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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Palmeiras mereceu o título - poema futebolístico modernista


Resumo

O Palmeiras mereceu o título da Copa do Brasil. O equilíbrio, na somatória após os dois jogos, foi total. Mas, na hora de decidir, o Santos tinha Marquinhos Gabriel, que caiu sentado, e o Palmeiras tinha Fernando Prass, que colocou a bola na rede.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Santos de Gabriel faz duelo final contra Palmeiras de Fernando Prass



Artilheiro da Copa do Brasil, Gabigol, e Prass, o melhor do Palmeiras

Desde quinta-feira passada, a discussão que tenho de enfrentar sobre a esperada final Santos x Palmeiras, com raras exceções, se resume a isso: foi pênalti, não foi pênalti, foi pênalti, não foi pênalti, foi pênalti, não foi pênalti. A enfadonha discussão começou com o protesto de palmeirenses no Facebook.

Quase ninguém parece ter-se lembrado de falar de futebol. Ou se preocupou em lembrar que esta final da Copa do Brasil entre os dois grandes clubes é a segunda desde os estertores dos anos 1950. A final do Paulistão de 2015, vencida pelo Santos nos pênaltis, foi a primeira decisão entre ambos desde 1959, embora aquela, vencida pelo Palmeiras, tenha sido um caso à parte: o Paulista daquele ano foi disputado em pontos corridos e, como Palmeiras e Santos terminaram empatados, tiveram de fazer uma disputa-desempate.

A montagem da imagem acima é proposital: o artilheiro da competição contra o melhor jogador do time da capital, o goleiro, o que, por si só, já diz muito do duelo. 

Mas o fato é que, nesta quarta-feira, 2 de dezembro, acredito que o Santos continua levemente favorito. Diria por 55% a 45%. O Santos é mais time. Tem no elenco jogadores talentosos e decisivos, como Gabriel (artilheiro da Copa do Brasil com 8 gols) e Lucas Lima. Tem o artilheiro de todo o país em 2015, Ricardo Oliveira, com 36 gols. Jogadores experientes, como o próprio camisa 9 e o volante Renato.

Além disso, a vitória por 1 a 0 na Vila deu ao Alvinegro uma vantagem não só matemática, mas também tática: ao contrário do jogo na Vila Belmiro, quando o Palmeiras não jogou futebol e não deu sequer um chute a gol (a não ser um cruzamento que foi direto à meta de Vanderlei a 1 minuto de jogo), no Palestra Itália o Alviverde vai ter que jogar – ou seja, se abrir, mesmo que com cautela – se quiser reverter o placar adverso. Isso é tudo que o Santos queria, e por saber disso é que veio a revolta e inconformismo dos palestrinos após a derrota na Vila. A principal arma do Santos de Dorival Jr. é o contra-ataque em velocidade, com Lucas Lima armando os golpes fatais de Ricardo Oliveira e/ou Gabriel, e foi assim que o Peixe eliminou o Corinthians em pleno Itaquerão por 2 a 1.

O Palmeiras pode contar como armas o aguerrimento e a torcida que vai lotar o estádio. Essa vantagem , porém, pode se virar contra o time se ele não fizer um gol logo. A ansiedade da equipe e da torcida vai crescer na medida em que o tempo passa. Se o Santos marcar um gol antes, a tarefa ficará ainda mais difícil para o Alviverde. O Peixe marcou pelo menos um gol em todas as 13 partidas disputadas até aqui na competição.

Mas futebol é jogo e jogo é também sorte e azar. Se o Palmeiras marcar antes, pode conseguir se armar na defesa e na catimba, que terá de usar contra um time superior, e vencer o jogo. Se por um gol, para decidir nos pênaltis. Para ser campeão direto, precisa de uma diferença de dois gols.

***

Gosto dos comentários de Paulo Vinícius Coelho porque ele fala de futebol e informa, ao invés de ficar com blá-blá-blá de pênalti, não-pênalti. Ao comentar o jogo vencido pelo Santos, na semana passada, ele lembrou: “A final da Copa do Brasil se parece com a decisão do Paulistão”. Disse também o PVC no texto: “O Santos é mais time. Mas neste ano, agora são seis clássicos Santos x Palmeiras. O Santos ganhou todos na Vila, o Palmeiras venceu os dois no Allianz Parque e todas as vitórias aconteceram por um gol de diferença. Só falta isso e a decisão por pênaltis para repetir a final do Campeonato Paulista”.

Então é isso. Chega de papinho de pênalti, caros palmeirenses, como se aquele do primeiro jogo fosse o primeiro pênalti ou não-pênalti polêmico da história do futebol.

Como dizia o velho Osmar Santos: vamos pro jogo, garotinho.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Santos x Corinthians fazem "jogo do século" pela Libertadores


Nos bons tempos do boxe, quando havia uma grande luta (como Muhammad Ali x Joe Frazier, por exemplo) costumava-se dizer: “a luta do século”. Claro que era “força de expressão”. Houve muitas “lutas do século”. Mas o termo cabe perfeitamente ao duelo Santos x Corinthians pela semifinal da Libertadortes nas quartas-feiras, 13 e 20 de junho. E, no caso, não apenas no sentido figurado, pois para alguns este é de fato o encontro do século entre os alvinegros, embora para mim a decisão do Brasileirão de 2002 tenha sido mais importante.

Ricardo Saibun - Divulgação/ Santos F.C.
Alessandro terá a infeliz missão de marcar Neymar pela esquerda

Com Neymar em campo, e se de quebra Paulo Henrique Ganso jogar na Vila Belmiro, creio que se pode dizer que o Santos é favorito para ir à final em busca do quarto título, o que alguns corintianos reconhecem, inclusive neste blog. Mas “clássico é clássico e vice-versa”, como diz a sabedoria popular, e é arriscado para qualquer time enfrentar o Corinthians com a soberba do favoritismo. O Timão nunca chegou à final da competição.

Bem montado, entrosado como um todo e sólido na defesa, apoiada pelo meio de campo com Paulinho e Ralf, o Corinthians tomou só dois gols nesta edição da Libertadores, mas, é preciso dizer, enfrentou um grande time, o Vasco (**), enquanto o Santos teve em seu caminho duas potências do futebol sul-americano, Internacional e Vélez Sarsfield, tendo passado por ambos.

Pontos fracos

Tanto o time de Muricy Ramalho quanto a equipe de Tite têm problemas e pontos fracos. O Alvinegro da Vila tem laterais ruins e uma defesa que tem sido segura, mas pode ser considerada lenta. Para sua sorte, o maior defeito do time da capital é justamente seu ataque, que, se já é normalmente limitado, piorou ainda mais com a péssima fase de Liédson. Nesse mata-mata isso pode ser fatal, pois raramente o Santos deixa de fazer gols. Outro problema do Santos de Muricy é tático. É montado com base no famoso “dá no Neymar”. Se o craque não está bem, o time cai absurdamente, pois parece que o treinador não tem opções e variações de ataque.

Este é o quinto mata-mata entre os rivais neste século. Nos anteriores, o Peixe levou a melhor em dois (finais do Brasileiro de 2002 e do Paulistão de 2011), enquanto o Timão se deu bem nos outros dois (semifinal do Paulista de 2001 e final de 2009*). Não quero fazer previsões estranhas ao futebol em si, mas achei esquisito a Conmebol escalar o juiz carioca Marcelo de Lima Henrique para o jogo na Vila, um árbitro que nunca apitou uma partida de Libertadores na vida.

Se Ganso não tiver condições, Borges (o popular Borges manteiga) deve entrar no ataque e Alan Kardec ser recuado para o meio. Eu poria Léo no lugar de Ganso. O veterano lateral pode ser considerado responsável pelo time ter batido o Vélez nas quartas. Daria mais movimentação contra a muralha corintiana.

As escalações devem ser as seguintes:

Santos: Rafael, Henrique, Edu Dracena, Durval, Juan; Adriano, Arouca, Elano, Ganso, Neymar; Alan Kardec

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson Sheik.

**Errare humanum est - Eu disse no terceiro parágrafo deste post que o Corinthians "não enfrentou nenhum grande time" nesta Libertadores. Errei. Enfrentou o Vasco da Gama.


Grêmio x Palmeiras

Pena que não poderei ver o primeiro duelo entre Luiz Felipe Scolari x Vanderlei Luxemburgo pela semifinal da Copa do Brasil, no mesmo dia e horário de Santos x Corinthians. O jogo será no Olímpico. Já a partida de volta entre Palmeiras e Grêmio será na quinta-feira, dia 21, na Arena Barueri, e esta poderei assistir. Acho que o Grêmio tem um favoritismo claro contra o Verdão.

*Atualizado às 20:54

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Jornalismo esportivo acabou


Acabou pelo menos na televisão. Dias atrás, assistindo a um jogo da Libertadores da América, quase no fim da partida dei-me conta de que aquela também era uma data de Copa do Brasil. E que, ligado na Fox Sports, eu não tinha informação de como estavam os duelos desta competição nacional, simplesmente ignorada pela emissora que transmitia a Libertadores, como se o torneio nacional não existisse.

Na TV do plim-plim não existe Olimpíada
A mesma "estratégia" pôde ser observada na transmissão global do jogo da seleção brasileira neste domingo. Como notou o Uol, não se ouviu na TV Globo, durante o duelo em que os mexicanos deram um chocolate e venceram o time de Mano Menezes por 2 a 0 em Dallas (EUA), nenhuma vez a menção de que aquela seleção está se preparando para a Olimpíada de Londres (eu não vejo futebol nessa emissora quando a transmissão é de Galvão Bueno). A informação de que o time do Brasil, formado quase inteiro por jogadores jovens, está enfrentando as seleções principais de outros países também foi ignorada.
Na outra, só há Libertadores

Em suma, a Fox Sports não fala de uma competição transmitida pelas concorrentes (Sportv e ESPN), a Globo ignora o maior evento esportivo do mundo porque os direitos de transmissão para a TV aberta pertencem à Record, e por aí vai. E assim o “jornalismo” esportivo vai se transformando numa fantasia, um objeto comercial travestido de informação. Uma vergonha, como dizia aquele âncora que se manifestou sobre os garis de modo absurdo no final de 2009.

É o cúmulo a maior rede de televisão do país simplesmente fazer de conta que não existem Jogos Olímpicos (eles se preocupam com a tal credibilidade?). Ou uma empresa que detém os direitos de transmissão da Libertadores em TV fechada fingir que não há futebol no Brasil a não ser o que faz parte da competição que eles transmitem.

Como jornalista que sou, sempre entendi minha profissão como uma prática que precisa também ser um serviço. No fundo, a informação é um serviço. Ou deveria ser. Ou era.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Na segunda rodada, Brasileirão 2010 ainda não motiva nem clubes nem torcedores

O decantado Campeonato Brasileiro de pontos corridos ainda não conseguiu empolgar nem os próprios clubes. Com “a cabeça na Libertadores”, o São Paulo misto perdeu do Botafogo no Morumbi” (1 a 2) e o Cruzeiro empatou com o Avaí no Mineirão (2 a 2); “com “a cabeça na Copa do Brasil”, o Santos não saiu de um pífio empate (1 a 1) contra o Ceará na Vila Belmiro (desfalcado apenas de Robinho e Léo) e o mistão do Grêmio foi derrotado no Olímpico pelo Corinthians (1 a 2).

Quarta-feira, pelas quartas de Libertadores, o São Paulo recebe o Cruzeiro no Morumbi, às 21h50. O Tricolor pode perder por até um gol de diferença, já que em BH bateu a Raposa por 2 a 0, e por isso o time paulista é franco favorito para ir à semifinal.

Também na quarta às 21h50, disputando uma vaga na final da Copa do Brasil, Santos e Grêmio duelam na Vila. O Peixe tem que ganhar por qualquer placar para disputar o título contra o vencedor de Vitória x Atlético-GO (no jogo de ida, 4 a 3 para o Tricolor Gaúcho contra o time de Dorival Junior, num jogo memorável).

Vasco 0 x 0 Palmeiras ("pelo amor dos meus filhinhos!")

A única partida à qual assisti neste fim de semana, Vasco 0 x 0 Palmeiras, em São Januário, foi indigna da história dos dois clubes. Houve momentos bisonhos, como um chute do vascaíno Caíque, que foi parar na lateral. Ou uma trombada bizarra entre o goleiro Marcos e o meia Cleiton Xavier, que só não resultou em gol do Botafogo porque o volante Souza, que ficou com a sobra da “dividida” entre Marcos e Cleiton, chutou para fora, de maneira que o velho narrador Silvio Luiz teria assim narrado: “pelo amor dos meus filhinhos!” Ou furadas espetaculares. Lances típicos de comédia ou várzea, e não de um jogo de primeira divisão do Nacional. Pelo menos, dei risada.

Se você vir “os melhores momentos” de Vasco 0 x 0 Palmeiras (abaixo), pode ter uma falsa impressão. Porque, em verdade vos digo!, não foi um jogo de primeira divisão.



O duelo teve cerca de 60 passes errados dos dois times. O Vasco dominou o primeiro tempo, mas não anotou nenhum tento porque seu ataque não parece com apetite para isso. O propalado Felipe Coutinho não mostrou a que veio. A partir dos 15min do segundo tempo, o Palmeiras passou a comandar as ações, mas não chegou a pressionar o Vasco, ameaçando a meta cruz-maltina só em lances isolados.

Poucas vezes vi um jogo cujo placar fosse tão justo quanto esse Vasco 0 x 0 Palmeiras na tarde-noite deste domingo. Chegou um momento em que eu torci para ninguém fazer gol, porque nenhum dos dois times merecia marcar. A peleja terminou sob estrepitosa vaia, como notou o narrador do Sportv, Milton Leite. Pelo amor dos meus filhinhos!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Flamengo detona sonho corintiano da Libertadores; Santos despacha o Galo na Vila

Segundo concluí dos relatos que ouvi, do jogo que não vi, sobre a mais importante notícia esportiva do dia 5 de maio de 2010, o Corinthians foi eliminado da Libertadores num jogo extremamente nervoso, que poderia ter se decidido a favor do Alvinegro numa cobrança de falta de Chicão, nos estertores da partida. Mas o goleiro Bruno defendeu.

De acordo com esses mesmos relatos, o Timão abafou no primeiro tempo e fez os 2 a 0 que lhe bastavam para ir às quartas. Mas a partida não foi boa, me disseram. “Se você assistir ao videotape, vai ver que, sem ser ao vivo, sem adrenalina, o jogo foi ruim e o Corinthians não fez muita coisa no segundo tempo”, disse um amigo que viu o jogo.

Como vimos aqui em casa Santos x Atlético/MG, um grande duelo, muito bem disputado, não posso ir além de dizer que o golpe foi duro nas hostes alvinegras do Parque São Jorge. Provavelmente, o santo guerreiro, que existe há muito mais tempo que o Timão, não ouviu os apelos dos que suplicaram por uma Libertadores no ano do centenário. Como eu disse aqui neste blog, os anos de centenário costumam ser cruéis para com os aniversariantes.

Mas provavelmente o time de Mano Menezes não teria caído logo nas oitavas se diante dele não estivesse a terrível camisa do Flamengo. Ironia: Vágner Love, ex-palmeirense, num golaço pela esquerda (não vi o jogo, mas vi os gols), decretou a derrocada corintiana. É mais do que comprovado que vencer uma camisa é muito mais difícil do que vencer um time.

Veja os gols de Corinthians 2 x 1 Flamengo :



Ao que parece, um árduo segundo semestre espera o Corinthians em 2010.

Santos na semifinal da Copa do Brasil
Depois da grande partida do Mineirão, quando perdeu por 3 a 2 num dia de Diego Tardelli, o Santos precisava de uma vitória simples. O time de Dorival Júnior, apesar de todo o espetáculo que deu no Paulistão e na própria Copa do Brasil, continua tendo que provar a toda hora que futebol bonito pode ganhar, apesar dos pragmáticos de plantão.

Não vou esquecer tão cedo a frase de José Trajano, no programa “Linha de Passe” (ESPN Brasil), quando da vitória do Peixe sobre o Corinthians (2 x 1) pelo Paulistão: “O Santos está sendo acusado de jogar bonito”.

No triunfo (mais uma vez) incontestável, desta vez sobre o Galo, Paulo Henrique Ganso de novo foi decisivo. Deu um passe desmontante (desculpe o neologismo) para Neymar cruzar e André fazer o primeiro gol; marcou, segurou a bola e fez o diabo.

Arouca jogou muito no meio, sobrecarregado como sempre. Pará fez outra partida exuberante, teoricamente como lateral direito. Mas ele se movimentou sem parar (trocadilho justo), cobriu lacunas no meio, deu bicão e (depois de recuperar a bola) deu o passe a Robinho, que cruzou para Neymar fazer o segundo gol.

O lateral esquerdo Léo foi de novo nota negativa do Peixe. Há muito tempo ele mais atrapalha do que ajuda. O problema é que não tem um reserva para Léo. Contundido, foi substituído pelo inseguro Alex Sandro (ou será Alexsandro?). Disse que já estava meio baleado antes. Ora, então por que entrou, eu perguntaria à comissão técnica? Para já queimar uma substituição de antemão?

O Galo diminuiria aos 45 do primeiro tempo, com Correa aproveitando uma sobra de “segunda bola” (mais uma falha da defesa santista), gol que permitiu ao time de Vanderlei Luxemburgo respirar no segundo tempo.

Confira os gols de Santos 3 x 1 Atlético/MG



Mas Ganso, na segunda etapa, voltou a ser protagonista. Exemplo: foi visto tirando de cabeça do centro da grande área de sua defesa uma bola que deveria ser de Durval ou Edu Dracena, que ninguém sabe onde estavam.

O terceiro gol saiu (de quem?) de Ganso, que dominou pela direita, tocou para Robinho (que fez um grande jogo, mais tática do que tecnicamente) cruzar para, no rebote, Wesley decretar o xeque-mate.

Palmeiras, São Paulo
A decepção paulista, fora o São Paulo que ganhou na bacia das almas de um timinho do Peru na terça-feira, começou antes, no início da noite, pelo Palmeiras. Apesar do gigantismo do grande goleiro Marcos, o Verdão tropeçou no pobre Atlético de Goiás.

Semifinais da Copa do Brasil

Santos x Grêmio
Atlético-GO x Vitória

Atualizado às 11h17

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Na superquarta, brilham Santos e Atlético/MG, Diego Tardelli, Ganso, Flamengo e Internazionale

A chamada superquarta, 28 de abril, foi de fato magnífica no Mineirão, onde o Atlético/MG ganhou do Santos por 3 a 2 numa partida espetacular. Como escreveu o atleticano Frédi no Futepoca, "Da proxima vez, só com cardiologista do lado".

Dadá Maravilha, o mito, acertou: ontem ele disse que o placar seria esse, na lata, e emendou meio (ou muito) lamentavelmente: “o ataque do Santos só dá pra parar com um revólver” (sic). Com o resultado, uma vitória simples leva o Peixe à semifinal da Copa do Brasil, a não ser que os mineiros percam por um gol fazendo três ou mais.

Veja os gols desse grande jogo, antes (ou depois...) de continuar a leitura:



Com a infernal torcida empurrando seu time, o mandante fez 1 a 0 aos 2 minutos de jogo, e 2 a 0 aos 40, com Tardelli em duas falhas da defesa santista. Mas o time de Vanderlei Luxemburgo levou o gol que não poderia tomar aos 44 (sinceramente, Robinho lembrou Pelé nesse gol).

O primeiro tempo transcorreu em ritmo alucinante. Sem Neymar, o Santos dependeu de Ganso, muito marcado, e Robinho, com ótima atuação, concentrado e com raça, ameaçador o tempo todo. Pará, pela lateral esquerda, fez um jogo primoroso, aguerrido na defesa e eficiente no apoio. Não fez um golaço por cobertura quando estava 1 a 0 por falta de sorte.

Com o trio de frente Muriqui, Fabiano e Diego Tardelli, que marcou os três gols de seu time e mostrou que, no lugar do gordo Adriano, poderia ser ótima solução para Dunga na África do Sul, o Galo foi temível. Mas o Santos foi o Santos durante todo o tempo, apesar da defesa. Foi pau a pau, e o time da Vila Belmiro, na minha opinião, jogou melhor no primeiro tempo. Aranha fez grandes defesas. Felipe também.

No segundo tempo, a equipe paulista começou melhor, e, num erro de saída de bola, o Atlético quase tomou o empate, mas fez 3 a 1 logo aos 7min. Deu a impressão que faria o quarto, mas não fez.

Mesmo muito marcado, Paulo Henrique Ganso, coitado, foi criticado aqui em casa pelo casal santista, porque, mesmo quando tinha a bola, não se saía bem. Mas decidiu talvez a sorte do confronto, porque é craque. Numa jogada espetacular, Zé Eduardo deixou para ele, o Ganso, que, como no primeiro gol contra o Santo André, cruzou para o ex-cruzeirense Edu Dracena (que ironia) fazer o segundo gol do Santos.

No final do jogo, o time das Minas Gerais visivelmente implorava aos deuses para que o jogo acabasse, tocava a bola de lado a lado, e Luxemburgo sentou-se abatido no banco de reservas, porque sabia que poderia tomar o terceiro a qualquer momento. E porque sabia que 3 a 2, se der a lógica na Vila, é pouco. Mas Galo não é peru, então eu fico por aqui.

Maracanã
Quando o Flamengo fez o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians, espoucaram rojões e soaram gritos das janelas do condomínio. Crente que era gol do Timão, dei uma olhada na Globo, e era gol do Imperador. De pênalti, indiscutível, cometido infantilmente por Moacir, que chegou atrasado e derrubou Juan.

O resultado é bastante preocupante para o time de Mano Menezes. No Pacaembu, tem que ganhar por 2 a 0. Se tomar um gol do muito bom time do Flamengo (crise à parte), tem de fazer 3 a 1, pois 2 a 1 a favor do alvinegro enterra o sonho da Libertadores. Com 1 a 0, pênaltis.

Assista ao gol de Adriano:



Camp Nou
E, terminando pelo início, no Camp Nou, o Barcelona fez um jogo sem brilho e parou na marcação da Inter de Milão (que Galvão Bueno e tantos outros insistem em chamar de o Inter). Desculpem ser chato, mas bem feito. Messi agora pode treinar bastante para ver se joga alguma coisa pela seleção argentina, o que nunca fez. Internazionale e Bayern Munique farão a final da Copa dos Campeões, com toda justiça.

Toda unanimidade é burra, dizia Nelson Rodrigues. E a unanimidade em torno do time catalão já estava enchendo o saco. E a inter mereceu.

Pena que não foi feriado hoje. Só vi de fato os 90 minutos do grande jogo do Mineirão.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Libertadores e Copa do Brasil: a hora da onça beber água

Fotos: Eduardo Metroviche/Marino Azevedo/VIPCOMM
Apesar da crise do Flamengo, não vi nenhum corintiano ou comentarista sério considerar o time do Parque São Jorge favorito para passar às quartas-de-final da Libertadores. Num confronto dessa magnitude, que começa já na quarta que vem, o Rubro-negro pode buscar forças até então adormecidas. O resultado é imprevisível. Enquanto o Flamengo se classificou na bacia das almas, o Corinthians pegou um grupo tão ruim na primeira fase que sequer dá pra saber que futebol o time está jogando.

Ambos têm dois grandes centroavantes do passado, Ronaldo e Adriano, que lutam contra a visível falta de condições físicas. O time da Gávea terá novo técnico para o duelo. E um novo técnico pode reverter a crise dando ânimo novo. É curioso, mas treinadores recém-contratados sempre dão um arranque inicial forte, principalmente quando assumem times com o potencial do Flamengo, que ganhou o Brasileiro de 2009 não à toa. Se o clube carioca contratar o ardiloso e competente Joel Santana, o Timão vai ter que brigar muito para não ver ruir o sonho de Libertadores no ano do centenário.

Como se pode ver abaixo, as dificuldades são semelhantes nas duas chaves da Libertadores.


Na da esquerda, aparentemente, Corinthians ou Flamengo, Vélez e Once Caldas devem seguir às quartas-de-final. Desses, acho que, tirando o Once Caldas, todos podem chegar ao título.

Na chave da direita, arrisco São Paulo, Cruzeiro, Estudiantes e Internacional ou Banfield nas quartas. Não boto nenhuma fé no Inter. Os três primeiros podem levantar a taça. Tricolor e Raposa, passando pelas oitavas, fariam duelo já nas quartas (replay de 2009, quando o time de BH eliminou o São Paulo, mas perdeu o título para o Estudiantes de Verón).

COPA DO BRASIL

Pena que as datas da Libertadores coincidem até no horário com a Copa do Brasil, pois vou ter de abrir mão de ver Corinthians x Flamengo para assistir a Santos x Atlético/MG pelas quartas. Um duelo que promete: os meninos da Vila vão reencontrar Vanderlei Luxemburgo, que, embora decadente, tem nas mãos um time rápido, com Diego Tardelli comandando o ataque.

Depois de eliminar o São Paulo fazendo barba, cabelo e bigode, só falta o Peixe de Neymar (foto Eduardo Metroviche) matar o Santo André para conquistar o Paulista (leia aqui sobre a final, em matéria do jornal Visão Oeste). Não acredito em zebra, mas que elas existem, existem...

O Galo vai ser outro bom teste, mas o Santos é favorito também. Está numa chave (a vermelha) muito mais difícil do que o Palmeiras, por exemplo. Passando pelos mineiros, terá pela frente Fluminense ou Grêmio na semifinal.

O Palmeiras, que fez bom jogo ao eliminar o Atlético/PR, pega no máximo o ridículo Vasco da Gama na semifinal, isso se o time carioca não cair diante do Vitória.

Quartas-de-final

28/04 - 21h50 - Atlético-MG x Santos (Mineirão)
29/04 - 21h30 - Fluminense x Grêmio Maracanã


28/04 - 21h50 - Vitória x Vasco Barradão
29/04 - 19h30 - Palmeiras x Atlético-GO (Palestra Itália)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Naviraiense, Vila Belmiro e o mar


Quando o Santos ganhou a partida de ida contra o Naviraiense por apenas 1 a 0 (precisava de 2 a 0 para eliminar a volta, na Baixada), eu comentei com o pessoal lá em casa que a equipe da cidade de Naviraí tinha conseguido o sonho que buscou: o privilégio de jogar na gloriosa Vila Belmiro (o que no futuro poderá ser contado aos netos, certamente com autógrafos de Robinho, Neymar e cia), conhecer a cidade de Santos e... o mar!

Por isso é que a Copa do Brasil é muito bacana.

Mas quem poderia esperar que placar do jogo de volta fosse Santos 10 x 0 Naviraiense. Veja os dez gols aqui. Foram vários golaços, feitos nessa ordem: primeiro tempo: Paulo Henrique Ganso, aos 6 minutos, André, aos 27 minutos, Neymar, aos 29 minutos, Robinho, aos 32 minutos, André, aos 37 minutos, Marquinhos, aos 45 minutos. Segundo tempo: Neymar, aos 9 minutos, André, aos 14 minutos, Madson, aos 20 minutos e aos 32 minutos.

O pessoal de Naviraí deve estar muito feliz de conhecer o mar... e o futebol!