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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em 2006, oposição ("grande imprensa") atirava com sua bala de prata num 29 de setembro

Vamos relembrar, que recordar é viver. Pois não podemos esquecer que, em março passado, Judith Brito, executiva da Folha de S. Paulo e presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), deu a seguinte declaração:

- A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].

Há quatro anos


Uma lembrança um pouco mais antiga. Em setembro de 2006, a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno era iminente. Mas não aconteceu porque, valendo-se do chamado “escândalo do dossiê”, a oposição (leia-se “grande imprensa”) conseguiu a proeza de levar seu candidato, Geraldo Alckmin (PSDB), ao segundo turno.

Na noite do dia 29 de setembro de 2006, exatamente quatro anos atrás (mas era sexta-feira), o Jornal Nacional ignorou a queda de um avião da Gol (o maior acidente aéreo da história do país) para ocupar todo o tempo falando da bomba de lixo desferida contra a candidatura petista. A Folha de S. Paulo, claro, e todos os parceiros midiáticos da candidatura tucana, repercutiram a cobertura do JN no dia seguinte, sábado, 30, véspera da eleição. A Folha deu a famosa capa trazendo a foto do dinheiro apreendido e, abaixo, outra foto, esta do presidente Lula, encapuzado, de forma subliminar a colar nele a imagem de um criminoso.

Faltou 1,4% para Lula se reeleger no primeiro turno. Conseguiram, enfim, adiar a decisão do povo brasileiro. Mas foi inútil e tiveram que engolir o metalúrgico barbudo, reeleito consagradoramente contra um Geraldo Alckmin que terminou o pleito com menos votos no segundo do que no primeiro turno.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oposição em SP quer explicações sobre caso Rodoanel

Eduardo Metroviche

Por Leandro Conceição
Do jornal
Visão Oeste


A oposição ao governo Serra na Assembleia Legislativa quer convocar o secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, para dar explicações sobre o desabamento de três vigas de 85 toneladas das obras do trecho Sul do Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt. O acidente feriu três pessoas, no km 279 (Embu), na sexta-feira, 13.

Na próxima terça, 24, a Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembleia deve votar o requerimento pela convocação do secretário.

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) feita em 2007 e 2008 apontou que as empreiteiras haviam mudado o material descrito em contrato e usado vigas pré-moldadas para baratear os custos.

Em evento de inauguração da nova sede do 14º Batalhão da Polícia Militar, no Jardim Ipê, em Osasco, na terça-feira, 17, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), negou que o fato tenha contribuído para a queda das vigas. “Não houve isso. Foi uma questão de natureza contratual. No final, houve um acordo e o próprio TCU assinou o Termo de Ajustamento de Conduta, junto com o Ministério Público Federal, o resto é folclore”, disse Serra.

Irregularidades
Uso de material mais barato, superfaturamento e crimes ambientais estão entre as 79 irregularidades apuradas e consideradas “graves” pelo TCU.

A oposição tenta emplacar uma CPI sobre o Rodoanel desde 2001. Mas, com maioria na Assembleia, tucanos e aliados conseguiram impedir a criação desta entre outras mais de 60 CPIs arquivadas. Dos 94 deputados estaduais, 73 são da base de Serra. Para criar a CPI, são necessárias 32 assinaturas.

Os tucanos acusam o PT de uso eleitoral do acidente. “É uma questão eleitoral, normal durante o processo eleitoral, mas a Assembleia é soberana”, disse o governador. “É uma coisa normal do PT, que sempre trabalhou em cima de oportunismo. Não iriam perder a oportunidade”, ataca o deputado João Caramez (PSDB).

O deputado Enio Tatto (PT) reclama da falta de fiscalização do estado, como na tragédia da Linha 4 do Metrô. “Vão acabar colocando a culpa só nos engenheiros da obra ou nas empreiteiras. A responsabilidade nunca chega ao governador e ao secretário”, afirmou ao Uol.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Dersa abriram investigações para apurar as causas do desabamento.

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