"Ao contrário da vasta campanha da mídia ocidental segundo a qual a assassina confessa Sakineh Mohammadi Ashtiani foi libertada, uma equipe de produção da emissora da emissora da Press TV conseguiu com autoridades o direito de seguir com Ashtiani até a casa dela para produzir uma reconstituição visual do crime na cena do assassinato."
Esta é parte da nota divulgada pela emissora de TV iraniana Press TV em sua página da internet, negando que Sakineh Ashtiani tenha sido libertada, como relatado neste blog e em toda a imprensa ontem.
Bom, ao postar a notícia da libertação, eu dizia esperar que "o fato que acaba de ser noticiado não seja um blefe (...). Sabe como é, na 'democracia' iraniana..."
A ativista Mina Ahadi, que ontem comemorava a libertação, disse hoje em entrevista exclusiva ao Uol que "ao torturar e expor seus prisioneiros a emissões televisivas falsas, o regime tenta mascarar seus crimes e reduzir a pressão contra ele. Dessa forma, esse caso torna explícita a natureza criminosa desse regime e de seu sistema judiciário”.
Quer dizer, não era blefe, mas um teatro canalha. A emissora afirma que são políticos os motivos pelos quais o Ocidente faz a campanha pela libertação. De modo que aparentemente nada muda na realidade do Irã governado por fanáticos e o destino de Sakineh continua tão obscuro como antes. O governo iraniano não se pronunciou oficialmente ainda, mas como a Press TV é estatal, conclui-se que a versão é a do governo.
A quem interessar, a matéria da Press TV, em inglês, está neste link.
Atualizado às 17h34
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Sakineh está livre
A iraniana Sakineh Ashtiani, de 43 anos, foi libertada da prisão no Irã, afirmou nesta quinta-feira Mina Ahadi, líder da Comissão Internacional contra a Pena de Morte e o Apedrejamento, de acordo com matéria de O Globo trazendo inclusive fotos da ex-presa com seu filho. Mina "destacou a participação" do presidente Lula e de Dilma Rousseff no processo.
Leia também: A realidade no Irã governado por fanáticos
Foto: Reuters (detalhe)
Sakineh Ashtiani
Sakineh era condenada, por adultério, a morrer apedrejada no Irã. Antes de mais nada, a informação é motivo de comemoração e alegria, não só pelo fato em si como porque as pressões de governos, instituições, ONGs e blogs no mundo todo contra essa barbárie medieval e revoltante surtiram efeito.
Espero que o fato que acaba de ser noticiado não seja um blefe, espero que nada aconteça à mulher agora que está livre. Sabe como é, na "democracia" iraniana...
A matéria de O Globo está aqui.Espero que o fato que acaba de ser noticiado não seja um blefe, espero que nada aconteça à mulher agora que está livre. Sabe como é, na "democracia" iraniana...
Leia também: A realidade no Irã governado por fanáticos
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