um dos favoritos ao título.


Peixe conta com experiência de Elano
O Colorado faz seu primeiro jogo no próximo dia 9/02 (20h) contra o Juan Aurich em Porto Alegre e o Peixe estreia nas alturas de La Paz dia 15/02 (19h45), contra o The Strongest

Grupo 2

Emelec
Flamengo
Lanús
Olimpia-PAR


Craque o Flamengo tem

O Flamengo começou o ano mergulhado numa crise sem tamanho, com salários atrasados, jogador processando o clube (Deivid), Luxemburgo cai-não-cai [*Notaapós a publicação deste post, foi confirmada a demissão do treinador]. Nessa toada, o Rubro-negro pode ficar no caminho, já que tem as ameaças do argentino Lanús (não é tradicional, mas é argentino) e o Olímpia (o futebol paraguaio costuma complicar os incautos).

O Flamengo faz sua estreia na Argentina dia 15 (horário indefinido) contra o Lanús.


Grupo 4


Arsenal Sarandí
Boca Juniors
Fluminense
Zamora

O Fluminense é um belo time, tem o artilheiro Fred, a categoria de Deco e a experiência de Abel Braga, que já conquistou a Libertadores pelo Inter (2006). Deve disputar a liderança com o Boca Juniors, que, segundo se diz, está forte. Os inexpressivos Zamora (VEN) e o Arsenal Sarandí (da Argentina, alguém me apresenta?) são grandes zebras no grupo. O Sarandí pode ser argentino, mas acho que em seu caso nem isso significa alguma coisa.

O Flu recebe na primeira pertida o próprio Arsenal Sarandí dia 7, no Engenhão (22h)

Grupo 5

Alianza Lima
Libertad
Nacional (URU)
Vasco

Embora o Vasco, na minha opinião, seja um dos que podem ser considerados favoritos ao título, deve se precaver, pois seu grupo não é dos mais fáceis. O Santos, ano passado, era considerado favas contadas na primeira fase e quase se deu mal. Nacional (URU) e Libertad (PAR) são times tradicionais na Libertadores. Um tropeço em casa contra as retrancas dessas duas equipes pode custar caro aos cruz-maltinos. Mas a equipe vascaína é forte e deve passar.

O Vasco estreia contra o Nacional (URU) em São Januário, dia 8 (22h).

Grupo 6

Corinthians
Cruz Azul-MEX
Deportivo Táchira
Nacional (PAR)
Tite ri à toa

A não ser que a eterna síndrome da Libertadores e a ansiedade comprometam mais uma vez, o Corinthians não terá, acho eu, muitas dificuldades no grupo. O Táchira (VEN) está sempre na Libertadores, mas invariavelmente como carta fora do baralho. O Cruz Azul é mexicano, e pode ameaçar o Timão, mas talvez, no máximo, a liderança deste grupo 6. O Nacional paraguaio é uma incógnita, mas paraguaios geralmente endurecem. Não creio muito. O técnico Tite provou que pode ir longe com seu futebol de resultados e o elenco campeão brasileiro ter-se mantido é o principal trunfo corintiano.

O Alvinegro estreia dia 15/02 contra o Deportivo Táchira na Venezuela (22h)

*Atualizado à 01:21 (03/02/2012)

sábado, 12 de novembro de 2011

Flu perde do lanterna América-MG, em refugada digna de Baloubet du Rouet

No domingo 30 de outubro, o Corinthians derrotou o Avaí no Pacaembu por 2 a 1 e o Vasco ficou no 0 a 0 com o São Paulo no Rio, perdendo a chance de assumir a ponta, e escrevi aqui: “Tenho a impressão que o principal trunfo do Corinthians é a absoluta incompetência dos concorrentes”.

Apesar da veemente discordância dos corintianos naquele post, continuo com a mesma opinião. E, vejam bem, não estou dizendo que o Timão não merece ou não merecerá o título se o ganhar, mas a derrota do Fluminense para o lanterna América-MG por 2 a 1 em pleno Engenhão só vem confirmar que, embora emocionante, o Brasileirão 2011 é nivelado por baixo. Tirando o Santos, que abdicou da competição cedo demais, nenhum dos times que podem levantar o título tem cara de campeão, ou craques que desequilibram ou um futebol que encante.

Vi o jogo do Fluminense e fiquei a me perguntar como um time tão limitado, sem nenhuma estrela (Deco, machucado, não atuou), jogando na base do chuveirinho, pode ganhar o campeonato. Se vencesse o Coelho, o Flu seria hoje líder. Mas, sem Deco, o time de Abel Braga, com um meio de campo acéfalo, foi amplamente dominado pela equipe do técnico Givanildo, que mereceu vencer por placar até mais generoso.

Gols de Fluminense 1 x 2 América-MG




Isolado e sem ninguém para armar as jogadas, o atacante Fred não fez nenhum milagre. Rafael Moura, o He-Man, entrou bem no segundo tempo, deu mais movimentação e alternativas ao ataque. Mas como Abelão é um técnico conservador e medroso, nesse aspecto ao estilo de Tite (vide derrota do Timão para o mesmo América de Minas), ele preferiu não começar jogando com Sóbis, Fred e Rafael Moura, deixando este último no banco. Quando corrigiu o erro, já era tarde.

De futebol e hipismo

Com a refugada do Flu, digna de um Baloubet du Rouet, a disputa pelo título volta a ficar mais clara entre Vasco e Corinthians.

O mítico Baloubet du Rouet e Rodrigo Pessoa
(Um parênteses é necessário: entendo muito pouco de cavalos. Na única vez em que entrei no Jockey, há muitos anos, para fazer uma reportagem, já que estava mesmo lá apostei em um cavalo, por achá-lo muito bonito -todo preto- e ter um número de que gosto – o 7. Resultado: o cavalo chegou em último no páreo e nunca mais apostei nesses belos animais.)

Voltando ao futebol, neste domingo o Timão é favorito contra o desesperado Atlético-PR no Pacaembu e o Vasco (pelo atual alto astral, moral alto e união do grupo), também favorito contra o Botafogo. Mas os favoritos têm sido uma aposta ingrata neste Brasileiro das refugadas. O Flamengo pega o Coritiba no Couto Pereira precisando vencer e torcer por tropeços dos dois líderes para embolar completamente a tabela na reta final.

Para terminar, não quero ser injusto com Baloubet du Rouet, que ganhou muitos títulos, como registrou o Glauco certa vez em post no Futepoca. Só lembrei do grande Baloubet por uma livre-associação inevitável. Aliás, não sei até hoje quem é mais importante no conjunto, se Rodrigo Pessoa ou Baloubet.

domingo, 2 de outubro de 2011

Quem se deu mal e quem se deu bem na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro

Faltam 11 jogos (dos 38 que cada time tem a fazer) para o fim do Brasileirão. Segue um balanço sucinto da 27ª rodada:

- Constatação óbvia: Fluminense e Flamengo se deram bem. O Flu porque voltou à briga pelo título ao bater o Santos em Volta Redonda por 3 a 2, numa partida para os santistas esquecerem (post aqui) e que foi a pá de cal nas pretensões do Peixe ao título. O Rubro-negro conseguiu grande vitória ante o São Paulo no Morumbi (2 a 1) e também ressurge. Como vocês podem ver na tabela de classificação, apenas seis pontos separam ambos, Fla e Flu, do líder Vasco.


Do Cartão Laranja
Ouça o gol da vitória do Flamengo na narração de Oscar Ulisses, da Rádio Globo, clicando neste link.

- O Vasco nem se deu bem, nem mal, ao empatar com o Corinthians por 2 a 2 no Rio. Mas perdeu a chance de colocar 5 pontos sobre o vice-líder, que continua sendo o Timão.

- O Alvinegro do Parque São Jorge também se deu bem na rodada, por ter segurado o líder do Brasileirão no alçapão de São Januário, mantendo uma distância segura de apenas dois pontos atrás do Vasco da Gama e jogando desfalcado dos atacantes Emerson e Liedson. Porém, os corintianos devem estar lamentando o time ter perdido a oportunidade de ter derrotado o Vasco, e teve chance para isso. Seria líder.

- O São Paulo, claro, deu-se mal. Foi a quarta derrota do Tricolor em seu campo para os rivais cariocas neste campeonato. Se tivesse batido o Flamengo, estaria na vice-liderança. Mas o time do Morumbi contou com a derrota do Botafogo para manter a terceira colocação. O time da Estrela Solitária se deu mal ao perder por 2 a 0 do bom time do Atlético-GO, em Goiás.

- Não há perigo de errar: Vasco, Corinthians, São Paulo, Botafogo, Fluminense e Flamengo disputam o título. Daí para baixo estão todos fora (Inter e Palmeiras, como mostra a tabela acima, dez pontos atrás do líder, não têm mais gás).

Treinadores

O diferencial na reta final pode ser o treinador. É difícil imaginar Caio Júnior (Botafogo) e Adilson Batista (São Paulo) superarem Luxemburgo (Flamengo), Abel Braga (Flu) e mesmo Tite, que está fazendo um trabalho excelente no Corinthians, apesar das desconfianças generalizadas, minhas inclusive.

Cristóvão Borges, como interino do Vasco no lugar de Ricardo Gomes, que se recupera de um AVC, poderia ser uma surpresa? Poderia, pois o Vasco tem um bom time, mantém a filosofia de Gomes (interessante revelação) e é um franco-atirador, já que, campeão da Copa do Brasil, está na Libertadores de 2012 e não tem nada a perder.

Abaixo, os gols de Vasco 2 x 2 Corinthians (o primeiro gol corintiano foi uma aula de contra-ataque, que redundou em golaço de Alex):




Atualizado às 23:49

sábado, 1 de outubro de 2011

Santos dá bobeira (de novo) e perde do Fluminense aos 50 do segundo tempo

Derrotas são sempre desagradáveis, mas a maneira como o Santos perdeu do Fluminense em Volta Redonda por 3 a 2 neste sábado foi lamentável (veja os gols no link ao fim deste post). O Tricolor foi a 44 pontos e, em 5° lugar, volta a brigar pelo título. O Peixe estagnou nos 35.

Reprodução
Marquinho comemora com torcida primeiro gol
Com atuação inspirada, uma redundância dizer isso, o craque Neymar fez 1 a 0 após receber passe primoroso do goleiro Rafael, à la Rogério Ceni. O Flu empatou ainda na primeira etapa e virou na segunda.

Após ficar com um jogador a mais e a entrada de Rentería (que fez muito boa estreia) aos 32 do segundo tempo no lugar da completa nulidade que foi Elano, o time de Muricy voltou a empatar, aos 44. Faltando 8 minutos (o juiz deu 5 de acréscimo por conta de contusão do goleiro Diego Cavalieri), a possibilidade de o time da Vila virar para 3 a 2 no finzinho era clara. O Flu estava exausto e com um homem a menos, pedindo pelo amor de Deus para o jogo acabar.

Mas uma bola alçada sem perigo para o ataque, que o time carioca queria usar para gastar tempo, virou um escanteio desnecessário, tolo, não tenho certeza cedido por quem, mas acho que pelo lateral Éder Lima, que jogou no lugar de Léo, suspenso.

Na batida, a defesa santista passivamente assistiu ao gol de cabeça de Marcos Rosário para o Flu, aos 50 minutos. Foi um belo jogo, e registre-se a ótima atuação de Fred, principalmente no primeiro tempo. Mas, para os santistas, “uma merda de jogo”, como resumiu o amigo Olavo, do Escanteio Curto, por torpedo. Definição perfeita. Seja como for, o Tricolor carioca fez uma partida merecedora da vitória. Mas a história teria sido outra, não fosse Arouca ter perdido um gol feito quando o Alvinegro vencia por 1 a 0, ou Borges ter sido fominha numa bola que deveria ter tocado a Neymar, livre, quando estava 1 a 1.

A nota agradável fica por conta da estreia de Rentería, um jogador forte, que sabe fazer o pivô e também gols, difícil de marcar (jogando pelo Once Caldas, ele enfrentou e marcou um contra o próprio Santos pela Libertadores este ano). Com poucos minutos em campo, mostrou promissora e surpreendente sintonia com Neymar, de quem recebeu o passe para empatar em 2 a 2.




O que há com Elano?


Para não falar de Ibson, péssimo, que entrou no segundo tempo no lugar de Arouca, a nota negativa, mais uma vez, foi Elano (e não gosto de dizer isso, pois sou fã dele). Na verdade, o Santos jogou com 10 jogadores, porque o jogador não entrou em campo. Pior, ao rebater sem querer e de maneira bisonha uma bola no primeiro tempo, Elano deu de presente a bola para Fred, logo Fred, que tocou com maestria para Marquinho fazer o 1 a 1 para o Flu. O que acontece com Elano? Não consegue viver sem a Nivea Stelmann? É cachaça? Cigarro? Esqueceu seu futebol na Turquia? Não sei, só sei que ele tem que sair do time, infelizmente. E o meio de campo, sem Paulo Henrique Ganso, não tem criação. Tudo depende de Neymar. E o craque faz o que pode.

Palmeiras

Este post não poderia terminar sem uma nota: e o Palmeiras? O que acontece com o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari que empatou com o lanterna América-MG em pleno Canindé lotado?

Na minha opinião, como se diz, o ciclo de Felipão do Palmeiras acabou.

Atualizado às 21:57

domingo, 28 de agosto de 2011

Corinthians termina primeiro turno como líder. Mas faltam 19 rodadas


Após a rodada de encerramento do primeiro turno, com vários clássicos estaduais, Timão perde o derby mas é líder. Santos e São Paulo ficam no empate. Grêmio bate o Inter e o Galo ruma para o abismo. Veja os gols de Santos 1 x 1 São Paulo e Palmeiras 2 x 1 Corinthians abaixo.


Clique na tabela para ampliar
Print do Cartão Laranja
Pronto, terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro no superdomingo de clássicos. O Alvinegro do Parque São Jorge mantém a liderança, embora nesta segunda-feira os corintianos tenham que encarar as gozações inerentes ao fato mais marcante do domingo para a Fiel, a derrota no derby de São Paulo: Palmeiras 2 x 1 Corinthians. O time comandado por Tite continua em sua trajetória descendente, mas para sua sorte o Flamengo estacionou. Mas o Botafogo vem subindo, o São Paulo e o Vasco estão apenas dois pontos atrás.

Santos 1 x 1 São Paulo foi um jogo (o que vi no domingo) menos empolgante do que pareceu que seria no início. Mas isso porque jogar com o São Paulo não é fácil. A tática do time do Jardim Leonor na primeira metade do primeiro tempo foi bater, uma tática de timinho. Tanto que aos 15 minutos do primeiro tempo já tinha dois cartões amarelos, embora merecesse mais. Aos 29, Carlinhos Paraíba já era expulso, por jogo violento (dois amarelos). Mesmo com um jogador a mais a partir daí, o Santos não conseguiu impor o fator casa e, graças ao talento de Lucas, terminou a primeira etapa perdendo  de 1 a 0.

No segundo tempo, quando tudo parecia indicar a vitória são-paulina, Paulo Henrique Ganso – que não jogara rigorosamente nada até então – empatou o jogo num petardo que entrou no ângulo de Rogério Ceni. O 1 a 1 final foi justo.

Grande jogo foi Fluminense 1 x 2 Botafogo, no sábado, que vi. Quinto colocado, apenas três pontos atrás do Corinthians, o time de General Severiano é uma boa surpresa, principalmente porque está não apenas ganhando como jogando um futebol insinuante, rápido e inteligente, com Renato organizando o meio campo e Loco Abreu comandando a linha de frente. Vasco e Flamengo ficaram no 0 a 0, em partida marcada pelo grave problema sofrido por Ricardo Gomes.

Grêmio 2 x 1 Internacional, nenhuma surpresa. Diziam que o Inter era favorito, o que é um equívoco, pois nem mesmo o maior rival do Grêmio pode ser considerado favorito no Olímpico. Deu a lógica.

E Atlético-MG 1 x 2 Cruzeiro também foi lógico, e só mostrou que o Galo caminha a passos largos e resolutos para a segunda divisão.

No clássico catarinense, Figueirense 2 x 3 Avaí. E no clássico nordestino, Ceará 3 x 0 Bahia.

Sobre a liderança do Corinthians ao fim do primeiro turno, uma palavra. Desde que o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, foram oito campeonatos. Em seis deles os “campeões” da primeira fase garantiram a taça no final: Cruzeiro (2003), Santos (2004), Corinthians (2005), São Paulo (2006 e 2007) e Fluminense (2010).  Apenas São Paulo e Flamengo, campeões em 2008 e 2009, não terminaram o primeiro turno na liderança. Grêmio e Internacional, respectivamente, eram os líderes ao fim da metade inicial naquelas temporadas.

Veja os gols de Santos 1 x 1 São Paulo




Os gols de Palmeiras 2 x 1 Corinthians

Atualizado à 01:00

quinta-feira, 3 de março de 2011

Santos se complica e Fluminense é a maior decepção brasileira na Libertadores

Não se pode dizer que o empate em 1 a 1 entre Santos e Cerro Porteño seja catastrófico para o time da Vila Belmiro. Mas é muito preocupante. Com a vitória na mão até os estertores da partida, deixou escapar dois pontos, que foram para o agora líder do grupo 5 Cerro Porteño, que tem quatro pontos, contra três do Colo Colo, dois do Santos e um do Táchira.

Esses dois pontos foram entregues ao time paraguaio pelo zagueiro e capitão (eu diria “capitão”) Edu Dracena, que fez um pênalti de várzea no atacante Barreto, do Cerro, aos 47 do segundo tempo. Francamente, minha gente, vocês acham que Edu Dracena deveria ser titular do Santos? O Peixe tinha feito 1 a 0 aos 10min também na etapa final, num pênalti claro do goleiro em Zé Eduardo, convertido com categoria por Elano. Veja os gols:




O Alvinegro encara agora o Colo Colo em Santiago do Chile.
Se por azar perder, ao acabar o “primeiro turno” da fase de grupos o time da Vila ficará quatro pontos atrás da equipe chilena e cinco do paraguaio Cerro Porteño, que em sua casa em Assunção, na mesma terceira rodada, deverá bater o fraquíssimo Táchira da Venezuela, time com o qual Adilson Batista jogou pelo 0 a 0 na estreia (leia aqui) e que o Colo Colo venceu por 4 a 2, na Venezuela mesmo.

Na minha opinião, a disputa com o Colo Colo pode ser uma espécie de mata-mata antecipado para o time ora treinado por Marcelo Martelotte. Com a esquadra chilena, o Peixe ainda tem os jogos de ida e volta a fazer. Se ganhar quatro dos seis pontos em disputa nesse duelo, o Santos poderia descartar o resultado com o Cerro no Paraguai. A situação santista ainda é relativamente tranqüila por isso, porque um brasileiro ser eliminado por um time chileno é quase impensável.

Quer dizer, o favorito Santos começa a fazer contas já após a segunda rodada. Creio que tem todas as chances de se classificar. Pode passar como líder da chave (como crêem os mais otimistas) como sequer ir às oitavas. Mas as coisas não estão fáceis, principalmente pela instabilidade reinante na Baixada. Talvez o grande erro tenha sido a contratação de Adilson Batista, mas ninguém poderia imaginar tanta lambança, e ele foi demitido com justiça, por incompetência (leia aqui). Teve três meses para estudar e armar o time e quando apresentou algo, foi tosco. Martelotte não pode fazer milagre.

Fluminense à beira do abismo

A grande decepção entre os brasileiros é o campeão brasileiro Fluminense. Após a derrota de 1 a 0 para o América-MEX, nesta quarta, o time de Muricy Ramalho soma míseros dois pontos finda a terceira rodada: empate em casa com o Argentinos Juniors (2 a 2) e Nacional-URU (0 a 0). Na volta, enfrentará argentinos e uruguaios fora e os mexicanos no Engenhão. O time do Argentinos Juniors tem sete pontos, contra seis do América, dois do Flu e um do Nacional.

Conjectura: o andar da carruagem pode acabar levando Muricy Ramalho à baixada santista. Desgastado no Fluminense, ele poderia ... vir a ser a tábua de salvação na Vila, talvez tardiamente para a Libertadores (ou não?), mas a tempo de tentar o Brasileiro. Delírio? Eu não gosto do futebol dos times de Muricy, mas no futebol brasileiro tudo é possível.

Ney Franco: com a palavra, Ricardo Teixeira
Parece que se espera ansiosamente a chegada ao Brasil de Ricardo Teixeira, nesta quinta-feira, pois o Santos pretende contar com o ótimo Ney Franco para comandar a equipe até o fim da Libertadores, e só o capo da CBF poderia dar o “sim” . O técnico campeão sul-americano sub-20 seria uma boa solução, tecnicamente. Mas eu tenho minhas dúvidas quanto a tudo o que envolve tal negociação, politicamente falando.

Atualizado às 12:41

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A unificação dos títulos do futebol brasileiro: justiça seja feita

Segundo a TV Globo (que parece ter readquirido a exclusividade de informações em primeira mão) e o site Globoesporte.com, a CBF vai oficialmente unificar os títulos brasileiros de 1959 (início da Taça Brasil) a 1970, ano em que o Fluminense sagrou-se campeão nacional ganhando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão), antes da criação do Campeonato Brasileiro em 1971, conquistado pelo Atlético-MG.

Santos F. C. campeão da Taça Brasil/1965

Santos, Palmeiras, Fluminense, Bahia, Botafogo e Cruzeiro reivindicavam a unificação. O Alvinegro da Vila Belmiro e o Alviverde de Palestra Itália passarão a ser os clubes mais vezes campeões brasileiros (oito cada). São Paulo e Flamengo, com seis títulos, vêem em seguida, e depois Corinthians e Vasco da Gama, com quatro.

Na minha opinião, se a informação for confirmada, será feita justiça. Afinal, é inadmissível concordar que a história do “melhor futebol do mundo” tenha começado em 1971! Lembro de um comentário do Antero Greco às vésperas da final do Brasileiro de 2002 (Santos x Corinthians), quando ele disse que, se ganhasse, o Santos seria naquele ano campeão nacional pela sétima vez. “É preciso acabar com essa bobagem de ignorar os títulos nacionais antes de 1971”, disse Antero na época, com palavras que, se não são exatamente essas, são quase as mesmas. 

Palmeiras levantou taças Brasil e de Prata em 67

Como a informação ainda não é oficial, faltam alguns esclarecimentos. Por exemplo, nos anos de 1967 e 1968, quando a Taça Brasil e o Robertão coexistiram, vão ser considerados os dois títulos (como se fossem o Clausura e o Apertura na Argentina)? Em 67 o Palmeiras ganhou a Taça Brasil e o Robertão (Taça de Prata); em 1968, o Botafogo foi campeão da primeira e o Santos do segundo.

Taça Brasil – foi criada pela CBD (antiga CBF) em 1959 com o objetivo de indicar os representantes brasileiros para a Copa Libertadores da América. Participavam os campeões estaduais de todo o país. Mas os times mais tradicionais só entravam nas fases finais.

Roberto Gomes Pedrosa (Robertão/Taça de Prata): é o antigo "Torneio Rio-São Paulo", criado em 1954. Em 1967, foi ampliado, virou Taça de Prata e incorporou os principais times brasileiros, considerados os de Rio-SP mais Internacional e Grêmio (RS), Cruzeiro e Atlético (MG) e Ferroviário (PR). Em 1968, entraram Bahia, Náutico (PE) e Atlético Paranaense.

Títulos a serem unificados

Taça Brasil
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo

Torneio Roberto Gomes Pedrosa / Taça de Prata
1967 – Palmeiras
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense

Publicado originalmente segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 - às 23:08

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fluminense conquista um título mais do que merecido

O Fluminense de Nelson Rodrigues e Chico Buarque é o campeão Brasileiro de 2010 com todos os méritos, após derrotar o Guarani no Engenhão por 1 a 0. Enquanto isso, o Corinthians não saiu do 1 a 1 com o Goiás no Serra Dourada e o Cruzeiro inutilmente bateu o  Palmeiras por 2 a 1, ficando com o vice-campeonato. Sejam méritos matemáticos, futebolísticos ou, digamos assim, espirituais, a conquista do Flu é inquestionável.

Reprodução
 Fred e companhia comemoram gol do título

Os méritos matemáticos: basta dizer que o time das Laranjeiras ficou na liderança do mais difícil campeonato nacional do mundo por 23 rodadas, de 38 disputadas. Ou seja, a equipe de Muricy Ramalho liderou cerca de 60% da competição. Os outros dados (vitória, saldo de gols etc) são apenas decorrentes dessa superioridade, ou regularidade. O próprio Ronaldo Fenômeno, “Gordo” para os íntimos, disse na véspera da última rodada: "Já disputei muitos torneios e nada é tão difícil quanto o Campeonato Brasileiro”.

Os méritos futebolísticos: em primeiro lugar, todos os méritos para Muricy, que eu já critiquei neste blog, pois faz um jogo mais defensivo do que acho razoável, tanto que, quando ele é obrigado a vencer, seus times não jogam tão à vontade como quando não precisa. Mas, com seu quarto título nacional como treinador (um a menos que Vanderlei Luxemburgo, que tem cinco e é o maior vencedor do Brasileiro), Muricy já está na história. Aliás, o título de 2010 tem um sabor especial para ele, que perdeu, como técnico do Inter, aquele campeonato para lá de suspeito conquistado pelo Corinthians em 2005.

O Fluminense teve sérios problemas de lesão durante o campeonato. Os atacantes Emerson e Fred, além de Deco, contratado como grife, passaram boa parte da campanha no estaleiro. Em compensação, o argentino Conca, pequenino herói, disputou todos as 38 rodadas, e será eleito o craque do campeonato. A bem da verdade, diga-se, Conca não é um craque. O melhor meia do Brasileirão, Paulo Henrique Ganso, do Santos, ficou logo fora de combate.

Os méritos espirituais: deu para perceber, pela postura principalmente de Fred, que o grupo do campeão brasileiro é unido. Creio que muito, mais uma vez, graças a Muricy, com sua linguagem de boleiro e sua postura sempre ética, que rejeitou a seleção brasileira para ser campeão com esse grupo.



Sob inspiração de Pitonisa

Puxando a sardinha para o meu lado: na 13ª rodada do Brasileiro (no domingo 8 de agosto) postei um texto neste blog cujo título era: “Um balanço do Campeonato Brasileiro de 2010 após 13 rodadas: Fluminense favorito”. Faltavam 25 rodadas. Meu amigo e companheiro de militância cibernética Felipe Cabañas, corintiano roxo, fez o seguinte comentário: “Washington é um atacante medíocre. Muricy Ramalho e seu chuveirinho previsível é um esquema em curva descendente (...). Deco está em fim de carreira. O time do Fluminense não tem nada que o Corinthians não tenha.
É grande candidato a ser um Palmeiras-2009 ou Grêmio-2008”.

Pitonisa, sacerdotisa do templo de Apolo, me visitou naquela data, e, inspirado por ela, eu acertei em cheio. O Fluminense é campeão brasileiro 26 anos depois do título de 1984. Com todos os méritos.

Por ironia, o Corinthians, atrás do vice Cruzeiro, terminou no mesmo terceiro lugar onde o deixara Adilson Batista quando demitido após a 30ª rodada, e vai disputar a repescagem para a Libertadores 2011.

Leia também:

Flamengo campeão brasileiro de 2009

Atualizado às 21h29