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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Léo, gigante, leva o Santos à semifinal da Libertadores


Clique na foto para ampliar
Divulgação/ Santos FC

Era inacreditável aos 20 minutos do segundo tempo o Santos ainda estar em campo com Juan, com seu estilo tricolor, e Adriano, que não tinha a quem marcar, estava nervoso, já tinha cartão amarelo e era apenas mais um volante. Muricy é de fato insuportavelmente conservador. Seja como for, a dramática vitória do Santos nos pênaltis contra o Vélez Sarsfield neste 24 de maio, após o 1 a 0 no tempo normal, com um gol de Alan Kardec, de nome espírita, foi mais uma das páginas espetaculares do futebol. O Peixe pega o Corinthians na semifinal da Libertadores.

Confesso que chorei (nunca chorei de tristeza por causa de futebol: a derrota me dá raiva, e a vitória me emociona). Porque foi uma catarse: teria sido injusto o Santos cair en la Vila Belmiro perante “los gringos de mierda” que fizeram uma brincadeira escrota com a morte do nosso Chico Formiga: usando a foto do caixão do velho comandante com a bandeira do Santos, o assessor de imprensa do Vélez usou a internet para dizer que talvez aquela fosse a imagem do Santos depois do embate com eles.

Perderam.

Perderam e engoliram as cinzas da derrota na Vila Belmiro.

Neymar fez o que pôde. Jogou quase sempre sozinho contra uma floresta de marcadores, diante de um time taticamente aplicado, que joga em bloco, marca a saída de bola e não deixa brechas no campo. Mas, mesmo assim, isaolado, marcado com grande eficiência, fez jogadas lindas.

O goleiro do Vélez foi expulso (acertadamente) por uma falta em Neymar que, é importante dizer, recebeu um passe magnífico de Elano, de perna esquerda. E o gol de Kardec foi todo construído com as canhotas: de Ganso para Léo, para Kardec e gol.


Por Santos TV

Neymar não fez uma partida assim brilhante, mas de tanto que brilhou antes, nos jogos anteriores, foi recompensado pelos velhos deuses do futebol e nem precisou bater seu pênalti. Cobrando o último, Léo, o gigante Léo, deu mais uma vez sua imensa contribuição para a história do Santos. Léo é incriticável. Quando ele entrou em campo no lugar do são-paulino Juan (de quem não sei por que Muricy Ramalho gosta tanto), o que entrou em campo foi o espírito do Santos, algo que talvez Muricy ainda não tenha entendido.

Agora vamos para a semifinal com o Corinthians. O campeão brasileiro contra o campeão da América. Um jogo de brasileiros, paulistas (os cariocas já eram), e seja o que Deus quiser.

Atualizado às 23:40

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Flu ou Boca? Vélez ou Santos? Corinthians ou Vasco? La U ou Libertad? Tudo indefinido


Vélez 1 x 0 Santos. Como eu disse em algum lugar, o Vélez Sarsfield não é o Guarani. Excetuando o Barcelona, não me lembro de um plano taticamente tão bem executado contra o Santos como o desse time argentino na partida de ida das quartas-de-final da Libertadores.

Mas foi um resultado doído, porque o gol que o Santos tomou (Obolo, aos 36 minutos do primeiro tempo) foi um quase-frango do goleiro Rafael. O típico "fez que foi, mas não foi, e acabou não fondo" (se tivesse ido mesmo, teria dividido; se tivesse ficado, bem posicionado, pegaria fácil no meio do gol). Continuo achando o reserva Aranha mais goleiro. Rafael nunca foi o goleiro dos meus sonhos. Ele reza demais e joga de menos.





O gol argentino começou pela lateral direita, onde o volante Henrique jogou improvisado porque Fucile e Maranhão (que fez o gol solitário na derrota para o Bolívar em La Paz nas oitavas) estão contundidos.

Até sofrer o gol, o Peixe fazia ótima partida, pragmática, administrando a posse de bola e esperando um erro do adversário para dar o bote. O Vélez, diga-se, fez uma partida perfeita. Porque esperávamos pontapés, e perdemos taticamente. E para não dizer que Neymar não tomou nenhum pontapé... tomou, sim: um. Porém, na partida como um todo, o time portenho anulou o atacante santista fechando os espaços e bloqueando Ganso, que acabou sendo uma nulidade.

Seja como for, espera-se que o presidente santista defina a Vila Belmiro como palco do jogo de volta, porque no caldeirão as chances aumentam. 1 a 0 contra, fora de casa, com o regulamento em vigor, é um resultado ingrato e perigoso. Se escolher o Pacaembu pensando na arrecadação, a possibilidade do naufrágio aumenta. Perguntado à saída da partida no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, sobre onde prefere jogar,  Paulo Henrique Ganso encerrou a entrevista categórico: “Na Vila”, e saiu andando.

Boca 1 x 0 Fluminense




Boca Juniors 1 x 0 Fluminense foi um grande jogo, resultado muito satisfatório ao Tricolor carioca, dadas as circunstâncias: arbitragem descaradamente contra, um jogador, o lateral Carlinhos, expulso aos 33 minutos do primeiro tempo e tudo contra.

Mas, ao contrário do arqueiro do Santos, o goleiro do Flu tem sido decisivo (a favor): graças a Diego Cavalieri, com mais uma atuação espetacular, o time de Abel Braga não saiu da Bombonera com 2 ou 3 a zero no lombo. O 1 a 0 foi um resultado quase heróico: além do poderio indiscutível do time portenho, jogar com o Boca em seu estádio é assustador porque ali parece que vale tudo, qualquer tática, de futebol ou extra-futebol.

O zagueiro boquense Schiavi, por exemplo, é um exemplo de mau-caratismo que no futebol sul-americano é incentivado por árbitros “caseiros” como esse colombiano José Buitrago (o mesmo que apitou Emelec 0 x 0 Corinthians no Equador), o que o senso comum considera normal: “isso é Libertadores”, “Libertadores é diferente” etc. etc. Como se fosse aceitável que Schiavi criminosamente pisasse na mão do camisa 2 Bruno, do Fluminense, sem levar sequer cartão amarelo.

A expulsão do lateral esquerdo do Flu, Carlinhos, merece registro. Foi expulso merecidamente por dois amarelos bem aplicados. Esse jogador foi revelado e jogou pelo Santos de 2005 a 2009. Não deixou saudades. Curiosamente, foi substituído por Tiago Carleto, também revelado pelo Santos. Que também não deu certo na Vila. É a maldição da lateral esquerda.


Enfim, com 1 a 0 contra, o Fluminense, como o Santos, corre sério risco no jogo de volta: como se sabe, o Boca e os argentinos em geral sabem e gostam de jogar fora de casa, como já demonstraram muitas vezes.

Em São Januário, uma homenagem ao não-futebol

Ontem, Vasco 0 x 0 Corinthians foi um jogo horrível. Não se sabia qual time queria perder de menos, tamanha a cautela de ambos. Balões pra todo lado, um campo em péssimas condições, enfim, um jogo de várzea. Acho quase impossível que, com o futebolzinho apresentado ontem, Vasco ou Corinthians ganhem a Libertadores.

A Universidad de Chile ficou no 1 a 1 contra o Libertad, no Paraguai. Em Santiago, La U deve levar essa, mas acho que não terá chance contra Flu ou Boca, dada a falta de tradição dos chilenos na Libertadores.

Ainda acho que a competição está entre Flu ou Boca e Vélez ou Santos.

Libertadores - Tabela
Jogos de volta


23/05 - 19h30 - Fluminense x Boca Juniors
23/05 - 22h - Corinthians x Vasco
24/05 - 20h - Santos x Vélez Sarsfield
24/05 - 22h30 - Universidad do Chile x Libertad

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ufa! Santos 1 x 1 Once Caldas. Peixe está na semifinal da Libertadores


Com empate contra os colombianos no estádio do Pacaembu, time de Muricy pega Cerro Porteño ou Jaguares na próxima fase


Foto: Divulgação/SFC
Sofrimento digno de Libertadores, diria o chavão. Foi um drama a classificação do Santos à semifinal da Libertadores com o 1 a 1 diante do fatídico Once Caldas no Pacaembu, na noite desta quarta. Drama que só o futebol pode proporcionar. Porque, a não ser quando a arbitragem erra decisivamente, no futebol não tem justiça ou injustiça. Como havia ganhado em Manizales por 1 a 0 na semana passada, o Peixe podia empatar.

Tudo indicava que o time da Vila daria um xeque-mate ainda no primeiro tempo, pois aos 12 Neymar já abria a contagem, dando o troco ao time que em 2004 eliminou o Peixe nas mesmas quartas-de-final. A esquadra de Muricy encurralou os colombianos pressionando-os em seu campo sem cessar, dominando as ações completamente. Um massacre técnico e tático. Mas perdeu Alan Patrick contundido e, aos 29 minutos, tomou um gol bobo em falta cometida na direita da defesa do Santos, note-se, por Neymar. Na bobeira, o perigoso Rentería não perdoou.

Entretanto o time continuou dominando, primeiro e segundo tempo afora. E perdendo gols. Se o Alvinegro tivesse sido desclassificado hoje no Pacaembu, a torcida já teria um eleito para crucificar: o atacante Zé Eduardo, que foi uma nulidade total. Perdeu gols, demonstrou insegurança e falta de preparo até psicológico para resolver as adversidades: quanto mais erra, mais erra, com o perdão da frase. Nisso Muricy é muito conservador: costuma dizer que quanto menos mexer, melhor. Só que há o risco de o time ficar previsível. Zé Eduardo é muito ruim. Qualquer coisa é melhor do que ele.



Drama nas arquibancadas ou na sala

Aos 40 minutos da etapa final, após o time perder várias chances de matar o jogo desde o primeiro tempo, ainda estava 1 a 1 e... Pênalti indiscutível em Neymar! Mas... o jovem craque perdeu. E o grito de gol continuou preso. Mais drama.

E, incrivelmente para os santistas nas arquibancadas ou se embriagando de nervosismo em casa, aos 44 o Once Caldas teve uma falta na entrada da área, mas Nuñes mandou para fora. Se aquela bola entra, o Once estaria na semifinal.

Não há como negar que Neymar desequilibrou mais uma vez, embora não tenha brilhado como de costume. Só o pânico que ele gera na defesa adversária quando parte pra cima já desestabiliza.

Mas se eu tivesse que dar o velho Moto-Rádio pro melhor em campo, hoje, seria para Danilo. Um monstro em campo, jogando de volante ou lateral, desarmando, armando na medida do possível, atuando em larga faixa do gramado. Léo jogou muito, Adriano foi um leão e Elano, mais adiantado após a saída de Patrick, rendeu mais do que nos jogos anteriores.

E é isso. O Santos espera agora o adversário da semifinal, que sairá do confronto entre Jaguares do México e Cerro Porteño do Paraguai. Contra o Cerro, o segundo jogo seria no Paraguai; contra o Jaguares, na Vila.
Espero que na estréia do Brasileiro, sábado, contra o Internacional, na Vila, finalmente Muricy ponha um time reserva em campo.

Leia também: Santos é bicampeão paulista

Atualizado às 18:30 (19/03/2011)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma semana impressionante (ou expressionante?) para o futebol brasileiro

Não me manifestei antes sobre a “trágica” quarta-feira, 4 de maio, para os times brasileiros na Libertadores porque às quintas estou muito ocupado.
Fred: retrato da eliminação
Foto: Rafael Moraes/Photocamera

Não sou do tipo de brasileiro que segue Galvão Bueno, que diria ontem: “O Fluminense (Cruzeiro, Inter ou Grêmio) é o Brasil na Libertadores!”. Esse ufanismo barato – que está em vias de extinção – não convence nem o brilhante Tiago Leifert, da Globo do Galvão.

Por outro lado, penso que para o Santos era melhor pegar o Cruzeiro do que o Once Caldas. Uma viagem a Belo Horizonte de avião é mais rápida do que ir da zona oeste à zona leste de São Paulo. Já Manizales, onde o Peixe pega o time colombiano na próxima quarta-feira, é um pouco mais longe e a cidade está a 2.200 metros acima do nível do mar. No meio disso, a final com o Corinthians pelo Paulistão.

A queda do Cruzeiro foi inesperada e espetacular. Zebra histórica. Ficou provado que o campeonato mineiro e nada é a mesma coisa. Vi nos últimos tempos alguns comentaristas de TV a cabo dizerem, com pose de autoridade, que o Cruzeiro “é o melhor time do Brasil atualmente”. A Raposa, melhor equipe da fase de grupos da Libertadores, não passou das oitavas. Como o Corinthians em 2010, eliminado na mesma fase pelo Flamengo.

Nunca acreditei que o Cruzeiro fosse tudo isso, mas até achei que Santos x Cruzeiro seria um grande jogo, o jogo que não será, porque o time de Cuca, o homem do cotovelo, apanhou em MG do Once Caldas por 2 a 0. Once Caldas que, em 2004, ganhou a Libertadores batendo Santos, São Paulo e Boca Juniors na sequência.

Se passar pelo tal Once Caldas, o Santos fará uma semifinal contra o vencedor de Jaguares e Cerro Porteño. A final seria com o vencedor da chave 2 (abaixo).

Inusitado Futebol Clube

Só pra não passar batido, nesta quinta-feira de uma semana impressionante, o Inusitado Futebol Clube continuou fazendo vítimas. Depois de o Inter ser eliminado pelo Peñarol, o Fluminense pelo Libertad, o Cruzeiro pelo Once Caldas e o Grêmio pelo Universidad Católica, o Palmeiras está virtualmente fora da Copa do Brasil ao apanhar de 6 a 0 (no tênis, seria um “pneu”) do Coritiba. E o Flamengo perdeu de 2 a 1 do bravo Ceará no Engenhão e precisará jogar com gana para reverter o placar muito desfavorável, em Fortaleza.

Abaixo, as chaves da Libertadores e os gols de Coritiba 6 x 0 Palmeiras*. Da chave 1 sai um finalista; da chave 2, o outro.

Quartas-de-final

Chave 1
Once Caldas x Santos
Jaguares x Cerro Porteño

Chave 2
Libertad x Vélez Sarsfield
Peñarol x Universidad Católica

Veja os gols de Coritiba 6 x 0 Palmeiras (*atualizado às 13:48)

domingo, 1 de maio de 2011

Santos despacha o São Paulo no Morumbi, mais uma vez


Ganso vence Casemiro e o São Paulo/ Divulgação
 A vitória do Santos de Muricy contra o São Paulo de Carpegiani por 2 a 0, no Morumbi, com bom público de 45 mil pessoas, foi construída no segundo tempo. No primeiro, o São Paulo dominou as ações e poderia ter aberto o placar. Mas, antes de tudo, nem decorridos 5 minutos, Neymar invadiu a área pela esquerda e chutou para Rogério Ceni fazer no reflexo uma grande defesa, e a bola ainda bater na trave. Não fosse a intervenção de Ceni, a vitória santista teria começado a se desenhar já ali. Esse foi um bom augúrio para a torcida alvinegra, que veria o Peixe despachar o Tricolor mais uma vez em mata-mata em pleno Morumbi.

Por falar em goleiro, Rafael trabalhou bem na primeira etapa, por exemplo num chute de Dagoberto da entrada da área e de Ilsinho quase a queima roupa, em lances seguidos. E saiu bem em bolas aéreas.

O domínio são-paulino no primeiro tempo foi anulado no segundo. Muricy Ramalho surpreendeu ao substituir um atacante, Zé Eduardo, pelo zagueiro Bruno Aguiar, o que deixou boa parte dos santistas com a pulga atrás da orelha. Mas a alteração mudou o jogo e rapidamente convenceu a torcida alvinegra: Elano e os laterais santistas, Jonathan e Léo, além de Paulo Henrique Ganso, tiveram mais liberdade. E a alteração equilibrou as coisas numericamente até, pois Zé Eduardo era uma nulidade, não estava em lugar nenhum do campo. Tudo bem, técnico não ganha jogo, dizem. Mas a mão de Muricy foi determinante na eliminação do Tricolor do Paulista pelo Santos neste sábado.

E vamos falar de gols. No primeiro, aos 16 minutos do segundo tempo, Neymar invadiu pela esquerda e tocou para Ganso. Alex Silva perdeu a dividida logo para Paulo Henrique, dentro da área. O camisa 10 só dominou e cruzou na cabeça de Elano, que cumprimentou no contrapé de Ceni.

O segundo gol foi de feitura “magistral” (para usar um termo que ouvi do Leonardo Bertozzi, da ESPN). Ganso deu um passe em profundidade para Neymar lutar contra a defesa tricolor dentro da área. O pequeno grande craque, marcado por Xandão, parou, estudou o lance, olhou e achou o próprio Ganso entrando desmarcado, deu-lhe a bola como se desse uma tacada de sinuca e o camisa 10 não perdoou. 2 a 0.



Agora o Santos espera o combate Palmeiras x Corinthians de camarote, enquanto voa para o México onde terça-feira joga com o América por um empate ou mesmo uma derrota por um gol de diferença, desde que marque pelo menos um tento, para ir às quartas da Libertadores.

No jogo de ida, na Vila, o Peixe bateu o América por 1 a 0. Leia aqui.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tabela das quartas da Copa do Mundo

Quartas-de-final

02/07 (sexta-feira)
11h - Holanda x Brasil
15h30 - Uruguai x Gana

03/07 (sábado)
11h - Argentina x Alemanha
15h30 – Paraguai x Espanha

Veja os resultados das oitavas clicando aqui.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Até que enfim Brasil pega a Holanda, um adversário decente

Depois desses 3 a 0 contra o medíocre Chile (jogo que, de tão fácil, dispensa comentários), finalmente o Brasil de Luis Fabiano vai pegar um adversário digno de uma Copa do Mundo, já nesta sexta-feira, às 11 horas, pelas quartas-de-final. A velha e boa rival Holanda, que bateu a Eslováquia por 2 a 1. De Brasil x Holanda sai um semifinalista para enfrentar Gana ou Uruguai, que jogam na mesma sexta, 2.

Brasil x Holanda é uma rivalidade antiga, em Copas do Mundo (não vamos entrar em História, invasões holandesas..., senão vira tese...). As seleções jogaram pela primeira vez em 1974, na Alemanha, quando o time então alcunhado de Laranja Mecânica (que encantou o mundo e a mim) ganhou do Brasil por 2 a 0, eliminando uma seleção envelhecida ainda treinada por Zagalo (que ainda não era Zagallo). Em 1994, a seleção de Parreira que veio a ser tetra eliminou a Holanda nas quartas por 3 a 2, com aquele gol espírita de Branco batendo falta.

Finalmente, em 1998, os caminhos se cruzaram novamente, e o Brasil outra vez treinado por Zagallo (agora já com “LL”) eliminou os holandeses na semifinal, nos pênaltis (1 a 1 na partida e na prorrogação). Na final, perdemos para a França em Paris por 3 a 0.

Laranja mecânica pragmática
O jogo contra a Holanda vai ser muito difícil. O time laranja, nesta Copa, abdica do futebol bonito para adotar um jogo pragmático cuja eficácia vai ser medida exatamente contra nós. Vi dois jogos da Holanda: a vitória de 2 a 0 sobre a Dinamarca na abertura do gupo E, e, em tape, hoje, o jogo com os eslovacos. O time holandês joga para vencer correndo poucos riscos, e de acordo com o adversário. Mas não pára de tocar a bola. Ganhou todas as suas quatro partidas: Dinamarca (2 a 0), Japão (1 a 0), Camarões (2 a 1) e Eslováquia (2 a 1). Sempre sem jogar bonito, mas com flashes bonitos (como o passe magistral de Sneijder para Robben fazer o primeiro contra a Eslováquia).

Vejam, abaixo, o contra-ataque holandês (atenção ao passe de Sneijder):



É estranha essa seleção holandesa, parece que calcula como vencer e mostra a parte técnica aos poucos, em conta-gotas, na medida do necessário. Com Robben (que, recuperando-se de lesão, jogou hoje pela primeira vez na Copa, deu dois chutes e fez um gol), o time encontra a referência que até aqui não teve no ataque.

O Brasil é o Brasil, favorito. Mas depende de que os quatro cavaleiros (Elano, Kaká, Luis Fabiano e Robinho) resolvam. Só os dois últimos estão bem fisicamente. Nenhum deles tem substituto à altura. Daniel Alves não tem condições de substituir Elano. É muito limitado, pelo menos nessa posição, pois não é um meia. Nosso lateral esquerdo, Michel Bastos, talvez o ponto mais fraco do time, é justamente o cara que o holandês Robben deve fustigar. No meio de campo, apesar de tudo, torço para que Felipe Melo esteja bem (física e mentalmente) e jogue, porque senão Dunga terá que optar por Josué ou Kléberson como volante, já que Ramires está suspenso.

Outra chave

Alemanha e Argentina fazem outro duelo de gigantes pelas quartas, no sábado. Paraguai x Japão e Espanha x Portugal ainda jogam nesta terça, 29, para fechar as oitavas. Desta chave, sai um finalista. Se o Brasil passar por Holanda nas quartas e, depois, por Uruguai ou Gana na semifinal, enfrentará na final Alemanha, Argentina ou Espanha. (Pelo futebol, espero que a Espanha de Iniesta, David Villa, Xabi Alonso e companhia mandem Portugal de volta para o além-Tejo já nesta sexta-feira.)

Fotos: Divulgação/Agência Vivo

Argentina x Alemanha vai ser de arrepiar

Pena que as lamentáveis arbitragens macularam os jogos deste domingo da Copa do Mundo. O futebol não deveria mais conviver com situações desse tipo. O mundo inteiro vê uma situação que poderia mudar a história da partida, mas vale o que o sistema autocrático do futebol manda: o trio de arbitragem.

A FIFA é uma entidade senil. Por que não se introduz um monitor para que, em lances capitais como esses, se possa fazer com que o jogo seja justo e limpo? Pelo menos numa Copa do Mundo?

Dito isso, a Alemanha realmente é um time bonito de ver. Os 4 a 1 contra a Inglaterra foram surpreendentes, até. Mas, como o jogo germânico encaixa perfeitamente quando o adversário precisa se abrir, os contra-ataques alemães fulminantes teriam acontecido se o gol inglês tivesse valido e a partida ficasse 2 a 2? Não sei.

A Argentina, pelo jogo em que bateu o México por 3 a 1, é menos empolgante, o Paulo tem razão no comentário ao post anterior. O México, que estava melhor do que os argentinos quando Tevez fez um gol em absoluto impedimento, teria se tornado tão vulnerável? Não sei.

De qualquer maneira, os argentinos foram muito superiores ao México e os alemães ganharam de uma Inglaterra limitada, que nem goleiro tem.

E Argentina x Alemanha vai ser um jogo de arrepiar. Aposto na Alemanha.

Copa do Mundo 2010

Oitavas-de-final

26/06 (sábado)
11h - Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul
15h30 - Estados Unidos 1 x 2 Gana (na prorrogação)

27/06 (domingo)
11h - Alemanha 4 x 1 Inglaterra
15h30 - Argentina 3 x1 México

28/06 (segunda)
11h - Holanda 2 x 1 Eslováquia
15h30 - Brasil 3 x 0 Chile

29/06 (terça)
11h - Paraguai 0 x 0 Japão [5 x 3 nos pênaltis]
15h30 – Espanha 1 x 0 Portugal

Quartas-de-final

02/07 (sexta-feira)
11h - Holanda x Brasil
15h30 - Uruguai x Gana

03/07 (sábado)
11h -
Argentina x Alemanha
15h30 - Espanha x Paraguai

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Bayern derruba Manchester United

O Bayern de Munique superou o Manchester United na soma dos dois resultados das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa e fará a semifinal contra o Lyon. Wayne Rooney jogou no sacrifício e os Diabos Vermelhos venceram por 3 a 2 nesta quarta-feira, 7, e caíram pelos critérios de desempate. No jogo de ida, em Munique, 2 a 1 para o Bayern de virada.

(O confronto tem sabor de vingança para o time bávaro. Na finalíssima da temporada 1998-1999, o Manchester conseguiu uma vitória épica e o título: perdia por 1 a 0 até os 46min do segundo tempo, quando Sheringham empatou o jogo. Aos 48min, o norueguês Solskjaer virou e deu a copa à equipe vermelha. Eu vi esse jogo e foi realmente espetacular.)

Mas desta vez, não deu. Na sua casa, o Mancheter começou arrasador e já vencia por 2 a 0 aos 7 minutos, com um golaço de Nani, de letra (Gibson, aos 3min, abriu o placar). Aumentou outra vez com Nani para 3 a 0 aos 42 e o narrador da ESPN Brasil, Paulo Andrade, já gritava como certa a classificação dos ingleses. Mas futebol... E Olic diminuiu aos 43.

Veja os gols de Manchester 3 x 2 Bayern



Com Rooney fora de sua melhor forma, o time inglês fez um segundo tempo sem a intensidade da primeira etapa. O atacante que fez quatro gols nas duas partidas contra o Milan, nas oitavas, e um contra o próprio Bayern no jogo de ida na Inglaterra (cinco gols em quatro jogos, média de 1,25 por partida**) saiu de campo aos 12 sem anotar nenhum. Os alemães passaram a dominar e diminuíram para 3 a 2, com um golaço de Robben chutando de primeira um cruzamento de escanteio. Era o suficiente, até porque o experiente time da Bavária soube tocar a bola e cozinhar o jogo diante de um impotente Manchester.

O Bayern pega nas semifinais o Lyon, que eliminou o Bordeaux (3 x 1 e 0 x 1). Aposto no Bayern. Eliminar o Manchester em pleno Old Trafford dá um moral danado.

Depois do show de Messi, que fez quatro gols no Camp Nou na rodada da terça-feira (veja aqui os gols), para assombro do bom mas atônito time do Arsenal, ninguém pode dizer que o time catalão não seja o favorito contra a Inter de Milão. Mas, como se sabe, futebol...

Quartas-de-final – jogos de volta (jogos de ida aqui)

6 e 7 de março de 2010
CSKA Moscow 0 x 1 Internazionale
Barcelona 4 x 1 Arsenal
Bordeaux 1 x 0 Lyon
Manchester United 3 x 2 Bayern de Munique

Semifinais
Barcelona x Internazionale
Bayern de Munique x Lyon

**A informação sobre o desempenho de Wayne Rooney nas oitavas e quartas-de-final apontava, erradamente, a "média de 1,7 por jogo em 5 partidas". O correto, como editado no texto, é: cinco gols em quatro jogos, média de 1,25 por partida (atualizado às 21h25)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Quartas-de-final da Liga dos Campeões começa nesta terça

Começam as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa (veja abaixo a tabela dos jogos, que serão transmitidos terça e quarta-feira, dias 30 e 31, pela ESPN e ESPN Brasil).

Em tese, os duelos mais empolgantes serão Bayern de Munique x Manchester United (que a Gazeta também mostra ao vivo) e Arsenal x Barcelona. Favoritismo para ingleses no primeiro jogo e catalães, no segundo.

Manchester e Barcelona são os dois melhores times da Europa atualmente, na minha opinião, e têm dois dos maiores craques do mundo, Wayne Rooney e Lionel Messi. Sem eles, a Copa do Mundo ficaria muito mais pobre.

Os amantes das dicotomias já colocam a mais nova questão: quem é melhor? Messi ou Rooney? Não acho tal comparação pertinente. Ambos jogam em posições diferentes, são de culturas futebolísticas diferentes, e cada um representa da melhor maneira o estilo inglês (Rooney) e argentino (Messi) do chamado esporte bretão.

A performance do atacante inglês nesta temporada é espetacular. Graças a seu talento, oportunismo, força e precisão, os Diabos Vermelhos estraçalharam o Milan do decadente Ronaldinho Gaúcho nas oitavas da Liga, 3 a 2 no San Siro (16 de fevereiro) e só 4 a 0 em Manchester (10 de março). Rooney fez quatro gols, dois por partida.

Parênteses: não consigo entender por que o "lobby" por Ronaldinho Gaúcho em nossa imprensa é tão insistente. A última vez que esse rapaz desequilibrou um jogo importante pela seleção, ou por ela fez uma partida digna de um jogador diferenciado, foi contra a Inglaterra em 2002, na campanha do penta (Mundial em que Rivaldo e Ronaldo foram os jogadores decisivos). Na ocasião, contra os ingleses, Gaúcho marcou um golaço de falta sem querer, realizou uma grande jogada em que entortou o inglês para passar a Rivaldo, que fuzilou, e depois foi expulso por uma solada.

Messi, em um aspecto, lembra Ronaldinho Gaúcho: é que
o futebol do craque argentino do Barça ainda não encantou na seleção. Talvez porque a seleção
da Argentina nos últimos anos venha capengando, sem padrão tático, o que prejudica o futebol de qualquer um. Ou será porque Messi tem pouca identificação com as coisas de seu país, já que foi para o Barcelona ainda adolescente, quase criança, depois de ser rejeitado em sua terra? O argentino, porém, tem tempo: não fez nem 23 anos ainda, enquanto o brasileiro já completou 30 e continua com aquele ar blasé de quem parece não se importar com nada.

Mas também Messi conta com uma espécie de idolatria na mídia brasileira que às vezes cansa.

Se tivesse que escolher entre Messi e Rooney para jogar no meu time, eu escolheria o inglês. São dois craques, mas tenho uma certa antipatia pelo meia do Barcelona e pela idolatria a ele. E também porque no Santos já tem Neymar e Paulo Henrique Ganso.

Liga dos Campeões da Europa
Quartas de final - Jogos de ida

30 de março de 2010 (terça-feira)
15h45 - Lyon 3 x 1 Bordeaux (ESPN) *
15h45 - Bayern de Munique 2 x 1 Manchester United (transmissão: Gazeta e ESPN-Brasil) *

31 de março de 2010 (quarta-feira)
15h45 Internazionale 1 x 0 CSKA Moscow **
15h45 Arsenal 2 x 2 Barcelona **

Atualizado às 12h05
*Atualizado às 21h27 (30/03/2010)
**Atualizado às 23h31 (31/03/2010)