Vamos relembrar, que recordar é viver. Pois não podemos esquecer que, em março passado, Judith Brito, executiva da Folha de S. Paulo e presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), deu a seguinte declaração:
- A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Há quatro anos
- A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Há quatro anos
Uma lembrança um pouco mais antiga. Em setembro de 2006, a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno era iminente. Mas não aconteceu porque, valendo-se do chamado “escândalo do dossiê”, a oposição (leia-se “grande imprensa”) conseguiu a proeza de levar seu candidato, Geraldo Alckmin (PSDB), ao segundo turno.
Na noite do dia 29 de setembro de 2006, exatamente quatro anos atrás (mas era sexta-feira), o Jornal Nacional ignorou a queda de um avião da Gol (o maior acidente aéreo da história do país) para ocupar todo o tempo falando da bomba de lixo desferida contra a candidatura petista. A Folha de S. Paulo, claro, e todos os parceiros midiáticos da candidatura tucana, repercutiram a cobertura do JN no dia seguinte, sábado, 30, véspera da eleição. A Folha deu a famosa capa trazendo a foto do dinheiro apreendido e, abaixo, outra foto, esta do presidente Lula, encapuzado, de forma subliminar a colar nele a imagem de um criminoso.
Faltou 1,4% para Lula se reeleger no primeiro turno. Conseguiram, enfim, adiar a decisão do povo brasileiro. Mas foi inútil e tiveram que engolir o metalúrgico barbudo, reeleito consagradoramente contra um Geraldo Alckmin que terminou o pleito com menos votos no segundo do que no primeiro turno.