É um estilo realmente estranho para um treinador de seleção, embora Alex Escobar seja um tipo de jornalista que para mim está a anos-luz de distância do que eu considero um jornalista, e, também, apesar de muita gente considerar os xingamentos a ele dirigidos por Dunga bastante apropriados...
terça-feira, 22 de julho de 2014
Para lembrar: Dunga x Alex Escobar
É um estilo realmente estranho para um treinador de seleção, embora Alex Escobar seja um tipo de jornalista que para mim está a anos-luz de distância do que eu considero um jornalista, e, também, apesar de muita gente considerar os xingamentos a ele dirigidos por Dunga bastante apropriados...
sábado, 21 de junho de 2014
Argentina sofre, Alemanha derrapa e França surpreende
Resenha da Copa do Mundo [4 - sábado 21 de junho]
O empate da Alemanha com Gana em 2 a 2 foi outro belo jogo, que todo mundo esperava que fosse uma barbada, e não foi. A Alemanha cantada em prosa e verso quase perde de Gana, o que colocaria o grupo G (que ainda tem EUA e Portugal) num surpreendente equilíbrio.
A França começou desacreditada, mas depois dos 5 a 2 na Suíça, com um futebol agressivo de contra-ataques fulminantes, se credencia a pelo menos ir mais longe do que se esperava. É um time muito rápido, tecnicamente muito bom e disciplinado taticamente. Se o Brasil chegar às semifinais tendo sido primeiro do grupo A na fase de grupos e a França também chegar à semi como primeira do E, Brasil x França farão uma semifinal. Isso se a França passar pela Alemanha nas quartas (e se a Alemanha chegar às quartas...). O Brasil pega nas oitavas Chile ou Holanda e, pelo andar da carruagem, Uruguai ou Itália nas quartas.
Talvez seja cedo pra dizer isso, mas a última vez que o Brasil ganhou da França em Copas do Mundo foi em 1958 (5 a 2). Depois, foram três jogos decisivos e três vitórias francesas: 1986 (quartas-de-final, nos pênaltis), 1998 (final, 3 a 0 em Paris) e 2006 (quartas-de-final).
Uma nota: ao fazer seu 15° gol em copas do mundo, o alemão (de origem polonesa) Miroslav Klose iguala Ronaldo. Ao contrário do que se poderia esperar, muitos brasileiros não apenas aplaudem o feito do alemão como torcem para Klose superar Ronaldo. Estou entre esses brasileiros.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
São Paulo se veste de verde e amarelo no dia da abertura da Copa
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Linha 4-Amarela do Metrô |
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Linha 4-Amarela do Metrô |
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avenida Paulista |
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Conjunto Nacional - avenida Paulista |
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quarta-feira, 7 de maio de 2014
Uma seleção sem líder
Os convocados de Felipão para a Copa do Mundo no Brasil
segunda-feira, 28 de abril de 2014
A banana, o futebol e o Brasil
Só brasileiro mesmo, pra ter uma atitude de tamanha presença de espírito como a de Dani Alves. Com a disseminação dos atos racistas cada vez mais frequentes e (diga-se) impunes na Europa, o gesto do lateral direito do Barcelona e da seleção brasileira de pegar e comer a banana jogada no campo no jogo contra o Villarreal (vitória do time catalão por 3 a 2) entra para a antologia do futebol.
Por essas e outras é que acho inadmissível que os mal humorados (ou mal intencionados) torçam "contra" o Brasil, seja para a Copa do Mundo dar errado, seja para perdermos o Mundial.
Dani Alves mostrou com ironia e bom humor a alma brasileira para o mundo todo ver que nós adoramos banana, adoramos futebol, adoramos carnaval, somos hospitaleiros e nossa resposta à intolerância e à imbecilidade é essa: comer banana, que é amarela como a camisa da seleção e tem potássio, que evita cãimbras.
Cada vez mais me convenço de que o futebol é uma metáfora da vida.
A Veja, esse magnânimo veículo do jornalismo marrom, já deu matéria tentando desqualificar o gesto. Ótimo. A Veja detesta a cidadania. O que é bom para a Veja não é bom para o Brasil... E vice-versa. Logo, se a Veja quer destruir, é porque é bom.
PS: e mais uma coisa: se o gesto é aproveitado pelo marketing, tanto melhor: é marketing do bem.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Felipão e Parreira são a mesmice, mas com Mano Menezes era avacalhação
Formada por Luiz Felipe Scolari (pentacampeão em 2002) e Carlos Alberto Parreira (tetra em 94), já temos a "supercomissão" técnica que comandará a seleção do Brasil na Copa de 2014. Para resumir em uma expressão, aliás já citada na rede hoje: mais do mesmo.
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Agora é suar a camisa (e a toalha) pela famiglia Scolari |
Como já falei, não gosto do futebol gaúcho e tampouco do parreirismo. Acho tão enfadonho repetir e ficar falando de Felipão e Parreira. De novo! Quem aguenta? O futebol brasileiro é um dos setores em que as décadas passam e tudo continua igual, a mesma cartolagem, os mesmos manda-chuvas e coronéis; os mesmos métodos e o cinismo de sempre. No caso de Felipão e Parreira juntos, arrogância redobrada.
Um colega de redação comentou hoje: "com Felipão fica mais fácil torcer contra". O outro rebateu, ao mesmo tempo sério mas também em tom de brincadeira: "torcer contra eu não torço! Isso é coisa de paulista". Enfim, à escolha do freguês. Não sei se é torcer contra, mas para mim a seleção cada vez interessa menos. Isso chegou ao ápice com Mano Menezes, período em que a "seleção canarinho" chegou quase à avacalhação, de fato. Parreira e Felipão pelo menos impõem mais respeito... É menos pior do que Mano, reconheçamos. O futebol brasileiro é tão retrógrado que a opção pelos treinadores campeões de 1994 e 2002 se torna uma evolução, se comparada com a finada era Mano.
Dedico três linhas a futebol propriamente dito: Parreira me parece taticamente mais inteligente do que Felipão. Este, francamente, era para mim a pior opção entre os nomes especulados. Falando só de futebol, eu escolheria Luxemburgo ou Pep Guardiola. Mas até Parreira eu preferia a Felipão.
De resto, repito as palavras que disse em post de dias atrás:
Não vibrei com Parreira em 94, mas vibrei com Felipão em 2002. Porém, vibrei menos pelo treinador do que pelos achados de Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Nazário nos jogos mais importantes, contra Inglaterra e Alemanha – neste, 2 a 0 na final, dois gols de Ronaldo. Vibrei até com Cafu erguendo a taça. Mas não com Scolari, que, ainda mais, hoje está totalmente ultrapassado.
Acrescento que, em 94, só vibrei com Romário. Especialmente na antológica jogada em que ele carrega a bola desde o meio campo e dá de bandeja pra Bebeto bater como um taco de sinuca, de primeira, no 1 a 0 contra os Estados Unidos. Um dos grandes gols que eu vi.
Parreira conseguiu um feito até então inédito: foi o primeiro a ganhar a final de uma Copa do Mundo nos pênaltis (em 2006, Marcello Lippi igualou a proeza com o título da Itália contra a França nas penalidades máximas). Mas de Parreira, o título de ineditismo nesse quesito ninguém tira.
E Felipão? Vamos ter que engolir.
sábado, 24 de novembro de 2012
Duas visões sobre a queda de Mano Menezes e o próximo técnico da seleção
Reprodução
Muita gente acha que a seleção brasileira, cada vez mais, só serve para atrapalhar o futebol no país. Para os torcedores do Santos, isso cala mais fundo atualmente. O clube fez um esforço inédito, manteve o craque Neymar contra a investida dos poderosos Chelsea, Barcelona e Real Madrid e, no entanto, o atleta desfalcou a equipe 12 vezes durante o Brasileirão.
O Santos ganhou no Campeonato Brasileiro de 2012 cerca de 70% dos pontos que disputou com Neymar no time (faço uma estimativa tendo em mente que, em setembro, o índice era realmente de 74% dos pontos conquistados com ele em campo, e pífios 24,5% sem o craque). O índice de aproveitamento da equipe com Neymar, em torno de 70%, é o índice de aproveitamento do Fluminense, campeão brasileiro.
Voltando ao fato do dia, a súbita queda de Mano Menezes vai fazer com que as apostas sobre seu substituto se prolonguem até janeiro, quando a CBF disse que vai anunciar o treinador que comandará o balcão de negócios na Copa do Mundo. Para quem ainda torce muito pela seleção brasileira (ainda há pessoas assim?), ou no mínimo tem interesse por ela, a queda do treinador deve ser comemorada, já que com Mano acho que ganhar a Copa seria muito difícil.
No caso deste blogueiro, penso que há duas maneiras de raciocinar sobre o tema queda de Mano Menezes e quem será o sucessor.
Raciocínio 1: esquecendo o lado “balcão de negócios”
Deixando de lado por um momento o caráter balcão de negócios de tudo isso, só pensando em futebol, temos algumas opções: Vanderlei Luxemburgo? Felipão? Muricy Ramalho? Abel Braga? Tite? Pep Guardiola? Eu preferiria Luxemburgo. Na seleção ele teria que render e para isso precisaria esquecer seu complexo de manager por (apenas) menos de dois anos, até a Copa do Mundo. Teria de ser uma gestão pragmática, mas o treinador entende muito de futebol e seria o candidato a apresentar um time mais bonito de se ver jogar.
Falam que Felipão é favorito. Será? Primeiro, opinião pessoal, escola gaúcha no me gusta. Portanto eu tiraria da lista de cara também Tite. Em segundo lugar, independentemente do que eu acho, com paulistas aparentemente no comando da CBF (Marin, Marco Polo Del Nero), será que optariam por uma solução gaúcha para o comando técnico? Pode ser que sim, pode ser que não. Meu palpite é que não. Ou será que torço pra que não?
Enfim, Muricy e Luxemburgo seriam candidatos fortes numa solução paulista para a seleção. Embora carioca, Luxemburgo de certa forma se “paulistanizou”, já que suas grandes conquistas foram em São Paulo por três grandes clubes do estado: Palmeiras (1993/94 e 96), Corinthians (1998) e Santos (2004 e o menos brilhante Peixe de 2006/07).
São só especulações, mas eu não acharia a solução Guardiola ruim. Consta que inclusive ele teria se oferecido ao cargo. É preciso parar com esse corporativismo meio falso. Todos os mais cotados treinadores brasileiros cobiçam o posto vago, embora se declarem condoídos com a demissão do colega Mano. Já Guardiola com certeza faria algo mais inquietante, eu diria, do que essa mesmice de Muricy, Tite e Felipão, e até de Abel Braga. Futebolisticamente falando, por mim, ficaria entre Vanderlei e Pep. Ponto.
Raciocínio 2 – Pensando como santista
Neste caso, meu raciocínio já seria outro. Como torcedor do Peixe, eu indicaria Muricy para substituir Mano Menezes. Seria a forma mais rápida e indolor, sem traumas, de meu time se livrar do treinador. Que tem seus méritos, reconheço, mas não é um estilo que combina com o Santos. O futebol dos seus times é feio, e eu não gosto do meu time jogando feio. (Não vibrei com Parreira em 94, mas vibrei com Felipão em 2002. Porém, vibrei menos pelo treinador do que pelos achados de Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Nazário nos jogos mais importantes, contra Inglaterra e Alemanha – neste, 2 a 0 na final, dois gols de Ronaldo. Vibrei até com Cafu erguendo a taça. Mas não com Scolari, que, ainda mais, hoje está totalmente ultrapassado.)
Indo para a seleção, portanto, Muricy ficaria feliz, realizaria o sonho de todo técnico, e o Peixe poderia retomar o rumo do futebol que tem a ver com suas tradições e sua escola, as quais o técnico são-paulino é incapaz de entender, pelo menos segundo o que demonstrou até aqui, um ano e sete meses após assumir.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Romário ataca Mano Menezes: "Você é imbecil, idiota e não tem capacidade de dirigir a Seleção"
Elza Fiuza/ABr
Batalha campal entre o ex-jogador e agora deputado federal Romário e o treinador da seleção brasileira, Mano Menezes. Depois da perda da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, Romário dissera na Record esperar “que ele nunca mais vista camisa da seleção porque ele é fraco e a culpa foi dele pela derrota" (aqui). Depois, Mano rebateu, dizendo em entrevista ao jornal Marca Brasil : “Entendo o que ele quer. O Romário é um aproveitador que precisa de espaço na mídia. E agora o espaço é dado para quem bate no técnico da Seleção”.
E na noite de ontem o Baixinho contra-atacou com artilharia pesada em seu site. “Mano Menezes disse que sou um aproveitador e que preciso de espaço na mídia. Dá pena dele. Mais uma característica negativa que ele tem. Ele deve estar falando de outro Romário”, disparou.
E foi além. Dirigindo-se ao próprio treinador, o deputado federal pelo PSB continuou:
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No twitter, mais artilharia (clique na imagem para ampliar) |
E ainda:
“Você é tão atrasado taticamente que não conseguiu chegar a final de uma Copa América. Você não tem palavra. Me lembro que lá atrás você falou o seguinte: Eu vou resgatar o futebol brilhante que o Brasil teve. Não fez porque não tem capacidade, inteligência, segurança, hombridade para fazer isso. Você é medroso, você é pior treinador de todos os tempos da Seleção.”
Aguardemos os próximo capítulos.
A íntegra da carta de Romário a Mano Menezes está aqui.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Time que chamam de seleção brasileira ganha da poderosa Bósnia
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Treinador sorri feliz após gol de Hulk |
Na defesa, o goleiro Julio Cesar (não sei por que continua jogando) frangou grotescamente a única bola que foi em seu gol e depois ficou olhando e apalpando a chuteira como para dizer que a culpa foi dela. Pobre chuteira. Em auxílio ao ataque (sic) bósnio, o zagueiro David Luiz (do Chelsea) teve atuação bisonha. Além de ruim, é arrogante, pois a toda hora desembesta com a bola dominada rumo ao ataque e quase sempre perde, assim como perde divididas e leva dribles de futebol de várzea.
Diante do atacante que vem com a bola dominada, corre para trás e de lado, como um caranguejo (pelo Chelsea também é inseguro, tendo dado de bandeja na semana passada um gol ao Nápoli ao entrar como uma moça em dividida que perdeu para o uruguaio Cavani). No gol da Bósnia, o zagueirão cabeludo (que deve ter um ótimo empresário) fez o serviço completo. Saiu jogando, entregou de presente e voltou como caranguejo. Exemplar.
O meio de campo brasileiro com três volantes, Sandro (Elias), Fernandinho (não sei nem quem é) e Hernanes pode ter a ver com a Bósnia ou a seleção da Grécia, mas não com o Brasil. Ou alguém vai me convencer que Hernanes é meia ou atacante só porque ficava despencando pela direita como um cachorro que cai de mudança? Essa formação defensivista e tosca coloca uma dúvida improcedente: Ronaldinho Gaúcho ou Ganso? Por que levar Ganso para deixá-lo no banco de Ronaldinho? Ora, independentemente do Gaúcho estar mal, a questão não é essa.
A questão é que Ganso e Ronaldinho ou Ganso e Kaká, por exemplo, são opções que mostrariam um meio de campo mais próximo do que era o futebol brasileiro. Mesmo assim, próximo pero no mucho. O meio de campo de 1982, minha gente, era Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. O de 1970, Clodoaldo, Gerson e Rivelino (alguns colocam Pelé como meio-campista, eu não). Quem viu, viu.
E na frente, no jogo de hoje, tivemos Neymar quase isolado pela esquerda e Damião grandão perdido numa floresta de zagueiros (em termos de marcação e fechar espaços, esse time da Bósnia é de fato muito bom!). Depois, o corajoso Mané Menezes pôs Ganso no lugar de Gaúcho e ainda o super-herói Hulk (o apelido é muito apropriado) no de Hernanes. Damião saiu para entrar Lucas, e Ganso ficou atrás tentando passar bolas à frente, mas sem ter com quem jogar no meio. Ruim, muito ruim. No fim, Hulk cruzou uma bomba para a área e o zagueirão rebateu pra dentro.
Salvaram-se o zagueiro Thiago Silva (que jogou por ele e pelas madeixas de David Luiz), os laterais Daniel Alves e Marcelo, além de Neymar na frente, que pelo menos tentou se movimentar num time absolutamente estático e sem criatividade. Em suma, horrível.
*Não sei se foi o corintiano Leandro que imventou a oportuna alcunha Mané Menezes. Pelo sim, pelo não, fica dado o crédito.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Faltando dez rodadas, Brasileirão chega à reta final esvaziado pela CBF
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Foto: na seleção, não pegou Flu Foto: Wagner Carmo VIPCOMM |
O Campeonato Brasileiro, em tese, é o mais importante do país. Em tese. Na prática, fica espremido pelo calendário do segundo semestre, invadido por uma intolerável sequência de jogos da seleção brasileira, digo, balcão de negócios. A competição que deveria ser a coroação do futebol nacional é relegada pela CBF a uma quase desimportante e às vezes enfadonha sequência de jogos.
Neste domingo, a 28ª do Brasileiro, em sua reta final, com lutas renhidas em cima e em baixo da tabela, reservava um Flamengo x Fluminense empolgante, ambos lutando pelo G-4 e quiçá o título, e um Santos x Palmeiras sempre tradicional, com tabu em jogo, apenas para citar dois exemplos. Mas Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Fred estão na seleção, assim como outros (Dedé do Vasco, Jeferson do Botafogo, Lucas do São Paulo).
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Craque enfrenta maratona insana Foto: Ricardo Saibun - Santos FC |
E, por essas e outras, cada vez mais pessoas desprezam ou torcem contra o time que outrora se chamava Canarinho. O torcedor prefere seu clube, e os clubes são os maiores prejudicados pelo balcão de negócios que a CBF chama de seleção brasileira.
Corinthians líder
Não digo tudo para diminuir ou desmerecer a liderança conquistada pelo Corinthians após bater o bom time do Atlético Goianiense por 3 a 0, com a facilidade com que se tira o doce da mão de uma criança. Com a vitória corintiana e a derrota do Vasco para o Inter (3 a 0), o tropeço do Botafogo (2 a 2) ante o Bahia e o empate do São Paulo (3 a 3) com o Cruzeiro quarta-feira passada, o time do Parque São Jorge reassume a liderança em um momento chave. Só o Flamengo, que derrotou o Fluminense (3 a 2), que eu achava fora da briga semanas atrás, reentrou na briga.
Veja os gols da fácil vitória corintiana:
Os próximos jogos dos times que disputam o título, no meio de semana, são:
São Paulo x Internacional
Corinthians x Botafogo
Flamengo x Palmeiras
Atlético-PR x Vasco
Fluminense x Coritiba
A propósito, os clubes que têm atletas na seleção vão usá-los no dia seguinte a mais um amistoso (contra o México) sem a menor importância ou siginificado do time de Mano Menezes? Mas, enfim, deixando as consequências da politicalha de lado, o Corinthians (51 pontos) tem boa chance de aumentar a vantagem sobre Vasco (50), São Paulo (47) e Botafogo (46). O Flamengo, que pega o desmotivado Palmeiras, pode encostar, caso o Timão tropece no sempre perigoso Botafogo, que adora engrossar em São Paulo.
A julgar pela 28ª rodada, o Alvinegro do Parque São Jorge, caso aumente a vantagem na 29ª, já pode começar a ser apontado como favorito. Ou não?
Santos 1 x 0 Palmeiras e fim de tabu
E o Santos, finalmente, bateu o Palmeiras, a asa negra, após sete jogos. Desfalcados (o Peixe sem Neymar, Elano, Arouca, Felipe Anderson, Ganso e outros; o Verdão sem Valdívia, Kléber, Luan e Marcos), fizeram um jogo fraco. Mas não podia se esperar muito com o Santos cumprindo tabela e o Palmeiras quase isso. O time de Felipão, apático, não parece capz de reação a partir da derrota na Vila Belmiro.
A última vitória peixeira havia sido na semifinal do Paulista de 2009. Pelo Brasileirão, fazia cinco anos que o Alviverde não perdia do rival.
Aí abaixo, o 20° gol de Borges no Brasileiro, que acabou com o tabu
Atualizado às 15:20
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Aplausos para Ronaldo, vaias para selecinha de Mano Menezes
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Reprodução |
A passagem do Fenômeno hoje pelo estádio do Pacaembu, claro, foi apenas simbólica. Mas a lenda Ronaldo será lembrada enquanto existir futebol. Pela seleção brasileira, segundo a CBF, com 67 gols em 105 partidas com a de hoje, só marcou menos gols do que Pelé, que fez 95. É o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 15 gols, contra 14 de Gerd Müller, da Alemanha. Ganhou duas Copas do Mundo (1994, sem atuar, e 2002, quando decidiu).
Eu não tenho o que acrescentar ao que já disse de Ronaldo além do que escrevi no post quando o Fenômeno anunciou que parava de jogar pelo Corinthians, post em que você pode ver alguns gols históricos do craque:
Ronaldo, o Fenômeno, foi um dos maiores
Joguinho sem vergonha
Já o joguinho do Pacaembu em que a seleção venceu por 1 a 0 o time reserva da Romênia (vejam bem, reserva), para mim, só mostrou uma coisa: o time de Mano Menezes ainda não encontrou um esquema de jogo e, na Copa América, na Argentina, ou a equipe joga futebol ou a batata de Mano vai assar.
Dizer que o treinador não teve tempo de treinar é balela. Seleção sempre é assim e ele já está no comando há 11 meses. Ainda não ganhou nenhum jogo importante. Perdeu de Argentina e França e empatou com a Holanda.
Uma observação: ter deixado Neymar jogar durante quase toda uma partida amistosa e festiva, com risco de se machucar e desfalcar o Santos na Libertadores, foi para mim algo que só pode ser chamado de sacanagem de Mano Menezes. Ou insegurança, já que em seu time desconjuntado e sem o menor padrão tático, tudo dependeu de Neymar. Até os dois passes que Ronaldo poderia aproveitado na festa e o gol de Fred.
Não à toa, a selecinha de Mano Menezes saiu de campo vaiada nas duas vezes em que entrou em campo esta semana no Brasil. Hoje no Pacaembu e sábado no Serra Dourada, quando ficou no 0 a 0 com a Holanda.
Mano parece um treinador igrejeiro, ou teria características menos prosaicas e mais próximas às mais condenadas em Vanderlei Luxemburgo? Para a lateral esquerda, prefere por exemplo levar André Santos, que foi seu comandado no Corinthians, mas não leva Marcelo, do Real Madrid. Da mesma maneira, escolhe Elias (que, como André Santos, deu certo no Corinthians, e só) quando poderia levar Hernanes, que teve uma temporada espetacular na Lazio.
Confira a seleção convocada para a Copa América:
Goleiros: Julio César (Inter de Milão), Victor (Grêmio); Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahçe), Adriano (Barcelona); Zagueiros: Lúcio (Inter de Milão), David Luiz (Chelsea), Luisão (Benfica), Thiago Silva (Milan); Volantes: Ramires (Chelsea), Lucas Leiva (Liverpool), Sandro (Tottenham); Meias: Elano (Santos), Elias (Atlético de Madri), Paulo Henrique Ganso (Santos), Jadson (Shakhtar Donetsk), Lucas (São Paulo); Atacantes: Neymar (Santos), Robinho (Milan), Fred (Fluminense), Alexandre Pato (Milan)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Era Mano Menezes começa com a cara do Santos
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Paulo Henrique Ganso, o maestro
Depois de um início meio inseguro, a equipe foi se tornando consistente e tomou conta do jogo, com segurança e a rapidez nascida do espírito desse ofensivo Santos campeão paulista e da Copa do Brasil. “O que vimos não foi resultado do treinamento, mas da qualidade individual dos jogadores”, disse o treinador Mano Menezes na coletiva pós-jogo.
Mas o amplo domínio brasileiro e a estréia vitoriosa não podem esconder o fato de que a seleção norte-americana, um time normalmente difícil de bater, disputou essa partida de maneira protocolar. Apesar do time de Mano ter entrado em campo para vencer primeiro a ansiedade, e contra um time já montado, que disputou a Copa do Mundo, convenhamos, o selecionado de Donovan e companhia não demonstrou muito interesse na partida.
André Santos, pela lateral esquerda, jogou com segurança, e procurando o jogo com personalidade. A zaga, com Thiago Silva e David Luiz, nos fez esquecer por 90 minutos (e quiçá, para sempre) a interminável dupla Lúcio e Juan. E o meio-campo com os volantes Lucas e Ramires enterra a memória do grotesco Felipe Melo e brucutus de seu tipo.
As notas negativas foram duas: Daniel Alves, um jogador medíocre e nervosinho que destoou do espírito do time, não tem lugar na lateral direita; e Ederson, para mim um ilustre desconhecido, entrou no lugar de Neymar e teve uma noite lamentável, pois não jogou nem um minuto e saiu depois de fazer sua única e bizarra jogada, ao tentar uma pedalada desajeitada, pisar em falso e chutar o vento. Caiu com uma contusão muscular e foi substituído por Carlos Eduardo. Uma ressalva: o goleiro Victor não inspira muita confiança.
Fica como registro a ficha técnica da estréia da seleção brasileira de Mano Menezes, e os gols da partida.
Estados Unidos 0 x 2 Brasil
10/08/2010
Estádio New Meadowlands, Nova Jersey
EUA
Howard (Guzan); Spector, Bocanegra (Goodson), Bradley e Gonzalez; Donovan (Findley), Bedoya (Gomez), Bornstein e Buddle (Altidore); Edu e Benny Feihaber (Kljestan).
Técnico: Bob Bradley.
Brasil
Victor; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Lucas, Ramires (Hernanes) e Ganso (Jucilei); Robinho (Diego Tardelli), Neymar (Ederson) (Carlos Eduardo) e Alexandre Pato (André). Técnico: Mano Menezes.
Gols: Neymar, aos 28, e Alexandre Pato, aos 45 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: David Luiz (BRA)
Público: 77.223 pagantes
Árbitro: Silviu Petrescu (CAN). Auxiliares: Joe Fletcher (CAN) e Daniel Belleau (CAN)
Veja os gols da partida:
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Mano Menezes convoca seleção com Neymar e Ganso; Jucilei vai e Elias, não
Thiago Silva,
Daniel Alves,
Ramires e Robinho. Não sei que catzo esses técnicos veem no tal Daniel Alves.
Curioso o ex-técnico do Corinthians ter chamado Jucilei e não Elias. Outra observação: Robinho, injustamente criticado por muita gente ranzinza depois da Copa, continua com prestígio.
Ricardo Saibun
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Henrique, o meia Ederson e nem imaginava que existisse um beque brasileiro chamado D
avid Luiz.
Em tempo: a convocação é para o amistoso contra os Estados Unidos, dia 10 de agosto. Não sei para quê jogos de seleções menos de um mês após o fim da Copa. Quer dizer, sei. Dinheiro.
Segue a lista:
Victor (Grêmio)
Jeferson (Botafogo)
Renan (Avaí)
Zagueiros
David Luiz (Benfica-Portugal)
Henrique (Racing Santander)
Réver (Atlético-MG)
Thiago Silva (Milan-Itália)
Laterais
R
afael (Manchester United)
Marcelo (Real Madrid)
Daniel Alves (Barcelona)
André Santos (Fenerbahce)
Volantes
Sandro (Inter-RS)
Hernanes (São Paulo)
Jucilei (Corinthians)
Lucas (Liverpool)
Ramires (Benfica)
Meias
Carlos Eduardo (Hoffenheim-Alemanha)
Ederson (Lyon-França)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Atacantes
Alexandre Pato (Milan)
André (Santos)
Diego Tardelli (Atlético-MG)
Neymar (Santos)
Robinho (Santos)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Muricy Ramalho, um homem de palavra
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Dizer não à seleção brasileira não é para qualquer um. O repórter Leandro Coneição disse aqui na redação uma coisa com a qual concordo: “Eu não gosto do futebol dos times do Muricy, mas gosto da pessoa dele”.
Num texto sobre o provável substituto de Dunga que postei aqui em 4 de julho, eu dizia: “Fala-se em Muricy Ramalho. Não creio. Não tem o perfil. Particularmente, espero que não. Detesto o horrível futebol chuveirinho de Muricy”.
Sempre foi claro que Muricy não tem o perfil de ser um funcionário da CBF. Porque, apesar de ser turrão, mal humorado, ter um estilo de futebol feio, uma coisa é certa: Muricy parece ser um cara de caráter, que não se deixa seduzir por esquemas. Já imaginaram, trabalhar na CBF de Ricardo Teixeira?
E, se de fato se confirmar, esse espetacular “não” de Muricy Ramalho, informação passada à imprensa pelo dirigentes do Fluminense agora há pouco, é um gesto histórico (já pensaram, professor Vanderlei dizer não à seleção?). O que estão dizendo é que o Flu não liberou. É óbvio que, se o treinador quisesse sair, sairia. Ele não quis.
Quer dizer, ainda há pessoas de palavra no mundo do futebol. Quem tem a comemorar é o Fluminense. Que, se já era, agora é mais ainda candidato ao título brasileiro.
PS: nota da colunista Mônica Bergamo de 17h20 diz o seguinte: "O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está aguardando um telefonema do técnico Muricy Ramalho para que ele diga se quer ou não comandar a seleção.
"Se ele quiser, nós vamos dar um jeito. Pagamos a multa contratual com o Fluminense e ele vem", teria dito um assessor de Teixeira, segundo a jornalista.
domingo, 4 de julho de 2010
Quem assume o lugar de Dunga na seleção?
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Se for Felipão, muitos aplaudirão, menos a torcida palestrina; se Mano, nenhum alvinegro terá o que comemorar na Fazendinha.
Muitos, os cariocas principalmente, querem Zico, mas o ex-craque do Flamengo é um desafeto declarado de Ricardo Teixeira. Fala-se em Muricy Ramalho. Não creio. Não tem o perfil. Particularmente, espero que não. Detesto o horrível futebol chuveirinho de Muricy.
O nome de Leonardo, ex-Milan, é cotado, mas já pensaram, aquele mauricinho, funcionário modelo de Silvio Berlusconi, comandando o Brasil? Aí vai ficar difícil torcer mesmo. Mas, pelas sombras que eternamente pairam na CBF, é plausível. Seria mudar um pouco para ficar como está. Afinal, Leonardo é queridinho dos chefões e tem trânsito fácil nos corredores do poder.
Felipão, que acaba de assinar com o Palmeiras, chegaria ao ponto de sair de um clube que sequer assumiu? Acho pouco provável. Mano não recusaria. Luxemburgo? Duvido.
As cartas, aparentemente, são essas.
Foto de Mano Menezes: Eduardo Metroviche
terça-feira, 29 de junho de 2010
Em anúncio na Folha, Extra se antecipa e tira Brasil da Copa
A peça publicitária, certamente publicada por engano, deveria estar pronta em caso de derrota brasileira e deve ter entrado em lugar de outra com conteúdo vitorioso (a não ser que alguém acredite numa sinistra teoria da conspiração). Está abaixo.
O texto do anúncio diz: “A l qembu le sizwe sai do Mundial. Não do coração da gente”. E em letras menores (na foto abaixo, ilegível): “Na África, no idioma Zulu, I qembu le sizwe é SELEÇÃO. Valeu, Brasil. Nos vemos em
Veja o anúncio:
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Atualizado às 16h15
terça-feira, 11 de maio de 2010
Dunga mantém "coerência", privilegia "soldados" e deixa craques de fora
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Não dá para dizer que Dunga está errado, considerando que seu discurso sempre foi o da lealdade ao grupo com que fez uma campanha vitoriosa nas Eliminatórias e ainda conquistou a Copa das Confederações (2009) e a Copa América (2007). Mas o fato é que jogadores talentosos substituídos por um elenco do soldados leais é extremo. É muito pouco.
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“Eu não quero coerência por ter coerência, quero que os jogadores acreditem no que eu falo”, disse Dunga na coletiva. É uma frase emblemática que resume o pensamento do treinador que comandou por três anos e meio a seleção.
Agora, na lista há quatro considerados “meias”: Kaká, Ramires, Elano e Júlio Baptista. Nenhum deles é um meia. Nem Kaká, que joga como os jogadores que antigamente chamávamos ponta-de-lança (Leivinha, do Palmeiras, por exemplo).
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Os 23 convocados por Dunga:
Goleiros
Doni (Roma/ITA)
Gomes (Tottenham/ING)
Laterais
Maicon (Inter/ITA)
Daniel Alves (Barcelona/ESP)
Michel Bastos (Lyon/FRA)
Gilberto (Cruzeiro)
Zagueiros
Lúcio (Inter/ITA)
Juan (Roma/ITA)
Luisão (Benfica/POR)
Thiago Silva (Milan/ITA)
Volantes
Felipe Melo (Juventus/ITA)
Gilberto Silva (Panathinaikos/GRE)
Josué (Wolfsburg/ALE)
Kleberson (Flamengo)
Meias
Kaká (Real/ESP)
Ramires (Benfica/POR)
Elano (Galatasaray/TUR)
Júlio Baptista (Roma/ITA)
Atacantes
Luís Fabiano (Sevilla/ESP)
Robinho (Santos)
Nilmar (Villarreal/ESP)
Grafite (Wolfsburg/ALE)
A lista dos sete (*atualizado às 17h58)
A chamada "lista de espera", composta por jogadores que podem substituir algum (uns) dos 23 inicialmente convocados, é composta pelos seguintes atletas:
– Paulo Henrique Ganso (Santos), Ronaldinho Gaúcho (Milan), Alex (Chelsea), Diego Tardelli (Atlético-MG), Sandro (Inter), Marcelo (Real Madrid) e Carlos Eduardo (Hoffenhein).
Marcelo podia muito bem ir no lugar do discreto e fleumático Gilberto (aliás, para que quatro laterais?). Ganso podia entrar no lugar de vários. À escolha. E o Gaúcho, como eu disse, não levaria de jeito nenhum. Nem no lugar do Josué.
O tal Carlos Eduardo nunca vi jogar.