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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PT e PSDB reeditam velho duelo em São Paulo

Divulgação
Haddad em coletiva na noite deste domingo, 7
Com a derrocada do chamado fenômeno Celso Russomanno do PRB e da Igreja Universal do Reino de Deus, o velho duelo PT x PSDB volta a dominar uma eleição em São Paulo. Duelo que também significa a mudança versus a manutenção de um status quo perverso que mergulha a cidade na desesperança.

Como tenho insistido na questão das pesquisas, principalmente do instituto Datafolha, cabe destacar a diferença entre os números divulgados ontem à noite e os verificados nas urnas na eleição de hoje.

O Datafolha deu ontem 2,75% a menos a Serra do que ele teve na urna. Na pesquisa, ele tinha 28% dos votos válidos (na eleição, 30,75%). Para Haddad, o erro para menos foi de quase 5% (mais exatamente 4,98%: 24% no estudo e 28,98% na urna). Já a Russomanno, o instituto da família Frias errou para mais, mas muito para mais: deu-lhe 27%, mas ele só recebeu 21,6% dos votos válidos. A diferença de 5,4% representa cerca de 380 mil votos. Talvez porque bater Russomanno seria mais fácil para Serra? Mas deixemos as teorias da conspiração para lá.
Antonio Cruz/ABr
O tucano teve quase 31% dos votos válidos
A verdade é que seria mais fácil tanto para Haddad quanto para Serra vencerem Russomanno. Tanto o petista quanto o peessedebista teriam a esmagadora maioria dos votos católicos e com certeza do empresariado paulistano temeroso de ver a cidade se aprofundar nas trevas ainda mais escuras do que sob Kassab atualmente.

Com Serra na parada, Haddad não terá esses apoios com tanta facilidade, pelo menos a parcela mais conservadora deles. Mas terá a favor a tremenda rejeição da dupla Serra-Kassab. E contra, a mídia e a exploração do mensalão.

O capital eleitoral de Celso Russomanno (1.324.021 votos) e do peemedebista Gabriel Chalita (833.255) soma 2.157.276, que serão disputados com unhas e dentes já a partir desta segunda-feira.

Osasco

Além da eleição paulistana que leva Haddad ao segundo turno com votação que nenhuma pesquisa registrou, boa notícia, entre muitas outras, vem de Osasco. O candidato do PT, Jorge Lapas, tem 60% dos votos válidos. A votação do tucano Celso Giglio não foi contabilizada. Mas lá está muito conturbado. Estou muito cansado para explicar tudo. Você pode entender melhor lendo aqui.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Relatos sobre a truculência tucana [3] – Ginásio da Fito - Osasco/2004

Este post, texto do jornalista Jorge Corrêa, que continua a série “Relatos da truculência tucana”, poderia também ser incluído na série “Recordar é viver”. Seja como for, é mais uma de muitas e é importante registrar, já que os tucanos de José Serra tentam fazer colar nos petistas a pecha de violentos e ninguém sabe o que podem estar tramando.

O modus operandi do tucanato (ou: ‘não concordou, o pau come’)

Por Jorge Corrêa

Dez dias depois de apurados os votos do primeiro turno da eleição 2010, foi noticiado que em Osasco, cidade onde nasci, cresci e morei por 25 anos, militantes de Celso Giglio espancaram covardemente um grupo de agentes de trânsito que multavam seus carros – estacionados irregularmente – durante festa de comemoração da reeleição do deputado estadual do PSDB (link abaixo).O fato, por si só, já é motivo para gerar revolta, mas para mim teve um peso maior, pois me faz relembrar situação parecida pela qual eu passei há exatos seis anos.

O ano era 2004 e o dia era de festa para Osasco. Primeiro turno da eleição para prefeito encerrado, pesquisas e, principalmente, a mobilização popular, indicavam que finalmente estava no ar o fim de uma tenebrosa história que começou com Hirant Sanazar, teve seu auge com Francisco Rossi e viu em Celso Giglio o capo perfeito.

A militância do PT estava em alerta, ainda mais por conta do que aconteceu na eleição anterior, em 2000, quando Emidio de Souza vencia a apuração, mas, depois de um misterioso apagão no ginásio Ives Tafarello, Giglio passou à frente e venceu.

O local da apuração em 2004 foi o ginásio da FITO, aberto ao público depois de pressão do PT por conta do ocorrido quatro anos antes. O clima era de final de campeonato, com cantos e gritos de exaltação da vitória que parecia próxima. Os petistas eram a esmagadora maioria no local e abafavam em segundos qualquer reação da militância [nitidamente comprada] do PSDB.

Em certo momento, os representantes do TRE começaram a reclamar do barulho, pois não conseguiam passar as informações para o TSE. Reclamação justa. Os delegados do PT então pediram o silêncio às arquibancadas, o que foi prontamente acatado. Mas, mesmo assim, começou a truculência típica do tucanato.

Alheios ao público que estava no local – com MUITAS mulheres, crianças e idosos – os policiais militares fizeram o procedimento que chamam de “arrastão”: fazem uma fila, de alto a baixo da arquibancada, e vão empurrando as pessoas. Como não poderia ser diferente, alguns reagiram – de forma não violenta, simplesmente se recusando a sair. Fui um deles, até porque, não estávamos fazendo nada de errado, passamos a ficar em silêncio e temíamos um novo “apagão misterioso”.

Os PMs então passaram a agredir as pessoas que estavam no local, sem distinção de sexo ou idade. Vi mulheres desmaiarem e saírem carregadas, senhores levarem tapas na cara. Mas, para mim, o mais grave e mais chocante foi ver um PM – sem identificação na farda – espirrar spray de pimenta no rosto de um menino que não aparentava ter mais de dez anos.

Ginásio esvaziado dessa maneira, as agressões seguiram por cerca de 30min, com muito choro e desespero. Ao ligar o fato deste mês com o de 2004, não estou dizendo que o que aconteceu na FITO e no centro de Osasco foram a mando do Celso Giglio ou de uma pessoa só, mas exemplifica a mentalidade dos tucanos.

Esse é o modus operandi do tucanato. Com eles é assim: não concordou, o pau come.

Em tempo: a eleição de 2004 foi para o segundo turno, e Emidio Souza venceu Celso Giglio sem maiores problemas, com público e paz no ginásio da FITO
.

Leia também:
Relatos sobre a truculência tucana [2] – Vila Madalena

Relatos sobre a truculência tucana [1] – Osasco

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relatos sobre a truculência tucana [1] – Osasco

A truculência da campanha tucana, dos eleitores de José Serra e seus correligionários, em todos os lugares do país, tem chocado as pessoas verdadeiramente de bem nestas eleições.Truculência moral, mas também física. Ou seja, fascista em todos os sentidos. Que usa o aborto para desviar a atenção dos projetos que de fato interessam ao país, mas também, no espaço público e no discurso, não hesita em usar a violência física. No debate da Band na semana passada (leia aqui), Dilma Rousseff chamou a atenção para a disseminação do ódio, pelos tucanos. A disseminação do ódio, como disse Dilma, não está de acordo com o espírito de tolerância do povo brasileiro.

Vou colocar aqui neste blog relatos que exemplificam tal truculência, moral ou física. O primeiro deles diz respeito a uma festa do reeleito deputado estadual por Osasco Celso Giglio (PSDB-SP). Lembra Fernando Collor. O próximo post sobre o tema será sobre a caminhada pró-Dilma Rousseff na Vila Madalena, no último sábado, bairro de classe média alta da cidade de São Paulo. O relato de hoje (fato da semana passada) é o seguinte:

Na quarta-feira 13 de outubro, seis agentes do Demutran de Osasco (órgão equivalente à CET da cidade de São Paulo) foram agredidos por participantes de uma festa de comemoração pela reeleição do tucano Celso Giglio, na avenida dos Autonomistas. Para os brasileiros que não sabem, Osasco é uma cidade industrial de 700 mil habitantes na zona Oeste da Grande São Paulo, governada pelo prefeito Emidio de Souza, do PT.

Os agentes do Demutran foram até o local da festa tucana para apurar reclamações de estacionamento irregular, carros bloqueando garagens, pontos de ônibus e sobre a calçada (a classe média paulista tucana acha que o mundo pertence a ela). Os agentes públicos foram recebidos a socos e pontapés pela simpática claque tucana.

Leiam, clicando aqui, a matéria do jornal Visão Oeste.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

“Ida para o segundo turno mostra que não se pode subir no salto alto”, diz João Paulo Cunha

Em coletiva concedida na cidade de Osasco na manhã desta quarta-feira, o deputado federal reeleito pelo PT João Paulo Cunha (foto: Eduardo Metroviche) mencionou o "salto alto" entre os fatores que impediram a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno. “A ida para o segundo turno foi um susto positivo, para mostrar que não se pode subir no salto alto, [foi uma] uma lição de humildade. No segundo turno será outra campanha.”

O deputado – o petista mais votado na eleição em São Paulo, com 255 mil votos – demonstrou otimismo ao falar de Marina Silva, “uma companheira que ficou no PT por 30 anos”, completando: “Estou seguro que ela não fará uma opção contra o presidente Lula e Dilma”.

Mas, para João Paulo, além do salto alto, o segundo turno decorreu de outros fatores: “calúnias por rádio, jornal e internet, o episódio da Casa Civil”. Dilma deveria ter sido mais agressiva na campanha? “Deveria, mas não foi isso o que determinou o resultado”, avaliou.

Perguntado sobre a revista Veja, o parlamentar contou que um amigo encontrou uma função para a publicação da editora Abril: “usa para forrar a gaiola do passarinho, ela tem a altura certa para a função”.

Da série relembrar é viver: Serra ataca Marina

No debate da TV Globo da semana passada, o tucano José Serra foi questionado por Marina Silva sobre a falta de políticas sociais nos governos tucanos de São Paulo. Marina disse na ocasião que Serra faz “discursos de conveniência”. O ex-governador, que tentava no debate mostrar uma face amistosa e simpática, deixou-se trair pela personalidade truculenta e atacou:

“Você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que quaisquer outros candidatos aqui. Você estava no PT até há pouco. Você estava no governo do mensalão, não saiu do governo, continuou lá, como ela [Dilma]...”

Curioso que agora José Serra quer os votos de Marina.

Veja a passagem do debate em que o tucano ataca Marina Silva

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Alckmin diz que sistema de pedágios em SP é bem sucedido. Mas, para quem?

Fotos: Eduardo Metroviche
O tucanato sabe que a questão dos pedágios no estado de São Paulo vai lhe custar muitos votos. Geraldo Alckmin e José Serra não conseguem (e não têm como) sair da
defensiva quando o assunto é esse.

É bom que os cidadãos de outros estados tenham consciência de qual é a política tucana no mais poderoso estado do país. A equação é simples: o estado é mínimo, e o cidadão, que já não tem serviços públicos decentes, ainda paga a conta, que não custa pouco.

Na sabatina do portal Uol e da Folha de S.Paulo de que participou nesta quinta-feira, 29, o ex-governador Alckmin teve que falar sobre o tema pedágios, assim como Serra sempre tem que falar, vide a célebre entrevista ao Roda Viva da TV Cultura em que, surpreendentemente acossado por Heródoto Barbeiro, o ex-governador José Serra pediu a cabeça do jornalista à Fundação Padre Anchieta (leia e veja o vídeo aqui).

Questionado na sabatina da Folha, Alckmin defendeu o modelo de pedágios adotado pelos governos do PSDB. “A concessão feita em São Paulo é bem sucedida", disse. Ele não esclareceu “bem sucedida” para quem. Com certeza, não é para o usuário de rodovias, muito pelo contrário. O candidato tucano ao governo paulista tem defendido a política em todos os eventos em que tem que se defender do questionamento. Em Barueri, dia 14 de julho, fez o mesmo (leia aqui).

Enquanto isso, o candidato do PSB ao governo de SP, Paulo Skaf, no mesmo dia, em Araraquara, propôs descontar do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) o valor gasto em pedágios no estado. Skaf propõe o seguinte: entre 0h e 7h, o motorista poderia abater 100% do gasto com pedágios, e entre 7h e meia noite, 50%, até o limite de 50% do IPVA devido. É uma proposta razoável.

O preço do pedágio na região de Araraquara é exorbitante, assim como na região de Osasco (SP), e nas rodovias Anchieta e Imigrantes, entre outras. O trecho de 42 km na rodovia Washington Luis, de ida e volta entre Araraquara e Matão, por exemplo, sai pela bagatela de R$ 22,50. Ou R$ 11,25 por 21 km. Ou, R$ 0,53 por quilômetro rodado. Faça uma conta, leitor. Se o seu carro faz 10 km por litro (uma média), você gasta R$ 0,26 por quilômetro rodado, o que já não é pouco. O pedágio na região de Araraquara é o dobro do que você gasta de gasolina.

Já Aloizio Mercadante (PT) disse que pretende utilizar o sistema eletrônico de cobrança de pedágio (o “Sem Parar”) para reduzir os preços. “Podemos fazer o usuário pagar só pelo quilômetro efetivamente usado. Vamos sentar com as empresas e negociar um caminho bem melhor para o estado”, afirmou, segundo o repórter Fernando Augusto, do jornal Visão Oeste, de Osasco.

A proposta de Mercadante é boa, mas esbarra em dificuldades técnicas que podem fazer com que não saia do rol das boas intenções, e desta o inferno está cheio, como se sabe. Como viabilizar um sistema como o que propõe Mercadante? Demandaria investimentos em tecnologia e sistemas complexos. A proposta de Skaf é mais viável. A dos tucanos, provado está, é extorsiva e quem lucra são apenas as concessionárias, abençoadas pelo estado de SP.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Lembrando Glauco

Muro pintado pelo grafiteiro Dingos, em Osasco, dia 12

Entrevistei, para o jornal Visão Oeste, do qual sou editor, duas pessoas que conviveram com o cartunista Glauco Vilas Boas, assassinado por um mentecapto e, ao que parece, psicopata, na semana passada.

Glauco trabalhou por quatro anos no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, entre 1981 e 1984, onde ilustrava o jornal Visão Trabalhista e outras publicações. O atual vice-presidente da entidade, Carlos Aparício Clemente, conviveu com ele no período. Segundo Clemente, a presença do artista introduziu um elemento novo ao meio sindical. “Ele vinha no sindicato com seu jeito molecão, e, no meio de uma categoria sisuda, conseguia trazer beleza e leveza”.

Outro com quem falei, o atual secretário do Meio Ambiente de Osasco, Carlos Marx, era redator do jornal do sindicato. Marx conta que, muitas vezes, ia buscar o cartunista em sua casa, na Vila Madalena, para levá-lo a Osasco. “Nossa relação de amizade era muito forte”, diz. Depois de muito tempo, voltaram a se encontrar, na localidade onde o cartunista tinha suas atividades na igreja Céu de Maria, culto ligado ao Santo Daime, do qual Marx não participava.

Além de toda a tristeza, dói mais ainda saber que a brutalidade atingiu um cara que era "pacífico, brincalhão, gozador, como os personagens dele", segundo Carlos Marx. Ou seja, este mundo é mesmo uma merda.

Leia a matéria do Visão Oeste na íntegra