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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Pinheirinho: com a palavra, o governo federal


Por Mayra Pinto

Tenho certeza de que não sou a única pessoa que tem apoiado a política do governo federal desde Lula e que espera alguma atitude quanto à administração desumana e violenta do estado de SP.

Diante de catástrofes naturais, como foi o caso do RJ ano passado, o governo federal interveio com ajuda financeira para realocar as famílias atingidas pelos deslizamentos.

Neste momento de catástrofe política no estado de SP, qual será a intervenção do governo federal? No mínimo, esperamos uma palavra que se comprometa com o destino daquelas pessoas.... Não dá pra ficar só com a declaração desolada de ministros. O governo Dilma tem se pautado pela rapidez em responder aos desafios que lhe são cotidianamente apresentados pela dura realidade brasileira. Hoje está diante de um dos mais urgentes. Em tempos do Programa Minha Casa Minha Vida, não dá pra conviver com reintegração de posse violenta de terreno de bandido, e assistir à cena com consternação. Espero uma atitude à altura deste governo federal no qual depositamos, os milhões de eleitores que o elegeram, algo mais do que nossa confiança num Brasil melhor. Depositamos a certeza de que esse governo é capaz de lutar com fôlego contra a desigualdade social, sobretudo, quando praticada pelo próprio Estado.





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PS do blog:

1 - O vídeo acima me emocionou. Por isso eu o linkei.

2 - Segundo o portal Terra, a prefeitura de São José dos Campos e a Polícia Militar negam a informação de Aristeu César Pinto Neto, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município, segundo o qual a ação de reintegração de posse no terreno do Pinheirinho, de uma empresa de Naji Nahas, pode ter deixado mortos.

Leia também relatos de outros episódios da truculência tucana em São Paulo:

Relatos sobre a truculência tucana [2] – Vila Madalena

Ginásio da Fito (Osasco)

Eleição de 2010

Alckmin começa seu governo atacando estudantes

Polícia de Alckmin não pára de cometer barbaridades

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Polícia de Alckmin volta a usar truculência na USP


Nesta segunda-feira, aproximadamente às 11 horas, um policial militar agrediu covardemente um aluno e chegou a sacar sua arma, na sede do DCE (Diretório Central dos Estudantes), na Universidade de São Paulo (veja o vídeo). O pretexto da presença de PM era retirar alguns alunos que acampavam no local desde sexta-feira, 6. A sede do DCE havia sido fechada pela Guarda Civil Metropolitana.

Antes de agredir, ouve-se o PM pedir a identificação do jovem para checar se era ou não estudante da USP. A agressão é absurda e injustificável mesmo que não o rapaz não fosse aluno.

A informação, de Igor Carvalho, é do site Spresso SP.

De resto, a atitude da polícia tucana é coerente com a política do governo paulista para a educação, como você pode ver no post abaixo, que faz um balanço de tal política, publicado em novembro aqui no blog.

A escalada autoritária na USP” (por Felipe Cabañas da Silva)


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A escalada autoritária na USP


Por Felipe Cabañas da Silva*

Fato: houve excessos por parte do movimento que ocupou dois prédios administrativos da USP nas últimas semanas. Houve claramente danos ao patrimônio e, segundo relatos de funcionários, violência (não se sabe exatamente de que intensidade, porque os relatos são, obviamente, parciais) quando da entrada nos edifícios.

Além do mais, a maioria do movimento estudantil não deliberou por essa ocupação da reitoria, diferentemente do que ocorreu em 2007, e há uma parte da organização estudantil que parece não conseguir pensar estrategicamente (essencial para quem quer fazer política em qualquer nível), e os excessos cometidos terminaram dando munição para certo senso comum estúpido, que reverberou especialmente na Veja, segundo o qual estudante universitário é baderneiro, vagabundo, maconheiro, não honra o investimento que recebe e tem mais é que levar cacetada – e essa espécie de sub-campanha de estupidez ganhou as redes sociais, nas quais a estupidez, a ignorância e o senso comum ganham adeptos em progressão geométrica.

É preciso compreender que as tensões entre polícia e estudantes na USP não começaram na semana passada “porque os estudantes querem fumar seu baseadinho em paz”, mas estão presentes desde que a reitoria percebeu que imbróglios com estudantes sempre podem ser resolvidos na base da Tropa de Choque, que a USP já usou desse expediente em outros tempos e que vivemos, afinal, numa sociedade policialesca, que geralmente tende a apoiar que rebeldes “antiquados” – de qualquer espécie e com qualquer agenda programática – devem ser tratados na base das cacetadas.

08/11/2011

No dia 9/6/2009, a Polícia Militar reprimiu, com gás de efeito moral, balas de borracha e cacetadas (e em operação circense transmitida em tempo real na televisão, no rádio e na internet) uma manifestação pacífica de estudantes (veja links abaixo). A confusão chegou ao prédio de História e Geografia, e muita gente que não tinha nada a ver com o protesto e que estava no prédio trabalhando, como gosta o cidadão de bem brasileiro, que lê a Veja e paga seus impostos “para que na USP impere a ordem”, teve que engolir os gases da Tropa de Choque. Houve correria, gritaria e foi opinião geral que a polícia passou completamente da conta e terminou agredindo quem não tinha nada a ver com a manifestação... pacífica.

Violência gera violência. Insensatez gera insensatez. É o que vêm repetindo todos os que, proliferando suas opiniões de banca de jornal, lançam-se nas últimas semanas ao linchamento moral de meia dúzia de estudantes extremamente perigosos, que espalharam colchões num prédio, escreveram algumas besteiras na parede e empunharam livros. Vejam bem: livros!

“Crusp sitiado como nos tempos áureos de ditadura” (08/11/2011)



Além dos sucessivos circos policiais, temos 21 estudantes na USP ameaçados não só de expulsão, mas de eliminação da universidade (expulsão somada a mais cinco anos de afastamento obrigatório da instituição) com base no decreto 52.906 de 27 de março de 1972, que determina as normas disciplinares da universidade, e que pouco foi mudado, transformado ou revisto. Há um novo regime disciplinar que precisa ser aprovado pela Comissão de Legislação e Recursos. Enquanto isso, usa-se uma lei que imperou na USP durante a ditadura, aprovada quando o presidente da República era Garrastazu Médici, o governador do estado Laudo Natel e o Magnífico reitor da USP Miguel Reale, reputado líder do integralismo – ou fascismo à brasileira.

Vejamos o que diz o inciso IV, do artigo 205 do decreto 52.906 de 1972: “Constituem infração disciplinar do aluno, passíveis de sanção segundo a gravidade da falta cometida: IV- Praticar ato atentatório à moral ou aos bons costumes”. Moral e bons costumes? Esse inciso faz referência a práticas de atentado ao pudor? Ou é mais uma norma genérica e dúbia que podia ser aplicada a qualquer ato incômodo justamente nos anos que se seguiram ao AI-5, período de maior radicalização da ditadura brasileira?

O governador do Estado afirmou que esses estudantes que invadiram a reitoria “precisam ter uma aula de democracia”. Eu até concordo, mesmo porque conheço muitos colegas dos movimentos da esquerda mais extremista, e sei que muitos ainda não se libertaram de seu ranço stalinista e de suas ideias dicotômicas e reducionistas a respeito de um mundo dividido entre a burguesia espoliadora e os trabalhadores espoliados, uns maus, outros bons.

Mas quero questionar o seguinte: a aula de democracia que dá a reputada melhor escola do país é Tropa de Choque e eliminação? Se é assim, separei os vídeos das aulas de democracia que têm nos fornecido a USP e o governo do estado de São Paulo.

Videos da PM na USP (clique nos links)

- Polícia contra estudantes - 09/06/2009

Vídeo 1

Vídeo 2


Polícia contra professores próximo ao Palácio dos Bandeirantes no dia 26/03/10, quando a categoria estav aem greve. A negociação do então governador do Estado foi a que se vê abaixo:

Vídeo 3

Vídeo 4

*Felipe Cabañas da Silva é bacharel e licenciado em Geografia pela USP, autor do blog Versejar

sábado, 21 de maio de 2011

Tiros e bombas contra a Marcha da Maconha em São Paulo

Da série Epísódios da truculência tucana

Cenas na tarde de hoje, sábado, na avenida Paulista, em São Paulo, por ocasião da Marcha da Maconha, que, proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, foi realizada como uma manifestação "pela liberdade de expressão".

A brutalidade da Polícia Militar, seja de Geraldo Alckmin, seja de José Serra, não tem limites. Onde está a liberdade de expressão se um punhado de jovens pacíficos é tratado a tiros e bombas por exercer um direito que lhes garante a Constituição do Brasil?



"A repressão policial à maconha, em menos de 80 anos, já causou mais mortes e prejuízos do que o uso da erva jamais poderia ter causado em toda a história da humanidade." (Túlio Vianna - Revista Fórum n° 98 - maio de 2011)


Leia também relatos de outros episódios:

Relatos sobre a truculência tucana [2] – Vila Madalena

Ginásio da Fito (Osasco)

Eleição de 2010

Alckmin começa seu governo atacando estudantes

Polícia de Alckmin não pára de cometer barbaridades

Atualizado às 02:26

sábado, 15 de janeiro de 2011

Alckmin começa seu governo atacando estudantes


Da série “Relatos da truculência tucana” (ou do povo das sombras)

Entre 700 e mil manifestantes, a maioria estudantes, foram violentamente dispersados na quinta-feira, 13, por uma ação da Polícia Militar do governador Geraldo Alckmin, do PSDB e do Opus Dei. A PM os atacou com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. O

Os jovens promoviam um protesto contra o aumento do preços da passagem de ônibus na capital (que foi para R$ 3,00), governada por Gilberto Kassab (DEM).  Dois jovens ficaram feridos e 27 foram encaminhados ao 3º DP. Educação, transporte e outras áreas sociais no estado de São Paulo continuam sendo tratadas, com Alckmin,como eram com Serra: como caso de polícia.

Vejam o vídeo postado no Youtube pelo jornalista e cartunista Carlos Latuff (as imagens não mentem):


Clique aqui para ler outros posts da série "Relatos da truculência tucana" (ou do povo das sombras – neste caso, não necessariamente vinculados a gente do PSDB)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Relatos sobre a truculência tucana [3] – Ginásio da Fito - Osasco/2004

Este post, texto do jornalista Jorge Corrêa, que continua a série “Relatos da truculência tucana”, poderia também ser incluído na série “Recordar é viver”. Seja como for, é mais uma de muitas e é importante registrar, já que os tucanos de José Serra tentam fazer colar nos petistas a pecha de violentos e ninguém sabe o que podem estar tramando.

O modus operandi do tucanato (ou: ‘não concordou, o pau come’)

Por Jorge Corrêa

Dez dias depois de apurados os votos do primeiro turno da eleição 2010, foi noticiado que em Osasco, cidade onde nasci, cresci e morei por 25 anos, militantes de Celso Giglio espancaram covardemente um grupo de agentes de trânsito que multavam seus carros – estacionados irregularmente – durante festa de comemoração da reeleição do deputado estadual do PSDB (link abaixo).O fato, por si só, já é motivo para gerar revolta, mas para mim teve um peso maior, pois me faz relembrar situação parecida pela qual eu passei há exatos seis anos.

O ano era 2004 e o dia era de festa para Osasco. Primeiro turno da eleição para prefeito encerrado, pesquisas e, principalmente, a mobilização popular, indicavam que finalmente estava no ar o fim de uma tenebrosa história que começou com Hirant Sanazar, teve seu auge com Francisco Rossi e viu em Celso Giglio o capo perfeito.

A militância do PT estava em alerta, ainda mais por conta do que aconteceu na eleição anterior, em 2000, quando Emidio de Souza vencia a apuração, mas, depois de um misterioso apagão no ginásio Ives Tafarello, Giglio passou à frente e venceu.

O local da apuração em 2004 foi o ginásio da FITO, aberto ao público depois de pressão do PT por conta do ocorrido quatro anos antes. O clima era de final de campeonato, com cantos e gritos de exaltação da vitória que parecia próxima. Os petistas eram a esmagadora maioria no local e abafavam em segundos qualquer reação da militância [nitidamente comprada] do PSDB.

Em certo momento, os representantes do TRE começaram a reclamar do barulho, pois não conseguiam passar as informações para o TSE. Reclamação justa. Os delegados do PT então pediram o silêncio às arquibancadas, o que foi prontamente acatado. Mas, mesmo assim, começou a truculência típica do tucanato.

Alheios ao público que estava no local – com MUITAS mulheres, crianças e idosos – os policiais militares fizeram o procedimento que chamam de “arrastão”: fazem uma fila, de alto a baixo da arquibancada, e vão empurrando as pessoas. Como não poderia ser diferente, alguns reagiram – de forma não violenta, simplesmente se recusando a sair. Fui um deles, até porque, não estávamos fazendo nada de errado, passamos a ficar em silêncio e temíamos um novo “apagão misterioso”.

Os PMs então passaram a agredir as pessoas que estavam no local, sem distinção de sexo ou idade. Vi mulheres desmaiarem e saírem carregadas, senhores levarem tapas na cara. Mas, para mim, o mais grave e mais chocante foi ver um PM – sem identificação na farda – espirrar spray de pimenta no rosto de um menino que não aparentava ter mais de dez anos.

Ginásio esvaziado dessa maneira, as agressões seguiram por cerca de 30min, com muito choro e desespero. Ao ligar o fato deste mês com o de 2004, não estou dizendo que o que aconteceu na FITO e no centro de Osasco foram a mando do Celso Giglio ou de uma pessoa só, mas exemplifica a mentalidade dos tucanos.

Esse é o modus operandi do tucanato. Com eles é assim: não concordou, o pau come.

Em tempo: a eleição de 2004 foi para o segundo turno, e Emidio Souza venceu Celso Giglio sem maiores problemas, com público e paz no ginásio da FITO
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Leia também:
Relatos sobre a truculência tucana [2] – Vila Madalena

Relatos sobre a truculência tucana [1] – Osasco