Ao chamar o repórter da Rede Brasil Atual de “sem vergonha”, mais uma vez fica estampado, registrado e carimbado qual o verdadeiro apreço de José Serra pela “liberdade imprensa”. Assim mesmo, entre aspas. Ele e seus correligionários (pois a truculência não emana apenas de Serra) acham absolutamente normal que as impolutas Eliane Catanhêde e Miriam Leitão, entre muitas outras figuras, representem seus interesses em veículos de grande penetração.
Mas os que veiculam outras versões, esses são feitos por "sem-vergonhas", de acordo com a visão fascista que eles têm de liberdade de imprensa.
Veja o vídeo do ocorrido na tarde de ontem:
Liberdade de imprensa para Serra é a liberdade de mentir e não responder o que não lhe convém, e, diante de questões que não lhe agradam, retrucar ao repórter com a indefectível pergunta: “de onde você é?” E, se o profissional autor da pergunta que incomoda for de uma das empresas que o apoiam, ele exerce seu direito à “liberdade de imprensa” telefonando para os chefes de redação para pedir a cabeça do tal repórter desobediente.
No caso da Rede Brasil Atual, o tucano não pode ligar para o chefe da redação e pedir a cabeça do repórter. Então sua assessoria dispara uma nota para toda a imprensa dizendo que “O PT deu início (...) a uma nova e lamentável estratégia eleitoral em São Paulo. Enviou um repórter da Rede Brasil Atual (...) para tumultuar a coletiva de imprensa do candidato José Serra”. Nota que alguns portais da mídia tradicional que estão ao seu lado chegam a publicar na íntegra.
Os tucanos não admitem as novas mídias, aquelas que dão uma versão diferente da versão oficial que estão acostumados a divulgar como querem nos veículos que controlam, Folha, Estadão, Globo, Grupo Abril.
O que é sem vergonha é a visão tucana do que significa liberdade de imprensa.
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