Mostrando postagens com marcador eleições municipais 2012. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador eleições municipais 2012. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Datafolha mostra mais nuvens escuras no cenário de José Serra


Antonio Cruz/ABr
Semana passada, após pesquisa do Ibope, postei aqui que “Serra pode nem ir ao segundo turno”. Hoje, após divulgada nova pesquisa Datafolha segundo a qual o tucano caiu três pontos percentuais desde a última pesquisa (de um mês atrás) e está atrás de Russomanno (31% x 27%), até o Josias de Souza já discute essa possibilidade.

Haddad tem 8%, segundo o Datafolha (pesquisa muito parecida à do Ibope), mas como a margem de erro é de três pontos, o petista poderia estar com 11%, como Serra com 24% ou 30% (esta última hipótese é muito improvável, devido ao quadro geral e evolução dos números). Margem de erro é sempre uma desculpa justificável para distorções quase injustificáveis em pesquisas eleitorais, e duvido que algum eventual erro favoreça Haddad.

Além disso, o enorme crescimento da rejeição a Serra na pesquisa Datafolha (subiu de 32% para 38%) indica que o cenário está ficando sinistro para o candidato que muitos identificam com o personagem do livro de Bram Stoker.

É óbvio que a tendência de crescimento de Haddad vai se confirmar com a propaganda na TV, que começou hoje para vereadores, mas não tive tempo de assistir.

É preciso ver que estratégia Russomanno vai adotar: diante do cenário, vai se manter impávido tentando passar uma imagem superior diante dos que estão atrás, até porque sua rejeição é de apenas 12%? Vai atacar Serra, tentando derrubar o tucano mais ainda? Ou vai atacar Haddad?, sabendo que (penso eu) o embate com o petista deve ser mais difícil do que com Serra no segundo turno, não só pela grande rejeição do homem que rachou o PSDB paulista como também pelo apoio de Lula ao ex-ministro da Educação, que tem baixa rejeição (15%).

Além de tudo, o “apoio” de Alckmin a Serra vai ser com aquele mesmo entusiasmo efusivo com que Aécio Neves “apoiou” o próprio Serra em 2010. E a estreita ligação com Kassab deve escurecer ainda mais as nuvens que pairam em torno de José Serra.

Embora disfarce, Alckmin apoia Chalita, que tem 6% nas intenções de voto e 11% de rejeição. Na semana passada, militantes do PSDB, como o presidente do diretório zonal do partido no Jabaquara, Milton Kamiya, e seu vice, Rômulo Santos, declararam apoio a Chalita, o que sem dúvida não é por acaso. “Sou tucano, voto Chalita", mostravam as inscrições nas camisetas dos descontentes. "Dizem que o PSDB é um partido de elite, e, hoje, infelizmente, é mesmo”, afirmou Kamiya na ocasião, para justificar o abandono do barco de José Serra.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Serra corre risco de nem chegar ao segundo turno


Como não poderia deixar de ser, o candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, comemorou a subida de três pontos percentuais na pesquisa Ibope (divulgada pela Globo ontem, 16 de agosto) em relação ao levantamento anterior (3 de agosto). Ele foi de 6% para 9%, enquanto Serra ficou nos mesmos 26% e Celso Russomanno oscilou de 25% para 26%. Haddad disse que já era esperado por sua campanha um crescimento antes do horário eleitoral na TV.

Mas o que chamou mais a atenção na pesquisa do Ibope foi a gigantesca rejeição ao tucano. Em simulação de um eventual segundo turno entre ele e Russomanno, este venceria Serra por 42% a 35%.

Segundo a pesquisa, 37% dos entrevistados não votariam no tucano de jeito nenhum. Em seguida, mas muito atrás, com rejeição de 16%, vem Levy Fidelix, o homem do aerotrem. E 14% afirmaram que não votariam, em nenhuma circunstância, em Fernando Haddad, Paulinho da Força, Soninha Francine e Eymael. Russommano tem só 11% de rejeição e Gabriel Chalita, 9%. Ana Luiza, Carlos Gianazzi e Anaí Caproni aparecem com 7%

Ou seja, Serra tem uma rejeição cerca de duas vezes e meia à manifestada pelos eleitores em relação a Haddad e quase três vezes e meia maior do que Russomanno. O candidato do PRB que se cuide, pois, nessas circunstâncias, dossiês podem surgir a qualquer momento...

Continuo achando que, como em 2010 na eleição presidencial, a campanha petista à prefeitura em São Paulo está muito pouco politizada.

Hoje (li na Folha Online) Serra passeou de trem para, heroicamente, se misturar ao povo. Mas não convenceu e ouviu protestos. Um falou a ele para voltar no horário de pico: "Vem aqui às 18h para ver como a gente fica". Outro, que tinha sido abordado pela sempre simpática entourage de Serra, berrou: "Manda votar nele de novo para ele abandonar a prefeitura".

Não é exagerada a hipótese de que Serra não chegue sequer ao segundo turno. Não mesmo.

As intenções de voto (estimulado) da pesquisa são as seguintes:

Celso Russomanno (PRB) – 26%
José Serra (PSDB) – 26%
Fernando Haddad (PT) – 9%
Gabriel Chalita (PMDB) – 5%
Paulinho da Força (PDT) – 5%
Soninha (PPS) – 5%
Ana Luiza (PSTU) – 1%
Carlos Giannazi (PSOL) – 1%
Eymael (PSDC) – não pontuou
Levy Fidelix (PRTB) – não pontuou
Miguel (PPL) – não foi citado
Anaí Caproni (PCO) – não foi citada
Em branco ou nulo – 12%
Não sabe – 10%